BR&M Tecnologia

sexta-feira, 24 de março de 2017

O estresse é o inimigo do foco


O psicólogo Daniel Goleman diz que precisamos administrar nossa atenção para melhorar nosso desempenho profissional -- e também de empresas

Toda vez que vem ao Brasil, Daniel Goleman diz que o país parece estar envolvido em algum tipo de crise. A cada desembarque, a palavra está na pauta do dia. Brincadeiras à parte, ele usou essa impressão para chamar atenção do público no HSM Expomanagement nesta segunda-feira (9/11) sobre seu atual campo de estudo: foco. O autor do best-seller Inteligência Emocional afirma que o estresse é o inimigo do foco. Por estresse, entenda-se tensões no ambiente corporativo e uma quantidade enorme de informações que nos bombardeiam diariamente. E vale dizer: estamos perdendo dinheiro por falta de foco. “Precisamos ser administradores da nossa atenção, não vítimas da nossa inatenção”, diz Goleman.
O autor explica que há dois tipos de distração. Quando você está tentando trabalhar em um café e há vozes ao redor das quais você precisa se desligar, eis o tipo fácil de distração. O tipo difícil é a distração emocional. Há uma parte do cérebro responsável por identificar ameaças. Ela nos ajudou a sobreviver e chegar até aqui, mas é um problema nas organizações. A questão é que essa parte do cérebro responde tanto a ameaças físicas quanto abstratas.

Se seu colega recebe uma promoção ou se você é um chefe tentando sobreviver a uma crise, essa parte emocional “sequestra” o cérebro e, portanto, o foco. Isso acaba com a nossa habilidade de pensar com clareza, aprender e se adaptar. Além disso, quando estamos nesse “modo ameaçado”, a tendência é tomar decisões mais automáticas e agressivas. Goleman justifica a atitude de Mike Tyson ao arrancar as orelhas durante a luta com Holyfield como uma situação de "sequestro emocional".

A inteligência emocional, afirma o psicólogo, é o que costuma diferenciar os líderes das empresas. Além de entender como uma decisão tomada hoje vai afetar a empresa amanhã, ele precisa gerenciar os funcionários para colocar uma estratégia em prática. “A maior tarefa do líder é dirigir a atenção para onde ela precisa ir”, afirma. Para isso, o líder precisa trabalhar três tipos de foco: em si mesmo, nas pessoas com quem trabalha e no sistema que determina se a empresa terá sucesso.
Ferramentas
Para os líderes, eis a dica: a neurociência já mostrou que o cérebro é capaz de sentir a atitude da outra pessoa. Esse canal é extremamente importante na hora de criar um ambiente de alto desempenho.
O líder é aquela pessoa na qual todo mundo presta atenção. Um estudo da Universidade de Yale mostrou que se o líder estava de mau humor, as pessoas entravam na “vibe” e tinha um desempenho pior. Quando ele estava de bom humor, a influência era positiva. “Essa é a conversa silenciosa, que faz muita diferença no desempenho. Os líderes precisam prestar atenção ao seu estado emocional”.
Outra dica: se alguém for conversar com você, esqueça o celular, o email que está entrando na caixa ou a televisão. Preste atenção no seu interlocutor e somente nele.
Para treinar a concentração, Goleman sugere o uso da técnica de mindfulness. Ela consiste em sentar-se em uma posição confortável e prestar atenção na respiração, enquanto você inspira e expira. Sempre que sua mente tenta divagar, você deve trazer a atenção de volta para a respiração. Quanto mais você treina, mais fácil fica. É como se fosse uma musculação do foco.
Os alvos que ninguém vê
Ao final da palestra, Goleman falou sobre os objetivos que ninguém é capaz de enxergar. Ele cita a história de Kobun Chino, o guia espiritual de Steve Jobs, um excelente arqueiro. Ao se apresentar para um grupo na Califórnia, ele faz a flecha passar longe do alvo -- ultrapassando a cerca e despencando no Oceano Pacífico. O público se espanta, mas ele grita como se tivesse atingido o alvo. E atingiu, mas não o alvo que todos estavam olhando.
O psicólogo faz o paralelo dos ensinamentos de Chino com a liderança de Jobs: ele foi capaz de criar um mercado para produtos que ninguém via, como o iPad. E isso foi essencial para o futuro da Apple. O mesmo acontece agora com o Google, que criou a empresa Alphabet e mostra claramente que o site de buscas é um produto de sucesso, mas que não será o único motor de crescimento da companhia.
Fonte: ÉPOCA Negócios

sexta-feira, 17 de março de 2017

Os 7 e-mails que você precisa saber escrever.



