BR&M Tecnologia

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Inteligência de mercado atrai valor para seu negócio

Ao conhecer a lógica do mercado-alvo, fica mais fácil enfrentar a concorrência.

Entender como o mercado-alvo se comporta e traçar ações estratégicas para gerar valor ao seu negócio, são algumas ações fundamentais para enfrentar os concorrentes. Mais do que nunca, as empresas precisam compreender a lógica do mercado e, com conhecimento e dinamismo, enfrentar os concorrentes posicionando-se de forma inteligente em busca do lucro.
É fundamental que os formuladores das estratégias das empresas, independente do seu porte, conheçam a lógica do mercado-alvo, cada vez mais dinâmico. “Mesmo para empresas estabelecidas, o maior risco está em não perceber adequadamente os substitutos, entrantes e movimentos dos concorrentes ou fornecedores”, afirma Felix Yeboles, diretor executivo da YEB, especializada em Inteligência de Mercado.
A maioria das empresas, de acordo com ele, faz o processo de forma desestruturada, que fica fracionado e incompleto na cabeça de muitas pessoas. Só quando este processo é estabelecido formalmente e as perguntas certas são realizadas, é possível determinar a lógica do mercado-alvo. “Antes disso, é uma mistura de opiniões e percepções que, poucas vezes, representam a realidade”, diz.
Na prática, como conhecer estrategicamente a lógica do mercado-alvo? Felix recomenda fazer um passo a passo. Primeiro (e normalmente, segundo ele, negligenciado):, deve-se determinar com exatidão qual mercado é relevante para se investir com o processo de inteligência. Como não dá para conhecer muito bem todo o cenário, deve-se então priorizar os mercados em que a empresa tem rentabilidade e crescimento. Depois, conhecer os locais onde se suspeita que os concorrentes tenham rentabilidade.
Em segundo momento, Felix orienta a levantar dados, analisar, extrair conhecimento, entender onde está o valor e construir uma estratégia. Depois, executar essa ação trocando informações de forma dinâmica com a área de Inteligência.
“A partir do conhecimento da lógica do mercado-alvo, são direcionadas ações estratégicas que capturem valor para a empresa. A Inteligência deve ter percebido a real possibilidade de captura de margens de fornecedores, segmentos de clientes, novos segmentos ou concorrentes. Esse valor deve ser medido e deve fazer parte do plano de ação, que tem que ser estabelecido e monitorado periodicamente. A liderança tem que estar comprometida com o alcance das metas oriundas do plano de ação e que foi baseado na Inteligência de Mercado”, afirma.
É fundamental ter ênfase na comunicação e diálogo em alto nível entre quem faz o processo de inteligência e quem vai executar o plano de ação ou a estratégia. Se um compromisso não se estabelecer entre os diferentes agentes, a concorrência pode ficar interna ao invés de externa. “Como no futebol, o atacante pode reclamar que recebe a bola quadrada e o meio-campo dizer que o atacante não sabe se desmarcar. O melhor é acertar muito bem o diálogo dentro da equipe”, afirma Felix.
Se não houve a captura de valor, então o processo não pode ser chamado de Inteligência de Mercado. “Pode-se chamar de pesquisa de mercado ou análise de mercado, mas o título Inteligência só vale com a criação de estratégias capazes de serem executadas e atrair valor para o negócio”, destaca o diretor executivo da YEB.
Conhecimento do mercado
Com negócios cada vez mais complexos, mudanças rápidas e empresas que passam a ser concorrentes de outras em setores em que não atuavam, é importante conhecer o mercado-alvo e em especial as suas características de segmentação. Essa é a análise de Alfredo Passos, professor de Inteligência Competitiva da graduação e pós-graduação da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Partner da KMC e autor de quatro4 livros, entre os quais ‘Inteligência Competitiva - Como fazer IC acontecer na sua empresa’ e o mais recente ‘Homem no Fogão e Mulher na Gestão’, da LCTE Editora.
“Um bom exemplo é esta discussão: temos de um lado, empresas buscando pensar produtos e serviços para a nova classe média (ex-classe C). Mas nenhum outro estrato social, cresce tanto em proporção quanto as classes A e B, que também precisarão de novos produtos e serviços cada vez mais sofisticados”, afirma.
De acordo com Passos, tomar decisões sobre como investir nestes mercados-alvo exigirá conhecimento profundo, não só das estatísticas, mas principalmente do mercado, das pessoas que compõem este segmento e, para isso, nada substitui a visita aos clientes.
 “Só estando no “campo e com os clientes - clientes dos clientes - compradores – consumidores”, será possível saber e recomendar, se é melhor investir na quantidade de uma classe social (que agora é maioria e tem renda), ou na qualidade de uma classe social, que hoje tem 20 milhões de ricos e serão 30 milhões até 2014. Afinal, qual o menor risco para uma empresa específica?”, reflete o professor.
É fundamental conhecer essa lógica de mercado. Líderes perdem espaço, pois novos entrantes ganham posição. Segundo o especialista, atualmente, muitas empresas estão atribuindo aos profissionais de Marketing, especialmente no Brasil, uma tarefa secundária, ou seja, um pouco de Marketing e muito de comunicação. “Para conhecer a lógica do mercado-alvo, uma boa forma de se começar um trabalho em Marketing é estudar produto, preço, distribuição e comunicação. Existem outras teorias e outros ‘pseudoteóricos’ matando os Ps”, destaca.
Em um país com milhões de empresas com portes variados, é necessário entender este composto de mercado associado aos novos segmentos. “Não só de classes sociais, mas jovens das gerações Y, terceira idade, não de forma ampla, mas pensando, por exemplo, as mulheres na terceira idade, como a Natura faz”.
É necessária a combinação do entendimento do mercado-alvo ao conhecimento do seu Composto de Marketing que, por mais óbvio que pareça, ainda falta para muitas empresas. Hoje, segundo o professor da ESPM, as organizações andam pensando mais no presente momento do que no final do ano. “Por isso, mencionar ações estratégicas é mais discurso do que prática. Os empregos não são mais duradouros até mesmo para os presidentes. Em um mundo corporativo, onde acionistas brigam entre si e famílias não se entendem nas organizações, as práticas mudaram”, analisa. Um bom exemplo está ligado às campanhas publicitárias de algumas empresas. De um ano para outro, é perceptível como uma campanha, de repente, é descartada. “O que era bom na gestão anterior não serve para a gestão atual.”
Então, a prática atual é a de incentivar o consumo. Agora, ‘ativar’ é a palavra-chave. “E, assim, vivemos mais e mais de promoções. Cada vez mais, estamos lendo e vendo a palavra Marketing associada às ações de comunicação, interação com os clientes-compradores. Completamente longe de seu conceito inicial. São ações promocionais.”
Ao pensar na definição para Inteligência Competitiva, um conceito criado por Porter foi fundamental: a análise estrutural de indústrias ou, como é mais conhecida, ‘as 5 Forças de Porter’. “Se Inteligência é fazer uma análise sobre novos concorrentes, fornecedores, concorrentes atuais, compradores-clientes, produtos e serviços substitutos, além do poder de barganha entre fornecedores e compradores, barreiras de entrada e saída, então a atividade não poderia chamar-se apenas Inteligência sobre o Concorrente. Foi quando Fuld fez a proposta de ‘Competitive Intelligence’”, explica Alfredo Passos.
No Brasil, por ser uma atividade ainda muito nova, apesar de mais de uma década, muitas empresas têm adotado sobrenomes diversos para este conceito, como ‘Inteligência de Mercado’ ou ‘Inteligência Competitiva’, entre outros, em função do departamento ou das iniciativas profissionais.
Experiências e livros
Para quem busca mais sobre este tema, aprender com as experiências de outras empresas, profissionais e autores são orientações importantes. Um dos livros recomendados por Passos é a décima segunda edição de ‘Administração de Marketing’, de Philip Kotler. Outro, considerado por ele muito interessante, chama-se ‘50+ Metrics Every Executive Should Master’, dos professores Paul W. Farris, Neil T. Bendle, Philip E. Pfeifer e David J. Reibstein, todos da Wharton School. “São mais de 50 métricas, desde margens e lucros, até métricas da mídia e da web para saber se as ações estratégicas estão funcionando ou não”, orienta o especialista.
Portal HSM

