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sexta-feira, 19 de maio de 2017

Desenvolver a resiliência é fundamental para enfrentar desafios


No mundo atual, quanto mais resiliente for o profissional, maior será sua vantagem competitiva. Confira sete passos para você elevar a resiliência



Saber atuar com competência, mesmo sob pressão. Responder rapidamente em momentos de crise. Demonstrar criatividade e encontrar soluções, mesmo com poucos recursos, não são tarefas fáceis. Mas hoje, mais do que nunca, é justamente este perfil de profissional que o mercado de trabalho valoriza. Alguém capaz de manter o otimismo e o alto desempenho em situações adversas.

Para quem não sabe, as características citadas acima são características da resiliência, um conceito que vem da física e que está em alta no mercado de trabalho. Originalmente, a resiliência se refere à capacidade que alguns materiais têm de acumular energia quando submetidos à pressão e, depois de absorver o impacto, voltar ao estado original sem deformação, como se fosse um elástico.

No comportamento humano, a resiliência é a habilidade de se adaptar e superar adversidades, situações estressantes. Isso de forma saudável, construtora, sem ser afetado por elas de modo negativo, permanente.

Pessoas que funcionam bem diante do estresse físico e psicológico possuem três crenças que os indivíduos menos resilientes não possuem:

  • - Comprometimento: pessoas resilientes acreditam que o que elas fazem é importante e que vale a pena se empenhar.
  • - Controle: acreditam que são capazes de influenciar o resultado dos acontecimentos.
  • - Desafio: as pessoas com estas qualidades são mais inclinadas a enxergar as exigências de um evento potencialmente estressante como oportunidades e não como ameaças.

Em outras palavras, são aqueles que:

- Têm energia e disposição para enfrentar dificuldades em vez de se deixar abater;

- São capazes de atuar com competência, mesmo sob forte pressão;

- Antecipam crises, prevê obstáculos e se prepara para lidar com eles;

- Têm atitudes positivas, realistas e firmeza de objetivos;

- Recuperam-se mais rapidamente após sofrer revezes e não mudam sua essência depois de passar por experiências difíceis.

Desenvolver a resiliência é fundamental para enfrentar os desafios pessoais e profissionais. E também para ser bem-sucedido profissionalmente, uma vez que a pressão por resultados, as mudanças e as crises são constantes.

No mundo atual, quanto mais resiliente for o profissional, maior será sua vantagem competitiva. E maior será sua capacidade de lidar com tudo isso e ainda manter ou aumentar seu bem-estar, além de encontrar mais satisfação.

Confira 7 passos para você elevar a resiliência:

1) Mantenha o foco no futuro. Olhe para frente e não se prenda ao passado.

2) Mantenha-se motivado. Lute por seus sonhos e objetivos. Quem trabalha por seus ideais não tem tempo para chorar mágoas.

3) Invista em seus relacionamentos. Eles são uma grande fonte de apoio e de encorajamento.

4) Mude o hábito de colocar defeito nas coisas e de ver apenas o que as pessoas têm de pior. Combata o costume de ter uma opinião formada sobre tudo.

5) Redescubra as coisas que lhe dão prazer. Fique atento as suas necessidades. Cuide de sua mente, de seu corpo e de sua saúde.

6) Fique atento às necessidades dos outros. Contribuição e compaixão aumentam a resiliência.

7) Resiliência não é rejeitar ou ignorar as emoções negativas, mas apenas não permitir que elas controlem você. Fique atento!

Fonte: Digital Network

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Pessoas não são parte da operação, são parte da estratégia



Em uma empresa de impacto, as pessoas não são parte da operação, mas sim da estratégia. Conheça a rotina e as técnicas dos empreendedores de impacto que dedicam mais da metade do tempo formando o time.

Todos já sabemos que existe um grande número de funções humanas sendo substituídas pela tecnologia. Muito se avançou em capacidade e velocidade de processamento de dados complexos e processos mecânicos nos últimos anos.

Mas quando se trata de criatividade, ainda temos um longo caminho até conseguir substituir a capacidade do cérebro humano.

