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sexta-feira, 21 de março de 2014

Empresas pequenas gastam 3,5% da receita para apurar imposto

Para as médias empresas, o impacto é de 0,48% e, para as grandes, de 0,2%

Empresas brasileiras de pequeno porte gastam o equivalente a 3,53% do seu faturamento somente com estrutura e equipe de funcionários que cuidam do processo de apuração de impostos a serem recolhidos. Para as médias empresas, o impacto é de 0,48% e, para as grandes, de 0,2%, segundo pesquisa inédita da consultoria Deloitte.

Denominada “Compliance tributário no Brasil – As estruturas das empresas para atuar em um ambiente complexo”, a pesquisa ouviu 124 líderes da área fiscal de empresas nacionais e multinacionais. Foram consideradas de pequeno porte empresas com faturamento de até R$ 100 milhões. As de médio porte são aquelas com resultados de R$ 100 milhões a R$ 1 bilhão e, de grande porte, acima desse montante.

Compliance, segundo Marcelo Natale, sócio da Deloitte e responsável pela pesquisa, se refere ao tempo de atividade que empresas e cidadãos dedicam para cumprir requisitos fiscais e tributários previstos em lei.

“Críticas ao sistema tributário brasileiro e aos altos impostos são comuns, mas esta é a primeira vez que uma pesquisa mostra quanto custa para a empresa cumprir as obrigações, que também representa parte importante do chamado Custo Brasil”, afirma ele.

Natale destaca o maior impacto para as pequenas empresas, cujo custo para manter uma equipe de profissionais na área consultiva tributária “equivale a recolher um tributo adicional”.

Só a participação do custo da área consultiva tributária sobre o faturamento desses grupos é de 1,81%, em média. “O PIS, por exemplo, equivale a 1,65% do faturamento.” O pessoal voltado para a área operacional custa mais 1,72% do faturamento.

Gerente

Segundo a pesquisa que será divulgada nesta segunda-feira, 27, apesar do alto grau de complexidade do sistema tributário brasileiro, que exige atuação de profissionais qualificados, normalmente o pessoal que atua nessa área tem posição hierárquica inferior ao de outros países.

Em 67% das empresas, o cargo máximo para profissionais da área de compliance é de gerente. “Em outros mercados, como Estados Unidos e Europa, muitas empresas têm um vice-presidente para a área tributária, o que confere mais influência e poder de decisão para esse profissional na estratégia da organização”, constata a Deloitte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Cleide Silva | REVISTA EXAME

Treze hábitos que causam stress sem que você perceba

A rotina atribulada está te enlouquecendo? Você anda estressado e muito ansioso? Pois saiba que você pode ter culpa nisso.

Sim, nós sabemos que você não está se sabotando de propósito (esperamos que não!), então aqui está uma lista rápida de coisas que você pode estar fazendo inconscientemente e que podem estar deixando tudo pior.

Respire fundo e tente relaxar. Talvez você esteja estressado(a) porque...

1. Você não deu risada hoje.


Se você não se lembra da última vez que riu até chorar, é melhor repensar suas escolhas de vida – e assistir a esse vídeo. Uma boa gargalhada alivia o stress, estimula a circulação sanguínea, relaxa os músculos, melhora o sistema imunológico e alivia a dor.

2. Você não está indo à academia.

Em um estudo com ratos, aqueles que se exercitavam responderam a um banho gelado com um rápido acesso de ansiedade, seguido de calma.

Isso sugere que o cérebro fica mais bem preparado para lidar com o stress quando o corpo está fisicamente ativo. Fazer exercícios

3. As músicas que você ouve não estão ajudando.


Diversos estudos já mostraram os benefícios relaxantes da música, mas cada um tem seu gosto. Sua professora de piano pode relaxar ao som de Debussy, mas talvez você prefira algo mais nostálgico como os Cranberries. Descubra qual é o seu som.


4. Você deixou aquela pia de louça suja para amanhã.

Pense em seus hábitos de limpeza.

Seu quarto parece um cenário de guerra? Você costuma achar bananas estragadas no meio de um monte de papéis inúteis em cima da sua geladeira? O fundo da sua bolsa ou mochila é um cemitério de canetas quebradas?
Manter suas coisas organizadas pode não ser a cura de toda a ansiedade, mas há evidências de que isso ajuda a aliviar o stress.

 

5. Sua vida sexual está deixando a desejar.

 

Se algo anda lhe preocupando, talvez você não tenha dado muita atenção a esse item, mas deveria! Sexo é a maior fonte de alívio de tensões que você vai encontrar nessa lista. Além de contar como exercício físico, ele pode ajudar você a relaxar.

