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sexta-feira, 22 de maio de 2015

Tendências inovadoras que vão revolucionar a Indústria do Varejo.

Cada vez mais, varejistas superam concorrentes graças às experiências únicas que proporcionam em suas lojas, inspirando e emocionando seus consumidores

Em varejo, inovação é o nome do jogo. Já são muitos os exemplos de inovações no varejo.

A loja STORY, em Nova York, EUA, está sempre se modificando - dos produtos aos provadores - além de promover eventos com temáticas diferentes, como “Amor” ou “Feito na América”. A IKEA, por sua vez, recentemente sediou uma festa do pijama para os seus clientes dentro de um de seus estabelecimentos perto de Sydney, Austrália. E a Burberry está trazendo diversão e experiências únicas ao varejo de luxo como o Digital Runway Nail Bar, esmalteria que oferece uma experiência digital lúdica em que é possível testar tons de esmaltes virtualmente.

No Brasil, varejistas de diversos segmentos têm experimentado abordagens como uso de redes sociais em produtos na loja (C&A), integração de canais físicos e digitais (Centauro), ofertas personalizadas baseadas em análises e big data (Magazine Luiza), só para citar alguns.

Estes e muitos outros varejistas com visão de futuro estão mudando a forma de como percebemos a integração entre o virtual e a loja física, oferecendo aos seus clientes uma experiência de consumo totalmente diferenciada. Este é o futuro do varejo: ser a fusão entre invenções de alto impacto emocional e experiência centrada no cliente.

Interação pessoal
A ideia de que autosserviços digitais e móveis serão o carro-chefe de vendas cairá por terra com a Geração Y, que é duas vezes mais propensa a fazer compras em companhia de amigos e evitar o isolamento do que a geração de seus pais. Interfaces humanas e interação em múltiplos canais são as apostas para os próximos 10 anos. Sistemas de atendimento eletrônico – URAs – serão menos utilizados assim que departamentos de atendimento ao cliente perceberem que esse canal aumenta o ruído na comunicação e não proporciona experiências satisfatórias aos consumidores.


Experiências sociais enriquecedores
Para ampliar a experiência nas lojas, varejistas, companhias aéreas, bancos e academias intensificarão a união com cafés, bares, cursos e clubes. Nos próximos 10 anos, conquistarão mais clientes aqueles que juntarem estabelecimentos e marcas já consagrados, e não os que tentaram se tornar badalados pontos de encontro.


Também vamos perceber um fluxo de migração urbana pela Geração Z para apartamentos menores, o que resultará em um aumento de "armários em nuvem," inspirados por e-varejistas como Rent the Runway e, no Brasil, a Dress & Go. Redes como C&A e Zara ainda representarão o modelo de varejo de "ir à loja", mas a tendência de “usar apenas uma vez” se tornará mais popular. Modelos baseados em aluguel e assinatura crescerão muito e darão aos consumidores opções que vão além de vestuário – de organizadores de eventos alugando vestidos de noivas a lojas de móveis oferecendo serviços de aluguel de mobiliários sazonais e itens de decoração.  

3D e compras virtuais redefinirão o conceito de gratificação instantânea
Em 10 anos, impressoras 3D estarão presentes em muitos lares, e aumentará a oferta de serviços de entrega instantânea de produtos, por meio de download direto e impressão 3D em casa. As impressoras 3D são uma ameaça para varejistas como o Alibaba, já que também entregarão em casa SKUs (Stock Keeping Unit) de qualquer lugar do mundo. Se alguém, por exemplo, gostou de um par de brincos usado no último desfile em Milão, tudo o que precisará fazer é comprar online e imprimir em casa. Impressionante, não?


Atualmente, percebe-se um interesse inicial por compras em realidade virtual. Mas, em 2025, essa tecnologia será a mais utilizada através de dispositivos como o Google Glass, o Occulus Rift, do Facebook, e outros que surgirão para batalhar pela liderança do mercado de shoppings virtuais. No futuro, consumidores terão a opção de comprar em lojas físicas interativas, ou usufruir da conveniência de comprar de casa imergindo em lojas virtuais, ou ainda participar de desfiles de moda virtuais ou selecionar itens de seus próprios guarda-roupas digitais.

