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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Suspensão das Ações na Recuperação Judicial e Avalistas

Constará obrigatoriamente da decisão que defere o processamento da recuperação judicial a determinação da suspensão das ações e execuções contra o devedor, a chamada automatic stay do direito americano. Tal suspensão visa a dar algum fôlego para que ele possa concentrar seus esforços na negociação do plano de recuperação. A medida visa a beneficiar somente o próprio devedor; havendo outros réus nas ações ou execuções, os processos continuarão em relação a estes. A ideia é manter a situação econômico-financeira do devedor, enquanto ele tenta se reorganizar.

Os atos já praticados nos processos serão mantidos, mas novos atos não poderão ser praticados, salvo os urgentes (CPC – art. 266). Assim, sem a movimentação de processos, não ocorrerão penhoras, sequestros, arrestos ou atos de expropriação dos bens do devedor e, dessa forma, ele poderá ter um início tranquilo de recuperação. Mesmo as novas ações eventualmente ajuizadas também serão suspensas, uma vez que a lei fala em ações e execuções contra o devedor (Lei no 11.101/2005 – art. 6o) e não apenas em ações e execuções em curso. O objetivo é assegurar ao devedor o controle dos seus ativos.

Com tal objetivo, tal suspensão não abrange as execuções contra os garantidores, como os avalistas.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL E EMPRESARIAL. SOCIEDADE AVALIZADA EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL. PROSSEGUIMENTO DE EXECUÇÃO CONTRA AVALISTA.

Não se suspendem as execuções individuais direcionadas aos avalistas de título cujo devedor principal (avalizado) é sociedade em recuperação judicial. Dispõe o caput do art. 6º da Lei n. 11.101/2005 que “a decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário”. A suspensão alcança apenas os sócios solidários presentes naqueles tipos societários em que a responsabilidade pessoal dos consorciados não é limitada às suas respectivas quotas/ações, como é o caso, por exemplo, da sociedade em nome coletivo (art. 1.039 do CC) e da sociedade em comandita simples, no que concerne aos sócios comanditados (art. 1.045 do CC). A razão de ser da norma que determina a suspensão das ações, ainda que de credores particulares dos sócios solidários, é simples, pois, na eventualidade de decretação da falência da sociedade os efeitos da quebra estendem-se àqueles, conforme dispõe o art. 81 da Lei n. 11.101/2005. Situação diversa, por outro lado, ocupam os devedores solidários ou coobrigados. Para eles, a disciplina é exatamente inversa, considerando que o art. 49, § 1º, da Lei n. 11.101/2005 estabelece que “os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso”. Nesse sentido, na recente I Jornada de Direito Comercial realizada pelo CJF/STJ foi aprovado o Enunciado n. 43, segundo o qual “[a] suspensão das ações e execuções previstas no art. 6º da Lei n. 11.101/2005 não se estende aos coobrigados do devedor”. Precedentes citados: EAg 1.179.654-SP, DJe 13/4/2012, e REsp 1.095.352-SP, DJe 25/11/2010. REsp 1.269.703-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 13/11/2012.

NRF 2013: Resumo das principais tendências observadas

E eis um resumo das principais tendências observadas:

O tema da NRF deste ano diz muito sobre as principais tendências observadas nas palestras: INOVAÇÃO, CARREIRA, COMUNIDADE.

As palavras refletem também um pouco da situação do varejo americano, que busca uma retomada de crescimento, e em momento de começar a repensar, busca import sua importância no papel político americano, e exigir melhores condições como a diminuição de impostos e a ajuda de politicos e do governo nessa retomada.

É fato que o posicionamento, ou a INOVAÇÃO é algo que se faz necessário para a sobrevivência das empresas no mercado. O ritmo da evolução dos comportamentos de compra é cada vez mais rápido e acompanhar, buscando qualidade de atendimento e boas experiencias de compra é uma tarefa cada vez mais difícil.

Quando se fala em CARREIRA, se fala de um problema que encontramos no Brasil. O varejo ainda é visto como porta de entrada na carreira de muitos, mas certamente não é visto como uma carreira a ser seguida pela maioria. Salarios não atrativos, escala de trabalho pesada, trabalho aos finais de semana e feriados e outras questões tornam o mercado do varejo muito menos interessante do que o da industria, por exemplo, O varejo americano, responsável por ocupar 25% da força de trabalho americana, busca fomentar e fortalecer ainda mais seu papel na economia.

Quando se fala em COMUNIDADE, se fala em buscar engajar seus consumidores de dentro para fora. Algumas empresas de expressão internacional estao repensando seus papeis dentro de seu pais e de suas micro regioes de atuação, e até mesmo gigantes como o Walmart estão apresentando mudanças de pensamento, buscando resgatar o valor de produtores e fornecedores locais, favorecendo as comunidades em que atuam.

