BR&M Tecnologia

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Ajustando a sua empresa ao novo período econômico.

 
O momento atual não exige apenas cautela, como também mudanças e ajustes que compatibilizam os custos e os investimentos de acordo com o cenário

A economia brasileira está em crise? Talvez você queira responder: "não é só a economia" ou "a pior crise não é a econômica" ou "o buraco é mais embaixo". Se as coisas não vão bem, vamos parar a atividade de nossa empresa? Certamente não é o recomendado para a maioria.

A empresa está estabelecida, com seu produto e/ou serviço competitivos, um mercado conquistado, corpo de talentos treinados. Tudo obtido com muito empenho. Abandonar e jogar isso para o alto certamente não é a vontade do empreendedor.

Mas como, então, encarar a situação? Coragem? Sim, é preciso coragem. Aliás, é um ingrediente importantíssimo, mas a coragem por si só não resolverá. E não dá para manter a condução do negócio com os mesmos hábitos e as mesmas práticas adotadas durante um período de economia em ritmo crescente ou agir do mesmo jeito que se age em época de "vacas gordas".

O momento atual não exige apenas cautela, como também mudanças e ajustes que compatibilizam os custos e os investimentos de acordo com o cenário vivenciado atualmente.

Não é a primeira vez que nos defrontamos com situação parecida e certamente não será a última. Hoje, porém, há ao nosso alcance uma gama de recursos tecnológicos que em outras épocas não existiam ou não estavam tão disponíveis.

E tecnologia resolve? Por si só, com certeza, não. Mas pode ajudar, e muito. Principalmente quando aliada à informação. Neste momento, quero me ater a apenas um dos recursos que muito provavelmente está ao seu alcance e que pode ajudá-lo muito no processo de tomadas de decisões: business intelligence.

"Mas ouvi dizer que esse negócio é caro, complexo e sempre vinculado a projetos que levam muito tempo para ser implantados e gerar resultados" pode ser o questionamento de alguns.

Sim, existem situações onde isto foi ou é verdade. Mas certamente não precisa mais ser assim, principalmente em um momento em que os recursos financeiros para qualquer investimento têm de ser aplicados de forma comedida, cautelosa, ao mesmo tempo em que os resultados, as respostas, precisam ser obtidos rapidamente justamente para ajudar durante a crise. E para ter respostas já, não dá para pensar em projeto de longa duração.

A notícia boa é que há solução disponível. Já existem ferramentas de BI economicamente viáveis e fáceis de usar à disposição no mercado brasileiro. Software em português ou até sem necessidade de instalação, pois algumas oferecem a opção de uso na "nuvem" e utilização imediata, com produção de excelentes resultados em poucos dias.

E o treinamento? Normalmente há a opção de fazê-lo tanto presencial como remoto, mas, para os autodidatas, costuma ter documentação e vídeos disponíveis; tudo para dar condições para que o usuário se auto atenda no horário mais conveniente para ele.

Business Intelligence apenas para organizações grandes, felizmente, é coisa do passado. O importante é o gestor de uma empresa pequena também poder fazer uso dos dados disponíveis, de forma rápida e inteligível, para agilizar e dar mais segurança às suas decisões.

Fonte: Digital Network

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Home office une qualidade de vida a produtividade






















No Brasil, 36% das empresas adotaram o modelo de trabalho em casa, ou home office, entre elas Ticket, Philips e Home Agent. As companhias dizem ter apostado no modelo devido ao aumento da produtividade, qualidade de vida do colaborador e diminuição de custos.

Segundo as organizações, a meta é elevar a satisfação de funcionários e impulsionar o aumento da agilidade dos colaboradores, pois apesar de trabalharem em casa, eles têm mantido o vínculo empregatício e garantidas da CLT.

De acordo com a Pesquisa Home Office 2014, realizada pela SAP Consultoria em Recursos Humanos, com 200 empresas nacionais e multinacionais de vários segmentos e regiões do País, o modelo é mais experimentado pela área de tecnologia da informação, que lidera o ranking com 19,23%. Para o sócio proprietário da SAP, Sebastião Augusto Perossi, a maior presença de empresas da TI está relacionada às características das funções desempenhadas.

“A tecnologia possui diversas funções que podem ser executadas de forma remota, sem perder a qualidade e a produtividade dos resultados esperados pelos gestores.”