Hoje varejistas defendem “foco no consumidor”, “envolvimento do cliente” e “omni-channel”, porém focam prioritariamente em operações, canais de venda, entregas, descontos e produtos – não em pessoas. Nos próximos 10 anos, terão mais sucesso os varejistas que inovarem pensando nas pessoas, e não em canais. Mas os melhores mesmo serão aqueles que buscarão entreter, e não apenas engajar, os seus consumidores – afinal, mais tempo em loja representa mais compras realizadas.

A cara do varejo está constantemente mudando, e nos próximos anos varejistas continuarão a surpreender a todos com sua capacidade de inovar e criar experiências fantásticas em suas lojas. O que não mudará, contudo, é que o cliente é, e sempre será, o principal ator do negócio.

Fonte: Digital Network
 
 

sexta-feira, 15 de maio de 2015

O que fazer para reter funcionários em sua empresa?

É preciso olhar a questão como um jogo de longo prazo e usar recursos para que o funcionário se sinta parte do sucesso da organização

Reter talentos é uma questão crítica a qualquer organização. A competição no mercado por profissionais gabaritados é enorme. Josh Bersin, consultor da Deloitte, cita outro fator que adiciona importância ao tema: o custo da rotatividade é alto, entre 1,5 e 2 vezes superior ao que se gasta com salários de funcionários "fiéis".  

Tem outros custos embutidos nesses processos de turnover que não são facilmente mensurados. Entram na conta tópicos como baixa produtividade e desinteresse causado por funcionários sem comprometimento. Isso tudo causa um contexto preocupante com o qual as empresas precisam lidar. Existem alguns pontos que, se bem conduzidos, podem ajudar muitos gestores nessa árdua tarefa. 

“Reter talentos começa em um processo criterioso de filtragem de currículos e entrevista de candidatos. Identifique sempre profissionais de acordo com a cultura e estratégia da sua empresa”, aconselha Dan Pickett, CEO da Nfrastructure, provedora de serviços gerenciados que, atualmente, emprega cerca de 400 pessoas e ostenta uma taxa de retenção de 97%. 

“Buscamos um modelo de aumento constante do retorno gerado pelos colaboradores, quanto mais tempo alguém está em sua empresa, mais produtivo se torna. Portanto, é preciso olhar a questão como um jogo longo e garantir que está fazendo a coisa certa com cada funcionário e que ele é parte participante do sucesso de uma organização”, adiciona Pickett, afirmando que há indicadores que precisam ser avaliados em um currículo. 

De acordo com o executivo, um dos primeiros pontos que ele avalia nos resumos que recebe é quanto tempo os candidatos ficaram em seus empregos anteriores. “Enquanto alguns estão apenas olhando um lugar melhor para trabalhar, aquela pessoa que passou por dez empresas em 12 anos pode significar que trata-se de um profissional difícil de reter em qualquer companhia”, afirma. 

Na opinião de Pickett, é importante olhar o que se esconde atrás dos aspectos mais óbvios do currículo. “Se a pessoa trabalhou em uma companhia por um longo temop apesar dos altos e baixos significa alguma coisa? Sim, traduz lealdade, perseverança e engajamento”, opina. 

Descobrir interesses pessoais dos candidatos pode revelar um pouco de suas personalidades. Assim, alguém que pratica esportes em equipe, é comprometido por atividades voluntárias ou desempenha uma atividade fora do escritório pode ser um bom ponto de atenção. 

Especialistas em carreira aconselham que o primeiro foco de preenchimento de vagas deve considerar pessoas que já fazem parte da organização. Essa política de promoções e mobilidade ajudam a deixar claro as ideias de carreira e podem prover um sentimento de valorização aos profissionais. 

Há que se considerar, também, um processo de educação continuada do time. O desenvolvimento profissional é crítico para o sucesso das organizações, tanto fortalecendo habilidades existentes como privilegiando o ensino de novas disciplinas aos membros da equipe. “Aprendizado é um dos focos fundamentais de uma organização forte”, avalia Kevin Griffin, CIO da GE Capital. 

