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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

As estratégias do RH para as empresas suportarem o complexo cenário de crise

As estratégias da área de RH para as empresas suportarem a crise sem perder seus valores, seus talentos e suas marcas

Diante da crise econômica e politica instaladas no país, a retração do mercado faz com que as empresas adotem o primeiro e não tão eficaz conceito de "corte de custos".

Mas somente isso fará surgir os efeitos esperados para a amenização dos impactos negativos nas contas? Não – essa é a resposta, pois nem sempre medidas radicais ajudam, pelo contrário, trazem insegurança, desestabilização e clima pesado de medo, agravando ainda mais a situação, pois tais medidas implicam diretamente na produção, o que neste momento de crise, passa a ser fundamental.

Mas como fazer para não perder tais valores, em um momento tão crucial para as organizações?

Mais uma vez, a área de Recursos Humanos entra em ação, inovando, trazendo novas tendências e conceitos, fazendo com que, além de diminuir as perdas de valores tangíveis, a "marca" da empresa não seja atingida. Sabemos que a área de RH vem nos últimos anos se destacando dentro das organizações, gerando valores e trazendo maior produtividade a todas as áreas de negócios. E é nesse patamar estratégico que o RH, de forma eficaz, através da criação de cenários de curto, médio e longo prazos e análises de informações estratégicas, se propõe a desenvolver um projeto desafiador, embasado em pilares estratégicos de Inovação, Atração e Retenção, Tecnologia e Engajamento de Pessoas. Esse projeto de 4 pilares contempla de forma eficaz as necessidades das áreas de negócios, descobrindo "insights" e lacunas importantes para superar o complexo cenário econômico, politico e social, sem criar um passivo ainda maior para as organizações.

É claro que os treinamentos alternativos sempre estarão presentes, pois eles tiram a empresa da rotina e desenvolvem seus colaboradores para novos desafios e responsabilidades pós crise. Mas se a ordem é "cortar custos", por que fazer? Porque valorizar seus colaboradores faz com que as organizações cresçam até 50% mais, e em momento de crise aumentar a produção sem aumentar os custos é fundamental.

Uma dica:

A importância de também investir em capacitação das lideranças em momentos de crise faz com que os líderes não se escondam em reuniões improdutivas e não se sintam inseguros e pressionados em relação a tomadas de decisões, ampliando assim uma visão futura e otimista nesse momento de instabilidade!

Mas por que esses 4 temas para composição desses pilares estratégicos? O que eles têm de importante para se destacar nos projetos? Vamos lá:

Inovação: inovar é criar, mas é também mudar. Mudança de postura entre líder e liderado, onde o líder passa a ter uma escuta mais ativa e atenta às possibilidades de criação e implementação que possam surgir, dando liberdade aos seus liderados para trazer ideias e novas perspectivas diante dos diversos cenários existentes.

Atração e Retenção: é um dos temas mais complexos, pois através deste podemos até avaliar o poder da "marca" da organização no mercado, fazendo com que posições dentro da organização sejam buscadas pelos mais diversos talentos do mercado. É importante que as organizações saibam que não podem se valer apenas da oferta salarial e de seus bônus para atrair talentos, é preciso colocar em pauta importantes fatores estratégicos como qualidade de vida, trilha de carreiras, projetos de desenvolvimento, planos de sucessão, projetos de benefícios felixíveis, home office, entre outros.

Tecnologia: vivemos em um mundo dinâmico, que se atualiza a cada despertar, então o RH precisa estar sempre munido das melhores ferramentas tecnológicas de gestão, comunicação e informação, pois análises de dados, indicadores e informações estratégicas sempre estarão no cerne das questões.

Engajamento de pessoas: é importantíssimo que as organizações possuam programas de acompanhamento e desenvolvimento de seus colaboradores desde o início, na fase de integração até a sua maturidade na organização, oferecendo feedbacks constantes de acompanhamento de desenvolvimento, pois assim o colaborador tem a real sensação da importância dele na cadeia produtiva, se sentindo estimulado e incentivado. Isso faz com que ele se sinta cada vez mais parte da organização.

É fundamental que esses 4 pilares estejam alinhados com os subsistemas de RH e as áreas de negócios. Não entendeu? Vamos lá:

Embasados em dados e informações estratégicas, os projetos de criação de novas tendências e conceitos passam inevitavelmente pelos 4 pilares. Entenda:

Projetos de Employer Branding: alinham-se às áreas de RH e Marketing a fim de criar estratégias de fortalecimento e exposição da "marca" da organização, seja através de projetos de comunicação interna ou através de ações da área de marketing, criando assim um valor intangível único, elevando a organização ao maior patamar em relação aos seus concorrentes de mercado, abrindo assim espaço para projetos de atração de talentos.

Projetos de Empowerment: importantíssimo para que colaboradores possuam liberdade e autonomia, para que possam desenvolver melhores práticas e assim obter maturidade de poder de decisão, mesmo não sendo líderes. Através destes projetos e com o alinhamento do RH com todas as áreas de negócios, cria-se uma cultura de engajamento, motivando todos colaboradores, desfazendo um ambiente de rotina e fazendo com que se sintam parte da organização e protagonistas dos resultados, criando, assim, espaço para projetos de retenção de talentos.

Tecnologia: hoje os RHs de grandes empresas estão munidos das mais avançadas tecnologias de gestão, processos e informação, através da utilização de ferramentas na nuvem, voltando-se para a produção estratégica de informações para o negócio, estando diretamente envolvido em todo o ciclo dos profissionais – desde a matriz até as demais unidades baseadas pelo mundo. Sendo uma estratégia do RH, a utilização de ferramentas na nuvem é uma opção segura, confiável e escalável, tendo em vista seu baixo custo em relação a adoção dos softwares tradicionais. Faz-se assim o alinhamento do RH com a área de TI, gerando valores e não custos, pois os serviços na nuvem aliviam a infraestrutura da área de TI, eliminando quedas no sistemas, implementações e ações corretivas a todo instante, evitando possiveis atrasos e retrabalho dos diversos projetos em andamento, eliminando a perda de tempo e os custos extras.

Então, não é tão difícil passar por cenários tão complexos. Basta estar preparado, ter um RH estruturado e estratégico para assumir tais desafios. Não tem esse modelo de RH? Então forme uma boa equipe e possua um líder desafiador, isso o ajudará!

A dica é:

"Mesmo em condições favoráveis na economia e na produção, sempre desenvolva projetos baseados nos diversos cenários que possam surgir".

Sim, amigo, criar cenários mesmo que não necessite não é perda de tempo, é estratégia.

Como sempre digo para as minhas equipes:

"Podemos sempre inovar, simplificando sem sermos simplistas"

Sim, podemos nos transformar em momentos de crise, ser inovadores. E se você leu o texto até aqui e achou que existe muito otimismo, ações deliberadas, uma pitada de subjetividade dentro do contexto atual de crise e que sou "louco", eu faço destes pensamentos um breve alinhamento com uma das grandes mentes do planeta:

"A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar 'superado'. Quem atribui a crise a seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento, respeitando mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência...Sem crise não há desafios, a vida se transforma em rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um." (Albert Einstein)

Fonte: ADMINISTRADORES

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