Como é o caso da Mandic Cloud Solutions, uma empresa que possui 200 funcionários e adotou o modelo home office, em 2013, para 30 colaboradores da empresa.

Resultados

“Os funcionários que trabalham em casa apresentam em média 30% mais produtividade do que aqueles que vão para a empresa”, afirmou o diretor de tecnologias & operações da Mandic, Antonio Pina.

A Mandic não disponibiliza nenhum equipamento para o funcionário trabalhar em casa ou qualquer ajuda de custo e oferece um sistema chamado desktop virtual, que permite que os funcionários acessem de qualquer lugar a área de trabalho dos computadores físicos das empresas.

Os funcionários podem escolher os dias que pretendem trabalhar em casa. Mas o serviço que o colaborador está desenvolvendo não pode exigir a sua presença no escritório e deve ser cumprido dentro dos prazos e resultados estipulados pelo gestor da área.

Segundo Perossi, um dos fatores que podem dificultar a maior adesão do modelo home office é a legislação trabalhista, que ainda não é muito clara em relação ao assunto. “A falta de informação dos procedimentos do teletrabalho também interfere na anuência do modelo. Já que no País existe um apego á cultura do trabalho presencial.”

Em São Paulo está o maior número de empresas que possuem o modelo de trabalho home office, com cerca de 73,8%, seguido por Rio de Janeiro com 7,69% e Paraná com 7,69%. Porém, apenas 42% das organizações possuem uma prática formal para o trabalho fora do escritório. Como é o caso da Ticket, que decidiu transferir toda sua área comercial para o sistema home office, em 2006. São 210 colaboradores da área que trabalham em casa em regime integral.

Benefícios

“Um dos benefícios que o modelo trouxe foi uma economia de cerca de R$ 3,5 milhões, no primeiro ano de adesão ao formato. Além da redução dos custos, ganhamos também em produtividade – a Ticket estima um crescimento de 40% no número de vendas e incremento de 76% na receita proveniente dessas vendas – agilidade e qualidade de vida para os colaboradores” ressaltou o gerente de recursos humanos da Ticket, Carlos Cavequi.

A Philips também está entre as empresas que colhem resultados positivos com a adoção do modelo para alguns funcionários. Segundo a gerente de saúde e bem-estar da Philips, Cristiane José, o número de viagens dos funcionários teve uma queda.

A Philips possui um programa chamado Workplace Innovation, que dá aos colaboradores uma opção de trabalhar home office. O programa permite a troca de informações e o trabalho em conjunto com os outros remotamente. Todos os funcionários recebem um notebook e um celular quando contratados, e podem trabalhar de qualquer lugar.

“Nossos colaboradores podem fazer home office para os escritórios da Philips no Brasil, os dias são combinados com os gestores de cada área”, afirma Cristiane José.

Oportunidade

O modelo também permitiu que as mulheres fiquem mais próximas de seus filhos após a maternidade e virou um fator de atração e retenção de talentos femininos.

Muitas empresas já optam pela flexibilização das jornadas de trabalho para alguns setores da empresa. Mas hoje existem organizações que já aderem ao modelo de forma total. Como a Home Agent, uma empresa de call center remoto, que possui cerca de 90 operadores trabalhando em casa e funciona desde de 2011 com esse modelo. Os profissionais recebem um suporte com equipamentos como red fone, cadeira, computador, mesa e apoio de pé. A instituição também arca com as despesas de internet dos operadores e investe em treinamento. Ensina o operador a lidar com a família durante o período de seis horas que ele trabalha home office.

Para CEO do Home Agent, Fabio Boucinha, trabalhar em um regime totalmente remoto trouxe benefícios para a operação, como por exemplo, a redução do índice de absenteísmo (ausência no trabalho) e a taxa de rotatividade de funcionários que varia de 0% a 2%.

“Não temos profissionais mal humoradas. O modelo de trabalho é tão atraente, que algumas pessoas deixam salários maiores, para optar por trabalhar em casa e ganhar menos”, destaca Boucinha.

Segundo uma pesquisa feita pela própria Home Agent, cerca de 53% dos funcionários disseram que usam o tempo livre depois do trabalho para estudar e deles, 42,7% estão cursando o nível superior.

A empresa economiza com transporte e infraestrutura. Outro benefício foi na produtividade, já que os funcionários tem maior tempo de permanência na empresa e acumulam conhecimento, com isso agilizam os atendimentos, explica o CEO da Home Agent.

Fonte: DCI/SP