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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Afinal, o que é PDV (Ponto de Venda)?


Embora toda palavra tenha seu próprio significado, ou significados em alguns casos, é interessante como algumas palavras ou termos acabam alterando sua verdadeira expressão ao longo do tempo, principalmente em relação ao desenvolvimento e evolução das sociedades, e que também transformando o comportamento de shoppers e consumidores. Mas não se preocupe, você não está lendo um post sobre língua portuguesa, estamos falando de varejo...

Eu acho incrível como existe uma série de diferentes significados para a palavra ponto-de-venda, que batizamos comumente como PDV em artigos e publicações, e que por exemplo, mesmo no inglês ora pode ser encontrada como point-of-sale, ou ainda como point-of-purchase, ainda que seja designada para o mesmo fim.

É fato que o conceito de ponto-de-venda mudou muito ao longo dos anos, e acompanhamos boa parte dessa transformação. De um simples interlocutor entre a indústria e/ou o distribuidor com seu consumidor, onde a mercadoria por vezes não precisa nem estar exposta para ser vendida, hoje os PDV´s são a verdadeiros templos das marcas, onde a experiência de compra hoje tem sido apontada como o principal atributo de uma loja ou um ambiente de vendas bem sucedido.

Se olharmos ao prisma da indústria, o PDV pode ser tanto a loja quanto o distribuidor. Em alguns casos, embora eu acredite que seja uma visão um tanto restrita demais, já vi empresas designando a palavra PDV para displays ou equipamentos próprios instalados em pontos-de-venda.

O varejista ou revendedor, entende que ponto-de-venda seria sim seu próprio espaço, ou seja sua loja ou ponto de distribuição, ou seja, o local no qual seu cliente realiza suas compras, também carinhosamente chamado de “chão de loja”. Já no caso de alguns fornecedores, como empresas de equipamentos de loja e softwares de gestão e ERP, a palavra PDV pode servir para designar a quantidade de caixas, ou checkouts de uma loja. Ponto-de-venda nesse caso, é o local onde a venda é finalizada.

Pessoalmente acredito que a melhor definição para Ponto-de-venda ou PDV pode ser definida como “o local ou meio no qual a marca entre em contato com o shopper ou seu consumidor”. Embora eu não lembre de onde obtive essa referência, há muitos anos atrás, acredito que essa seja uma das melhores definições possíveis, pois em primeiro lugar, quando falamos de marca, estamos falando de produtos, serviços ou até mesmo empresas por completo, em segundo lugar, a questão de ser um ponto de contato, e portanto também de experiência, permite uma série de possibilidades de locais e meios, como a loja, o distribuidor, a loja virtual, ou até mesmo o vendedor porta-a-porta, que de maneira metafórica, traz o ponto-de-venda para dentro de nossa casa.

Mais importante do que entender a definição deste termo, é entender como sua marca dialoga com esses espaços, não importa em quais locais ou meios que estejam presentes.

Por Caio Camargo

Alteração no prazo da recuperação judicial


A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou em 05.03.2013, Projeto de Lei do Senado n.º 248/2012, que altera o prazo para a Recuperação Judicial. O prazo de 180 dias, anteriormente, estabelecido pela Lei n. º 11.101/2005 poderá ser dilatado uma única vez, por prazo igual. Desta forma as empresas que se socorrerem da Recuperação Judicial, poderão ter até 360 dias de carência para reestruturar suas finanças e retornar ao mercado como empresa “saudável”. O instituto da Recuperação Judicial ingressou em nosso ordenamento jurídico com o intuito de viabilizar a recuperação econômica de empresas em situação econômica - financeira adversa, possibilitando assim que as mesmas continuem funcionando, cumprindo com seu papel social e mercantil, evitando, se deferida a Recuperação Judicial e efetivamente cumprida, a famigerada falência. Neste sentido, vislumbramos no art. 47, da Lei de Recuperação Judicial: Art. 47 – A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. Vale ressaltar que a Recuperação Judicial não é uma medida destinada apenas a grandes empresas, haja vista que a mesma pode ser requerida por empresas de qualquer porte. Entretanto, em se tratando de empresas de grande porte “mister” se faz a contratação de advogado e consultoria para ingresso com o processo na Justiça e a apresentação do plano de reestruturação, o qual deverá ser entregue no prazo improrrogável de 60 dias, após o deferimento do processamento da recuperação, com carência de até 360 dias, com a recente aprovação do PLS 248/12.Por outro lado, o micro e o pequeno empresário necessitam apenas do advogado para o ingresso em juízo, vez que dos mesmos é cobrado apresentação de plano especial (menos complexo que o plano de reestruturação). Nestes casos, a lei permite que a empresa salde seus débitos junto aos credores em até 36 parcelas mensais e consecutivas, com carência de até 360 dias do deferimento da recuperação judicial. Destaca-se que, com recuperação judicial baseada em plano especial de recuperação, não ocorre suspensão da prescrição nem das ações e execuções por créditos não abrangidos pelo plano. A possibilidade de prorrogação no prazo da Recuperação Judicial, somente poderá ser discutida na hipótese de demora na aprovação do plano de recuperação judicial “por ação ou omissão inimputáveis ao devedor”. Na prática, a aprovação do PLS n.º 248/12 ampliou magistralmente o prazo de suspensão do direito dos credores de iniciar ou continuar com suas ações e execuções frente à empresa devedora, beneficiando, desta forma, a tentativa de recuperação econômico-financeira das empresas, vindo de acordo ao preceituado no artigo 47, da Lei n. º 11.101/05.

