BR&M Tecnologia

terça-feira, 31 de julho de 2012

Como permitir o trabalho em casa sem correr riscos

Deixar que alguns funcionários façam seu trabalho em casa é uma modalidade que tem se popularizado em todo o mundo. À primeira vista, parece um bom negócio: a empresa enxuga despesas de escritório e o profissional ganha flexibilidade na agenda e corta despesas com combustível e refeições.

Só que essa economia toda pode se transformar em prejuízo para os empresários que não ficarem de olho na jornada e no ambiente para o trabalho a distância. Especialmente depois que a presidente Dilma Rousseff sancionou, no final do ano passado, uma lei que dá aos trabalhadores remotos os mesmos direitos dos que atuam no escritório da empresa.

Essas regras definem, por exemplo, que eles também podem receber adicional noturno, horas extras e assistência em caso de acidente de trabalho. Por isso, atentar para esses aspectos é essencial para que a iniciativa não se transforme em fonte de prejuízo, alertam advogados em um artigo publicado no site da Fox Business.

Em primeiro lugar, o empresário deve identificar se existem, na casa do trabalhador, fatores que coloquem em risco sua segurança física, alerta o advogado Jeffery Kaufman. Assim, evitará processos por danos e acidentes de trabalho.

A segurança dos dados da empresa também é colocada em risco, já que o teletrabalhador acessa, em sua máquina, dados confidenciais e compartilha estratégias secretas com a sede da empresa. E quem trabalha a distância nem sempre tem o mesmo grau de lealdade ao negócio de quem está ao alcance do chefe, reforça o advogado Paul Lopez.

A tática para proteger esse tipo de informação, segundo Kaufman, é fornecer ao funcionário um computador da empresa que venha equipado com softwares de segurança que bloqueiem o compartilhamento de dados considerados secretos. Um deles, menciona Lopez, é o que notifica a empresa quando algum dado confidencial é acessado ou copiado sem autorização.

“Para eliminar esses riscos, é interessante pedir a todos que assinem um documento em que assumam a responsabilidade por não compartilhar segredos da empresa, deixando claro que essa ação viola as regras da companhia”, completa Kaufman.

O controle remoto de horas extras é mais difícil e merece atenção. Como não dá para ficar de olho na entrada e na saída das pessoas, a saída é adotar um software para que os funcionários façam login quando começam uma tarefa e logout quando a terminam. Isso também permite acompanhar a gestão do tempo desses profissionais e saber se estão trabalhando demais – ou menos do que deveriam.

Os gestores também podem pedir aos funcionários que preparem e assinem uma planilha diária de trabalho. Ela serve como um registro do tempo dedicado às tarefas e evita que eles posteriormente processem a empresa para receber por horas extras.

“Na hora do pagamento, o empresário pode pedir ao funcionário para verificar e assinar um documento com a quantidade de horas trabalhadas que estão sendo remuneradas”, completa Lopez.

Por Bruna Maria Martins Fontes

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Como proteger seu e-mail no trabalho

Clássica forma de mensagem resiste no ambiente profissional, apesar do avanço das redes sociais; conselhos incluem senhas fortes e conexões HTTPS.
Apesar da popularidade dos meios de comunicação em tempo real como mensagens instantâneas, assim como updates no Facebook e no Twitter, a maioria dos ambientes de trabalho ainda usa e depende do bom e velho e-mail. Por mais útil que ele seja, também pode ser perigoso. Arquivos anexos podem trazer vírus, e mensagens de e-mail podem esconder links para ataques de phishing que te levam a sites falsos em uma tentativa de roubar suas informações de login.

Grandes empresas de tecnologia, incluindo Google e Facebook, buscam estabelecer um novo padrão chamado DMARC para reduzir essas ameaças no futuro. Mas enquanto isso não acontece existem cinco coisas que você pode fazer para deixar seu e-mail mais seguro. Confira abaixo.

1. Use uma senha...
Parece óbvio, mas nem sempre é. Sua senha é sua primeira e mais importante linha de defesa na proteção do e-mail. Apesar de a maioria dos sistemas de e-mail exigir, existem muitas maneiras de não precisar para acessar seu e-mail. Por exemplo, usar o Outlook ou o Thunderbid em um notebook sem nenhuma tela de login deixa expostos todos os e-mails que já foram baixados, mesmo que você use uma senha para fazer o download. Se você não tem senha ou PIN em seu telefone móvel, seu e-mail também é deixado sem proteção. Esteja certo de exigir senhas em qualquer aparelho que tenha e-mail, assim como com em qualquer programa.


2. ...e esteja certa de que é segura
Apesar de usar uma senha ser algo essencial para proteger seus e-mails armazenados localmente, ter um código seguro é algo crítico para e-mails com acesso remoto. Ao usar uma senha que seja complexa, com pelo menos oito caracteres que misture letras e números e inclua maiúsculas e símbolos, o ato de adivinhar ou “crackear” torna-se dramaticamente mais difícil. Além disso, usar senhas diferentes para cada conta que você tem evita que uma exposta em um sistema seja usada e comprometa o acesso a outros serviços.