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O BI está ultrapassado?

Parece que não. Uma nova geração de tecnologias preditivas está surgindo para facilitar as tarefas da TI e possibilitar melhorias significativas para os negócios.

Soluções de Business Intelligence (BI), conhecidas por tornar os negócios mais inteligentes e fortes, ajudam empresas de todos os tamanhos a analisar e a sintetizar uma enorme quantidade de dados corporativos para melhorar o desempenho.

BI pode rapidamente identificar informações críticas diante de uma grande massa de dados e levantar pontos de melhoria, crescimento e transformação das operações, vendas e marketing. Centenas de dados podem ser extraídos das aplicações de BI.

Nos últimos anos, as companhias acompanharam a evolução da tecnologia e esse cenário gera algumas dúvidas. Brian Hopkins, analista de tecnologias emergentes da Forrester Research, diz que está havendo a evolução do BI tradicional para novas e valiosas ferramentas de negócios, que estão gerando discussões nas empresas.

Como as empresas podem estar em linha com as melhorias que acontecem constantemente nas soluções de BI para que possam se beneficiar das inovações? E como podem tirar melhor proveito das informações críticas que extraem dos sistemas de BI?

"Os CIOs precisam conversar com as áreas negócios", afirma Hopkins. "Eles devem expandir o escopo do que consideram dados corporativos. O escopo tradicional de que a informação é tudo para os negócios é muito maior agora, por causa do surgimento de dados de mídias sociais etc.”

O que eles também precisam fazer, segundo ele, é ter a certeza de que suas aplicações de BI acompanham o crescimento de dados que os negócios geram dia após dia.

"Eles precisam perceber que com todas essas novas tecnologias e fluxos de dados, como mídia social, é um ponto que merece atenção", avalia Hopkins.


"CIOs devem falar com os líderes empresariais sobre como podem adicionar valor a partir de toda essa ampla, e não filtrada, quantidade de dados.”

O que está acontecendo no mundo dos fornecedores de BI e aplicações, segundo ele, é que BI vem evoluindo rapidamente nos últimos anos para permitir formas inovadoras de tratar os inúmeros dados criados pelas companhias. Para alguns, essas mudanças poderiam indicar que a ideia do BI tradicional tem falhado, mas Hopkins diz que essa conclusão não é correta. "A definição do que é BI é que vem mudando", assinala. "Não acredito que falhou."

Na verdade, prossegue o executivo, BI tem de ser capaz de ajudar as empresas a responder conjuntos definidos de perguntas e ser capaz de responder e definir conjuntos finitos de perguntas com coerência, usando conjuntos conhecidos e bem-estruturados de dados.

Tudo isso tem sido possível a partir do uso de ferramentas de análise em aplicações de BI que permitem às empresas buscarem nas profundezas dos dados padrões de informação e as histórias que estão por trás das informações.

"BI tradicional tem sido como dirigir e olhar no espelho retrovisor do carro", compara. “Para ver onde você está e o que há para trás”, diz Hopkins. "Agora, a direção do BI é para frente, em que se é capaz de conduzir e olhar para fora para ver o que vai acontecer.” Para as empresas hoje, esse é um benefício enorme.

O BI tradicional faz perguntas, recolhe dados, limpa e estrutura as informações e as coloca em um formato que podem ser consultadas e filtradas para produzir dados comerciais valiosos que podem ser usados para planejar estratégias e auxiliar nas tomadas de decisão. "BI tradicional é sobre como criar relatórios e fazer deduções sobre o passado e o futuro", explica Hopkins.

Em vez de atravessar os conjuntos de dados e reagir ao que já aconteceu nos negócios, os mais modernos sistemas de BI podem fazer mais, antecipando o que pode acontecer no futuro e ajudar a planejar as expectativas, com base nos dados antigos que já foram coletados.

"A ideia de realizar uma análise preditiva tem surgido há algum tempo", avalia Hopkins. "Não é uma nova ciência, mas a verdade é que mais mudanças estão por vir." Essencialmente, a nova geração de ferramentas de BI vai fornecer às empresas informações adicionais de análise.

"Começamos a ver o surgimento de BI há cerca de cinco a dez anos, quando as companhias aéreas passaram a estabelecer os preços dos bilhetes usando modelos sofisticados", lembra Hopkins. "Hotéis seguiram o exemplo, com base em modelos preditivos. Lojas de varejo estão usando a tecnologia para identificar o que eles devem ter no estoque no futuro com base nas necessidades atuais dos clientes."

Com os antigos métodos de BI, as empresas estavam apenas olhando para o passado e executando um modelo estatístico sobre os dados. "O que observamos agora é uma nova geração de análise preditiva, desenvolvida para eliminar a etapa de filtragem."