Pesquisadores da Universidade de Princeton descobriram em um estudo que ratos que copulavam diariamente apresentavam

6. Sua respiração precisa melhorar.


A respiração acelerada é uma resposta natural ao stress, mas se você não está diante de um predador voraz, ela se torna sua inimiga.

Descubra um exercício respiratório que funcione para você e lembre-se dele da próxima vez que começar a se preocupar com algo.

7. Você está tentando lutar contra seus fatores de stress.


O esforço é nobre, mas a verdade é que o mais racional a fazer é evitar o que estressa você, sempre que possível.

Não gosta de multidões? Pare de ir ao supermercado no sábado à tarde. De acordo com a Clínica Mayo, você também pode evitar pessoas específicas.

Talvez você já esteja fazendo isso com seus desafetos, mas agora não precisa sentir culpa ao fugir daquele colega de trabalho insuportável.

8. Você não diz nada de bom sobre si.


Reforçar constantemente sua autoconfiança (“tudo vai dar certo”, “não vou derrubar o bebê”) ajuda a reduzir a ansiedade. O cérebro é uma ferramenta poderosa: use-o.

9. Você está dormindo mal.


Se são 4h30 da manhã e você sabe que vai ter que se arrastar para fora da cama e ir para o trabalho em algumas horas, saia do Netflix. Não é hora de começar a assistir a uma série. Manter hábitos de sono regulares e saudáveis protege contra doenças cardíacas, alguns tipos de câncer e muitas outras doenças crônicas, além de melhorar sua percepção sobre sua vida e sobre si.

10. Você não consegue gerenciar seu tempo.


Se o número de tarefas que lhe aguardam em um dia comum é enlouquecedor, pense em quanto tempo você está dedicando a cada atividade. Planejar seu dia e estabelecer prioridades são coisas que podem ajudar nas suas decisões sobre o seu tempo, gerando uma sensação de maior controle sobre a vida.

Se a procrastinação na internet é seu ponto fraco, essa extensão para o Google Chrome pode monitorar quanto tempo você gasta em cada site.

11. Você está aceitando mais tarefas do que dá conta.

Não tem problema em dizer “não” de vez em quando para aliviar a carga de suas responsabilidades individuais. Desculpe, você não pode levar seu primo ao aeroporto, porque você já tem um jantar programado há semanas. Sinto muito, você não pode fazer um bolo para a festa de fim de ano da empresa porque vai precisar de muito tempo para prepará-lo.

12. Você não desgruda do seu celular.


Pare com isso. Pare de olhar para a tela. Você vai ficar bem (volte ao item que fala sobre mantras pessoais). Pesquisas mostram que a pressão de estar disponível para responder e-mails, mensagens de texto, telefonemas e estar a par de tudo pode ser demais. Faça um esforço consciente e desligue seu celular e seu computador durante algumas horas do dia.

13. Você acabou de atingir um objetivo importante.


... Mas por algum motivo você ainda está surtando! Muita calma (de qualquer forma, esperamos que você esteja atingindo objetivos de vida diariamente). Estudos com estudantes universitários demonstraram que metas “compassivas” (que beneficiam outras pessoas além de você) geram maior redução da ansiedade pós-conquista do que as mais individualistas. Em outras palavras: seja uma pessoa melhor, pois isso vai fazer com que se sinta melhor também.

Fonte: EXAME
 

Estrutura ótima de capital: como chegar lá?


Entenda quanto você pode tomar de dívida com bancos para ajudar a empresa a crescer, mas sem comprometer a operação.

De uma forma geral as empresas têm duas formas básicas de financiar suas operações: utilizando recursos próprios ou de terceiros, como bancos comerciais, de fomento ou mesmo Fundos de Privaty Equity e o mercado de capitais. Vários aspectos impactam cada fonte de financiamento, sendo um dos principais o custo dos mesmos.

Projetos ou empreendimentos na sua fase inicial tendem a usar recursos do próprio empreendedor ou em alguns casos utilizam capital de risco. Empresas mais maduras tendem a utilizar capitais de terceiros, o que permite uma alavancagem dos recursos próprios, tendo como contrapartida um aumento do risco do empreendimento e uma maior oportunidade de aumento do seu retorno.

As fontes de recursos podem ser de curto ou longo prazo, a depender do prazo de pagamento dos mesmos. Aqui deve ser feita uma ressalva: desembolsos que requerem um prazo maior de maturação ou retorno devem ser financiados com recursos de longo prazo, como a compra de uma máquina, desenvolvimento de um novo produto ou serviço ou mesmo a construção de uma fábrica. A aquisição de estoques ou o pagamento de despesas variáveis, como folha de pagamento, podem ser financiados com recursos de prazo de amortização menor. Outro aspecto a ser considerado, é o de que o custo dos recursos deve estar compatível com o retorno esperado do gasto ou do investimento efetuado. 