3. Use conexões HTTPS
Quando estiver em sistemas de e-mail baseados na web, use o método seguro HTTPS, que criptografa seus dados à medida que viajam na Internet, e sempre que possível torna mais difícil que seus dados sejam interceptados e caiam em mãos erradas. Sistemas como o Gmail, da Google, ou o Hotmail, da Microsoft, oferecem uma opção para usar o HTTPS. Busque pelo HTTPS no início do endereço do site na barra do seu navegador. Em browsers mais novos, você verá também um cadeado verde lá, indicando que a página é segura.


4. Evite anexos
Tome cuidado com o que você faz com seu e-mail, especialmente ao abrir anexos – como podem conter vírus e malwares, abra apenas as mensagens com arquivos que já esteja esperando. Os vírus podem se esconder em mensagens dos seus amigos (ou que parecem ser deles), por isso, quando estiver em dúvida, pergunte ao remetente o que há no anexo antes de abrir. Não recuse um scan por vírus se o seu serviço de e-mail oferecer ao baixar o anexo. Outros métodos de compartilhar arquivos, como usar o Box.com ou Dropbox, são mais seguros. Mas mesmo com esses, esteja certo de estar usando uma conexão segura e que o arquivo esteja vindo da conta do seu colega, e não de um impostor.


5. Fuja de ataques de phishing
Se você é o alvo de um ataque de phishing, uma mensagem de e-mail enviada para você parecerá ter sido enviada por uma fonte que você conhece. Esses ataques usam links para te levar para um site falso que tenta te enganar e fazê-lo digitar suas informações de login, o que permitirá aos criminosos acessarem sua conta verdadeira. Esforços atuais tentam reduzir esse perigo, como a recém-anunciada colaboração DMARC, que uma vez adotada deve ajudar a assegurar que as mensagens sejam realmente de quem afirmam ser. Mas até que esses e outros esforços parecidos cheguem para valer, evite clicar em links dentro de mensagens de e-mail, mesmo aqueles que parecem ser dentro da sua própria empresa. Em vez disso, use um favorito (bookmark) que já tenha salvo ou digite um endereço manualmente para um site que deseja visitar.


Por PC World

A Empresa Social – Uma Missão para o Microsoft Office 365

Quando falamos sobre colaboração, sempre esbarramos no assunto do momento – as redes sociais! Após o boom das redes para uso pessoal, e também as redes sociais específicas (para networking e interessados num mesmo tema), surge uma nova modalidade: as redes sociais internas, mais conhecidas como redes sociais corporativas.

As redes sociais e os ambientes colaborativos são hoje, os melhores meios com que as pessoas se comunicam e colaboram. Já as redes sociais corporativas reúnem também em uma plataforma online profissionais, clientes, fornecedores e parceiros. Em alguns casos, as redes sociais corporativas reúnem apenas os profissionais, sem expandir o acesso para fora da empresa.

Facebook e Twitter transformaram completamente a forma como nos conectamos em nossas vidas pessoais e as novas ferramentas sociais estão tornando cada vez mais fáceis e produtivas as atividades que desenvolvemos no trabalho.

No meu entender, a rede social corporativa capacita os funcionários a serem mais produtivos e bem sucedidos, permitindo-lhes colaborar facilmente, tomar decisões mais inteligentes mais rapidamente, e se auto-organizar em equipes para assumir qualquer desafio empresarial. É uma nova forma de trabalho que, naturalmente, impulsiona o alinhamento dos negócios e agilidade, reduz os tempos de ciclo, envolve funcionários e melhora o relacionamento com clientes e parceiros. É por esse motivo que eu acredito que o empreendimento social precisa ser uma parte natural da maneira como as pessoas fazem as coisas, criando uma experiência conectada que se estende e aprimora ferramentas familiares.

A Microsoft reconhece que as empresas muitas vezes precisam proteger e gerenciar as interações sociais, assim como utilizar outras formas de comunicação. A equipe de SharePoint da Microsoft investe seriamente nisso e projeta realizar ambos os objetivos.

Neste post, eu pensei em destacar como os novos recursos sociais me ajudam a fazer meu trabalho:

Uma nova maneira de trabalhar como um time

Uma das primeiras coisas que você verá na nova versão do SharePoint é o feed de notícias social. O feed de notícias tem vários pivôs que me ajudam a concentrar-se em diferentes tipos de informações.

Por Mauricio Cassemiro

quinta-feira, 26 de julho de 2012

CRM o alinhamento com as estratégias de vendas e marketing

É preciso atualizá-lo frequentemente em razão das mudanças internas, objetivos de negócios e questões organizacionais.
Ajustar sistemas de relacionamento com o cliente (CRM) e também os de vendas e de marketing não é tarefa fácil e demanda tempo. Portanto, a recomendação dos especialistas é que esse trabalho seja realizado por etapas em razão da complexidade e da escassez de talentos especializados.

Há muitos profissionais no mercado, mas tentar encontrar um com experiência é como caçar agulha em palheiro. O ideal é que a companhia direcione os funcionários e consultores da equipe, e, em paralelo, trabalhe para ajustar a tecnologia.