Receita líquida da Totvs cresce 6,6% no primeiro trimestre

Produtora nacional de sistema de gestão empresarial (ERP) fechou os primeiros três meses com receita líquida de R$ 374,2 milhões

A produtora nacional de sistema de gestão empresarial (ERP) Totvs encerrou o primeiro trimestre com receita líquida de 374,2 milhões de reais, alta de 6,6% em relação ao mesmo período no ano passado.

Nos últimos 12 meses, o aumento da receita líquida da Totvs foi de 8,4%, atingindo 1,4 bilhão de reais. O lucro líquido fechou em 51,9 milhões de reais, avanço de 4% ante o mesmo período do ano passado. 

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 97,5 milhões de reais, com alta de 5,9%. A margem Ebitda consolidada alcançou 26,1%.

Nesse primeiro trimestre, a receita recorrente da Totvs representou 58,8% da receita líquida total. A receita recorrente provém principalmente dos contratos de manutenção, aluguel de licenças de software, serviços de hospedagem, serviços de Business Process Outsourcing (BPO) e cloud computing. 

Fonte Now!Digital Business

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Quando é a hora de deixar de trabalhar?

A renúncia do Papa Bento XVI trouxe a tona um dilema vivido por executivos e empresários nos últimos tempos: qual a hora certa de pendurar as chuteiras? A maior expectativa aliada à melhoria na qualidade de vida, fez com que senhores e senhoras na faixa dos sessenta ou mais, ainda sintam-se totalmente aptos e capazes para fixar objetivos, liderar equipes, cumprir metas, conquistar novos mercados, viajar e enfrentar longas e extenuantes jornadas de trabalho. 

O segundo grupo, composto pelos empresários, em geral têm maior autonomia. A frente de seus negócios, criados ou herdados, tornam-se uma espécie de lenda viva na organização, mesmo que já tenham passado o bastão para a próxima geração. Antônio Ermírio de Moraes e Abílio Diniz fazem ou fizeram parte deste grupo. Já os executivos têm contra si os estatutos e regulamentos das empresas, os quais fixam a idade máxima para se aposentar.

Quem conviveu anos ou décadas com secretárias, motoristas, combustível pago, planos de saúde de primeira linha e um cartão de visitas que abria portas e convites, tornar-se um simples mortal do dia para a noite pode ser um forte baque caso não esteja preparado. Ir ao banco, ao correio, revisar o carro, consertar o computador e anotar os recados, podem ser tarefas interessantes nas primeiras semanas.

Comparo a carreira de um executivo ao ciclo de vida de um produto, composto por quatro fases: introdução, crescimento, maturidade e declínio, o qual tem se tornado cada vez mais curto, face às inovações, tecnologias, globalização, competitividade e consumismo. Já se foi o tempo em que fogões e geladeiras duravam décadas na cozinha de nossas mães. Hoje compramos um computador, smartphone, eletrodoméstico ou veículo, já sabendo que em alguns meses ou anos estarão ultrapassados, seja em design ou desempenho. 

As carreiras inexoravelmente seguirão o mesmo movimento, onde cabelos brancos e óculos para presbiopia, também conhecida como vista cansada, deixarão de ser sinônimo de experiência adquirida, adquirindo conotações negativas. Neste cenário de maior expectativa de vida e menor tempo útil como profissional, desenvolver uma nova ocupação torna-se essencial aos profissionais precavidos e cientes de que diferentemente do veículo Gol, não poderão renovar-se eternamente em novas versões para se manterem no mercado.

Acredito que não haja uma hora mais correta ou adequada para se pensar no assunto, porém deixá-la para a fase do declínio pode não ser uma boa estratégia, haja vista alguns projetos consomem anos para tornarem-se realidade ou prover um retorno financeiro satisfatório, caso não consiga viver com as reservas acumuladas durante o período como executivo. Abrir um negócio, tornar-se consultor, conselheiro ou professor são atividades que requerem preparo e dedicação prévia. 