Confira diversos exemplos para que seus e-mails sejam cada vez mais eficazes!


E-mails são como nós nos comunicamos uns com os outros atualmente. Assim, escrevê-los bem pode ser a diferença entre construir ou não relacionamentos bem-sucedidos dentro do ambiente de trabalho ou fora.
E-mails são estranhamente incômodos. Eles nos dão a capacidade de começar uma conversa com qualquer pessoa no mundo, sem os clássicos sinais de uma interação pessoal.

Nós fazemos coisas por e-mail que nós nunca faríamos na vida real.

Você consegue se imaginar indo até alguém em um jantar, dando um documento enorme que diz: “Olá Steve, é um prazer te conhecer! Eu já ouvi muito sobre você e queria saber se você pode me dar feedback sobre meu plano de negócios?”. Por incrível que pareça, eu recebo e-mails deste tipo. Um monte de gente recebe e-mails assim.

Portanto, esse artigo vai mostrar o que eu acredito quais são as sete das mais importantes formas para a construção de relacionamentos. Reuni artigos e exemplos para cada um dos e-mails abaixo e espero que isso o ajude a começar os relacionamentos-chave que você precisa para produzir resultados extraordinários!

1. Como conseguir que pessoas ocupadas respondam seus e-mails

Quer entrar em contato com Eric Schmidt, ex-CEO da Google? Adam Grant, aclamado autor do best-seller “Give and Take” (que aliás, é um dos meus livros favoritos de negócios, de todos os tempos), estabelece seis etapas fundamentais para levar pessoas importantes a responder a seus e-mails neste artigo. Ele inclui uma história de como uma graduando de Princeton enviou um e-mail que conseguiu uma resposta do então CEO do Google, Eric Schmidt! Este é um ótimo post!

2. Como pedir uma apresentação

Este post de Scott Britton, cuja empresa SinglePlatform, saiu por U$ 100 milhões, inclui a análise de um e-mail pedindo uma apresentação. Os pontos críticos incluem:

·         Uma pergunta explícita;

·         Um contexto convincente sobre por que você está pedindo a apresentação;

·         Um exemplo de tração ou parcerias que aumente a credibilidade;

·         Agradecimento;

·         Uma padronização que garanta que o destinatário pode encaminhá-lo para a pessoa de seu interesse.

Outro grande exemplo: Tim Ferriss oferece este exemplo excepcional de como alguém pediu ajuda para conexões com os investidores anjo.

3. Como apresentar duas pessoas

O fundador do LinkedIn, Reid Hoffman, e o duas vezes autor e empreendedor, Ben Casnocha, explica que existem três maneiras de apresentar as pessoas por e-mail. O melhor dos três envolve:

·         Verificar com ambas as partes para ter certeza de que eles querem a apresentação;

·         Fazer a apresentação com uma breve explicação de quem é cada pessoa mencionada e por que elas deveriam se conectar;

·         Deixar claro quem vai dar o próximo passo (por exemplo, quem dará sequência primeiro).

Isso pode ser mais trabalhoso do que colocar endereços de e-mail de duas pessoas no campo CC e falar: “Jason e Brad, considerem-se conectados!”. Porém, é muito mais eficaz no sentido de garantir o seu verdadeiro resultado: que as duas pessoas que estão se apresentando se conectem de forma relevante e construam um relacionamento produtivo para ambas.

4. Como pedir feedback

O Fundador da TechStars, David Cohen, recebe 50 pedidos frios de feedback por e-mail a cada dia. No post linkado acima, ele explica por que o e-mail se destacou de forma brilhante, conquistou sua atenção e mereceu o feedback dedicado dele. Os elementos essenciais incluem:

·         Conhecer a pessoa que você está enviando o e-mail, mostrando-lhes isso (ecoando o post de Adam Grant); e

·         Fazer um pedido específico e fácil de ser respondido por ele.