Claro que existirão interdependências e questões políticas que afetam o sistema CRM e seus usuários. Mas muito pode ser feito para dissociar essas dependências e tornar mais simples o retrabalho e a reconfiguração de forma assíncrona.

O que pode ser feito imediatamente no CRM

Não importa como se apresentam as áreas de vendas e de marketing, há muitos trabalhos fundamentais que podem ser iniciados imediatamente. O primeiro passo é uma avaliação básica dos problemas do sistema, seguindo o roteiro a seguir. Contudo, as respostas dessas questões podem gerar correções que provavelmente irão manter a equipe de CRM ocupada por semanas.

• Como o modelo foi modificado?

• Onde há campos personalizados e o que eles estão destinados a alcançar?

• Quais funcionalidade personalizadas foram adicionadas (por meio de código personalizado ou plug-ins)? Estão funcionando como pretendido?

• Quais são a semânticas dos dados (especialmente para campos personalizados)?

• As integrações do sistema funcionam corretamente?

• Quais são os problemas de usabilidade?

O que pode ser feito imediatamente no Marketing

É necessária uma avaliação objetiva. Estabelecer os procedimentos a seguir pode levar muitas semanas, de fato, mas são necessários, não importa se outras mudanças tenham de ocorrer.

• Quantidade, prioridade e qualidade das campanhas de Marketing: normalmente, elas precisam ser reorganizadas e renomeadas para suportar o marketing atual e ajudar a atingir as metas.

• Os formulários web e as páginas de destino: o design dessas páginas é fundamental, por isso, é preciso realizar testes com o público alvo. Primeiramente, é importante desenvolver a infraestrutura e os processos, em seguida, os testes.

O que pode ser feito na área vendas

Ao atualizar uma estratégia de, pode haver mudanças de política que ficam muito longe do status quo – especialmente se houver uma mudança de canal ou segmento alvo de mercado. Mesmo assim, o pessoal de vendas pode ajudar a construir o futuro com ações alinhadas ao CRM:

• Ajudar a equipe de CRM a compreender a semântica dos campos personalizados, os valores da lista de opções, e os fluxos de trabalho.

• Auxiliar a equipe de CRM a entender as políticas e os processos de negócios no início e no final do ciclo de vendas, especialmente aquelas que envolvem parceiros.

• Ajudar a equipe de CRM a compreender as questões de usabilidade, particularmente os itens que diminuem a credibilidade do sistema.

• Fazer a limpeza nos dados estratégicos.

O que se pode esperar

Há determinadas questões que simplesmente não podem ser inseridas no CRM até que as áreas de vendas e de marketing consolidem suas lideranças. A lista abaixo pode parecer simples, mas cada item tem ramificações em todo o sistema de CRM:

• Definição de áreas de atuação, especialmente quando existem sobreposições de algumas áreas de negócios.

• Definição de equipes de vendas e de apoio.

• Regras de engajamento de parceiros de canal.

• Cotas e modelos de previsão; plano de compras e estrutura de incentivos.

• Lista de preços de estoque, quantidade de listas de preços, e horários de desconto.

• Padrão, termos, condições e processos relacionados que necessitam de aprovação interna.

Os sistemas de CRM são altamente críticos para os negócios e portanto necessitam estar alinhados às estratégias da corporação. Para serem eficazes, eles devem, portanto, estar em sintonia com políticas, processos e pessoas nas áreas de vendas e de marketing. Eles devem estar apoiados em metodologia ágil , que integre todas as necessidades de negócios da empresas e preparados para se adaptar às mudanças organizacionais de maneira a garantir seu bom funcionamento com agilidade para não impactar nos negócios.

Por David Taber

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Cientista de Dados o que ele é capaz de fazer por sua empresa?

Mais do que conhecimento em estatística, matemática e TI, profissional reúne a habilidade de encontrar uma agulha no palheiro.
Uma adolescente vai ao supermercado e, ao passar no caixa, recebe um folheto informativo sobre gravidez. Ela ainda não sabe, mas, a partir da listagem de produtos comprados, foi identificada a probabilidade de gestação, confirmada semanas depois. Como chegaram ao resultado? Por meio do somatório de tecnologia, análise e, claro, o trabalho de um... cientista de dados.

Nos últimos meses, a carreira despontou como uma das mais promissoras em tecnologia da informação, especialmente com a explosão do Big Data, termo usado para descrever a grande quantidade de dados que precisa ser analisada para apoiar as tomadas de decisão. Já é considerada por analistas do mercado a profissão do futuro. A previsão de dobrar o volume de dados a cada dois anos e o salto de Hadoop [projetado para uso intensivo de dados] tem impulsionado a importância desse talento.

“Em meio a uma montanha de dados, o cientista de dados deve localizar padrões e identificar insights, fornecendo subsídios para que empresas identifiquem o melhor caminho para conduzir os negócios e conquistar diferencial competitivo”, explica Pedro Desouza, cientista de dados da EMC, que há 20 anos trabalha no segmento.