Mas além do tema chave, outros pontos foram destaque:

PERSONALIZAÇÃO (FOCO NO INDIVÍDUO)

Já havia falado sobre isso aqui no blog, mas é fato que o foco em nichos já é superficial, e se faz necessário um olhar ainda mais específico sobre seus consumidores. Opçoes de customização, aliada à tecnologias como as redes sociais, permitem um modelo de compra cada vez mais singular e único.

BIG DATA

Termo que apareceu em diversas palestras, não se trata de como se reunir um numero maior de informações e indicadores de gestão, mas principalmente como utilizá-los, como fazer com que os números obtidos se potencializem em resultados esperados. De tecnologias disponiveis (como contadores de fluxo e gestores de fila), à meios de pagamento, há uma série de possibilidades de novas e mais ricas informações aos gestores de varejo, de maneira à otimizarem e rentabilizarem suas operações. Pouco se falou sobre a mágica de como se fazer isso de forma eficiente, mas a mensagem que fica é que deve ser buscado, deve ser feito.

ENGAJAMENTO

Na minha opinião, a palavra de ordem.
Apareceu na questão politica, de chamar o varejo para impor seu papel
Apareceu quando se falou sobre comunidades, onde o varejo pode ser um dos motores da mudança social pretendida (conforme Kofi Annan falou)
Apareceu na campanha da Coca-Cola, engajando seus consumidores a perseguirem a felicidade em cada momento de sua vida.
Apareceu quando se falou de carreira, e o papel do vendedor em se engajar com a marca e auxiliar a engajar consumidores.
Enfim, apareceu forte e constante em praticamente todos os assuntos.

MÍDIAS SOCIAS

Embora importante, o assunto já manjado da importancia das redes no papel das marcas é um assunto mais do que batido. Sim, passeou por quase todas as palestras, entretanto, pouco se falou sobre sua importancia em si. O foco foi sobre melhores práticas. É um assunto já praticamente absorvido, embora há gente que ainda não tenha iniciado nada a respeito. Onde está seu consumidor?

O DESAPARECIMENTO DO BRASIL E DAS QUESTOES DE SUSTENTABILIDADE

Acho que uma das questões mais importantes foi o completo desaparecimento dos assuntos relacionados ao Brasil e sua importancia na economia do futuro, bem como as questões relacionadas à sustentabilidade.

O Brasil definitivamente parece que perdeu o bonde, como diria minha avó....o resultado pífio dos ultimos numeros apresentados na economia parece ter desinteressado o varejo americano....num trocadilho infame, posso dizer que o interesse derreteu-se como Mantega.

Agora a dúvida que ficou no ar foi em relação à sustentabilidade, principalmente quando relacionado à praticas de preservação de recursos naturais e de meio ambiente: Ou o assunto está totalmente absorvido pelo mercado americano (o que acredito que seja dificil, ao nao ser que seja tratado apenas de maneira superficial, como a troca de lampadas e materiais na execução das lojas), ou o varejo americano está muito mais preocupado em conscientizar (ou engajar como preferir) o consumidor a voltar rapidamente á loja, do que investir em processos sustentáveis, que são um retorno interessante, mas de longo prazo....

Por Caio Camargo

Varejo e Indústria de materiais de construção unidos e positivos para Feicon Batimat 2013

Entidades essenciais ao setor da construção, e apoiadoras da 19º Feicon Batimat – Salão Internacional da Construção, dão o tom de otimismo e bons negócios para edição da feira que acontece de 12 a 16 março de 2013. Em entrevistas concedidas recentemente, a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) comentam as perspectivas para este ano.

Cláudio Conz, presidente da Anamaco, projeta um 2013 melhor do que 2012. Em um ano conturbado para a economia brasileira, a entidade teve crescimento de 3,5%, número superior ao PIB nacional. Na relação dezembro de 2012 sobre dezembro de 2011, houve um crescimento de 5%, e durante 2012 o setor apresentou variação positiva de 1,5%. Conz comenta que a Feicon Batimat é a grande vitrine para o varejo de material de construção. “As expectativas são as melhores possíveis. Recebemos lojistas de todo o país durante o evento e sempre temos um feedback muito positivo por parte deles”.

As afirmações de Walter Cover, presidente da Abramat, corroboram as opiniões do presidente da Anamaco. Fundada em 2004, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção, representa um segmento importante dentro da cadeia da construção cujo crescimento alcança desde 2005 uma média de 15% ao ano, e que representa nada menos do que 8% do PIB brasileiro, empregando 11,3 milhões de pessoas. A entidade espera um 2013 mais positivo que 2012 e projeta que a indústria de materiais deve crescer 4,5% em 2013.