Os novos métodos de BI não exigem que os usuários conheçam questões específicas que precisam inserir na ferramenta para obter as respostas que procuram. "A maneira antiga exigia que o profissional soubesse as perguntas para obter as informações corretas”, pontua Hopkins. "O que estamos começando a ver são maneiras totalmente novas de usar BI para análise."

Os novos recursos mantêm a evolução do BI, acredita Hopkins. "A maneira antiga atingiu alguns limites. A análise costumava ser feita por meio de um processo de lote.”

Isso significa que os dados de BI podem agora ser verificados em tempo real, em vez de analisado após a inclusão em relatórios. A maneira antiga simplesmente não pode manter-se e muitos usuários estão sobrecarregados com os enormes volumes de dados que entram rapidamente nos sistemas da empresa.

“Essa é a nova fronteira do BI", pontua Hopkins."CIOs serão capazes de usar BI de novas maneiras. Nosso entendimento sobre o que é BI está mudando."

Para os CIOs e outros líderes, as mudanças e os avanços do BI vão ser a chave para filtrar empresas que terão ou não sucesso na forma como a nova geração de dados dados é utilizada, afirma.

"As empresas bem-sucedidas são aquelas que vão encontrar maneiras de tomar decisões com base nessa nova massa de dados não estruturados", avalia Hopkins. "Eles precisam desafiar suas plataformas de tecnologia e descobrir como estão conduzindo as soluções para assim mudá-las e conseguir capturar os dados não estruturados."


Todd R. Weiss, da CIO/US

terça-feira, 31 de maio de 2011

BI será destaque em dispositivos móveis, diz Gartner

Profissionais de inteligência de mercado - business intelligence (BI) - e analytics precisam conhecer as tendências do setor, incluindo crescimento o significativo na popularidade de aplicativos corporativos voltados para dispositivos móveis, caso queiram ser bem-sucedidos, segundo analistas da empresa de pesquisa Gartner.

"O mercado de BI e analytics vive hoje processo de evolução gradual", disse o analista da Gartner, Neil Chandler."Em 2014, a transformação nos métodos de BI, antes exclusivos para a geração de relatórios e assuntos relacionados a TI, deve incluir um grande número de outros departamentos", completou.

Para Chandler, tal transformação mudará o tipo de BI e analytics. Como, também, modificará a maneira como e onde as informações são obtidas e como elas podem influenciar na tomada de decisão.

Por isso, a Gartner destacou quatro importantes previsões de inteligência de mercado, com o intuito de ajudar as instituições e seus departamentos a conhecer as tendências de tecnologia, mercado e gestão, que juntas "transformarão" o setor em 2011 e nos anos subsequentes: 

  • Em 2013, 33% das funcionalidades de BI serão consumidas por meio de dispositivos móveis
  • Em 2014, 30% das aplicações analíticas usarão funções de memória para adicionar escala e velocidade computacional e aplicações com recursos proativos e de previsão de resultados
  • Em 2014, 40% dos gastos com analytics serão com sistemas integrados e não com empresas de software
  • Em 2013, 15% das implementações de inteligência de mercado serão combinadas, envolvendo BI, colaboração e software social nos ambientes decisivos 

Transformação

No final do ano passado, segundo os analistas do Gartner no estudo “From Business Intelligence to Intelligent Business”, CIOs devem garantir que os programas de inteligência empresarial sejam tratados como uma "transformação cultural da empresa, e não apenas como um projeto de TI".

Organizações costumam usar partes importantes do BI – como a modelagem de decisão e o suporte – para garantir que todos os trabalhadores, gestores e executivos possam tomar as decisões corretas em determinadas situações de negócio

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Microsoft lança Dynamics AX para o Varejo

A Microsoft anuncia a disponibilidade comercial no mercado brasileiro do Microsoft Dynamics AX para o Varejo, solução de ERP customizada para o setor varejista e alinhada com as regras contábeis e fiscais brasileiras. A nova solução oferece a integração de informações dos pontos de venda, call center, e-commerce, gerenciamento de lojas, Suply Chain, de merchandising e financeiras em uma única plataforma para viabilizar a produtividade do negócio e os Serviços ao Consumidor. O produto é destinado a empresas de varejo de m édio porte de vários setores da economia.

“Com a nova solução os clientes podem reduzir o custo total de propriedade, diminuir a complexidade e melhorar a precisão das informações, que é vital no atual ambiente do varejo”, afirma Mauricio Prado Silva, gerente geral de Soluções e Negócios da Microsoft Brasil. “Com o aumento do consumo no Brasil e a ascenção da Classe C, a vertical de varejo é uma das que mais cresce no mercado. Queremos ajudar as empresas do setor, que enfrentam o desafio de operar de forma mais rápida e inteligente em todas as suas divisões, a obter uma maior fidelização do cliente e manter sua vantagem competitividade”, destaca o executivo.

O Microsoft Dynamics AX para o Varejo oferece uma experiência familiar e integrada com outros produtos do portfolio da Microsoft como o Windows 7, Microsoft Office , Microsoft SharePoint Server e Microsoft SQL Server. O produto também suporta os serviços de pagamentos disponíveis e permite que os clientes faç am o processamento das transações de pagamento com os principais provedores de serviços, em múltiplos canais, incluindo comércio eletrônico, pontos de venda e transações de call center.

“As soluções permitem que os varejistas obtenham insights sobre o comportamento do cliente e utilizem este conhecimento para otimizar toda a cadeia de operações de vendas. Conseguimos entregar para os varejistas a capacidade de personalizar a experiência do cliente em múltiplos canais, para fomentar a lealdade e ter um marketing mais efetivo”, conclui Mauricio.

O Microsoft Dynamis AX para Varejo, disponível hoje em 40 países, será comercializada pela rede de parceiros Microsoft.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Projetos de TI devem suportar a estratégia empresarial

Os profissionais de TI precisam entender do negócio para poderem escolher as soluções mais adequadas, defende especialista.

A carreira do profissional de TI começa com muito entusiasmo pela parte técnica, desejo de aprender novas tecnologias e a grande vontade de explorar o mundo e inovar (gerações Y e Z). Conforme o profissional vai amadurecendo, sente a necessidade de ter não apenas uma visão técnica e experiência em tecnologias, mas também de adquirir conhecimentos de negócio.