É como encontrar uma agulha no palheiro. “Cientista de dados é aquele que, normalmente, tem formação em Ciência da Computação, Matemática e Estatística com conhecimentos profundos nessas áreas. Mais do que isso, ele entende de negócios”, descreve Desouza. É ainda alguém curioso, que gosta de resolver problemas e não tem medo de errar e se comunicar.

Explicar a aplicação dos resultados matemáticos na linguagem dos negócios é vital nessa profissão. “Existem pessoas altamente técnicas que falham em não se preocupar com esse ponto. Aquele que adota essa postura, rapidamente, vai parar no terceiro subsolo do prédio”, brinca. Saber extrair informação de um banco de dados também faz parte da lista de um bom profissional da área [veja mais no quadro].

Cientista de dados é diferente de um estatístico. “Um estatístico não manipula dados. Ele os recebe em um arquivo e não participa do caminho anterior. O cientista tem conhecimento fim a fim, desde a fonte até o produto final”, esclarece.

De fato, prossegue o executivo, encontrar um profissional que reúna características tão particulares não é tarefa fácil. “Levando em conta que a demanda por cientistas de dados é latente e cresce, esse sujeito começa a ficar raro”, assinala. Não por acaso, seu salário gira em torno de seis dígitos nos Estados Unidos.

Esse quadro tem levado a uma inflação do mercado, observa. “A busca é tão alta que pessoas que trabalham em campos relacionados inserem em seus currículos palavras-chave como ‘Hadoop’, ‘Big Data’, para atrair a atenção das empresas, mesmo sem o conhecimento necessário”, explica.

Desouza enfrenta esse desafio na hora de contratar. “Para driblar, busco sólido embasamento estatístico e matemático, experiência em desenvolvimento Java, algoritmos estatísticos e PhDs.” Ele diz que uma das estratégias que tem adotado é localizar esses profissionais em conferências técnicas de alto nível. “Contratei dois dessa forma.”

Para companhias que querem fisgar esse especialista, ele recomenda a ajuda de uma consultoria. Isso porque, segundo ele, é preciso, em primeiro lugar, desenvolver uma cultura analítica. “Além disso, ainda há dúvidas sobre para quem o cientista de dados vai se reportar: para o CEO? Ele estará posicionado na estrutura de negócios ou TI?”, questiona.

Além da sala de aula

Desouza reuniu as competências necessárias ao longo do tempo por meio do acúmulo de experiência. “O volume de conhecimento é crítico e o grande desafio da profissão. Não se aprende com um único curso”, observa. O executivo, por exemplo, formou-se em 1985 no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e partiu para o mestrado em seguida, também no ITA, e doutorado na Carnegie Mellon University (CMU), em Pittsburgh, nos Estados Unidos, país que mora até hoje.

O tema de sua especialização foi o primeiro passo para que ingressasse na área. “Optei por abordar a otimização de problemas de grande porte. A complexidade me chamou a atenção”, diz. “Esse desafio passou a ter valor de negócios, abrindo oportunidades no mundo corporativo”, completa.

Atuou na IBM, BusinessObjects, Qualcomm e lidera, desde o início de 2011, na área de consultoria da EMC, uma equipe de 15 PhDs, que têm formação em matemática e estatística com conhecimento de indústrias. “Temos contratos com grandes clientes, especialmente em setores como varejo, finanças, companhias aéreas, internet e energia que querem tirar conhecimento de ‘caixas’ para reduzir custos e serem mais efetivos em suas estratégias”, aponta.

Estar em linha com o que há de novo na literatura fez a diferença em sua trajetória. “Muitos departamentos de pesquisa realizam estudos na área. É preciso ver o que é publicado nos jornais científicos, misturar com os requerimentos do cliente e adaptar os algoritmos para atender às necessidades”, afirma.

E como funciona o dia a dia do cientista de dados? Na área de consultoria, diz, tudo começa com um bate-papo com o cliente para entendimento dos processos. “Depois, pedimos acesso ao banco de dados. Não queremos que eles nos forneçam os dados, porque pode haver uma filtragem e eliminação de informações que podem ser importantes”, explica.

Diante de terrabytes de dados, o profissional deve aplicar algoritmos, analisar e fazer descobertas. “A busca começa no escuro, já que o universo é baseado em algoritmos probabilísticos, então, não tem uma resposta correta para o problema”, observa.

Mas a natureza do Big Data ajuda a ser mais assertivo. “É diferente da estatística pura e por isso não generaliza. É possível entender o padrão de consumo de um usuário e não mais de um grupo”, explica. Ele aponta que a tecnologia é fundamental nesse processo, porque análise e modelo estatístico são somente a ponta do iceberg.