Outro ponto abordado por Walter Cover é o público presente na Feicon Batimat, onde, segundo o presidente da Abramat, “milhares de ‘atores’ empresariais e governamentais, fornecedores, engenheiros, arquitetos, designers, lojistas, construtoras, atacadistas, operários da construção e consumidores em geral, enfim, todo o mundo da construção se aproxima para desempenhar seus diferentes papeis em busca de conhecimentos para negociações seja no ambiente da feira ou no futuro”.

Além de Anamaco e Abramat, mais de 30 associações relacionadas à construção apoiam a Feicon Batimat. Principal mostra do setor em toda a América Latina, o evento é o ponto de encontro anual do setor, para intercambio de negócios e conhecimento. Para esta edição são esperados 134.000 compradores e cerca de 1.000 marcas expositoras. O acesso ao evento é gratuito para profissionais do setor pré credenciados pelo site www.feicon.com.br.

Serviço

FEICON BATIMAT – 19º Salão Internacional da Construção
Data: 12 a 16 de Março de 2013
Horário: 3ª a 6ª das 10h às 19h | Sábado das 9h às 17h
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi
Av. Olavo Fontoura, 1.209 - Santana São Paulo - SP


 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Os marmiteiros de Harvard

Grandes empresas e algumas das mais renomadas escolas de negócios elegem um novo fenômeno de eficiência: os entregadores de refeições da Índia

Em Bombaim, a maior metrópole da Índia, um grupo de 5 000 homens com uniforme e chapéu branco executa todos os dias um serviço de entrega sem igual no mundo. No início da manhã, os dabbawalas ("carregadores de marmitas", em hindi) retiram cerca de 200 000 refeições prontas da casa de seus clientes. O destino são milhares de escritórios localizados na área comercial, no lado oposto da cidade. Há um preciso limite de tempo para que o trabalho dos dabbawalas seja finalizado - o horário do almoço desses 200 000 trabalhadores indianos. Durante a coleta nos bairros residenciais, os dabbawalas se valem de bicicletas, carrinhos de mão ou caixas de madeira que comportam até 60 marmitas. Das casas, seguem para as estações de trem, onde outros integrantes dessa rede logística organizam sua distribuição de acordo com o destino das refeições. No desembarque, na área comercial da cidade, um novo grupo se encarrega de entregar em mãos o almoço caseiro nos escritórios. Uma hora depois começa a jornada reversa, e todas as marmitas são devolvidas a seus locais de origem. O lema dos dabbawalas é "Levar comida a alguém é o mesmo que servir a Deus". E eles realmente encaram com seriedade a missão. Apesar da quantidade de encomendas, da precariedade dos recursos empregados e da confusão de trânsito nas ruas de Bombaim, o serviço tem índice de falhas próximo de zero. Num artigo recente, a revista inglesa The Economist estimou que ocorre um erro a cada 16 milhões de entregas dos dabbawalas. A americana Forbes classificou seu sistema logístico como um dos mais engenhosos do mundo.

Nos últimos anos, por causa dessa impressionante taxa de eficiência, o trabalho dos marmiteiros de Bombaim passou a ser estudado por grandes empresas e escolas de negócios do Ocidente. O reconhecimento da competência em logística

faz hoje com que os dabbawalas dividam seu tempo entre as entregas de marmitas e as palestras. Nesses eventos, eles apresentam os fundamentos de seu sistema a platéias formadas por empresas como Coca-Cola, Siemens e Daimler-Benz e dão aulas a alunos de universidades como Harvard, Michigan e Stanford. "Por ano, realizamos uma média de dez palestras - até no exterior", afirmou a EXAME Manish Tripathi, presidente da Fundação Dabbawala, parte da cooperativa que reúne os marmiteiros de Bombaim.

Esses trabalhadores são uma espécie de síntese do atraso do capitalismo do país. E é exatamente por isso que eles se tornaram uma referência. A primeira lição que emerge com a análise de seus incríveis índices de eficiência é que tecnologia e capital são ótimos - mas a falta deles não significa a impossibilidade do sucesso.

Com suas bicicletas e o suporte do sistema de transporte público, os dabbawalas mantêm as entregas de marmitas em dia. Como se fosse o bastão de uma corrida de revezamento, as refeições trocam de mãos até quatro vezes durante o percurso (as entregas são realizadas num raio de até 70 quilômetros). O destino de cada uma das marmitas é identificado por um código composto de cores e letras, simples o suficiente para ser compreendido por uma maioria semi-analfabeta de entregadores. Cerca de 85% deles não concluíram o ensino fundamental. Em troca do serviço, os dabbawalas ganham, em média, 120 dólares por mês, rendimento considerado razoável no país para pessoas com baixa escolaridade. "Somos como um Fedex, só que entregamos comida quente", disse o dabbawala Dhondu Kondaji
Chowdhury, numa reportagem publicada recentemente pelo jornal The New York Times.