Ofereça os benefícios certos

Benefícios e vantagens também desempenham um papel importante na tarefa de manter funcionários engajados e felizes. Considere questões além do plano de saúde. Temas como oferta de opções de ações ou prêmios para funcionários que ultrapassam suas metas ajudam a despertar o interesse das pessoas. Avalie temas, também, como horários de flexíveis e a possibilidade de trabalho remoto. 

Outro atributo valorizado versa sobre criar uma comunicação aberta entre os funcionários e o time de gestão. Isso ajuda a moldar um ambiente de compartilhamento de propósitos e espírito de comunidade. O processo passa por uma postura de encorajar as pessoas para que falem abertamente de suas ideias sem medo da repercussão que isso pode causar. 

Tal abertura também ajuda na construção de uma relação para que cada funcionário possa dar seu feedback sobre seus coletas, a liderança da companhia, a própria empresa e os rumos que essa organização mira para os negócios. “Todo mundo sabe que as coisas mudam constantemente. O mesmo vale para as pessoas”, comenta David Niu, fundador da empresa que fornece software para pesquisa de clima corporativo TinyHR, recomendando fazer pesquisas junto aos colaboradores para validar estratégias com perguntas do tipo “qual processo que, se eliminado, nos tornaria mais produtivos?”. 

Às vezes é impossível reter

Claro que, às vezes, o turnover é inevitável. Pessoas vão e vem, mudam suas carreiras, recebem propostas irrecusáveis. Bons funcionários podem simplesmente partir. “É difícil quando perdemos alguém que valorizamos, mas trata-se de uma situação para a qual é preciso estar preparado”, afirma Pickett, que adiciona: “especialmente na indústria de TI, que é bastante competitiva”. 

Fonte: Digital Network
 
 

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Sua empresa está preparada para a era da Contabilidade digital?

Atualmente, o Brasil possui mais de 484 mil contadores e 81 mil empresários contábeis, segundo o Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Nos últimos sete anos, este universo de mais de meio milhão de profissionais precisou se adaptar à modernização dos processos de trabalho com a chegada de novas tecnologias, como ferramentas e softwares contábeis. Todo o conjunto de instrumentos eletrônicos veio para apoiar os contadores que se depararam com um oceano de informações.

“O volume de dados que chegam às empresas e aos escritórios de contabilidade é muito grande. Por isso, o contador precisa se preocupar cada vez mais com os detalhes”, afirma Carlos Meni, presidente da Wolters Kluwer Prosoft no Brasil, empresa desenvolvedora de softwares e soluções tecnológicas para a área de contabilidade fiscal.

Fenômeno

Entre os especialistas, é unânime que um dos maiores fenômenos recentes no mundo contábil e tributário do país foi a criação do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). “Nada mais é do que uma enorme ‘caixa’ que recepciona os dados e informações de diversas naturezas (contábil, tributário, custos, produção, financeiro, trabalhista, etc.) dos contribuintes”, explica Geuma Nascimento, sócia da TG&C Trevisan Gestão e Consultoria. A partir do Sped, foram instituídas outras tipologias com funções específicas, como ECD contábil, EFD fiscal (ICMS/IPI), e-Social (trabalhista), além das notas fiscais eletrônicas, diz a consultora.

A onda tecnológica contempla uma gama de sistemas de gestão, entre eles os ERPs (Enterprise Resource Planning) – em tradução para o português, os Sistemas Integrados de Gestão Empresarial. Segundo Geuma, trata-se de uma ferramenta que possibilita a integração entre as diferentes áreas das empresas, garantindo autonomia, bem como a mitigação de erros e retrabalhos. O resultado, avalia ela, é positivo tanto do ponto de vista da produtividade quanto da qualidade das informações produzidas e recebidas pelos usuários.

Para auxiliar no dia a dia

Com mais de 120 produtos no portfólio, o grupo Sage disponibiliza uma série de softwares e ferramentas a partir das empresas integrantes do grupo, a Folhamatic e a EBS. Um deles é o Sage Relacionamento, que ajuda o escritório contábil a trocar informações e localizar dados de clientes com mais agilidade. O produto, disponível por meio de um site próprio e na versão para tablets e smartphones, permite receber avisos e controles de pendências, e outros serviços como troca de arquivos e documentos e movimentação da folha de pagamento dos clientes.

