BR&M Tecnologia

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

"Cachorro velho" sempre pode aprender novos truques.

A questão do envelhecimento ultrapassou a barreira da idade e está muito mais ligada à nossa capacidade de acompanhar a constante evolução tecnológica do que à idade propriamente dita

Recentemente, completei 40 anos e confesso que, de fato, muita coisa mudou ao ter entrado nessa nova fase da vida. Enquanto alguns dizem que a vida começa aos 40, outros fazem questão de lembrar que a idade vem chegando, quase como num tom de ameaça de que daqui para frente tudo será mais difícil. Como se o avanço da idade significasse que tudo ficará mais difícil, sobretudo, no que diz respeito à capacidade de acompanhar os avanços tecnológicos e à habilidade de lidar com as gerações mais novas. Cheguei até a ouvir aquele velho ditado que diz que “o cachorro velho também precisa aprender truques novos”.
Porém, tenho um enfoque muito diferente no que diz respeito a essa questão de idade, gerações e tecnologia. Penso que, diante de tanta inovação, a questão do envelhecimento ultrapassou a barreira da idade e está muito mais ligada à nossa capacidade de acompanhar a constante evolução tecnológica do que à idade propriamente dita. Há pessoas mais idosas que estão muito mais atualizadas tecnologicamente do que pessoas mais jovens. Fica então a questão: quem é, nessa história, o cachorro velho que deve aprender o truque novo?

Tanto é que, atualmente, as gerações mudam sucessivamente numa velocidade muito maior do que era no século passado. Para conseguirmos acompanhar essa contagem, batizamos as gerações com nomes e letras como se fossem rótulos que atestam que, por exemplo, pessoas pertencentes à geração Baby Boomers estão necessariamente mais desatualizadas do que as pessoas da geração Y.

Embora essa classificação seja importante no sentido de condensar os saltos tecnológicos que configuram a mudança de cada geração, penso que ela é incompleta. Esse século tem nos mostrado que precisamos definir os limites de cada geração por meio de outra variável, tão ou mais importante quanto a tecnologia: a evolução comportamental. O termo “comportamental” é muito genérico e se refere a questões muito importantes para o ser humano como o equilíbrio emocional, a espiritualidade, o conhecimento e a ênfase nas relações.

Há algum tempo já são feitas afirmações de que a humanidade passaria por uma mudança de paradigma que simboliza esta evolução comportamental. Peter Drucker afirmava que este século marcaria o início da chamada Sociedade do Conhecimento, na qual os seres humanos constatariam que as informações virtuais ou à distância não mais poderiam substituir os relacionamentos face a face e que as relações trabalhistas passariam a ter ênfase nas pessoas e não somente no trabalho em si[1].

É importante notar que a evolução comportamental passa inexoravelmente pelo desenvolvimento e valorização do conhecimento – formal e informal – pois conhecimento é sinônimo de experiência e, por sua vez, a experiência permite que comportamentos melhores sejam adotados à medida que a pessoa fica mais velha. Esse processo se retroalimenta e, assim, a pessoa vai adquirindo um novo conjunto de conhecimentos e habilidades que são frutos de suas experiências anteriores, aumentando ainda mais seu conhecimento e experiência. Ou seja, inevitavelmente, “o cachorro velho aprenderá truques novos”.

Porém há que se chamar a atenção para o fato de que esse processo se desenvolverá mais facilmente à medida que a pessoa envelhecer e, principalmente, se ela estiver aberta ao aprendizado. Essa é a grande questão, pois, o aprendizado tecnológico, que caracteriza as gerações mais novas, não, necessariamente, as leva ao conhecimento e à evolução do seu comportamento. O acesso e uso da tecnologia não resultarão, obrigatoriamente, em aumento do conhecimento. É por conta disso que talvez faça sentido afirmar que é mais urgente que as pessoas novas aprendam truques novos ao invés de esperar que esse papel caiba somente às gerações mais velhas.

Fonte: ADMINISTRADORES

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

O Futuro do Profissional de Finanças.


Quem atua na área de Finanças já percebeu que muitas coisas mudaram nesses últimos anos.

Você já se perguntou como as organizações estão projetando suas áreas de Finanças para os próximos anos? 

Será que ainda existe espaço para mais mudanças?

Há 9 anos sou Headhunter especializado em Finanças, área em que iniciei minha carreira. Meu dia-a-dia é conversar com executivos e estou sempre atento às suas tendências e perspectivas dessa área, que até pouco tempo atrás era considerada meramente como área de suporte, mas que a cada dia vem se tornando essencial para os negócios.

Compartilho aqui alguns insights sobre qual será o papel do executivo financeiro do futuro e como as grandes organizações já estão moldando suas áreas.

Para atuar em Finanças, até pouco tempo atrás, era fundamental apenas possuir sólidos conhecimentos técnicos: normas Contábeis, Tributárias, gestão de Custos e/ou rotinas da Tesouraria.