É neste momento que surge a necessidade de especializações, como os famosos MBAs, que são um grande diferencial, visto que os profissionais de TI, gerenciamento de projetos e engenharias já possuem normalmente várias qualificações técnicas e certificações. O planejamento estratégico permite o alinhamento dos projetos da empresa com sua missão e objetivos, viabilizando o sucesso em atingir a visão. E o que isso tem a ver com TI? Tudo.

Os profissionais de TI precisam entender o negócio da empresa para poderem escolher as soluções mais adequadas e as explicar para os gestores. Muitos se queixam de que os seus projetos foram interrompidos, mas a grande verdade é que a maioria dos projetos é um total desperdício de recursos. Um livro interessante a respeito do assunto é “Escritório de Projetos Avançado”, em que Ricardo Mansur trata do tema planejamento estratégico de TI e Escritório de Projetos.

Entendendo a Estratégia da Empresa

Michael Porter diz que a lucratividade deve permear os objetivos da empresa em sua estratégia, ao passo que Tom Peters ressalta a importância de se ater ao core business na busca da excelência (foco e simplicidade).

Porter ainda diz que uma estratégia saudável começa com um objetivo correto, ambos ligados à busca de lucratividade superior. Se o objetivo é qualquer outro que não a lucratividade (ser grande, líder em tecnologia etc), sua empresa corre riscos.

Afinal, as empresas foram criadas para dar lucro aos seus donos e acionistas. Mantenha os olhos nesta big picture para não se perder nos detalhes (produto, tecnologia etc). Isto é, toda infra-estrutura de TI, suporte, redes e comunicação, devem ser adequados aos objetivos estratégicos da organização e devem atender a seus requisitos da maneira mais eficiente. Portanto, sempre se pergunte: precisamos realmente implantar algo novo? A outra pergunta seria: quais as novidades que podem nos ajudar a solucionar nossos problemas de modo mais eficiente?

Gerenciamento de Projetos

Costumo dizer que o trinômio Estratégia – Qualidade – Projetos é a base do diferencial competitivo para as empresas no século XXI. O planejamento estratégico e metodologias como BSC deram um norte e um caminho a ser perseguido pelas organizações. Já a gestão da qualidade mudou o foco dos problemas para as soluções, prevenindo os erros e buscando melhorias para as partes interessadas, principalmente os clientes. E os projetos? As metodologias de gerenciamento de projetos concretizam o planejamento da empresa em resultados reais. Por que ter uma metodologia? Porque ela garante consistência nos resultados, repetitibilidade e permite desenvolver ativos de inteligência organizacional - o que irá melhorar o aprendizado corporativo, estimativas para os próximos projetos e consolidar as melhores práticas dentro da organização.

Qual o papel da TI?

Estamos numa transição da Era da Informação para a Era da Cognição. Existe tanta informação disponível que às vezes é complicado garimpar o que é realmente importante. Esse é o papel da cognição. As pessoas agora precisam não apenas ter conhecimento, mas saber como buscar e filtrar informações e precisam saber pensar, relacionar os dados obtidos e inventar melhores maneiras de utilizar essas informações. O papel da TI é viabilizar esse processo, auxiliando a interação e comunicação, além do armazenamento e filtragem de dados. Obviamente, os requisitos de segurança e confiabilidade estão aumentando e é preciso expandir nossa visão técnica.

Mário Henrique Trentim (Diretor da iPM Consult – Consultoria Inteligente. Professor e coordenador dos cursos de MBA da CEDEPE Business School em Gerenciamento de Projetos. Membro voluntário do PMI Pernambuco da Diretoria Adjunta do Chapter

domingo, 24 de abril de 2011

A Informação apoiando a decisão

Administrar é acima de tudo decidir.



 Para tomar decisões com mais rapidez e segurança você necessita ter as informações necessárias e disponíveis no momento preciso.


O atual cenário do mundo dos negócios não permite mais que empresários e executivos tomem decisões preponderantemente intuitivas.


A concorrência e as exigências do dia-a-dia, as quais influenciam diretamente na rentabilidade e na liquidez (aumento de vendas, redução de custos e despesas operacionais, captação e alocação de recursos, combate à inadimplência, giro de estoque, financiamento de capital de giro e imobilizado, etc.), aumentaram, e somente a intuição não garante os resultados esperados.


Para melhorar o desempenho de sua empresa, sua decisão tem de estar apoiada na informação.

Sem informação ninguém gerencia nada. Quem não registra, não mede; quem não mede, não controla; e quem não controla, não administra.


Para administrar corretamente sua empresa, é preciso que você tenha sempre informações completas e atualizadas, de forma analítica e sintetizada, detalhadas em relatórios que permitam realizar o planejamento estratégico dos negócios, de modo mais eficiente.


As informações que garantem a Performance que sua empresa precisa, estão formatadas em um Programa denominado Performance Empresarial, e desenhadas em Perspectivas Avaliativas, Indicadores e Índices financeiros e não-financeiros.


Implantar o Programa Performance Empresarial em sua empresa é fundamental para tornar as operações mais dinâmicas e realizar bons negócios.


O Programa Performance Empresarial fornece ferramentas que ampliam a Visão de Administração, preparam para as Exigências de Mercado, e ajudam na Tomada de Decisões, proporcionando a Empresários e Executivos, maior capacidade para fazer sua empresa crescer.


Por Geraldo Tadeu

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O que as empresas buscam em um arquiteto corporativo

Gestores de TI relatam que existe uma dificuldade de encontrar profissionais capacitados.

Conciliar a capacidade de negociação com os conhecimentos técnicos. Assim, o COO (diretor de operações) e líder de tecnologia da empresa norte-americana de serviços financeiros PNC, John Ericksen, define o perfil do  arquiteto corporativo - profissional de TI responsável por usar a tecnologia para resolver questões relacionadas ao negócio - que a companhia procura. “Mas é muito difícil achar essa pessoa”, elenca o executivo.

O diretor sênior de TI da empresa de transportes marítimos Matson Navigation, Srini Cherukuri, confirma a opinião de Ericksen, ao relatar teve bastante dificuldade para encontrar profissionais preparados para formar o grupo de arquitetura corporativa da companhia, em 2004. Uma das principais atribuições dessa equipe é definir padrões para desenvolvimento, qualidade de software e uso das aplicações da organização.

O grande desafio da equipe de arquitetura da Matson, relata o diretor, foi transformar os sistemas isolados que rodavam na companhia em peças que pudessem ser reutilizadas em novas aplicações e processos de negócio, para tornar a TI mais eficiente. “E a habilidade de convencer as pessoas disso foi crítica”, ressalta Cherukuri.