Ele cita a aplicação do conceito na área de saúde. Por exemplo, um médico recomenda uma cirurgia para um paciente em determinadas condições e ele pede autorização para o plano, a combinação tecnologia + análise + atuação do cientista de dados em tempo real pode alertar o médico se ele realmente quer partir para o procedimento, levando em conta que naquelas condições, 70% de seus colegas sugerem outros exames. “A TI tem enorme potencial do ponto de vista humano”, conclui.
Por Déborah Oliveira

terça-feira, 24 de julho de 2012

CRM – cliente ocupa o centro dos processos do negócio

As empresas já reconhecem CRM (Customer Relationship Management) como uma estratégia que gera diferencial competitivo e sabem que não se trata apenas da implementação de uma nova tecnologia. Dado que o crescimento e a qualidade da receita vigoram entre os principais objetivos das organizações, trata-se de uma ferramenta essencial que vem sendo incorporada à visão de conjunto. Quando o assunto é CRM, especialistas enredam-se pelos caminhos de tecnologias, processos e pessoas. Mas, será que existem de fato processos próprios de CRM?

Inicialmente, o CRM costuma ser visto como uma estratégia de preservação das boas relações comerciais com clientes ou, ainda, com os diferentes públicos de relacionamento da companhia, garantindo o melhor custo-benefício em todas elas. A tecnologia empregada proporciona a centralização de dados dos clientes (bem como sua atualização constante), indicadores de acompanhamento da vida útil do cliente, e integração entre departamentos.

Entretanto, embora as soluções disponíveis apresentem funcionalidades que suportam as demandas de marketing, vendas e atendimento ao cliente (serviços ou pós-venda), os objetivos não devem ser exclusividade dessas áreas. Devem, outrossim, permear todos os departamentos da empresa e envolver todas as pessoas. Orientado por estratégias de CRM, cada elo da cadeia de valor da empresa é um agente de relacionamento com o cliente, seja ele um consumidor final, um representante, um parceiro ou um distribuidor. A abrangência do CRM, portanto, extrapola a simples concepção comercial ou de negócios da empresa, envolvendo todo aspecto organizacional em que se estrutura a logística empresarial.

Para ficar mais claro, é possível transformar esse conceito em imagem. Basta visualizar, de um lado, cada um dos departamentos ou áreas de negócio da empresa trabalhando num determinado processo e entregando o resultado desse trabalho do lado de fora de sua sala. Uma esteira ou um fantástico sistema mensageiro faz circular tais informações por diferentes espaços e responsabilidades, quer sejam em forma de dados, papéis ou objetos – sempre obedecendo claramente regras de negócio, organizadas em normas, procedimentos e sistemas. De outro lado, a cadeia de valor da organização: da pré-venda à entrega, podendo incluir uma fase anterior (fornecedores), bem como uma posterior (distribuidores, revendas, consumidores finais e usuários).

Esses dois cenários parecem estranhamente descolados? Pois é exatamente aí que a estratégia de CRM é aplicada a processos e pessoas, gerando uma integração real e sinérgica – revisando os processos de forma que sejam componentes de um mesmo macroprocesso, alinhando padrões e expectativas, olhando para custos, benefícios, dificuldades e prazos.

Com acesso à informação e ao treinamento apropriado, as organizações estarão mais preparadas para aumentar significativamente o valor que entregam a seus clientes – ponto fundamental das relações comerciais da empresa, já que toda interação deve fazer parte de um processo contínuo. Nessa linha, a gestão do relacionamento com o cliente só se tornará realidade se o conceito, o comprometimento e o valor do cliente forem entendidos e traduzidos pela cultura organizacional.

Percorrer as diversas áreas da empresa e alinhar a rotina profissional com a nova estratégia CRM implica em uma mudança organizacional de grandes proporções, sem dúvida. O ponto de partida é uma transformação na forma de ouvir – já que a empresa terá de aprender a ouvir os seus públicos de forma diferente e, sobretudo, aprender a ouvir mais atentamente cada área que certamente detém conhecimento específico, registrando o que deve ser modificado ou preservado, bem como o que é prioritário ou não, ainda que desconheçam teórica ou empiricamente as melhores práticas de CRM.

É preciso ter em mente que o projeto de CRM deve ser o primeiro a transformar conhecimento em ação, mas não o último. O CRM deve ser encarado como uma jornada contínua, em que a direção e os resultados são constantemente avaliados. Afinal, o mercado muda, a percepção de valor muda, as pessoas mudam, as empresas mudam. Para que a empresa mantenha-se sempre competitiva não pode abrir mão da contínua otimização dos processos.

Por Rosana David

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A Base de Dados da sua empresa é a Base de Tudo

Para poder confiar nos dados da sua empresa, controle, acompanhe e, mais importante, estabeleça metas.

Em quantos encontros, reuniões, dentre outras situações você recebeu um relatório e por um momento desconfiou da veracidade dos dados? Pois bem, você não está sozinho! Esta situação é mais comum do que se imagina, independente do tamanho da empresa. A desconfiança proporciona tomada de decisões baseadas no “feeling”, experiência ou outro método empírico.

Para ilustrar a situação acima, imagine que você está dirigindo um automóvel por uma estrada conhecida e de repente uma neblina muito forte aparece, impedindo-o de ter uma visão nítida. A partir do “feeling” e da experiência, você sabe que em algum momento terá que virar à esquerda se não quiser cair num precipício à frente.

