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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Estudo da GFK traça perfil do varejo de vizinhança brasileiro

Os mercados de bairro respondem por mais de 40% do volume de vendas em alimentos, higiene, limpeza e perfumaria, e esse número só cresce

O segmento composto pelos mercados de bairro, ou de vizinhança, responde por mais de 40% do volume de vendas em alimentos, higiene e limpeza e perfumaria, e vem registrando taxas de crescimento acima do supermercadista nos últimos anos. Eles já somam perto de 65 mil estabelecimentos entre 1 a 4 check outs. Estes são alguns dados da pesquisa “Mercado de Vizinhança - Uma visão 360 graus do pequeno supermercado”, realizada pela GFK. 

Mesmo com o avanço tecnológico, os mercadinhos de bairro mantêm clientes fiéis em busca de acesso fácil, proximidade, opções de serviços e preços similares aos praticados por grandes redes. “O crescimento do varejo de vizinhança tem sido tão relevante, que alguns lugares já oferecem serviços que apenas os grandes ofereciam, como caixas eletrônicos, hortifruti, etc”, aponta Marco Aurélio Lima, diretor de bens de consumo da GFK. A maioria desses comerciantes tem em torno de 40 anos, 70% é de homens, 80% deles não possuem ensino superior e 85% das lojas são familiares. 

Segundo o diretor, o mercado de vizinhança está em crescimento e continuará num ritmo forte por duas principais razões: crescimento da economia nacional, e conveniência para o consumidor. Há um grande desafio. “Administrado por comerciantes experientes, estes estabelecimentos precisam se profissionalizar”, comenta Lima. Um dado ajuda a reforçar esta tese: 18% das lojas não possuem nenhum sistema de gestão. 

A pesquisa da GFK mostrou também que, com a demanda do consumidor, estes estabelecimentos estão reduzindo a área destinada ao estoque e aumentando a de exposição, para ter à disposição um grande sortimento. A oferta de serviços ao consumidor também cresceu. 

Na média, estas lojas têm 4 funcionários por checkout, e 10% de seu faturamento está direcionado a gastos com folha de pagamento. Apenas um quarto desses comerciantes está preparando seus funcionários para assumir a gestão do negócio.

Confira outros destaques da pesquisa da GFK:

Perfil do varejista de vizinhança

•Em média, tem 40 anos 

•Cerca de 70% são homens (-NE) 

•80% não cursou/concluiu a universidade 

•Em média, 16 anos de experiência no ramo 

•Em média, as lojas têm 17 anos de existência 

•85% são empresas familiares 

•80% tem somente 1 loja 

•65% das lojas possuem funcionários pertencentes à família (+Sul) 


Algumas curiosidades… 

•Horário de funcionamento é customizado ao cliente - 80% funciona mais de 12 horas por dia 

•32% das lojas trabalham com itens confinados, sendo que no NE este índice chega a 43% 

•Mais de 30% das lojas vendem fiado/caderneta, sendo que no Sul chega-se a 50% 
 
Nível de Gestão do Negócio 

A necessidade de profissionalização é latente. Muitos varejistas não conseguiram responder: 

·        75% sobre o tíquete médio dos clientes 

·        45% sobre o percentual de perdas/ quebras 

·        42% sobre o percentual do faturamento destinado ao pagamento de funcionários 

·        34% sobre quantos clientes vão às lojas 

·        23% sobre as categorias que geram maior faturamento 

·        22% sobre o número de itens que comercializa na loja 

·        17% sobre o tamanho do loja/estoque 

Por Ticiana Werneck

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