O diretor acrescenta que os melhores arquitetos são aqueles que conseguem entender quais dados trazem mais valor para a companhia e influenciam o desenho e a integração dos sistemas, para produzir informações diferenciadas.

“Para exercer essa função as pessoas têm de entender bem do negócio e detectar as necessidades dos clientes”, adiciona Ericksen. Ele informa ainda que esses profissionais precisam apresentar um profundo conhecimento tecnológico, mas que não se restringe, necessariamente, a códigos e a linguagens de programação. O que, de forma geral, depende de uma experiência de 10 a 15 anos no setor.

(Kim S. Nash) Por CIO/EUA

segunda-feira, 28 de março de 2011

Contabilidade: mais do que formalismo fiscal

A maior parte dos empresários no Brasil desconhece as funções que o contador (ou escritório contábil) pode desempenhar na empresa, desconhece até as mais elementares práticas de Administração de Empresas, e, poucos, poucos mesmo, trabalham utilizando procedimentos de Contabilidade Gerencial, a maioria pensa que Contabilidade não passa de formalismo legal, fiscal.

Em países desenvolvidos em relação ao Brasil, quando uma microempresa é formada, significa que profissionais de níveis superiores e técnicos bem formados estão se juntando para trabalhar, a interação dos talentos é a tônica. No Brasil, a prepotência e a falta de capacidade técnica em todos os níveis, são a tônica.

Somemos isso à falta de apoio por parte dos governos e parlamentos, acostumados e pressionados a promoverem isenções fiscais para grupos econômicos de maior vulto, que não primam necessariamente pela eficiência econômica e administrativa, em detrimento do apoio aos microempresários e à formação da mão-de-obra.

O resultado não poderia ser outro: não temos técnicos e acadêmicos nas quantidades necessárias ao nosso desenvolvimento, basta atentar para nossos índices de produtividade industrial ou de desempenho do comércio e serviços, lástimas. Pior, nosso ensino médio ao nível técnico está ou foi tornado sucateado, revigorado e maquiado por estatísticas e procedimentos obscuros à sua situação real, praticados por governos estaduais que deveriam suportá-lo.

A maior parte dos empresários no Brasil desconhece as funções que o contador (ou escritório contábil) pode desempenhar na empresa, desconhece até as mais elementares práticas de Administração de Empresas, e, poucos, poucos mesmo, trabalham utilizando procedimentos de Contabilidade Gerencial, a maioria pensa que Contabilidade não passa de formalismo legal, fiscal. Assim, antes de obsoleta, no Brasil, a profissão de contador (ou técncico) é desconhecida. Isso quando algumas empresas insistem na fusão contador-administrador. Não raro, o contador é forçado ou convenientemente convidado a exercer o papel de administrador de empresas.

Os contadores profissionais (e honestos intelectualmente) são os primeiros a dizerem que não estão preparados para administrar uma organização empresarial no seu conjunto como querem alguns empresários, que por questões orçamentárias e não por escolhas técnicas, lhes impingem a tarefa de administrar. Um bom contador sequer tem tempo disponível (pelas suas muitas atribuições) para administrar por completo uma empresa, como supõe parte do empresariado brasileiro. Afinal, via de regra, ele passa parte importante de seu tempo tentando (nem sempre com sucesso) fazer ver ao empresário, que caixa da empresa não é a mesma coisa que carteira do empresário.

As empresas no Brasil (exceções) utilizam a Contabilidade como formalidade fiscal, nada mais. A Contabilidade, como instrumento de gerenciamento e entendimento da mutação do patrimônio, ainda é um sonho de verão na mente de quem clama por profissionalismo nas empresas, que aliás, expurgaram os contadores de suas dependências. O mote de certas empresas operando no Brasil, parece ser o da música cantada por Zeca Pagodinho : [.. ]deixa a vida me levar, vida levaaaa eeeeu [...]

Por Carlos Cezar Russo

sábado, 26 de março de 2011

Microsoft leva BI para 500 milhões de pessoas

Com Sharepoint e Excel, Microsoft quer ir além dos especialistas e atingir milhões de consumidores que podem se beneficiar com BI A Microsoft se prepara para entregar business intelligence (BI) para a massa com um novo conjunto de produtos que une a funcionalidade do Excel com sofisticadas habilidades analíticas direcionadas a um mercado de 500 milhões de pessoas. Afinal, a Microsoft imagina que se essa mesma quantidade de pessoas utiliza o Office, porque não oferecer BI também?
 
Nesse tipo de ambiente mais aberto e de ritmo acelerado, as empresas esperam mais e mais que seus funcionários não apenas compreendam as necessidades do mercado, mas também contribuam ativamente com ideias e observações. E, de uma forma ou de outra, muitas dessas empresas percebem que a melhor ferramenta para esse trabalho é business intelligence e as capacidades de análise, modelagem, previsão e compatibilidade que ele oferece.

Para os CIOs, o problema está na complexidade de muitas ferramentas de BI: direcionadas a especialistas sofisticados, muitos dos produtos simplesmente não alcançarão o nível necessário se o esforço de democratização se mostrar mais do que um slogan. E é exatamente aí que a Microsoft entra.

Poucas empresas demonstraram a habilidade de adaptar aplicativos robustos da forma como a Microsoft fez com o Office e outros produtos e, agora, a companhia diz que irá lançar a iniciativa BI que mescla a familiaridade do Excel com o poder do SQL Server. E, além disso, a Microsoft garante configurar o produto a fim de amenizar o fardo do gerenciamento e desenvolvimento na área de TI ao invés de aumentá-lo.

“BI self-service. Esse é nosso maior desafio”, disse Herain Oberoi, gerente de produtos da Microsoft no grupo de negócios SQL Server. “Ouvimos falar muito sobre a necessidade de democratizar BI, mas precisamos nos perguntar para quem iremos democratizar. Nesse momento, analistas dizem que BI é usado por cerca de 3% e 8% dos usuários de computador, e depois temos alguns milhares de usuários de Excel no mundo todo. E o resto de nós: 500 milhões de trabalhadores da informação? Estamos confortáveis com esse número porque é o número de pessoas que usam o Office”, disse Oberoi.