Talvez uma boa estratégia seja aproveitar os últimos anos em que esteja na empresa, seja ou não por vontade própria, para começar a colocar seu plano B em prática. O contracheque garantido no final do mês e a rede de relacionamentos podem ajudá-lo a planejar a transição com mais calma, esteja sozinho ou com o acompanhamento de um mentor. Ter uma nova atividade ou carreira certamente ajudará na perda do sobrenome corporativo, seja por aposentadoria ou demissão de profissionais seniores, comum em épocas de redução de custos. Bento XVI ensinou com a humildade de seu ato que devemos saber a hora de parar, assim como somos senhores de nosso destino, mesmo que este seja a clausura. 

Fonte: Administradores

O amadurecimento dos outlets premium


Nova tendência de complexo comercial no Brasil ressalta os benefícios do novo formato e a necessidade dos shoppings de se reinventarem

Os brasileiros gastaram a impressionante quantia de US$ 22,2 bilhões no exterior em todo o ano passado, recorde histórico segundo o Banco Central. Em comparação ao ano de 2011, o número representa um crescimento de 4,5%. O consumo é tão alto que o governo dos Estados Unidos estuda até mesmo colocar o Brasil na lista de países dispensados de visto para viagens de turismo.

Entre os locais preferidos dos brasileiros que vão ao exterior, principalmente os Estados Unidos, estão os outlets, shoppings normalmente localizados no entorno das grandes cidades e conhecidos pelos baixos preços e produtos de marcas premium. No Woodbury Premium Outlets, próximo a Nova Iorque, por exemplo, o português do Brasil já é um dos quatro idiomas oficiais do sistema de alto-falantes. Encontrar vendedores falando português também é bastante comum em centros de compras de cidades como Miami, Orlando e Las Vegas.

A boa notícia, para muitos consumidores, é que não é mais necessário enfrentar longas jornadas de avião para visitarmos este tipo de empreendimento. O primeiro outlet premium do Brasil foi inaugurado em 2009 na cidade de Itupeva (SP) e é considerado até hoje sucesso absoluto. Nos próximos meses será a vez do Rio Grande do Sul, com a inauguração de um outlet premium na Grande Porto Alegre.

O mercado de shoppings, de uma forma geral, está em ebulição por todo o País. Tivemos em 2012, de acordo com o balanço divulgado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o maior número de inaugurações dos últimos 13 anos. Com mais 27 novos empreendimentos em operação e média de 398 milhões de visitantes mensais, o mercado de shopping centers brasileiro registrou, em 2012, alta de 10,65% nas vendas em relação ao ano anterior, atingindo total de R$ 119,5 bilhões. A expectativa do setor para 2013 é de 12% no aumento das vendas.

No entanto, os lançamentos não trazem muitas novidades e mantêm o mesmo padrão. Quem entra em um centro de compras de primeira linha de qualquer capital brasileira tem aquela sensação de déjà-vu. As mesmas lojas, formatos e serviços...

O alto custo de ocupação dos shopping centers tradicionais impede a prática de preços mais acessíveis ao consumidor. Hoje os comerciantes são obrigados a fazer liquidações em lojas cujo custo operacional é altíssimo, o que torna impossível uma operação com descontos realmente tentadores. Outra alternativa dos lojistas são os outlets próprios, que funcionam bem, mas são limitados, pois têm o apelo de apenas uma marca.

Já nos shoppings tipo outlets, como o que está sendo erguido no Rio Grande do Sul, os custos de ocupação são bem menores, permitindo que os comerciantes pratiquem preços para lá de atrativos. Apenas para exemplificar, as tradicionais luvas e o 13º aluguel não existem neste tipo de empreendimento.

Uma loja de outlet fatura cerca de três vezes mais que uma instalada em um shopping tradicional. Outra vantagem é o custo de ocupação, que representa aproximadamente 5% do faturamento bruto (contra 30% a 40% dos demais centros comerciais).

Por esses e outros motivos é que o modelo de outlet premium começa a prosperar no Brasil. Já são três em funcionamento (Itupeva - SP; Contagem – MG e Alexania - GO) e a expectativa é que mais 30 empreendimentos sejam inaugurados nos próximos anos.

Estar localizado fora das grandes cidades é fundamental para o sucesso de um outlet premium já que os custos são menores e não existe a concorrência direta com os shoppings tradicionais. Outro ponto importante é estar em um corredor com intenso fluxo de carros.