Mas em qual momento você deve virar? Imagine que para piorar o velocímetro travou, o medidor de combustível não pára de oscilar e todas as luzes se apagaram. O que faço agora? Estaciono o carro em algum lugar seguro? Será que o combustível atual será o suficiente para passar pela neblina? Enfim, uma decisão difícil diante da desconfiança dos dados divulgados pelo painel do veículo, não acha?

E na sua empresa? Como conseguiria aumentar a confiabilidade dos dados demonstrados nos diversos relatórios para a correta tomada de decisão?

O primeiro passo está na definição do que você quer controlar e enxergar para fazer com que a sua empresa cresça de forma sustentável; e lembre-se: é necessário ter os indicadores essenciais, nem mais nem menos, aquilo que realmente importará para a sua gestão do dia a dia, da semana, do mês, do ano.

Feito isto o passo seguinte é entender “COMO” coletará os dados. Em diversas ocasiões presenciamos a tentativa de primeiro definir campos de relatórios, coletar dados sem critérios definidos e depois identificar quais seriam os indicadores preenchidos, desta forma utilizará o método da tentativa e erro que, por sinal, é muito mais oneroso, não recomendo.

Vale a pena ressaltar que diversos controles são de responsabilidade e autoridade dos seus gestores. Portanto, delegue!

Outra dica: inicie de forma simples, solicite entre dois ou três indicadores por gestor e observe se está encadeado com os indicadores essenciais para a gestão, crescimento e sobrevivência da organização.

Caso tenha dúvida por onde iniciar, recomendo elaborar um fluxo de caixa consistente conciliando sempre com a conta corrente da organização, já será um ótimo começo e se conseguir projetar as entradas e saídas para o futuro, melhor ainda.

Imagine agora que você está para iniciar uma reunião com a área comercial entendendo como estão as vendas do bimestre, poderia ser outra área, no entanto para exemplificar comecemos com a locomotiva da empresa.

O seu gestor começa a explicar que as vendas iniciaram o ano com excelentes resultados, no entanto você como presidente e ou empreendedor faz apenas uma pergunta: “Os valores são o que faturamos em dezembro e recebemos em janeiro, ou são das vendas realmente realizadas em janeiro?” A partir disto, começa a famosa justificativa: “Veja bem...”. Deste ponto em diante você já não começa a prestar atenção, dado um bloqueio mental de desculpas que o seu cérebro já estabeleceu, após uns 2 minutos, vem a segunda pergunta: “O valor está no regime de caixa, ou seja, o que recebemos em janeiro ou competência o que realmente foi gerado no mês ?” Com isto, a justificativa piora e demora uns 30 minutos.

Portanto, para aumentar a confiabilidade dos dados, primeiro identifique os controles essenciais, como são gerados e o mais importante: utilize, critique, acompanhe, cruze os dados e nunca se esqueça de estabelecer metas.

Com isto os ajustes imprescindíveis serão feitos e a base de tudo estará sólida o suficiente para que você e sua equipe invistam tempo em outros temas, ao invés de corrigir dados.
Por Eduardo Bezerra

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Como as empresas podem ter estratégia nas redes sociais?

Desenhe bem seu mapa estratégico com conceitos pré-estabelecidos e vá para a prática com segurança

Entrar ou não nas redes sociais? Os nativos digitais com certeza responderiam que sim. Já os mais “analógicos” e conservadores seriam mais ponderados em suas respostas.  Preocupadas em reforçar a marca e aumentar as receitas, as empresas de diversos segmentos fazem ginásticas para desenvolver estratégias que se apliquem as mídias sociais. Todas querem estar lá. Mas será mesmo estratégica a mesma fórmula para todos?

Adrian Slywotsky, especialista em estratégia, cita em vídeo que as estratégias de mercado mudaram para as empresas na Era Digital. Ele reforça que nem sempre quem detém o market share é quem tem mais lucratividade. Para ele três perguntas precisam ser respondidas: onde nós como fornecedores poderemos criar lucratividade em nosso setor? O que acontece com a forma que os clientes estão mudando, não somente em suas preferências, mas também no seu poder que redefine o espaço de oportunidades? Qual o design ou modelo de negócios da próxima geração que temos que construir para capturar e proteger a lucratividade?

Responder a estas perguntas antes de definir a estratégia de lucro é um bom começo, assim como fazer um levantamento completo do tipo de relação que a empresa tem com as mídias sociais. Rene de Paula, especialista em experiência do usuário da Microsoft Brasil e professor do I-Group, dá um alerta: “Talvez estar fora seja a melhor estratégia”.

A análise do especialista mostra que é preciso ter muita cautela para aderir as mídias. Ele aconselha: “Vamos respirar fundo, os problemas concretos ainda permanecem e os conceitos clássicos de estratégica continuam valendo. A Web 2.0 trouxe a ideia de que tudo é muito fácil, o que faz as vezes a empresa partir para uma estratégia digital diferente da realidade da organização. Tem muita gente interessada nas mídias por medo e insegurança e também pela manipulação das opiniões. E isso não é estratégico”, ressalta de Paula.