Nós não levamos ao pé da letra o ponto em que Oberoi diz que a Microsoft espera vender 500 milhões de PowerPivot para Excel; porém, com um mercado desse tamanho, mesmo uma penetração de 1% já resulta em 5 milhões de consumidores de BI e, caso a Microsoft e seus parceiros alcancem 5% de penetração, levarão BI a 25 milhões de consumidores.

Considerando os potenciais benefícios, esses números parecem prováveis, especialmente com a grande visibilidade que o espaço de BI ganhou fora da comunidade de TI nos últimos anos. Quanto mais negócios perceberem a necessidade estratégica de se engajar, de fato, com os clientes, eles perceberão que para isso, é preciso mais conscientização, informação e ideias – resumindo, mais inteligência sobre seus negócios.

A Microsoft pretende entregar isso com muita ajuda de suas plataformas Office e Sharepoint, amplamente implementadas, contou Oberoi. “Definitivamente, alavancaremos o Office e o Sharepoint e tornaremos BI acessível a esse terceiro grupo” de não-especialistas, disse em uma conversa no escritório da InformationWeek EUA, em Nova York, na semana passada. “BI precisa chegar ao ponto em que Sharepoint facilita o uso e a criação, em que os não-especialistas podem ter certeza de que têm dados limpos e podem dizer: “eis os relatórios que quero, aqui estão as pessoas com quem quero compartilhá-los e posso criar isso sozinho.”

Todos nós sabemos como isso acontece hoje: você vai até a área de TI, explica o que quer, o pessoal de TI diz que pode fazer, você pergunta quando vai receber o relatório e eles te mandam entrar na fila. A Microsoft garante que irá oferecer uma abordagem bem melhor.

“Com o PowerPivot para Excel, a TI pode sair do ciclo desenvolvimento de website e desenvolvimento de relatório e voltar para a construção e gerenciamento de infraestrutura, que é sua real função”, disse Oberoi.

“O pessoa de TI diz: “e quanto a compliance e gerenciamento?” – é essa a nossa abordagem, assim como com Sharepoint, o ponto é que BI pode, agora, ser ‘auto-gerenciada”: com Sharepoint, a TI tem visão completa sobre o que está sendo criado. Assim que uma solução é publicada no Sharepoint, a área de TI sabe – e da mesma forma com o PowerPivot para Excel – e pode ter uma visão agregada de tudo o que está sendo usado, o que não está sendo usado e como os recursos devem ser mais bem aproveitados.”

O segredo para conquistar a confiança e o suporte da área de TI, de acordo com Oberoi, é a capacidade embutida de BI auto-gerenciável: “isso permite que a TI faça todo seu trabalho em um nível consistente de infraestrutra – monitorando e gerenciando – em vez de um nível projeto-por-projeto, em que é necessário desenvolver e consertar tudo”.

A ferramenta de criação de relatório vem com o PowerPivot para Excel e as ferramentas de colaboração vem com o PowerPivot para Sharepoint e, ao usar essas duas plataformas mundialmente usadas e confiadas, Oberoi diz que a Microsoft está confiante que irá conquistar grande parte desses 500 milhões de consumidores. “Acreditamos que isso vire o jogo e realmente corresponda à democratização de BI”.

por Bob Evans | InformationWeek EUA

quinta-feira, 17 de março de 2011

BI e CRM: Aliados das grandes empresas

Saber o que cada cliente quer e atender prontamente seus desejos parece impossível para uma empresa com milhões de clientes. Inseridas num mercado competitivo e em constante mudança, que provê descontos e benefícios a todo instante, as grandes empresas despendem de grandes mecanismos para gerenciar seus clientes e propor ações para retê-los. Antecipar-se as necessidades dos clientes e oferecer produtos e serviços inovadores, na maioria das vezes, são desafios pouco superados.


São as estratégias em Business Intelligence (BI) aliadas as técnicas de gestão e relacionamento com o cliente (CRM) que possibilitam estes e inúmeros outros ganhos de uma só vez. A promessa é de gerar maior lucratividade, como consequência do envolvimento com o cliente e do uso de tecnologia de ponta.
A tecnologia é fundamental para a gestão efetiva de clientes, mas é totalmente dispensável se não houver processos bem definidos, pessoas capacitadas e uso adequado dos softwares e das informações geradas.

O primeiro passo é identificar quais informações dos clientes são pertinentes ao negócio e como elas poderão incidir em ações para propiciar encantamento e retenção. O passo seguinte é analisar cada setor e como o envolvimento do cliente com a empresa acontece. Daí em diante, o armazenamento e análise destes dados, através de recursos tecnológicos, entregarão ao Gestor a informação exata para que ele possa tomar sua decisão, em prol da empresa e em benefício do cliente.

Parte das grandes empresas do Brasil ainda armazenam as informações sobre seus clientes em arquivos simples ou em Excel. Dados importantes de ganho ou perda de clientes, aumento ou queda nas vendas, por exemplo, muitas vezes são descobertos com semanas de atraso, o que pode comprometer uma ação de reversão desses quadros. A tecnologia vem ao encontro desta necessidade, em favor do tomador de decisões da empresa, para auxiliá-lo em seu trabalho.
Para que as informações possam ser precisas e se tornem eficazes, a capacitação de profissionais para busca e armazenamento das informações é essencial. De nada adianta despender de tecnologia de ponta para análise das informações da empresa e dos clientes se os dados forem inverídicos, por terem sido coletados em um momento impróprio ou solicitados de maneira que o cliente se sentiu incomodado. Por isso, é fundamental que todos os processos sejam muito bem definidos, combinados com a constante capacitação dos colaboradores.

Empresas brasileiras têm cada vez mais acesso a soluções em BI e CRM. Prova disso é o aumento significativo nas vendas de SAP no Brasil, no segundo trimestre de 2010. O país representou 46% de toda a receita da companhia alemã na América Latina, tornando-se sua quinta operação mais rentável mundialmente.

Já a última pesquisa realizada no Brasil apontou um crescimento no mercado de CRM de 27,7% nos anos de 2005 a 2009, contabilizando R$ 907 milhões no ano passado. O estudo foi realizado pelo Tech Lab - laboratório de pesquisas e análises de tecnologias da E-Consulting Corp - e divulgado em março de 2010.

Patrícia Stedile

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Business Intelligence exige transformação cultural, aponta Gartner

Sua implantação não deve ser vista como a de mais um projeto de TI. Analistas da Gartner aconselham foco no fornecimento de dados às pessoas certas.