Leia o post para ver como ele é feito de forma concreta!

5. Como pedir uma reunião

Os elementos de Scott Britton de um bom pedido de reunião incluem:

·         Oferecer valor para o destinatário;

·         Explicar de forma clara o contexto da reunião (se possível, incluindo uma breve agenda);

·         Pedir uma quantidade pequena e discreta de tempo (como de 25 minutos);

·         Tornar conveniente para eles (se oferecendo para estar onde for melhor para eles); e

·         Reconhecer que eles estão cedendo seu tempo.

Você está conseguindo perceber alguns padrões aqui? Um pouco de consideração extra pode encurtar um longo caminho na conquista do sim às suas solicitações. Leia o post para ver um exemplo!

6. Como ser educadamente persistente em conseguir uma resposta de alguém

Eu parto do pressuposto de que as pessoas que eu me aproximo de forma fria (e até mesmo pessoas para as quais eu fui apresentado) não vão responder ao meu e-mail de primeira. Essas respostas muitas vezes levam 2 ou 3 e-mails para chegar. O Co-fundador da Impact Hub Boulder, Greg Berry, me ensinou a melhor técnica que eu já vi para ter respostas de pessoas que não me retornaram. Trata-se de enviar um outro e-mail mais ou menos uma semana depois, dizendo:

“[Nome], espero que seu dia esteja bom! Perdoe-me por este novo e-mail, mas eu só queria reforçar o e-mail abaixo e ver o que você acha. Não considere isso como nada além de um cutucada amigável! “

Este e-mail de “cutucada” tem sido surpreendentemente eficaz, por reconhecer que o destinatário provavelmente está ocupado (e que o meu e-mail não é a sua primeira prioridade), por usar a palavra “amigável” (que promove aproximação), além de ser curto. Se ainda assim não funcionar, eu escreverei novamente talvez duas semanas depois:

“Espero que me desculpe por escrever mais um e-mail, mas aqui no Unreasonable Institute, acreditamos na persistência em um nível quase irracional. Se [pedido/oportunidade], não está no seu alcance, entenderei. Eu simplesmente não queria perder esta chance de [oportunidade - como 'convidá-lo para ser um mentor no Unreasonable Institute' ou 'conectá-lo a uma oportunidade de investimento que tem o seu perfil']. Independente de ajustes, eu ficaria realmente grato pela sua análise do pedido”.

Eu escrevi centenas de e-mails como esse e recebi apenas uma resposta claramente negativa (que disse: “Pare com isso. Você está me irritando”). Curiosamente, essa foi o único e-mail onde eu deixei de fora a frase “cutucada amigável” e não coloquei “me desculpe por escrever mais um e-mail”. Mas, em outros casos, conquistei um investidor de US$ 1 milhão (o que levou vários e-mails durante 6 meses), e o autor de best-seller aclamado pelo New York Times, Chip Heath, para servir como um mentor no Unreasonable Institute (o que levou mais de quinze e-mails ao longo de quatro anos).

7. Como dizer não elegantemente

Nas palavras de Warren Buffet, “A diferença entre pessoas bem-sucedidas e as pessoas muito bem-sucedidas é que as pessoas muito bem-sucedidas dizem ‘não’ a ​​quase tudo”. As probabilidades são de que milhões de oportunidades apareçam em seu caminho: convites para falar em conferências, pedidos de conselhos, sugestões para abrir operações em novas localizações… Você pode estar animado com muitos deles, mas quando alguns vêm junto aqueles em que você não está interessado, aqui estão dois exemplos de como dizer não.

O primeiro é um exemplo bem-humorado do autor E.B. Whiteo, que encontrei neste post por Greg McKeown. Lê-se:

“Caro Sr. Adams, Obrigado pelo convite para participar do comitê das Artes e das Ciências de Eisenhower. Devo recusar, por razões secretas.