De forma intuitiva, a organização dos dabbawalas segue os mais modernos manuais de administração. Os entregadores têm autonomia para realizar seu trabalho - os problemas são resolvidos sem a consulta a chefes ou superiores - e há apenas três níveis na hierarquia da cooperativa. Há os entregadores; os coordenadores, que cuidam da distribuição das encomendas nos trens; e o pessoal do apoio administrativo, que fica no escritório. Todos recebem o mesmo salário e são bonificados quando a cooperativa conquista novos clientes. "Nunca houve uma greve sequer na história do serviço", afirma Tripathi, da Fundação Dabbawala. Tripathi esteve recentemente em Dubai, nos Emirados Árabes, para dar lições de motivação inspiradas nos marmiteiros a uma platéia de 1 000 executivos. "Os dabbawalas têm orgulho de manter a alta taxa de eficiência do serviço e se preocupam com a qualidade do trabalho. Na prática, é como se todos fossem sócios da empresa", diz.

Além de símbolos de eficiência logística, os dabbawalas viraram nos últimos tempos ícones de "empreendorismo social". Num país com altas taxas de pobreza, como é a Índia, a operação consegue oferecer serviço e remuneração digna a pessoas que não teriam muitas oportunidades no mercado de trabalho devido à baixa qualificação. A cooperativa mantém uma reserva de caixa para socorrer associados em dificuldades financeiras. "Os dabbawalas são peritos na separação e na distribuição das latas, trabalhando como elos de uma corrente, passando as marmitas entre si, em diversos estágios", escreveu Richard Donkin, articulista do jornal Financial Times, no livro Sangue, Suor & Lágrimas, que tem um capítulo dedicado à história dos marmiteiros indianos. Figuras típicas na paisagem de

Bombaim, os dabbawalas viraram personagens de obras de literatura. No livro Versos Satânicos, de Salman Rushdie, por exemplo, um dos principais personagens trabalha como dabbawala antes de se tornar um astro de cinema.

Quentinhas a jato
As características que fazem do sistema de entrega de marmitas na Índia um modelo mundial de logística

Eficiência
O sistema tem taxa média de um erro a cada 16 milhões de entregas

Organização
Existem apenas três níveis hierárquicos entre os marmiteiros, e cada um deles tem autonomia para resolver problemas que surgem durante as entregas.

Simplicidade
O modelo mostra que nem sempre são necessários grandes investimentos e alta tecnologia para um serviço eficiente. Os marmiteiros indianos se locomovem de bicicleta e utilizam o sistema público de transporte como apoio a seu trabalho

Manter a eficiência do trabalho nos dias de hoje representa um enorme desafio para os marmiteiros. Bombaim é atualmente uma das metrópoles que mais crescem no mundo. Segundo a consultoria imobiliária americana Cushman & Wakefield, a expansão esperada para 2008 em área de edifícios comerciais é de cerca de 2 milhões de metros quadrados, o equivalente a 25% da área total existente na cidade de São Paulo. Ao mesmo tempo em que a expansão de Bombaim vai tornar mais complexo o serviço dos dabbawalas, também deve garantir a multiplicação de clientes dos marmiteiros. "O serviço deles permanece extremamente barato. O preço dos restaurantes e redes de fast food na zona comercial de Bombaim pode ser até 15 vezes maior que o serviço de entrega de marmitas. Dependendo da distância entre sua casa e o escritório, o cliente paga de 4 a 8 dólares por mês a um dabbawala. Por isso, a expansão da rede de alimentação da cidade nunca ameaçou os negócios dos marmiteiros", disse a EXAME Ravi Anupindi, professor de logística da escola de negócios Stephen M. Ross, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

A quase lendária eficiência dos marmiteiros indianos teria sofrido na história apenas alguns episódios de atrasos dignos de nota. Um deles ocorreu recentemente. No final de julho, devido a uma ameaça de bomba nas estações de trem de Bombaim, vários marmiteiros foram revistados durante o trajeto, o que gerou um atraso de 30 minutos para algumas entregas. Continuar o trabalho, a todo custo, representa uma questão de honra para os marmiteiros. Numa visita à cidade, em 2003, o príncipe Charles, herdeiro da coroa britânica, teve a oportunidade de comprovar como trabalho e senso de missão se misturam no dia-a-dia desses operários. Na programação oficial, Charles pediu que seus assessores agendassem um encontro com os famosos dabbawalas nos arredores da estação Churchgate durante uma das etapas das entregas. O príncipe tinha a seu lado o presidente da associação dos entregadores, Raghunath Medge, e ouviu admirado a descrição do funcionamento da organização. "É fascinante! Tudo é feito sem a necessidade de computadores", disse Charles na ocasião. O príncipe conversou por apenas 10 minutos com os operários - afinal, eles tinham um horário a cumprir.

Educadamente, eles explicaram ao ilustre visitante que não podiam deixar seus 200 000 clientes esperando pela comida quente - e voltaram ao trabalho.