Por isso, não é exagero dizer que o fator mais importante de sucesso na jornada de um empreendedor encontra-se em sua equipe: é nela que reside o talento puro, o desejo de aprender e a habilidade de criar.

Não importa o segmento, indústria ou tipo de negócio que você possui, pessoas são a maior vantagem competitiva de qualquer empresa.
Estratégico ou Operacional?

Estratégia empresarial é uma forma de arte que exige constante criatividade e capacidade de adaptação para enfrentar novos desafios. Sem as pessoas certas, nada disso é possível.

Mas então, se nós devemos investir tempo e recursos para estar rodeados de pessoas incríveis, porque será que a prioridade dos processos de atração, seleção e treinamento costuma ser tão baixa?

Eu começaria dizendo que a equipe, infelizmente, não é considerada uma peça-chave do modelo de negócio da maioria das empresas. No seu business model canvas, sua equipe é uma pequena parte dos seus recursos-chave, certo? Provavelmente sim. Afinal, o senso comum diz que pessoas são parte da operação e não da estratégia.
Uma obsessão

Mas enquanto grande parte dos empreendedores pensa assim, os fundadores de startups de alto impacto do Vale do Silício pensam o contrário e investem 50% do seu tempo ou mais em recrutamento e seleção. É isso mesmo que você leu. 50% ou mais. Você investe quanto do seu tempo? Muitos empreendedores que conheço ainda trabalham em cima de meia dúzia de indicações e uma entrevista por candidato. Infelizmente.

Para esses empreendedores, sua equipe não chega nem a ser prioridade. Elas são uma obsessão.

Veja, por exemplo, Matt Mullenweg, fundador do WordPress. Para ele, contratação é o seu principal super poder. Mesmo depois de 13 anos, desde a criação do WordPress e mais de 20.000 currículos analisados, ele continua a participar ativamente desse processo.

Já Brian Chesky, CEO do Airbnb, diz que todo fundador deveria entrevistar e contratar pessoalmente os primeiros 100 funcionários de sua equipe, como ele mesmo fez. Esse processo é tão importante que, segundo ele, só deve ser delegado depois de treinar exaustivamente sua equipe de líderes para fazê-lo com a mesma qualidade que um fundador. Ainda assim, ele também ainda participa ativamente de inúmeras entrevistas e decisões de contratação.

O meu ponto aqui não é dizer que empreendedores devem entrevistar todo mundo. Mas sim de demonstrar que se trata da prioridade número 1 de uma empresa de impacto. Dar prioridade número 1 significa criar um processo bem estruturado, com quesitos de avaliação claros e decisão com o envolvimento de pessoas-chave. Só assim será possível montar um bom time, alinhado com o perfil desejado para compor a essência da empresa.
Talento Puro e Cultura Criativa

Outra dica muito valiosa é contratar com base no “raw talent” (que, em português, significaria talento puro). Raw Talent é o tipo de habilidade que uma pessoa não aprende, vem com ela. Se desenvolveu durante a formação, seja por causa da personalidade ou pela criação que teve de pais, amigos e avós. É o talento puro que permitirá que se alcance um desempenho muito maior do que qualquer currículo ou experiência prévia consegue dizer.

Entre os principais talentos puro, eu destacaria a criatividade, a curiosidade, a boa comunicação, bom relacionamento, capacidade analítica e organização de ideias.

E não é complicado analisar se um candidato os possui. Alguns exemplos de como descobrir podem começar com as seguintes perguntas:

·         Possui algum projeto paralelo (um blog, uma startup, um livro)?

·         Participa de projetos sociais como voluntário?

·         Quais livros leu no último mês?

·         Quais fontes de informação bebe e com que frequência?

·         Qual novo tópico ou assunto aprendeu recentemente?

·         Faz algum trabalho artístico ou manual?

·         Joga esportes coletivos?

Dê uma situação real da empresa para o candidato, coloque-o na frente de um computador com o Google aberto e peça para ele pensar em uma solução. Isso tudo somado é muito melhor do que saber onde ele trabalhou ou o que fez.