Atenciosamente, E.B. Whiteo “

O segundo exemplo vem de um e-mail que eu enviei recentemente:

“Muito obrigado pelo contato, [nome]. Eu agradeço o que você está tentando fazer. Um dos nossos principais valores é a transparência militante, então eu vou ser totalmente honesto. No momento, eu quero me dedicar inteiramente às nossas prioridades fundamentais, o que inclui colocar nossos novos Institutos em funcionamento, ampliar nossa equipe e levantar capital. Isso significa que eu estou optando por não ter várias conversas que eu gostaria de ter em outras condições; por isso não vou ser capaz de priorizar o telefonema com você.

Se tiver alguma coisa rápida na qual possa ajudá-lo ou se você tiver alguma pergunta específica, por favor me mande um e-mail a respeito e eu ficarei feliz em te responder!

Atenciosamente, Teju”

Conclusão: Saber como fazer perguntas por e-mail, tendo bastante consideração com as pessoas que você está abordando, ajudará na construção dos relacionamentos que você deseja ter. E a boa notícia é que você já pode começar a praticar agora mesmo com todos a quem você envia e-mails!

Fonte: ENDEAVOR

sexta-feira, 10 de março de 2017

6 necessidades dos profissionais de TI.


Fabricante brasileira de ERP realizou um levantamento interno que aponta o que os colaboradores esperam de suas carreiras.

O Totvs realizou uma pesquisa interna com o objetivo de mapear e entender quem são e o que querem os profissionais de nível técnico da companhia. A iniciativa foi conduzida pelo laboratório de inovação da fabricante brasileira de softwares de gestão.

O estudo traçou o perfil e as necessidades de um técnico em TI, utilizando como base de amostragem mais de três mil especialistas. O projeto envolveu 14 áreas em seis cidades: São Paulo, Belo Horizonte, Caxias do Sul, Joinville, Porto Alegre e Mountain View (EUA).

Foram ouvidos tanto profissionais recém-contratados quanto com muitos anos de casa, desenvolvedores e especialistas. Além deles, líderes, coordenadores, gerentes, diretores e vice-presidentes também foram entrevistados. O objetivo era ter um panorama de 360º sobre o papel do técnico no dia a dia da companhia.

Entre todos os dados consolidados, foram apontadas seis necessidades comuns desses profissionais. São elas:

1. Carreira. Os funcionários destacaram a importância em ter uma trilha de carreira estruturada, que envolva conhecimento técnico e de negócio, projetos desafiadores e estímulo para desenvolver novas habilidades.

2. Certificações. Dispostos ao aprendizado contínuo, esses profissionais anseiam por capacitações mais acessíveis e aderentes a realidade do seu trabalho, querem se manter atualizados com novas tecnologias de mercado e buscam especializações dentro de suas áreas.

3. Direcionamento. Dinâmicos, esse perfil de colaborador espera por orientações de seus superiores como forma de aprendizado e reconhecimento. Para eles, planejar bem o dia a dia e ter feedbacks constantes os ajudam a se sentirem seguros em suas funções. Querem ser o ponto focal dos clientes dentro da empresa.

4. Comunicação entre áreas e líderes. Os jovens técnicos são colaborativos e, por isso, esperam trabalhar em ambientes engajadores que possibilitem a troca de conhecimento, querem se tornar referências em suas áreas e almejam o reconhecimento de seus colegas e superiores.

5. Ações internas. Além de procurarem por especializações fora da companhia, os profissionais esperam, cada vez mais, por atividades promovidas dentro da empresa que visem não só o aperfeiçoamento de suas habilidades técnicas como também a troca de experiência entre as áreas. Para eles não basta mais saber especificações apenas de suas funções. Querem entender o negócio como um todo e enxergar o panorama de suas funções dentro do processo global da companhia.

6. Entender a necessidade dos clientes. Definitivamente, o profissional técnico entende que o seu papel não é apenas operacional, mas, cada vez mais, de consultor. Sentem-se aptos para levar aos clientes as melhores opções de soluções e serviços aderentes aos negócios. O objetivo é estar mais próximos de cada cliente para entender o que eles precisam no dia a dia para que possam usufruir da melhor forma as tecnologias e sistemas disponíveis pela companhia.

Referência: Digital Network