Outra solução, lançada em abril deste ano, é o IOB eSocial 360º, produto multiplataforma oferecido em dois pacotes, básico e completo. A única diferença é que na versão completa, além de um manual com informações, acesso a um portal e uma revista, o cliente tem direito a uma consultoria com duração de 30 minutos. O custo médio é de R$ 190 mensais, diz o presidente do grupo Sage, Jorge dos Santos Carneiro.

Investimentos

Desde o ano passado como integrante brasileira do grupo holandês Wolters Kluwer, a Prosoft investe entre R$ 7 milhões e R$ 10 milhões por ano em novas ferramentas voltadas aos profissionais de contabilidade. De acordo com Carlos Meni, presidente da empresa no Brasil, atualmente são oferecidos 16 sistemas para uma base de dez mil clientes. “São diferentes soluções, com pacotes Platinum e Gold, de acordo com as necessidades. Existe uma, por exemplo, que possibilita ao contador acompanhar certidões municipais e estaduais”, diz o executivo. A expectativa, antecipa Meni, é de lançar até o fim do primeiro semestre de 2015 uma nova versão para os softwares, com foco em processos mais ágeis e realizados na nuvem. O investimento será de cerca de R$ 35 milhões, conta.

Modernização

Para dar conta das novas tecnologias e obrigações que surgem a todo momento, os escritórios de contabilidade precisam investir em cursos e treinamentos de seus profissionais. Segundo Maurício Lopes da Cunha, sócio da Nobile Soluções Contábeis e Empresariais, o primeiro passo é entender a legislação e transmiti-la aos colaboradores. “Feito isso, buscamos cursos de atualização e capacitação disponíveis no mercado para os profissionais”, diz.

Para Geuma Nascimento, da TG&C Trevisan Gestão e Consultoria, é fundamental que o contador acompanhe a evolução das tecnologias e exigências por meio de educação continuada. Isso o ajudará a cumprir cinco importantes requisitos: “Interpretar os negócios com aplicabilidade dos entendimentos da ciência contábil; executar as escritas contábeis; elaborar informações gerenciais para tomada de decisão; apresentá-las aos investidores com orientações simples, porém assertivas no direcionamento dos negócios; e prover cenários do tempo presente e futuro, considerando o meio em que os negócios da entidade estão inseridos com todas as influências advindas de outros sistemas”, lista a consultora.

Mas, segundo os especialistas, não basta treinar os funcionários. É preciso ter recursos para adquirir novos equipamentos, o que demanda custo extra.

“Quando as obrigações acessórias começaram a aparecer, tivemos de modernizar os escritórios. Trocamos servidores, compramos computadores que fossem única e exclusivamente dedicados aos servidores”, conta Cunha. O maior desafio, diz ele, é conseguir lidar com o maior volume de dados.

“Sempre temos de investir em tecnologia, ou seja, em servidores mais potentes. E, para garantir ainda mais segurança, utilizamos sistemas de backup on-line, na nuvem. Caso ocorra algum problema, temos os dados arquivados.” O investimento não é barato, garante o sócio da Nobile, nem para o escritório nem para os clientes, as micro, pequenas e médias empresas.

No entanto, o esforço é relevante, na opinião da consultora Geuma Nascimento. “Em outras palavras, cada empresa tem uma realidade distinta, apesar de a necessidade ser comum, o entendimento e a implementação de novas tecnologias”, reforça.

eSocial: menos burocracia

A partir de 2015, todos os empregadores estarão obrigados a fornecer as informações de seus funcionários ao governo. O eSocial é a última etapa do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped).

De acordo com os especialistas, a novidade deve reduzir a burocracia, aumentar a qualidade das informações e simplificar o cumprimento de obrigações das empresas perante o governo. Quem não cumprir estará sujeito a multas, que variam conforme o número de funcionários.

Fonte: DCI