De uma forma geral são fontes de recursos de curto prazo: financiamento bancário, antecipação de recebíveis, conta garantida, dentre outros. Em todos os casos será exigida uma contrapartida do empreendedor, como garantias bancárias, avais ou mesmo a hipoteca de bens ou direitos. A experiência demonstra que estes recursos tem um elevado custo de captação, mesmo com o oferecimento de garantias reais.

Os recursos de longo prazo têm como característica um custo menor ou mesmo custo zero, no caso dos recursos do próprio empreendedor, e podem se originar de agências de fomento ou de linhas de crédito específicas para o setor onde a empresa atua. Na aquisição de bens para o ativo imobilizado há ainda a opção do leasing.

Embora aparentemente óbvia a questão do prazo da dívida versus sua finalidade, o Brasil está cheio de exemplos de fracassos de empreendimentos em decorrência da estrutura de capital inadequada. Portanto fique atento na hora de contrair uma dívida e seja extremamente crítico se a mesma está adequada a seus objetivos.

Para definir qual a estrutura de capital mais adequada para sua empresa devem ser levados em consideração os seguintes principais fatores:

Nível de maturidade: empresas em fase inicial de operação, start up’s, tendem a se financiar com recursos do próprio empreendedor, já que nesta fase o principal foco é a sobrevivência do negócio não havendo como oferecer garantias para o pagamento dos juros e principal de uma eventual dívida. Empresas com um nível maior de maturidade tendem a ter um acesso maior ao capital de terceiros, já que há um histórico a ser apresentado, servindo de base inclusive para a determinação de um fluxo de caixa para pagamento da dívida. Ainda nesta fase, empresas que possuem um Plano de Negócios focado na expansão das atividades, podem ainda atrair terceiros interessados em participar desta expansão e consequentes riscos. Fundos de Privaty Equity ou mesmo operações no mercado de capitais, abertura de capital ou emissão de debêntures, aparecem como fortes candidatos para financiar Planos de Negócios bem estruturados.

Ramo de atuação: empreendimentos focados em negócios de risco internet, por exemplo, tendem a ter um custo de captação maior do que aqueles focados em setores menos arriscados e já consolidados, como serviços e produtos fortemente demandados.

Rentabilidade: empresas que tem elevado nível de rentabilidade sobre o capital investido geralmente são melhores vistas pelos agentes financiadores do que aquelas que apresentam baixo retorno. Para a correta avaliação da rentabilidade da sua empresa deve-se levar em consideração vários aspectos, dentre eles o EBITDA gerado. O termo EBITDA representa a rentabilidade, lucro líquido, ajustado pelo imposto de renda e contribuição social e pela depreciação e amortização.

Uma forma de incrementar as operações pode ocorrer através do uso da alavancagem financeira, onde o empreendedor opta por usar uma maior parcela do capital de terceiros para financiar seus negócios. O ponto de equilíbrio reside em manter uma estabilidade entre a capacidade da empresa em gerar lucros e caixa em nível superior ao custo e amortização da dívida. A alavancagem só acontece quando a rentabilidade dos investimentos é superior ao custo real do passivo. Em suma, a empresa deverá escolher o mix de financiamento que maximize a rentabilidade dos capitais investidos no empreendimento. Este talvez seja um dos instrumentos mais importantes para o sucesso ou fracasso de um negócio!
Por Paulo Sérgio Dortas 

sexta-feira, 14 de março de 2014

O mito da disciplina


Hábitos são a chave para a consistência, não a disciplina


A autodisciplina é um dos mitos predominantes na nossa cultura. E o mito é gigante. Benjamin Franklin possuía autodisciplina, com seu hábito de acordar cedo, sua Check-list de virtudes e sua reflexão diária. Os melhores atletas também a possuem, com a disciplina para treinar mais do que qualquer outra pessoa, visando ganhar o ouro. Meus leitores frequentemente pensam que eu sou mais disciplinado depois que leem meu livro e a lista de hábitos e realizações que conquistei, como conseguir me exercitar, acordar cedo ou economizar.

Mas é tudo um mito.

Estou confiante de que se você aceitar que a disciplina é um mito, vai se libertar da culpa de não ser disciplinado, passando a ter poder para criar os hábitos que você deseja, sem que haja necessidade dessa disciplina ilusória.