A saga dos marmiteiros de Bombaim remonta ao ano de 1890, quando a Índia ainda era uma colônia inglesa. O serviço teria começado do desejo de um escriturário britânico de comer no trabalho as refeições preparadas em casa por sua mulher. Desde que o trabalho de entrega foi organizado, há mais de um século, sua estrutura e sua lógica permaneceram praticamente inalteradas.

Segundo vários especialistas, as características de Bombaim ajudam no serviço. "A malha de trens cobre toda a cidade, e as casas estão concentradas em um extremo da metrópole e os escritórios em outro, o que facilita a organização das entregas", diz André Duarte, professor e coordenador do curso de graduação de administração do Ibmec São Paulo. "Por isso, os dabbawalas dificilmente poderiam reproduzir o modelo em grandes capitais brasileiras. Mas a estrutura dos indianos serve como fonte de inspiração pela simplicidade."

Selic deve substituir CDI como índice de curto prazo

A BM&FBovespa passará a oferecer contratos futuros referenciados em Selic a partir do dia 1º de março.

O mercado será incentivado, gradualmente, a migrar - a partir de benefícios e penalizações tributárias - para a taxa Selic que tende a ser, no futuro, o indexador universal dos contratos financeiros, em substituição ao CDI. Já é assim na remuneração das cadernetas de poupança e começa a ser implementada em outros contratos financeiros. A BM&FBovespa passará a oferecer contratos futuros referenciados em Selic a partir do dia 1º de março.

O mercado interbancário continuará existindo, como em todo o mundo, mas as taxas formadas a partir das transações nesse ambiente tendem a cair em desuso como indexador de aplicações financeiras. O cálculo do CDI, cuja nova metodologia deve ser implementada na Cetip em até quatro meses, continuará sendo feito ainda por muitos e muitos anos, até porque existem contratos de longo prazo referenciados nessa taxa.

O descasamento entre o CDI e a Selic, que já ocorreu em vários momentos e se repetiu nas últimas semanas, é outra fonte de preocupação que reforça a necessidade de migração de indexadores. Para o Ministério da Fazenda, essa é uma "distorção" e a diferença entre as duas taxas - em janeiro o CDI esteve na casa dos 6,94% e a taxa Selic em 7,11% - é um motivo a mais para induzir o mercado a ir se deslocando gradualmente e de forma voluntária para transações referenciadas pela Selic.

Havia a expectativa de que o CDI caísse naturalmente em desuso com a queda dos juros. Esse processo, porém, tem ocorrido de forma bem mais lenta do que o esperado. Em dezembro, o CDI era referência para correção de R$ 1,45 bilhão em títulos privados, o equivalente a 87,7% do total, de acordo com relatório da Anbima baseado em dados da Cetip, que concentra o registro dessas operações. Em 2011, a participação do CDI era de 89,1% do estoque de papéis privados.

Apesar da queda nos juros, a demanda por aplicações atreladas ao CDI pelos investidores continua alta. Os custos mais baixos de captação, combinados aos prazos cada vez mais longos, acabam atraindo também as empresas. A CPFL Energia, por exemplo, acaba de aprovar uma emissão de debêntures de R$ 910 milhões com prazo de oito anos, pagando CDI mais 0,83% ao ano.

Embora mais barata, a dívida em CDI embute o risco de descasamento com as receitas das empresas, que em geral possuem pouca relação com o sobe e desce das taxas de juros. Por isso, o governo já vem estimulando o uso de outros indexadores. A lei que concedeu isenção fiscal para as debêntures usadas para captar recursos para infraestrutura, por exemplo, proibiu o uso de indexadores pós-fixados, como o CDI, na remuneração dos títulos.

A simples migração para a Selic como referencial resolveria o problema da falta de representatividade do mercado interbancário, mas não mudaria a "cultura" da correção diária das aplicações, uma herança dos tempos de hiperinflação. Por isso, a mexida tributária, caso ocorra, deve penalizar também os investimentos corrigidos pela Selic.

A mudança tributária também pode acelerar, por tabela, a criação, pelo mercado, de índices com prazos de correção mais longos. O principal modelo é a Libor, a taxa interbancária de Londres, que possui prazos de 1 a 12 meses. A forma de cálculo da taxa, porém, seguiria os padrões atuais brasileiros, que possui base nos negócios efetivamente fechados e registrados. O objetivo é dificultar possíveis manipulações, como acabou ocorrendo com a Libor em sucessivos anos.


Fonte: Valor Econômico

 

NRF 2013: Tendencias (Trendspotting) 2013

Mariana Salmanz apresentou um painel com as principais tendências sociais que nos acompanharão no futuro próximo. Não é possivel saber quando essas tendências passarão a afetar efetivamente nossa sociedade, mas é fato que elas já começam a dar pequenos sinais em tudo o que fazemos.