A consultora Valéria Jureidini, da Basics, empresa de consultoria em mídias sociais, pontua que para uma estratégia dar certo é preciso envolver a alta gerência da companhia. “A principal estratégia nas redes sociais é ter o propósito alinhado a estratégia da empresa. Antes de mais nada, o objetivo para estar nas redes precisa obedecer aos interesses da companhia, além da estratégia estar tangenciada pelos negócios da empresa (por isso a importância da alta gerência). É preciso que a estratégia tenha continuidade e dimensionamento de tempo para dar resultado”, explica Valéria.

Manter o bom nome na praça é estratégico

Ter um bom nome no mercado dá trabalho. Muitas empresas sabem que são anos para cultivar o ‘bom nome na praça’. E todos já estão cansados de saber que basta uma mensagem negativa da empresa ser postada e a reputação de anos se desmancha em segundos. Especialistas indicam algumas fases anteriores a estratégia, como o mapeamento de redes e comunidades. “Primeiro identifique quem e o que estão falando de você. Depois procure integrar-se às mídias que são aderentes a proposta de comunicação da empresa e faça parte delas”, reforça de Paula, da Microsoft.

Já Valéria, da Basics, especialista em marketing e relacionamento digital, aposta na aproximação do consumidor para o processo criativo de produtos e serviços como uma das maneiras de ser estratégico. “A empresa pode, por exemplo, chamar alguns blogueiros específicos para participar da estratégia de mídia social e premiá-los. Isso nada mais é que voltar para o marketing “boca-a-boca” e fazer marketing junto ao formador de opinião. A estratégia neste caso passa a funcionar por meio da prestação de serviço e troca de informações”, salienta Valéria.

Prestar um bom serviço significa também reforçar a marca, um processo casado tanto no mundo offline quanto no online. A consultora da Basics pontua ainda que o relacionamento deve agregar valor, trazendo informações diferenciadas que proporcionem uma boa interação do cliente com a marca, seja num momento de criação ou de crise.

Um caso que todos devem se lembrar é o do Ovomaltine, que deixou de fabricar o achocolatado do tipo Suíço e recebeu pela rede muitas críticas. Várias mensagens circularam dizendo que o produto não seria mais comercializado, manchando a marca da empresa AB Brasil, fabricante do Ovomaltine.

Rapidamente e estrategicamente, o responsável pela marca na América Latina entrou em uma das comunidades de discussão e esclareceu a razão pela qual o produto tinha deixado de ser comercializado (baixo market share). Com isso, o executivo evitou mais ruídos negativos na comunicação e ainda recebeu elogios dos consumidores. Resolvida a crise, o executivo saiu da rede. “Fazer parte das mídias em apenas alguns momentos não deixa de ser uma estratégia. No caso da AB Brasil pode não ser estratégico criar uma comunidade ou um blog. Mas foi extremamente estratégico fazer parte de uma naquele momento de crise”, justifica Valéria.

Não importa a estratégia escolhida, o importante é saber onde a empresa está e onde ela quer chegar. Como em qualquer estratégia de mercado, as realizadas nas mídias digitais dependem muito mais de uma mente criativa do que de uma plataforma "mágica". Boa sorte na sua empreitada digital e confira abaixo algumas dicas para trilhar o caminho das redes.

10 dicas para fazer seu mapa estratégico

Algumas estratégias têm demonstrado retorno na Web 2.0. Mas antes de sair testando, tome nota de alguns pontos que devem ser levados em conta e podem te ajudar no desenho do mapa de estratégias digitais.

1-    Se a estratégia estiver voltada para gerar negócios, o Twitter tem demonstrado uma boa ferramenta com retorno para promoções específicas para quem está nesta rede social. Não se esqueça que promessa é dívida. Só ofereça aquilo que você poderá entregar. Na Web 2.0 a quantidade de pessoas atingidas por uma ação é totalmente imprevisível. O que pode ser bom ou ruim. Portanto, prepare sua infraestrutura para entregar e gerar acesso. Divulgue suas ações promocionais sempre com muito respeito e de maneira honesta.

2- Antes de lançar uma plataforma de mídia social, crie uma governança, estabelecendo em primeiro lugar o propósito do negócio. Defina em seguida a sua estrutura operacional, ou seja, defina os papéis de cada membro da equipe no projeto. Crie políticas e procedimentos desta operação de acordo com a lei vigente no país, assim como políticas de mediação, regras para envio de conteúdo e utilização pelo usuário.

3- Calcule o quanto você custa por hora. Cheque se passar horas no Twitter ou em outra plataforma está realmente dando resultados para o negócio.

4- Se você for se apresentar em nome da empresa cuidado com a maneira impessoal de se comunicar. Tanto a marca da empresa quanto a do profissional devem ser preservadas.

5- Estratégia para o diálogo não é via de mão única. Precisa ter interação. Uma plataforma somente informativa não gera relacionamento direto. Tenha a visão real sobre isso.

6- Confiança perdida na web é difícil de recuperar. Não seja leviano em suas ações.

7- Tenha sempre um plano B para situações de demandas adicionais, momentos de crise, perfis falsos em nome da empresa, provisionamento para o crescimento. Enfim, liste todos os cenários possíveis.