Os CIOs devem garantir que os programas de “business intelligence” (BI) são tratados como uma “transformação cultural do negócio, e não como mais um projeto de TI”, dizem os analistas do Gartner no estudo “From Business Intelligence to Intelligent Business”.


Organizações costumam usar partes importantes do BI – como a modelagem de decisão e o suporte – para garantir que todos os trabalhadores, gestores e executivos possam tomar as decisões corretas em determinadas situações de negócio. “Tradicionalmente, o BI tem sido utilizado para relatórios de desempenho a partir de dados históricos, e como uma ferramenta de planejamento e de previsão para um número relativamente pequeno de pessoas em organizações que se baseiam em dados históricos para planejar o futuro”, diz o analista do Gartner, Patrick Meehan. A antecipação de cenários futuros permite “um exame dos novos modelos de negócio, novas oportunidades de mercado e novos produtos, e cria uma cultura de oportunidade”.


O Gartner considera que usar as informações para fornecer uma visão inteligente para melhorar o desempenho empresarial é um grande desafio, mas destacou três dicas de como usar o BI para criar “negócios inteligentes”:


1- focar os esforços do BI para entregar a informação certa às pessoas certas. Aplicar uma orientação de processos de negócios para BI que ligue horizontalmente áreas funcionais e clientes e parceiros externos. O BI deve abordar todos os níveis profissionais e de gestão na organização.


2- mudar a mentalidade de mais informações para a de resposta às perguntas certas. Estimular o valor do “impacto da decisão”. O foco em um conjunto muito limitado de questões de negócio importantes irá orientar os usuários para decisões baseadas no BI que tenham o máximo impacto nas estratégias e objetivos do negócio.


3- criar equipes de projeto com base nas necessidades de informação. Essas equipes devem considerar não só quem possui os dados, mas também o interesse dos departamentos nas informações que serão geradas. Quebrando ilhas de propriedade dos dados o BI precisa fazer fluir a informação para cima e para baixo nas cadeias de gestão, bem como através das funções. As decisões de negócio com maior impacto nunca existem isoladamente, afirma o Gartner.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

BI impulsiona mudança nos modelos de gestão

Abordagens operacional e estratégica distinguem projetos envolvendo sistemas de business intelligence. CIOs acreditam na adoção desse tipo de solução como ferramenta para mudança do modelo de gestão das companhias. Iniciativas envolvendo projetos de BI geraram boas discussões no Intercâmbio de Ideias do IT Forum 2010. Os debates permearam questões críticas como a dificuldade de envolver a alta gestão como patrocinadora; unificação de base de dados garantindo consistência; definição de papéis e responsabilidades da TI e das áreas usuárias e uniformização de conceitos.



O que ficou claro é que soluções eficientes existem no mercado e são commodity. Resta aos gestores a definição da estratégia de entrada e conduzir a implantação da tecnologia para levar o aplicativo ao nível estratégico. Processos definidos configuram-se em outra questão importante na hora de implementar uma ferramenta de maneira eficiente.


"O segredo do BI está no data warehouse. Se você tiver um DW perfeito, tudo funcionará bem", opina Frederico Wanderley, CIO das Casas Bahia, que apresentou seu case no evento. A gigante varejista adotou um processo único para aproveitar dados corporativos. "Isso confere padrão às informações." Há seis anos a empresa roda uma ferramenta da Cognos. Atualmente, a companhia tem um terabyte de dados na ferramenta que analisa todas informações de negócio praticamente em tempo real. Máquinas robustas processam os cálculos durante 4h30 durante a madrugada para serem disponibilizados já no início do expediente das lojas.


A Casas Bahia explora muito as facilidades de cubo para acesso mais visual a apresentação dos dados. Informações consistentes suportando os cubos permitem aprofundar-se na análise, que vai desde contratos, serviços, tipos de venda, desempenho da loja virtual, entrega, bandeira do cartão de crédito usada e análise do crescimento de venda das lojas, por exemplo. Fred está há três décadas na companhia e, por conhecer bem a empresa e o negócio, pode enriquecer o uso do aplicativo.


Fora da zona de conforto:


Após abertura de capital, a Cyrela captou recursos e comprou terrenos, sua principal matéria-prima. "A questão aí era definir qual rumo seguir", recorda Rogério Pires, CIO da incorporadora que conduziu outro grupo de gestores de TI na discussão do tema. A companhia começou com um projeto de adoção da ferramenta mapeando processos e conectando três áreas cruciais para o negócio: terrenos, inteligência de mercado e vendas.


A expectativa do projeto era reunir tudo em uma única base de dados, cruzar informações e gerar cenários. A adoção demandou mexer nos processos e isso tirou funcionários da zona de conforto. Para resolver a questão, Pires envolveu as áreas de negócios, transformando-as em donas do projeto. Quinze pessoas, das três áreas e da TI, envolveram-se na iniciativa. Ao mesmo tempo em que analisavam qual ferramenta atenderia suas expectativas, a Cyrela construía seu data warehouse.


O nível de detalhamento culmina em mapas com informações de negócio que ajudam identificar pontos de empreendimento, terrenos viáveis, clientes em potencial; intercalando isso com dados do mercado e concorrência. Os benefícios verificados por Pires na adoção de uma ferramenta diminuíram o volume de relatórios e conferiria independência à área de TI, pois o usuário passaria a dono da informação.


por [Felipe Dreher]

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A expansão do BI - os benefícios da inteligência de ponta a ponta