Por que a disciplina é um mito


Eu tenho escrito sobre a ilusão da disciplina por quase 4 anos e meio, mas é necessário revisitar o tema de vez em quando. Especialmente quando leio artigos que, se não estivessem espalhando e perpetuando tal mito, seriam excelentes. Então, preciso dar um fim a essa ilusão agora.

Veja bem, a disciplina soa como um conceito perfeitamente válido, até você ir mais fundo. Disciplina não é um mistério. Só que na verdade ela é. O que é disciplina? Quanto possuímos dela? Como conseguimos mais? Se é pela prática, como você a pratica se não possui nenhuma disciplina para começar? Se eu não estou com vontade de fazer alguma coisa, como eu uso a disciplina para me forçar a fazê-la?

Tive muitas conversas com pessoas que acreditam piamente no mito da disciplina. Geralmente, elas acontecem mais ou menos assim:

Eu: O que é disciplina, exatamente? Qual a diferença entre ela e motivação (que é um conjunto de ações que podemos de fato colocar em prática)?

Amigo: A motivação puxa você em relação a alguma coisa, fazendo você querer fazer algo. A disciplina te empurra para alguma coisa, fazendo você fazer aquilo que não quer.

Eu: Ok, então se eu não tenho disciplina, como faço para consegui-la?

Amigo: Você pratica. É um músculo, que se torna mais forte com a prática.

Eu: Mas como eu vou praticar se não tenho disciplina?

Amigo: Apenas faça algo pequeno e depois continue praticando repetidamente.

Eu: Mas é preciso ter disciplina para fazer isso. Que ação em específico eu tenho que usar para me forçar a fazer algo se eu não quero fazê-lo?

Amigo: Você se obriga a fazê-lo de todo jeito.

Eu: Mas isso exige a disciplina que eu não tenho. Ok, digamos que eu esteja no sofá e eu quero sair para correr ou levantar para escrever. Como me obrigo a fazer uma dessas coisas? Que ação em específico?

Amigo: Você visualiza o resultado final, algo que você deseja.

Eu: Esta é uma ação de motivação e não de disciplina.

Amigo: Certo. Então você tem que planejar recompensas. Não, isto é motivação. Você se convence e se anima e diz a você mesmo que pode fazê-lo. Não, isto é motivação também. Você diz às pessoas o que vai fazer, foca nos aspectos agradáveis disso. Mas isso também é motivação. Talvez você só deva fazer aquilo que gosta, então… o que também é motivação.

Tudo aquilo que fazemos para nos convencer a fazer algo não é disciplina, mas motivação. E é por isso que a primeira é um mito. O conceito pode soar bem, mas não é útil. Quando o assunto é investir em ações que levem você a realizar algo, o único caminho a seguir é o da motivação, não o da disciplina. Por anos, eu tenho desafiado pessoas a me trazerem uma ação de disciplina que não seja motivação, e ninguém conseguiu.

Construa hábitos para alcançar consistência


Quando as pessoas falam sobre querer disciplina em suas vidas, o objetivo real, geralmente, é ser mais consistente em alguma coisa. Exercícios físicos, meditação, escrever ou outra atividade criativa, finanças, alimentação ou produtividade no trabalho são algumas recorrentes. Todas essas atividades são executáveis sem o conceito da disciplina. O que você precisa para atingir esses objetivos é a construção de hábitos. 

Hábitos não são bem entendidos por muitas pessoas, por isso eu criei o Curso de Hábitos. Neste curso, exploro o conceito de gatilhos, ciclos de feedback negativo e positivo, consistência, motivação, responsabilidade, apoio e outros fatores que ajudam a formar costumes.

Nenhum desses conceitos é nebuloso. Todos se traduzem em ações específicas que você pode executar no sentido de criar um costume. Se você quer ser consistente em alguma coisa, incorpore e execute ações que o levem a fazer desta coisa um hábito. Comece com coisas pequenas, para que esse processo de construção seja eficaz e bem-sucedido. Uma vez que a atividade estiver agregada à sua rotina, tornando-se de fato um hábito (e isso pode acontecer em duas semanas, dois meses ou mais tempo), você pode expandir a partir do que tem.

Hábitos são a chave para a consistência, não a disciplina. E eu posso garantir: uma vez que você constrói um hábito positivo e consistente é uma coisa maravilhosa. Você se sente disciplinado, forte, bom, mesmo vivendo como a personificação de um mito. É como os deuses gregos devem se sentir.

Tradução: Marcela Agra

 

Redução da jornada de trabalho trará benefícios?