Mas esse raw talent só será proveitoso se você tiver uma cultura empresarial que o incentiva.

De nada adianta contratar pessoas criativas se dentro de sua empresa elas não terão espaço para propor idéias e sugerir novas soluções.

De nada adianta se sua empresa for extremamente hierárquica e burocrática, com multiníveis de aprovação.
Oportunidade de Crescimento

Mas recrutamento não é tudo. Um contínuo processo de desenvolvimento também faz parte desse jogo.

Jack Welch, ex-CEO da GE, diz que o RH não é para organizar festa de aniversário. Segundo ele, é um absurdo ter uma área de RH que tenha menos força que o departamento financeiro.

A melhor estratégia de motivação de funcionários não é bônus financeiros, mas sim o espaço e o incentivo para crescimento pessoal e profissional. Ao invés de pagar bônus, pague workshops e cursos online e offline de boa qualidade, quem sabe até fora do país e até mesmo fora da sua função e zona de conforto. Dê um Kindle (ou algum outro leitor eletrônico de sua preferência) e dê uma verba para compra de livros, monte uma estrutura de mentoria interna, traga mentores externos etc.

David Cohen, fundador da Tech Stars (uma das 3 maiores aceleradoras de startups dos Estados Unidos) disse recentemente em um artigo: “it’s a people game”. O time de uma empresa não é muito diferente de um time de futebol ou de um time basquete. Sem os melhores em campo não é possível vencer.
CAPITAL Humano

Precisa de mais convencimento? Veja a indústria de head-hunting, responsável por caçar talentos de outras empresas, que movimenta 400 bilhões de dólares em todo o mundo. Ou o número de aquisições de startups denominadas de acqui-hiring – estratégia de compra de empresas menores com o objetivo de contratar todos os seus talentos. Uma prática tão comum e crescente que já mereceu artigos no Business Insider, New York Times e CB Insights.

O capital humano passa a ter um peso muito maior na estratégia e modelo de negócios de uma empresa nos dias de hoje em relação ao passado. É preciso colocar as pessoas em primeiro lugar na sua estratégia empresarial.

Estou dizendo que você precisa contratar caçadores de cabeça, comprar startups ou ter equipes de RH completas? Não, o que estou dizendo é que você deve ter o recrutamento como uma das maiores (se não a maior) prioridades em seu negócio.

Estou dizendo que é fácil fazê-lo se você tem dinheiro? Também não. É bastante difícil e nem todo mundo se encaixa no perfil ou cultura da sua empresa. Mas se você conseguir fazer isso, aposte todas as suas fichas.
Só os melhores

E faça um bom trabalho para manter apenas os melhores. É provável que nem sempre você acerte e que, quando acertar, algum membro antigo da equipe demonstre que não conseguirá continuar na empresa.

Se isso ficar evidente, não demore, seja rápido em tomar uma decisão e retirá-lo. Uma equipe de campeões só funciona quando todos ali desempenham como tal.

Ao longo da sua jornada empreendedora, você estará constantemente gerenciando o “pool ideal de conhecimento”. Para pensar em soluções e pensar em novas estratégias, você precisará movimentar esse pool. Em muitos casos aumentar, mas em outros simplesmente mudar a combinação.

Por exemplo, você pode ser um varejo físico que precisa criar um e-commerce e portanto aprender sobre marketing digital. É provável que parte do seu pool atual aprenda sobre esse novo assunto, mas talvez não seja suficiente e portanto necessário trazer alguém de fora para esse pool. O mesmo é válido para tecnologia, para design, para branding e assim por diante.