Vale ressaltar, também, que hoje, independentemente do cenário econômico, manter uma loja tipo outlet é uma decisão inteligente. Em épocas de crise, o consumidor buscará mais opções com preços acessíveis. Já quando a economia está forte, o consumo em outlets também é beneficiado.

*Sócio da GC2000, uma das empresas responsáveis pela implantação do conceito de outles premium no Brasil

Fonte No Varejo

Mais franquias contábeis

O setor de franquias deverá crescer este ano 16% em faturamento, 9% em novas redes e 11% em novas unidades. A Associação Brasileira de Franquias (ABF) que acaba de divulgar esses dados, neste início de mês de março, projeta, ainda, mais de 11% de expansão na geração de novos postos de trabalho  este ano.  O fato se verifica em diferentes segmentos, o mesmo ocorrendo no setor de tecnologia da informação. Informática e Eletrônicos figuram entre os setores que mais cresceram em faturamento: 32,5%.

“A aposta no ramo de franquias se dá pela facilidade de chegar aos interessados e de treiná-los”, confirma o diretor de franquias da Prosoft Tecnologia, Iron Garrido. Sua tese se robustece diante da constatação de que, se, por um lado, o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) vem revolucionando o modelo de gestão das empresas e alterando profundamente a relação entre o Fisco e os contribuintes pessoa jurídica, por outro, está sendo responsável por movimentar os negócios no mercado contábil. “Por isso, queremos ampliar nosso modelo, reconhecido por valorizar o contato mais direto e transparente com o cliente”, justifica ele.

Empresa paulista desenvolvedora de soluções em softwares para escritórios contábeis, a Prosoft Tecnologia vem incrementando o ritmo de expansão de suas operações ligadas à área de franquias em diversos estados do País. Segundo Carlos Meni, CEO da empresa, os primeiros alvos são os profissionais contábeis de Paraná, Santa Catarina, Amazonas, Maranhão, Piauí, Paraíba e Ceará. A captação de franqueados será feita não apenas nas capitais, mas nas cidades de médio porte, com  possibilidade de chegar a municípios de menos de 100 mil habitantes. Este processo de ampliação vem crescendo gradualmente a cada ano, e ganha notoriedade maior em localidades onde as mudanças sempre caminharam mais devagar do que nos grandes centros, quase sumindo do “radar” de negócios.

“Depois de estudar cada região, vimos que estes estados têm crescente demanda por parte das empresas, e os contadores estão encontrando dificuldades em atender ao grande volume de solicitações por conta do Sped. São áreas com forte potencial de geração de negócios com softwares contábeis nos próximos anos”, explica Meni. Oito anos depois do início da implantação da nova sistemática, as transformações realmente começam a ganhar corpo em determinadas regiões. Somente agora, que a autoridade tributária está aumentando seu poder fiscalizador, boa parte das empresas percebe que o Sped não é um gasto desnecessário, mas um investimento de longo prazo.

A partir dessa nova visão, notou-se um crescimento da demanda por serviços contábeis cada vez mais especializados, com profissionais mais analíticos, que realmente trabalhem de maneira eficiente e segura com as informações de seus clientes.

Deste modo, a Prosoft Tecnologia já se está  antecipando para os desafios que virão, frente a uma expectativa de crescimento de cerca de 30% em 2013, e incrementando seu faturamento. No ano passado, a Prosoft Tecnologia faturou R$ 66 milhões e fechou o ano com um total de 52 franquias. Para dar conta do aumento da demanda, abriu recentemente 150 oportunidades de trabalho em todo o Brasil: 100 vagas para a área de vendas e 50 para o setor de TI.

Meni acredita que na esteira de todo o crescimento registrado pelo setor contábil desde o começo da padronização das normas contábeis, nos primeiros anos deste terceiro milênio, o setor de tecnologia da informação “colou” de vez no Sped.

Entretanto, sempre há entraves de ordem burocrática e tributária que tornam difícil o sucesso de projetos de expansão. “Por estimular a transparência e a consistência das informações contábeis e financeiras das empresas, o Sped pode ser o marco de uma mudança de rota para o Brasil”, analisa o advogado Talles Franco Giaretta, especialista em Direito Empresarial.

“Para se ter uma ideia do problema, ainda há franquias internacionais que não conseguiram se instalar no Brasil e outras que não se expandiram até agora em razão da incompatibilidade entre os prazos exigidos para  desembaraço aduaneiro de equipamentos e produtos, e os prazos necessários pela natureza do negócio”, explica o advogado Giaretta. 

Com o Sped, o governo vem dando sinais de que compreende a importância de se reduzirem os entraves burocráticos. 

Zulmira Felicio