Claro que hoje essa necessidade continua presente, mas outras componentes se tornaram muito mais importantes. 

Ter uma sólida base técnica se tornou uma premissa básica

Sem essa base, o profissional sequer é considerado para uma contratação, promoção ou mesmo para se manter em uma organização.

As mudanças que ocorreram nesses últimos anos estão relacionadas com a forma de desempenhar essas atividades tradicionais da área Financeira. Três fatores importantes permitiram essas mudanças:

  • Automatização do Processos Internos e da Gestão da Informação;
  • Aplicação de Novas Tecnologias nas organizações;
  • Implementação de Novas Metodologias de Gestão.


O que isso significa na prática? As atividades tradicionais de finanças foram mapeadas, automatizadas e muitos processos internos foram inseridos em sistemas integrados de gestão, trazendo como consequência um ganho significativo de produtividade, mas em contrapartida uma redução também significativa no quadro de funcionários das organizações. 

Por exemplo, antigamente eram necessários alguns longos dias de um departamento todo para realizar um fechamento contábil mensal (se fosse o fechamento anual, esses dias seriam ainda mais longos…)

Hoje essa realidade é bem diferente, um processo de fechamento já é realizado logo nos primeiros dias úteis do mês, mesmo em empresas com maior complexidade.

Essa transformação não significa que as atividades tradicionais tenham deixado de ser importantes, significa apenas que elas deixaram de ser o foco principal.

O tempo que era dedicado às tarefas operacionais, que não agregam valor à organização, passou a ser direcionado para atividades de análise, interpretação das informações e projeções de cenários futuros.

O foco hoje é direcionar o papel da área Finanças para um perfil mais estratégico, que dê apoio ao negócio, atuando como parte integrante dele e não mais como um departamento separado, que observa tudo de longe, através dos números e planilhas. 

Percebemos também que a quantidade de profissionais com funções mais operacionais vem diminuindo consideravelmente nas organizações, é uma atividade em extinção! 

Essa diminuição é causada por conta dos processos de otimização, que podem ser feitos internamente, através da descentralização e consolidação das atividades transacionais em centros que atendam toda a organização (ex: Centros de Serviços Compartilhados). Essas equipes também podem ser transferidas para estruturas externas, seja dentro da organização (mas em outros países, como Índia ou países da América Central, por exemplo) ou fora da organização (em empresas de Outsourcing). 

Em contrapartida, os profissionais com perfil mais estratégico estão sendo cada vez mais demandados pelas organizações, e também já estão recebendo tratamentos diferenciados: seus pacotes de remuneração chegam a ser, em média, 25% superiores a de outros profissionais no mesmo nível hierárquico, mas que atuam em funções mais operacionais na área financeira. 

O perfil ideal para essa função estratégica é aquele que possui bons conhecimentos técnicos, mas que também apresenta visão generalista e boa interação com o negócio.

Por estar em uma área com amplo acesso a informações, ele entende quais são as principais necessidades da organização e se envolve simultaneamente com todas as áreas, ajudando a desenvolver projetos específicos através de sua visão analítica.

Esse profissional também atua como ponte entre áreas distintas (aproximando Marketing com Engenharia, Vendas com Produção, e por aí vai…), deixando de ser responsável apenas pela apuração dos resultados, passando a ser co-responsável por eles e colaborando para que as metas globais sejam atingidas - não apenas suas metas individuais.

  • O que você está fazendo para se aproximar desse perfil estratégico?
  • O que sua organização está em busca quando recruta um novo colaborador? 


Autor: Fernando Paiva (
Headhunter com foco nas áreas de Finanças)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Controle financeiro pessoal: aprenda a fazer o seu.

O sucesso financeiro não vem com atitudes milagrosas ou momentos únicos e, sim, com muito esforço e dedicação para garantir que o seu orçamento seja capaz de realizar os seus sonhos. Entretanto, atingir esse objetivo é impossível se você não puder ter controle sobre suas finanças e o que acontece é que elas acabam dominando você.

A ferramenta do controle financeiro pessoal é indispensável se você quiser que seu dinheiro renda e que possa financiar os seus sonhos. Quer chegar lá? Separei algumas dicas para que aprenda a como fazer um controle financeiro pessoal de qualidade. Aproveite!
Conheça seus ganhos e seus gastos

Para um controle financeiro pessoal de qualidade você deve começar conhecendo quais são os seus ganhos e quais são os seus gastos fixos. Isso é necessário porque nem sempre as pessoas sabem exatamente o quanto ganham ou o quanto do seu salário está mensalmente comprometido.
Por isso, em uma coluna, coloque todos os seus rendimentos do mês, incluindo o salário e rendas extras. Em outra, coloque todos os seus gastos fixos ou recorrentes para saber quanto você gasta todo mês. Ao final, diminua o quanto você ganha do quanto você gasta para ter uma ideia de quanto você tem disponível por mês. Se a conta não fecha, você tem um motivo a mais para começar a fazer o controle financeiro.