Segundo Salmanz, hoje há um reboot (reinicio) de praticamente tudo o que já vivemos. E não há nada que não possa ser mudado e é provável que mudaremos ao longo de nosso caminho.

Alguns pontos interessantes:


Haverá um crescimento do cooperativimos em praticamente tudo. A co-participação ou os processos colaborativos, irão fazer parte de tudo o que viveremos. As marcas devem buscar processos de colaboração e co-operação com seus consumidores.

Há uma preocupação com o consumo excessivo. As pessoas estão se perguntando cada vez mais: Por que comprar tanto? Por que comprar o novo, e não o velho? Por que comprar o físico, se posso comprar o virtual?

É o fim da imperfeição, do plástico, do belo. A palavra de ordem é autêntico, resgatando os valores dos imperfeitos, em harmonia com o perfeito.

Papais serão as novas mamães, serão até mesmo donos de casa: Já estamos assistindo aos poucos a inversão dos valores. Será que os supermercados, por exemplo, estão completamente preparados para atender os novos donos de casa?

Os processos de ensino são contínuos, sem fim: As pessoas, através de plataformas moveis, como tablets e smartphones, tem cada vez mais acesso à novos conteúdos e aprendizados.

As cidades serao cada vez maiores, estaremos cada vez mais cansados, mas mesmo assim, estaremos sempre brigando por uma vida de melhor qualidade. Existe uma tendencia à busca pelo lento, pelo momento de descompressão. Um exemplo disso é o termo de slow food em alguns restaurantes, contrariando os processos de fast-food.

A valorização da nação africana. Em 2040, 20% da população jovem mundial será africana, e passará a India e a China como força de trabalho.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Recuperação Judicial - Conceitos Básicos


A Recuperação Judicial é uma ação judicial que tem por finalidade, como o próprio nome diz,  reorganizar as atividades da empresa com a tentativa de superar a crise econômica e financeira desta, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.

A Lei de Falência e Recuperação enumera os meios que poderão ser empregados na recuperação judicial da empresa:

i.      Concessão de Prazos e condições para pagamento das obrigações vencidas e vincendas;

ii.     Cisão, Incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiária integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitando os direitos dos sócios, nos termos da legislação vigente;

iii.    Alteração do controle societário;

iv.     Substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de seus  órgãos administrativos;

v.      Concessão aos credores do direito de eleição em separado de administradores e de poder de veto em relação às matérias que o plano especificar;

vi.     Aumento de capital social;

vii.    Trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída pelos próprios empregados;

viii.   Redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva;

ix.     Dação em pagamento ou novação de dívida do passivo, com ou sem constituição de garantia própria de terceiros;

x.      Constituição de sociedade de credores;

xi.     Venda parcial dos bens;

xii.    Equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se, inclusive, aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação específica;

xiii.   Usufruto da empresa;

xiv.    Administração compartilhada;

xv.     Emissão de valores mobiliários;

xvi.    Constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamentos dos créditos, os ativos do devedor.

Nem todos os empresários poderão se valer da Recuperação Judicial da empresa, mas somente aqueles que atenderem aos requisitos:

i.      Não ser falido e, se foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;

ii.     Não ter, há menos de cinco anos, obtido concessão de recuperação judicial;

iii.    Não ter, há menos de oito anos, obtido concessão de recuperação judicial com base em plano especial;

iv.     Não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previsto na lei falimentar.

A Recuperação Judicial, da mesma forma que a falência, é uma ação judicial que se divide em três etapas:

A.      FASE POSTULATÓRIA - É a fase do requerimento do benefício da recuperação judicial. O Requerente deve instituir o pedido com:

I.      A exposição das causas concretas da situação patrimonial do devedor e das razões da crise ecnômica-financeira;

II.     As demonstrações financeiras contábeis relativas aos três últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instituir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de:

a)      Balanço Patrimonial;

b)      Demonstração de resultados acumulados;

c)      Demonstração do resultado desde o último exercício social;

d)      Relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção;

III.    A relação nominal completa dos credores, inclusive aqueles por obrigação de fazer ou de dar, com indicação do endereço de cada um, a natureza, a classificação e o valor atualizado do crédito, discriminando sua origem, regime dos respectivos vencimentos e a indicação dos registros contábeis de cada transação pendente;

IV.     A relação integral dos empregados, em que constem as respectivas funções, salários, indenizações e outras parcelas a que têm direito, com o correspondente mês de competência, e a discriminação dos valores pendentes de pagamentos;

V.      Certidão de regularidade do devedor no registro público de empresas, o ato consultivo atualizado e as atas de nomeação dos atuais administradores;

VI.     A relação dos bens particulares dos sócios controladores e dos administradores do devedor;

VII.    Os extratos atualizados das contas bancárias do devedor e de suas eventuais aplicações financeiras de qualquer modalidade, inclusive em fundos de investimentos ou em bolsa de valores, emitidos pelas respectivas instituições financeiras;

VIII.   Certidões dos cartórios de protesto situados na comarca do domicilio ou sede do devedor e naquelas onde possui filial;

IX.     A relação, subscrita pelo devedor, de todas as ações judiciais em que este se configure como parte, inclusive as de natureza trabalhista, com a estimativas dos respectivos valores demandados.