O mais provável é que a redução da jornada de trabalho acarrete em aumento das horas extras ou no aumento significativo de contratações informais

A principal pauta de reivindicações das centrais sindicais para este ano é a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231/95, que tramita na Câmara dos Deputados há 19 anos. A proposta prevê a redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais, além de aumentar o adicional sobre hora extra de 50% para 75%. O projeto deve ser analisado com cautela. Embora tenha como objetivo melhorar a qualidade de vida dos assalariados, poderá acarretar grandes transtornos para o país e, no limite, para os próprios trabalhadores.

A corrente que defende a aprovação da PEC argumenta que a redução irá trazer diversos benefícios aos trabalhadores, tais como aumento do tempo livre, possibilidade de aprimoramento profissional e satisfação pessoal, entre outros. Os defensores também argumentam que os empregadores serão igualmente beneficiados, já que terão funcionários mais dispostos e motivados, o que resultará em um aumento na capacidade de produção e em uma redução do absenteísmo, sem contar na possibilidade de se criar novos empregos. Entretanto, o histórico trabalhista do Brasil não nos leva a acreditar nessa corrente. O mais provável é que a redução da jornada de trabalho acarrete em aumento das horas extras ou no aumento significativo de contratações informais.

As alterações contidas na PEC podem ainda ocasionar diversos problemas para as empresas, que terão altos custos para adaptar suas atividades às exigências da nova legislação. Uma das soluções será a criação de novos turnos de trabalho e a contratação de novos funcionários, o que certamente trará aumento dos custos. Afinal, esses gastos não envolvem apenas o pagamento do salário, mas também impostos e tributos gerados em cada contratação. Custos esses que novamente deverão ser repassados ao consumidor.

A redução de jornada envolve uma situação social que dificilmente será alterada no país. Para muitas empresas que terão dificuldades em se adaptar, será mais vantajoso, por exemplo, efetuar o pagamento de hora extra, distorcendo a ideia original da PEC, que é a de garantir melhora na qualidade de vida do empregado.

Há mais um agravante. A aprovação da PEC pode gerar uma retração dos investimentos externos no país. O Brasil já tem a má fama de ser um país protecionista em relação à classe trabalhadora, visto que nosso ordenamento jurídico visa proteger a parte hipossuficiente das relações de trabalho, se tornando mais um direito adquirido contra o empregador, que não receberá nenhum incentivo fiscal para minimizar os efeitos dessas alterações.

Questionamentos à parte, ao longo desses quase vinte anos de indefinição, já houve diversos requerimentos para a inclusão da PEC na ordem do dia para votação, mas por se tratar de uma questão política que envolve interesse de duas classes distintas, porém, a proposta ainda encontra grande impasse para ser decidida. O assunto influencia diretamente na vida do brasileiro e merece ser melhor debatido.

Por Máira André Collange de Araújo

Primeiro cartão salário pré-pago do Brasil

Mecanismo dispensa criação de conta em banco

A UNIK e a MasterCard lançaram no CONARH 2013, o primeiro cartão pré-pago de salário do mercado brasileiro. O novo meio de pagamento – segundo as companhias - será aceito em mais de 1,8 milhão de estabelecimentos.

Os funcionários das empresas que adotarem o cartão como meio de pagamento do seu salário poderão pagar contas e fazer compras, recarregar celular, fazer saques em caixas eletrônicos, além de terem acesso a descontos e benefícios.

A Unik e a MasterCard se demonstraram otimista com o investimento. Para se ter ideia do potencial desse mercado, hoje cerca de 50% dos brasileiros ainda recebem seus salários em papel moeda, segundo o Banco Central”, diz comunicado divulgado à imprensa.

Inclusão


De acordo com o presidente da UNIK, José Roberto Kracochansky, o cartão contribui ainda para a inclusão financeira no país. “Lançar um cartão para pagamento destinado aqueles que não têm acesso aos serviços financeiros é um movimento inovador no mercado brasileiro. Em mercados desenvolvidos como Estados Unidos e Europa, os cartões pré-pagos para pagamento de salários já são muito populares pelas vantagens oferecidas a empresas de todos os tamanhos e acredito que no Brasil o mesmo vai acontecer rapidamente. Com isso, esperamos superar a marca de 1 milhão de cartões salário emitidos”, completa o executivo.

Alexandre Magnani, vice-presidente de novos negócios da MasterCard, lembra que o cartão pré-pago também é um instrumento de controle. “O cartão pré-pago é um meio eletrônico de pagamento seguro, flexível e inteligente, que oferece benefícios de pequenas a grandes empresas e ao consumidor final”, explica o executivo. “O mercado brasileiro de cartões pré-pagos oferece grandes oportunidades de negócios e deve registrar um salto nos próximos anos e movimentar US$ 65 bilhões em 2017”, ressalta Magnani.