Controle as despesas
Agora que você sabe direitinho quanto ganha e o quanto gasta é hora de começar a controlar as despesas. Por isso, como parte do seu controle financeiro detalhe todas as despesas das quais conseguir lembrar: aluguel, conta de água, conta de luz, combustível, fatura do cartão de crédito e mais.

Identifique quais são as maiores delas e também quais são as que não são tão necessárias. Logo você perceberá que está gastando mais do que pretendia e, muitas vezes, que não está vendo um retorno em qualidade de vida desses gastos – gastar muita luz, por exemplo, dificilmente significará que sua qualidade de vida está muito melhor.
Assim, comece a controlar todos os recebimentos e despesas no momento em que ocorrerem. Ao fazer um controle estrito de entrada e saída de valores você saberá identificar com o que está gastando.

Estabeleça metas
Para controlar as despesas, inclusive, você pode estabelecer metas de orçamento. Essas metas podem funcionar tanto na redução de gastos quanto no aumento da economia em si. Uma meta, por exemplo, pode ser de diminuir em 20% o valor da conta de luz para o próximo mês. Outra meta pode incluir guardar 15% do seu salário todos os meses.

Criar metas para o seu orçamento é importante porque o controle financeiro também precisa ter um objetivo, ou seja, você não deve fazer um controle financeiro apenas para saber o que gasta, mas também para possuir uma postura ativa para gerar mais economia.
Compre somente o necessário

Se você continuar comprando coisas das quais não precisa o seu controle financeiro nunca vai subir de nível e a sua situação financeira nunca irá atingir o patamar que você deseja. Por isso, estabeleça um compromisso consigo mesmo de comprar somente o que é necessário para o seu momento.
Em vez de aproveitar qualquer promoção apenas porque o item está muito abaixo do preço pergunte-se se você realmente precisa do item. Se a resposta não for totalmente afirmativa, a compra não é a melhor escolha.

Com isso, em vez de comprar com constância comece a pensar em novos usos para as coisas que você já tem, garantindo um orçamento mais enxuto e mais fácil de ser controlado.
Prefira compras à visita

Falando em facilidade de controle do orçamento, inclusive, é altamente recomendado que você prefira compras à vista. Isso se deve a dois fatores principais: o primeiro é que não há juros e, portanto, você sabe exatamente o quanto a sua compra vale no momento em que ela acontece. O segundo motivo diz respeito ao fato de que fazer compras à vista ajuda a diminuir as compras por impulso já que você vê o dinheiro saindo diretamente do seu bolso.
Isso não significa que você precise eliminar totalmente o cartão de crédito da sua vida, afinal, ele é muito útil em situações em que o parcelamento é necessário. A questão, entretanto, é que quanto menos você usar o cartão, menos dívidas você terá e mais fácil vai ser de fazer um controle efetivo.

Mantenha a organização

A organização também precisa fazer parte do seu controle financeiro pessoal, especialmente quando se fala do controle de entrada e saída de valores. Toda movimentação precisa estar bem detalhada e conter o valor exato, a data e o motivo da compra.
Isso é importante para que você saiba exatamente para onde o seu dinheiro foi no final do mês e faça uma avaliação do que você fez de certo e do que você fez de errado. Se você apenas fizer um lançamento numérico, grandes são as chances de que chegue o final do mês, e você não se lembre da referência daquele valor.

Por isso, mantenha tudo organizado para que você não se perca em seu próprio controle financeiro e saiba sempre quais foram os seus gastos.
Tenha disciplina

Falando em fazer lançamentos de gastos, inclusive, é muito importante que você tenha disciplina em registrar todos os gastos que tiver, mesmo que sejam gastos que parecem pequenos ou insignificantes.
Mesmo um cafezinho na padaria ou uma compra de pequeno valor precisam estar registrados para que as contas no final do mês façam sentido e para que você entenda melhor seus hábitos de consumo. Imagine, por exemplo, que você gaste R$ 5,00 todos os dias na padaria antes de ir para o trabalho. O gasto parece pequeno e, individualmente, realmente é. Ao anotá-lo, entretanto, você notará que cerca de R$ 100,00 do seu salário são destinados somente a isso – e por isso você precisa anotar qualquer gasto, ainda que pequeno.

Ter um controle financeiro pessoal é um hábito indispensável para qualquer pessoa que deseje ter resultados melhores em sua vida pessoal, ficando longe de dívidas ou complicações financeiras que tiram o sono. Para isso, conhecimento sobre seu orçamento e organização são fatores fundamentais para conseguir um orçamento que traga resultados cada vez melhores.
Fonte: PROFESSORES DE SUCESSO