B.      FASE DELIBERATIVA - Estando a documentação exigida em ordem, o juiz determinará o processamento da recuperação judicial, observado o disposto no artigo 21 da Lei:

I.      Nomeará o administrador judicial, observado o disposto no artigo 21 desta lei;

II.     Determinará a dispensa da apresentação de certidões negativas para que o devedor exerça suas atividades, exceto para contratação com o poder público ou para recebimento de benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios;

III.    Ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o devedor, permanecendo os respectivos autos no juízo onde se processam, com as ressalvas da Lei;

IV.     Determinará ao devedor a apresentação de contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a recuperação judicial, sob pena de destituição de seus administradores;

V.      Ordenará a intimação do ministério público e a comunicação por carta às Fazendas Públicas Federal e de todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento.

        O devedor não poderá desistir do pedido de recuperação judicial após o deferimento de seu processamento, salvo se obtiver aprovação da desistência na assembléia-geral de credores.

       

        O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de sessenta dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob pena de         transformação  em falência, e deverá conter:

I.      Discriminando pormenorizada dos meios de recuperação a ser empregado, e seu resumo;

II.     Demonstração de sua viabilidade econômica;

III.    Laudo econômico financeiro e de avaliação de bens e ativos do devedor, subscrito por profissional legalmente habilitado ou  empresa especializada

        O juiz ordenará a publicação de edital, contendo aviso aos credores sobre o recebimento do plano de recuperação e fixando o prazo para manifestação de eventuais objeções.

O PLANO DE RECUPERAÇÃO - judicial não poderá prever prazo superior a um ano para pagamento dos créditos  derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho vencidos até a  data do pedido de recuperação judicial. O plano não poderá, ainda, prever prazo superior trinta dias para o pagamento, até o limite de cinco salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza         estritamente salarial vencidos nos três meses anteriores ao pedido de recuperação judicial.

Qualquer credor poderá manifestar ao juiz da sua objeção ao plano de recuperação judicial no prazo de trinta dias contato da publicação da relação de credores.

Havendo objeção de qualquer  ao plano de recuperação judicial, o juiz convocará a assembleia-geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação.

C. FASE DELIBERATIVA - Concedida a recuperação, encerra-se a fase deliberativa e inicia-se a fase de execução, dando-se cumprimento ao plano de recuperação.

Proferida a decisão, o devedor permanecerá em recuperação judicial até que se cumpram todas as obrigações previstas no plano que se vencerem até dois anos depois da concessão da recuperação judicial. Durante esse período, o descumprimento de qualquer obrigação prevista no plano acarretará a convocação da recuperação em falência.

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Como fazer com que a estratégia não morra pela execução


Acadêmico aponta dificuldades e sinaliza que as organizações brasileiras precisam começar a planejar também a implementação da estratégia

Recente pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral com 331 profissionais de cinco grandes empresas brasileiras, por meio do Núcleo de Estratégia e Mercados Emergentes, aponta os sete principais fatores que impactam na execução da estratégia. São eles:

1. Dificuldades na interação e coordenação entre processos, funções e áreas.
2. Pouca eficiência ou ausência de monitoramento do desempenho da estratégia que permita a aprendizagem, correção de falhas e/ou revisão da estratégia.
3. Pouca eficiência ou ausência de sistemas de mensuração e monitoramento do desempenho que permitam acompanhar o progresso da implementação da estratégia.
4. Atrasos na implementação da estratégia em relação aos prazos planejados.
5. Alocação ineficiente de recursos (financeiros, pessoais, materiais, tempo etc.) durante a implementação da estratégia.
6. Falta de divulgação da estratégia planejada para todos os níveis da empresa.
7. Pouca ou nenhuma adequação das rotinas relevantes para a implementação da estratégia.

O estudo aponta que entre a intenção estratégica e o resultado existe um processo e tempo permeado por questões-chave que impulsionam a implementação: alavancas de resultados, avaliação da mudança, mapeamento de redes de poder e influência, programa de implementação, entre outras. Para a execução, os quatro elementos-chave são: disponibilidade e alocação de recursos, papéis da alta administração e média gerência, gestão do desempenho da implementação e coordenação entre processos, funções e áreas.

