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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Controladoria: ambiente e importância nas organizações

É desafiador administrar um empreendimento em um ambiente turbulento, incerto e dinâmico como o empresarial. Ciclos de vida cada vez mais curtos de produtos, concorrência, renovação tecnológica constante, mercados globalizados, entre outras, são variáveis que requerem das ciências administrativas um permanente reexame das filosofias que sustentam suas contribuições para o desenvolvimento e a pujança das organizações. Entre os focos desse contínuo reexame está a busca pelo melhor entendimento dos fatores ambientais que permitam tornar o ambiente empresarial menos complexo e mais compreensível para os seus administradores.

Nesse cenário, de forma inequívoca, decidir é a tarefa mais importante em uma organização, parecendo claro, também, que o nível de sucesso das decisões depende da habilidade do decisor em desenvolver e analisar as alternativas disponíveis para as soluções dos problemas.

A área de controladoria tem a função de promover a eficácia dessas decisões, monitorando a execução dos objetivos estabelecidos, investigando e diagnosticando as razões para a ocorrência de eventuais desvios entre os resultados alcançados e os esperados, indicando as correções de rumo, quando necessárias, e, principalmente, suavizando as imponderabilidades das variáveis econômicas, através do provimento de informações sobre operações passadas e presentes e de sua adequada comunicação aos gestores, de forma a sustentar a integridade do processo decisório.

A função da controladoria consiste em apoiar o processo de decisão, utilizando-se para tanto de um sistema de informações que possibilite e facilite o controle operacional, por meio do monitoramento das atividades da empresa. A controladoria pode ter funções diversas, dependendo das dimensões da empresa e da filosofia que orienta a sua administração. No tocante à filosofia, é possível entendê-la como a forma segundo a qual a alta administração concebe os níveis de controles operacionais que a empresa deve adotar, bem como o formato das informações providas aos usuários e, em última análise, quais os sistemas de informações e as tecnologias que devem ser disponibilizados para este fim. Posto isto, entenda-se que esta filosofia reflete as características do modelo de gestão da empresa.

O controle organizacional, por sua vez, em sua forma plena reflete os meios utilizados pela administração para criar padrões de comportamento a serem seguidos pelos membros organizacionais, de forma que estes levem o empreendimento à eficácia, e que sirvam de base para o seu próprio monitoramento, utilizando-se procedimentos apropriados de gestão, entre eles o planejamento, considerado um instrumento macro de controle.

Nesse sentido, o planejamento se justifica apenas quando puder ser visto tanto como uma forma de acompanhamento do desempenho da empresa por seus líderes, quanto como uma bússola que direcione os gestores especificamente na condução das atividades sob suas responsabilidades. Se isso ocorrer, infere-se que esse instrumento pode realmente ser considerado como uma espécie de controle e monitoramento do desempenho da empresa e de seus gestores. Entretanto, ele não pode ser visto como suficiente para garantir uma gestão eficaz, pois depende de outros instrumentos complementares de gestão, também capazes de fornecer informações acuradas e oportunas, como as provenientes das contabilidades financeiras e de custos. Além dessas, é preciso focar todo o processo de gestão, que inclui não apenas o planejamento, mas, em igual nível de importância, a execução, o controle e o feedback.

Ganha ênfase nesse processo o recurso informação, por meio do qual é possível manter o controle entre planejamento e sua execução, melhorando as possíveis distorções existentes. Para garantir a fidedignidade da informação se faz necessário que a empresa mantenha uma robusta estrutura de controles internos e um nível elevado de governança corporativa. A controladoria existe também como um mecanismo de governança corporativa nas empresas.

Percebe-se, diante dessa contextualização, que a controladoria é uma área de extremo valor nas empresas, sendo considerada a centralizadora da informação para fins de monitoramento e reporte de informações. Para tanto, logicamente conta com o apoio das demais áreas da empresa e tem como objetivo apoiá-las.

Essa área aqui mencionada, para existir e gerir as atividades concernentes a ela, demanda um profissional com a devida competência e formação e necessário conhecimento: o controller. O controller deve atuar em uma empresa como um maestro atuante em uma regência de orquestra. No caso do controle, a atuação desse profissional consiste em reger (fornecer informações relevantes para as áreas executarem os planos e monitorar o desempenho consequente) a empresa como um todo. Essa atividade se dá por meio da informação, amparada em eficientes sistemas e ferramentas tecnológicas conjugados com o adequado desempenho das pessoas.

O papel essencial do controller não foge dessa sumarizada menção (continua o mesmo), entretanto o escopo de sua atuação depende da estrutura organizacional, ou seja, em uma organização pode-se ter a figura do controller geral, de logística, de produção (e outros) ou somente um controller.

Tendo em vista a relevância inquestionável da área de controladoria, principalmente com os avanços ocorridos na sociedade em geral (envolvendo economia, tecnologia e demais variáveis), o controller tem se destacado consideravelmente, tornando-se um profissional valioso no mercado. Cada vez mais as empresas buscam profissionais qualificados para atuarem na área de controladoria. É salutar, nesse sentido, que os profissionais que objetivem atuar nessa área, se preparem compativelmente com as demandas crescentes das empresas nacionais e estrangeiras.

Com o objetivo de capacitar o profissional, para que este entenda e faça parte da área de controladoria – extremamente relevante numa empresa - a Faculdade FIPECAFI oferece o curso de MBA Controller, coordenado em parceria com a ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. É um curso de excelência que conta com atualização curricular constante e adequação às necessidades dos profissionais das áreas de controladoria, contabilidade e finanças.

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* Luciane Reginato é Doutora e Mestre em contabilidade e controladoria e     Coordenadora do MBA Controller/FIPECAFI

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