É fato que o mercado contemporâneo está cada vez mais competitivo e exigente. Hoje em dia, fazer bem já não é mais suficiente, sendo necessário ser o melhor naquilo que se faz. Dentro desse cenário, ferramentas de BI tornam-se vitais para as organizações que buscam inovar e se destacar, proporcionando vantagem competitiva ao trazer a informação certa, ao lugar certo e na hora certa. Porém, o que se percebe atualmente é que a ferramenta, apesar de suas potencialidades estratégicas, ainda é bastante subutilizada.
Atualmente, cerca de 60% das empresas utilizam BI apenas para subsidiar a parte gerencial do negócio, deixando de lado outros setores que poderiam ser extremamente beneficiados com a tecnologia, como a linha de frente, os fornecedores, e até mesmo os próprios clientes. Esse conceito, denominado BI Pervasivo, pode até soar como novidade para alguns, mas já funciona a pleno vapor em outras partes do mundo, como nos EUA, na França e no Canadá.
Já existem inúmeros cases de empresas globais que utilizam ferramentas de BI inseridas em seus processos cotidianos, operacionalizando os mais diversos tipos de estratégia. Podemos citar como exemplo a varejista HBC, do Canadá, que solucionou com BI um problema de fraude nas devoluções de mercadorias. Os fraudadores imprimiam tickets falsos de venda e iam às lojas da HBC para devolver itens supostamente comprados na rede. Para combater o esquema, as lojas passaram a utilizar um histórico de vendas de 65 semanas e, mesmo consultando um grande volume de dados, os funcionários conseguem saber, em menos de 20 segundos, se a solicitação é verdadeira ou não. Para os clientes verdadeiros, satisfação garantida e, para a loja, 5% de redução nas devoluções e 30% de redução nas devoluções fraudulentas, que agora podem ser feitas até mesmo sem a apresentação do ticket de venda.
Há também inúmeras seguradoras na Europa e nos Estados Unidos que já utilizam ferramentas de BI para analisar, além dos dados demográficos do indivíduo e histórico de sinistros, dados geoespaciais (GPS). Com isso, elas conseguem precificar o valor do seguro de veículos de maneira personalizada, levando-se em conta a quilometragem rodada e o risco dos locais de uso de cada veículo.


Além dessas aplicabilidades operacionais, outra forma bastante positiva e estratégica de utilização dos sistemas de BI diz respeito à fidelização dos clientes que encontram ofertas de produtos diferenciados. Isso foi feito pela rede Harrah´s (EUA), que utiliza recursos de alta obsolescência como ingressos de shows e disponibilidade nos restaurantes dos seus hotéis/cassinos para fidelização de seus clientes e para aumentar o tempo de permanência deles na rede. A empresa conseguiu aumentar em mais de 20% a sua base de clientes VIP.
Na mesma linha, a Continental Airlines (EUA), por meio da análise massiva de seu banco de dados, desenvolveu operações voltadas para situações consideradas incomuns, como furacões, fechamento de aeroportos, cancelamento de voos, entre outras. Nessas condições, o uso de inteligência perpassa o nível operacional e chega diretamente ao cliente afetado, que recebe tratamento diferenciado dentro do programa de milhagens da empresa.
Nesse caso, a eficiência operacional é outro benefício decorrente do uso "near real-time" dos dados centralizados, permitindo à empresa reagir rapidamente em casos extremos. A Continental atribui um benefício financeiro de mais de US$ 500 milhões à arquitetura de Active Data Warehouse, englobando aumento de receita e redução de custos.
Como podemos perceber, BI pode ser bem mais do que uma simples ferramenta de apoio à tomada de decisão, pois com sua abrangência ampliada, saindo da área gerencial para chegar diretamente ao cliente, ela possibilita um modelo de negócio dinâmico e eficaz. Na verdade, é até mesmo difícil delimitar as funções desse tipo de ferramenta, que além de facilitar processos e fidelizar clientes pode possibilitar inovações estratégicas valiosas ao negócio.
Esse cenário, de certa forma, já sinaliza para alguns a morte lenta do BI tradicional, em que as informações disponível são "as de ontem". Caberá às empresas agora unirem uma dose de empreendedorismo às ferramentas disponíveis para se destacarem ou, em uma visão mais apocalíptica, sobreviverem.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Amil reduz tempo de resposta do BI em até 60%

Empresa migra para a versão de banco de dados SQL Server 2008 R2 e ganha performance suficiente para suportar crescimento da base e agilizar decisões estratégicas.



A rede de assistências médicas Amil é uma das principais empresas no cenário de consolidação de companhias do setor de Saúde no País. Com muitas aquisições nos últimos anos, a empresa já soma 5,2 milhões de usuários, 13% de todo o mercado brasileiro, resultando em uma base de informações de 80 terabytes, a respeito de todos os clientes e transações da companhia.

Para agregar todas essas informações no sistema de Business Intelligence (BI) e aumentar o desempenho, a empresa optou por migrar parte do banco de dados para SQL Server 2008 R2, que ainda estava na base beta na época de adoção. Com a ferramenta, a empresa reduziu de 40 a 60% o tempo de resposta da ferramenta.

Testado primeiro pela alta gestão da companhia, no nível estratégico e tático, os usuários sentiram a diferença ao cruzar informações mercadológicas para a tomada de decisões. O gerente de BI da Amil, Antônio Júlio Gualter, dá um exemplo prático: em muitos casos os gestores precisam extrair uma série de relatórios sobre o perfil de uso de beneficiários em determinadas regiões. “Obter cada relatório desses podia levar até 2 minutos. Hoje, eles são obtidos em menos de 1 minuto”, afirma Gualter.

O tempo menor de resposta do BI permite tomadas de decisões mais ágeis no campo estratégico, mas a migração do banco de dados também trouxe benefícios do ponto de vista da gestão de TI. De acordo com Gualter, a ferramenta agrega controle automático de rotinas de atualização, que dá respostas em tempo real sobre o andamento do processo e tempo para finalização.


“Antes era necessário alocar um profissional para fazer tudo isso manualmente”, avalia Gualter, que ganhou um profissional para se focar em questões mais estratégicas.


Tão importante quanto todos esses ganhos, segundo Gualter, é a garantia de longevidade de soluções. A Amil está em processo avançado de aquisições e incorporação de novos usuários à base e tem a meta de se tornar uma das maiores companhias do mundo. “A evolução na ferramenta é essencial para esse direcionamento estratégico da empresa”.


Gualter destaca também a presença do Microsoft Sharepoint 2010 no projeto. O ambiente de colaboração passou a ser o publicador de todos os resultados dos relatórios analíticos, graças à integração aprimorada com o banco de dados. “Antes tínhamos de desenvolver todas as ferramentas de manipulação de consultas para publicar resultados. Esse processo também passou a ser automático”.


Mesmo com o ganho de produtividade e um ambiente mais automatizado, a Amil quer contratar profissionais para sua equipe de BI, o que comprova a importância da área para a companhia. Hoje Gualter comanda nove profissionais totalmente focados em BI e pretende que sua equipe chegue a 14 pessoas até o final do ano.


O grande obstáculo encontrado pela Amil, no entanto, é a qualificação de profissionais. A empresa já estabeleceu programas de treinamento interno nas novas ferramentas. Para contornar o problema, a solução foi treinar os profissionais com a ajuda da própria Microsoft. “Estamos agora com um trabalho focado em recrutar profissionais com know-how nessa área. Esse passou a ser nosso grande desafio”, conclui.


Por Rodrigo Afonso, da Computerword