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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

BI impulsiona mudança nos modelos de gestão

Abordagens operacional e estratégica distinguem projetos envolvendo sistemas de business intelligence. CIOs acreditam na adoção desse tipo de solução como ferramenta para mudança do modelo de gestão das companhias. Iniciativas envolvendo projetos de BI geraram boas discussões no Intercâmbio de Ideias do IT Forum 2010. Os debates permearam questões críticas como a dificuldade de envolver a alta gestão como patrocinadora; unificação de base de dados garantindo consistência; definição de papéis e responsabilidades da TI e das áreas usuárias e uniformização de conceitos.



O que ficou claro é que soluções eficientes existem no mercado e são commodity. Resta aos gestores a definição da estratégia de entrada e conduzir a implantação da tecnologia para levar o aplicativo ao nível estratégico. Processos definidos configuram-se em outra questão importante na hora de implementar uma ferramenta de maneira eficiente.


"O segredo do BI está no data warehouse. Se você tiver um DW perfeito, tudo funcionará bem", opina Frederico Wanderley, CIO das Casas Bahia, que apresentou seu case no evento. A gigante varejista adotou um processo único para aproveitar dados corporativos. "Isso confere padrão às informações." Há seis anos a empresa roda uma ferramenta da Cognos. Atualmente, a companhia tem um terabyte de dados na ferramenta que analisa todas informações de negócio praticamente em tempo real. Máquinas robustas processam os cálculos durante 4h30 durante a madrugada para serem disponibilizados já no início do expediente das lojas.


A Casas Bahia explora muito as facilidades de cubo para acesso mais visual a apresentação dos dados. Informações consistentes suportando os cubos permitem aprofundar-se na análise, que vai desde contratos, serviços, tipos de venda, desempenho da loja virtual, entrega, bandeira do cartão de crédito usada e análise do crescimento de venda das lojas, por exemplo. Fred está há três décadas na companhia e, por conhecer bem a empresa e o negócio, pode enriquecer o uso do aplicativo.


Fora da zona de conforto:


Após abertura de capital, a Cyrela captou recursos e comprou terrenos, sua principal matéria-prima. "A questão aí era definir qual rumo seguir", recorda Rogério Pires, CIO da incorporadora que conduziu outro grupo de gestores de TI na discussão do tema. A companhia começou com um projeto de adoção da ferramenta mapeando processos e conectando três áreas cruciais para o negócio: terrenos, inteligência de mercado e vendas.


A expectativa do projeto era reunir tudo em uma única base de dados, cruzar informações e gerar cenários. A adoção demandou mexer nos processos e isso tirou funcionários da zona de conforto. Para resolver a questão, Pires envolveu as áreas de negócios, transformando-as em donas do projeto. Quinze pessoas, das três áreas e da TI, envolveram-se na iniciativa. Ao mesmo tempo em que analisavam qual ferramenta atenderia suas expectativas, a Cyrela construía seu data warehouse.


O nível de detalhamento culmina em mapas com informações de negócio que ajudam identificar pontos de empreendimento, terrenos viáveis, clientes em potencial; intercalando isso com dados do mercado e concorrência. Os benefícios verificados por Pires na adoção de uma ferramenta diminuíram o volume de relatórios e conferiria independência à área de TI, pois o usuário passaria a dono da informação.


por [Felipe Dreher]

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