Fonte: ENDEAVOR

sexta-feira, 24 de março de 2017

O estresse é o inimigo do foco


O psicólogo Daniel Goleman diz que precisamos administrar nossa atenção para melhorar nosso desempenho profissional -- e também de empresas

Toda vez que vem ao Brasil, Daniel Goleman diz que o país parece estar envolvido em algum tipo de crise. A cada desembarque, a palavra está na pauta do dia. Brincadeiras à parte, ele usou essa impressão para chamar atenção do público no HSM Expomanagement nesta segunda-feira (9/11) sobre seu atual campo de estudo: foco. O autor do best-seller Inteligência Emocional afirma que o estresse é o inimigo do foco. Por estresse, entenda-se tensões no ambiente corporativo e uma quantidade enorme de informações que nos bombardeiam diariamente. E vale dizer: estamos perdendo dinheiro por falta de foco. “Precisamos ser administradores da nossa atenção, não vítimas da nossa inatenção”, diz Goleman.
O autor explica que há dois tipos de distração. Quando você está tentando trabalhar em um café e há vozes ao redor das quais você precisa se desligar, eis o tipo fácil de distração. O tipo difícil é a distração emocional. Há uma parte do cérebro responsável por identificar ameaças. Ela nos ajudou a sobreviver e chegar até aqui, mas é um problema nas organizações. A questão é que essa parte do cérebro responde tanto a ameaças físicas quanto abstratas.

Se seu colega recebe uma promoção ou se você é um chefe tentando sobreviver a uma crise, essa parte emocional “sequestra” o cérebro e, portanto, o foco. Isso acaba com a nossa habilidade de pensar com clareza, aprender e se adaptar. Além disso, quando estamos nesse “modo ameaçado”, a tendência é tomar decisões mais automáticas e agressivas. Goleman justifica a atitude de Mike Tyson ao arrancar as orelhas durante a luta com Holyfield como uma situação de "sequestro emocional".

A inteligência emocional, afirma o psicólogo, é o que costuma diferenciar os líderes das empresas. Além de entender como uma decisão tomada hoje vai afetar a empresa amanhã, ele precisa gerenciar os funcionários para colocar uma estratégia em prática. “A maior tarefa do líder é dirigir a atenção para onde ela precisa ir”, afirma. Para isso, o líder precisa trabalhar três tipos de foco: em si mesmo, nas pessoas com quem trabalha e no sistema que determina se a empresa terá sucesso.
Ferramentas
Para os líderes, eis a dica: a neurociência já mostrou que o cérebro é capaz de sentir a atitude da outra pessoa. Esse canal é extremamente importante na hora de criar um ambiente de alto desempenho.
O líder é aquela pessoa na qual todo mundo presta atenção. Um estudo da Universidade de Yale mostrou que se o líder estava de mau humor, as pessoas entravam na “vibe” e tinha um desempenho pior. Quando ele estava de bom humor, a influência era positiva. “Essa é a conversa silenciosa, que faz muita diferença no desempenho. Os líderes precisam prestar atenção ao seu estado emocional”.
Outra dica: se alguém for conversar com você, esqueça o celular, o email que está entrando na caixa ou a televisão. Preste atenção no seu interlocutor e somente nele.
Para treinar a concentração, Goleman sugere o uso da técnica de mindfulness. Ela consiste em sentar-se em uma posição confortável e prestar atenção na respiração, enquanto você inspira e expira. Sempre que sua mente tenta divagar, você deve trazer a atenção de volta para a respiração. Quanto mais você treina, mais fácil fica. É como se fosse uma musculação do foco.
Os alvos que ninguém vê
Ao final da palestra, Goleman falou sobre os objetivos que ninguém é capaz de enxergar. Ele cita a história de Kobun Chino, o guia espiritual de Steve Jobs, um excelente arqueiro. Ao se apresentar para um grupo na Califórnia, ele faz a flecha passar longe do alvo -- ultrapassando a cerca e despencando no Oceano Pacífico. O público se espanta, mas ele grita como se tivesse atingido o alvo. E atingiu, mas não o alvo que todos estavam olhando.
O psicólogo faz o paralelo dos ensinamentos de Chino com a liderança de Jobs: ele foi capaz de criar um mercado para produtos que ninguém via, como o iPad. E isso foi essencial para o futuro da Apple. O mesmo acontece agora com o Google, que criou a empresa Alphabet e mostra claramente que o site de buscas é um produto de sucesso, mas que não será o único motor de crescimento da companhia.
Fonte: ÉPOCA Negócios