8- Veja como você balizará suas métricas e se realmente conhece as pessoas que fazem parte da sua rede. Onde você não tem garantia de quem está é melhor nem entrar.

9- Saiba o que fazer com a informação que vem para você, para não ser apenas mais uma enxurrada de mensagens para administrar no dia-a-dia.

10-  Cuidado para não ficar vivendo de moda. A internet não tem a tecla voltar. O que você fizer vai se replicar para o resto da eternidade. (Fonte: as dicas acima foram dadas pelos especialistas Valéria Jureidini e Rene de Paula)

Por Katia Cecotosti

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Barreira cultural é desafio para utilização de Business Intelligence

IBM e MIT indicam que aquelas que conseguem eliminar esse obstáculo conquistam diferencial competitivo no setor de atuação.
Pesquisa realizada pela área de consultoria da IBM, em parceria com o MIT Sloan Management Review, aponta que desafios organizacionais, muito mais do que dificuldades tecnológicas, são empecilhos para que empresas integrem processos analíticos plenamente nos negócios.

O levantamento, intitulado “Processos Analíticos: A Divisão Crescente” mostra que dos 4,5 mil executivos, gerentes e analistas de empresas de 30 segmentos em mais de 120 países, incluindo Brasil, 44% indicam barreira cultural, necessidade de competências de liderança e resistência da organização a novas ideias como os principais motivos. Preocupação tecnológica foi apontada por 24% dos entrevistados.

Em comparação com estudo realizado pelas entidades em 2010, companhias mencionaram que tiveram 23% de ganho em competitividade com a atualização de processos analíticos nas organizações que se consideraram avançadas no uso da tecnologia. Nas que se consideram experientes no uso, o percentual cresceu para 66%.

“Organizações que adotaram processos analíticos mais cedo e de forma mais consistente obtiveram ganhos significativos, tanto em desempenho quanto em competitividade”, afirma Mário Hime, líder da consultoria da IBM Brasil para Business Analytics and Optimization. Segundo ele, os resultados apontam ainda necessidade de promover cultura orientada à informação.

Por Computerworld

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Break Even – Determinando o Ponto de Equilíbrio da sua Empresa

Será que eu sei o ponto de equilíbrio - o momento em que começarei a 'zerar' meus custos?

Nos últimos artigos, temos focado muito em questões associadas a orçamento e fluxo de caixa. Neste, vamos falar de outro aspecto não menos relevante na condução dos seus negócios: qual o nível de faturamento requerido em seu empreendimento para atingir o ponto de equilíbrio (Break Even Point)?

Até parece uma pergunta fácil de responder e, geralmente, vemos os empreendedores considerando apenas os custos diretos envolvidos na elaboração do produto ou prestação do serviço, como matéria prima, folha de pagamentos, impostos, entre outros. No entanto, a resposta adequada deve contemplar um exercício que considera não somente os custos diretos, mas também aqueles que têm forte impacto na rentabilidade do seu negócio.

Tanto empresas em fase inicial como as que estão passando por um momento difícil frequentemente se perguntam: qual o nível de vendas a ser atingido para que meu negócio passe a ser lucrativo?

É fundamental entender o relacionamento entre suas receitas e seus custos, ou seja, quais custos aumentarão ou se manterão quando houver um aumento no volume de vendas? Qual o preço a ser praticado para que eu recupere meus custos? Vamos avaliar alguns destes aspectos para juntos concluirmos se estamos considerando todos os elementos da equação.

1. Custos variáveis

Os custos variáveis correspondem basicamente ao custo para produzir seu produto ou para executar seu serviço. Quanto mais você vender, maiores serão seus custos variáveis.

2. Custos fixos

Alguns custos se mantêm independentemente do seu volume de vendas. Aluguel é um bom exemplo de custo fixo.

3. Vendas

Corresponde ao montante obtido pela comercialização dos seus produtos ou serviços.

4. Margem de contribuição

A margem de contribuição representa o custo variável necessário para produzir uma unidade. A sua determinação é bastante simples: subtraia os custos variáveis do valor de venda. A margem de contribuição representa quanto cada produto gera para cobrir as despesas fixas e a margem de lucro. Serve também como parâmetro para o empresário definir quanto ele precisa receber para pagar os custos adicionais ao investimento já existente: os custos fixos.

5. Determinação do Break Even Point

A formula é bastante simples: o valor dos Custos fixos deverá ser dividido pelo resultado obtido pela divisão dos custos variáveis divididos pelas vendas subtraído de 1. Vamos usar o exemplo abaixo para efetuarmos um cálculo:

Custos fixos: R$ 1.000,00

Custos variáveis: R$ 800,00

Vendas: R$ 10.000,00

Assim teríamos: R$ 1.000,00/ (1- R$ 800,00/ R$ 10.000,00), obtendo como resultado R$ 1.087,00. Sendo assim, R$ 1.087,00 seria o valor que determinaria o ponto de equilíbrio na operação, onde os lucros são nulos, tornando-se positivo para valores superiores e negativos para valores inferiores.
Por Paulo Sérgio Dortas