Foco do problema

Segundo Aldemir Drummond, coordenador do programa Estratégia e Execução e coordenador do Núcleo de Estratégia e Mercados Emergentes da FDC, todas as dificuldades encontradas pelos executivos estão relacionadas a um único fator: falta de planejamento da implementação. “A maior parte das empresas foca no planejamento estratégico e acredita que a execução é apenas uma consequência de um plano bem estruturado, o que não é verdade. Execução e implementação são parte da estratégia”, pontua.

As organizações brasileiras, atualmente, determinam responsáveis para as iniciativas estratégicas e cada um observa a área que coordena. Entretanto, sem a visão do todo e a importância de cada iniciativa a seu momento, os profissionais se veem no seguinte dilema: projetos estratégicos concorrem com a rotina diária. “Há uma concorrência entre curto e longo prazo”, aponta Drummond.

Planejar, entender e compartilhar

De acordo com o acadêmico, a solução está no planejamento da implementação e a alta administração ainda precisa entender o seu papel na execução. “Ela determina as iniciativas e a estratégia é executada de forma independente. No dia a dia as pessoas são cobradas pelo curto prazo, mas a alta administração precisa sempre lembrar o longo prazo. Além disso, é preciso criar um sistema de consequência, que dá reconhecimento para aqueles que estão alinhados com a estratégia”, sugere.

No cenário brasileiro, há um foco excessivo no curto prazo, o que gera uma falsa percepção de que as empresas sofrem com falta de recursos. “Na verdade, as empresas têm recursos, mas como não houve uma distribuição deles ao longo do tempo de forma estruturada, os envolvidos na execução têm a sensação de que não há recurso hoje. Isso é reflexo do não planejamento da execução”, esclarece o professor.

A recomendação de Drummond é que a alta administração desenhe a distribuição de recursos e os cronogramas da estratégia de forma unificada e compactue com os envolvidos a visão do todo, bem como o papel de cada um no processo de implementação. “As metas de longo prazo só serão alcançadas através de ações operacionais no curto prazo. Com isso, a prioridade da estratégia se perde ao longo do tempo e o papel de recuperar e relembrar a estratégia está nas mãos da alta administração”, avalia.
 
Fonte: HSM

Negócios: e-commerce deverá ter faturamento de R$ 28 bilhões em 2013

Vendas de televisores, tablets e smartphones devem ganhar destaque no ano, segundo a e-bit

O comércio brasileiro permanecerá crescendo, segundo previsão da empresa e-bit. De acordo com as com informações levantadas, o e-commerce deve ter um crescimento nominal de 25%, chegando a um faturamento de R$ 28 bilhões neste ano de 2013.



De acordo com a diretora de negócios da e-bit, Cris Rother, a tendência é que o ano apresente um resultado melhor que 2012 em virtude da retomada do crescimento econômico e da aceleração das vendas de dispositivo móveis como tablets e smartphones. “A cada ano vemos maior adesão dos brasileiros a dispositivos móveis devido a redução dos preços dos produtos, conforme mostra o índice FIPE Buscapé, e pela maior oferta de pacotes de banda larga com valores mais acessíveis. Somente em 2012 a queda de preços dos celulares em comparação a 2011 foi de -13,41%”, explica Rother.

Uma outra explicação para que o setor mantenha o ritmo de crescimento é pela constante entrada da Classe C. Aproximadamente 56% dos novos entrantes pertencem a essa classe, apesar dos atuais sinais de endividamento, o que por outro lado pode acabar freando o consumo. Em Novembro, por exemplo, 59% das pessoas disseram estar endividadas, sendo que e 6,8% declararam que não terão como pagar as dívidas, o que acaba refletido também no e-commerce. Caso esse endividamento fosse menor, o e-commerce poderia crescer ainda mais.

No que diz respeito a maior procura por televisores em 2013, Cris Rother explica: “Vimos em 2010 um movimento muito forte na venda de Eletrônicos, especialmente TV´s de LED e tela fina, especialmente estimulados com a Copa do Mundo. Em 2013, teremos a Copa das Confederações, o que pode antecipar essa renovação dos aparelhos visando a Copa de 2014”, analisa diretora da e-bit.

O comércio eletrônico também não deverá apresentar grandes novidades quanto a entrada de novas empresas no mercado. “Nos últimos 2 anos a entrada de novas lojas no setor aconteceu no long tail, ou seja, as pequenas empresas, que hoje representam cerca de 20% do faturamento do setor. Os maiores investimentos ocorridos foram em categorias chamadas de verticais como “moda e acessórios”, “artigos esportivos” e “casa e decoração”. Com o segmento em consolidação e ainda mais competitivo, os grandes varejistas buscarão melhorar a eficiência de suas operações, aumentar a rentabilidade e melhorar da qualidade dos serviços prestados ao consumidor”, opina o diretor geral da e-bit, Pedro Guasti.

Fonte: Administradores