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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Profissionais de contabilidade e auditoria devem prestar informações ao COAF a partir de 2014

O COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras – é a unidade de inteligência financeira do Brasil, integrante do Ministério da Fazenda que tem por objetivo combater a lavagem de dinheiro. Integram o COAF membros do Banco Central, da CVM, SUSEP,  da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Receita Federal, do órgão de inteligência do Poder Executivo, da Polícia Federal, do Ministério das Relações Exteriores e da Controladoria-Geral da União.

Agora será ampliada a fonte de informações do COAF. Foi publicada no final de julho a Resolução CFC 1.445/2013 de 26/07/2013, cujos efeitos serão produzidos a partir de 1º de janeiro de 2014, determinando que os profissionais e organizações contábeis que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, devem prestar informações ao COAF.

As informações serão fornecidas nas operações de: (i) compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou industriais, ou participações societárias de qualquer natureza; (ii) gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos; (iii) abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, investimento ou de valores mobiliários; (iv)  criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou estruturas análogas; (v) financeiras,  societárias ou imobiliárias; e (vi) alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a atividades desportivas ou artísticas profissionais.

Os profissionais também serão obrigados a analisar se seus clientes realizam operações ou propostas suspeitas, em especial, operações incomuns, ou que, por suas características possam configurar sérios indícios dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores; e crimes na utilização do sistema financeiro.

Além de uma série de obrigações relacionadas a entrega de relatórios e informações ao COAF, os profissionais da área contábil serão obrigados a manter registro de todos os serviços que prestarem e de todas as operações que realizarem em nome de seus clientes, do qual devem constar, no mínimo: a identificação do cliente; descrição pormenorizada dos serviços prestados ou das operações realizadas; valor da operação; data da operação; forma de pagamento; meio de pagamento; e o registro fundamentado da decisão de proceder, ou não, às comunicações  ao COAF.

Existem operações que sempre devem ser comunicadas ao Coaf, havendo suspeita ou não, são elas:

I – prestação de serviço realizada pelo profissional ou Organização Contábil, envolvendo o recebimento, em espécie, de valor igual ou superior a R$30.000,00 (trinta mil reais) ou equivalente em outra moeda;

II – prestação de serviço realizada pelo profissional ou Organização Contábil, envolvendo o recebimento, de valor igual ou superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por meio de cheque emitido ao portador, inclusive a compra ou venda de bens móveis ou imóveis que integrem o ativo das pessoas jurídicas;

III – constituição de empresa e/ou aumento de capital social com integralização em moeda corrente, em espécie, acima de R$ 100.000,00 (cem mil reais); e

IV – aquisição de ativos e pagamentos a terceiros, em espécie, acima de R$ 100.000,00 (cem mil reais);

A Resolução lista as operações e propostas de operações que “podem configurar sérios indícios da ocorrência dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores; e crimes na utilização do sistema financeiro.

Citamos dentre elas: (i) operação que não é relacionada as atividades usuais do cliente; (ii) incompatível com o patrimônio e com a capacidade econômica financeira do cliente; (iii) com cliente cujo beneficiário final não é possível identificar; (iv) resistência, por parte do cliente no fornecimento de informações; (v) injustificadamente complexa; (vi) que objetiva dificultar o rastreamento dos recursos (vii) superfaturamento ou subfaturamento; (viii) fictícias; (ix) com pessoa jurídica domiciliada em jurisdição consideradas GAFI de alto risco ou países consideradas pela Receita Federal de tributação favorecida; (x) cujos beneficiários finais, sócios, acionistas, procuradores ou representantes legais mantenham domicílio em jurisdições consideradas pelo GAFI de alto risco ou países consideradas pela RFB de tributação favorecida e/ou regime fiscal privilegiado; (xi) com cláusulas que estabeleçam condições incompatíveis com as praticadas no mercado.

Fonte: Dra. Amal Nasrallah

Dez erros a evitar em apresentações

Grande parte dos erros acontece devido à falta de prática dos apresentadores e falta de domínio do conteúdo

Pode parecer bobagem, mas uma apresentação exige muito mais que desenvoltura.

Há vários tipos de software no mercado que podem ajudá-lo a fazer uma apresentação caprichada e com visual rico para chamar a atenção dos presentes para suas ideias. O problema, é que as apresentações tradicionais viraram um apoio aos executivos que, na maioria das vezes, não conhecem suficientemente o conteúdo de seus próprios discursos.

A tecnologia não faz milagre se o apresentador cometer erros básicos.

"Notamos falhas claras durante apresentações de algumas pessoas", constata Terry Gault, gerente de parceria e vice-presidente do The Henderson Group.

Grande parte dos erros acontece devido à falta de prática dos apresentadores. Veja, a seguir, dez dicas do executivo que podem facilitar a vida dos palestrantes:

1- Use mais gestos, ocupe seu espaço
Muitos palestrantes têm medo de ocupar muito espaço no palco. Na realidade, seu público espera que você se movimente, interaja. Afinal, você está lá para chamar a atenção para o que está dizendo. Outro caso grave é segurar os dedos, já que esse gesto passa a nítida impressão de nervosismo ou insegurança.

2- Fale com propriedade e energia
Entre 80% e 90% dos palestrantes que observamos não falam com a energia necessária, o que transmite falta de desenvoltura, de interesse e de entusiasmo. Fale com mais empolgação, apresente com paixão. Você chamará muito mais a atenção e ganhará mais confiança e carisma com o público.


3- Prepare bem seu material de pesquisa
É fato: muitos apresentadores não se preparam efetivamente para mostrar seus projetos.  Pesquisar bastante o deixa mais confiante para defender as suas ideias e preparado para as possíveis perguntas dos espectadores. 


As boas ideias geralmente aparecem enquanto você está fazendo outras coisas, então faça um rascunho, revise-o, faça a edição até que sua apresentação fique perfeitamente alinhada com o que você pensa e quer transmitir.

Conheça profundamente o conteúdo sobre o qual discutirá. Assim, você não lembrará de buscar o apoio dos slides.

4- Pratique o suficiente
Não praticar suas falas é um dos maiores erros que você pode cometer. Porta-vozes experientes sempre ensaiam suas apresentações para uma audiência confiável, como amigos e familiares, antes do dia da apresentação. Lá, eles simulam o ambiente de sua apresentação usando um projetor e os gestos que aumentarão consideravelmente a possibilidade de tornar sua apresentação memorável.


5- Foque  no fator humano
Se sua fala é baseada em números em vez de uma história humana contada através de dados, você está em apuros. Na edição de junho de 2013 da revista Fast Company, a COO da Guide, Leslie Bradshaw, concedeu uma entrevista sobre Big Data e disse que  “a arte está na preparação de conteúdo para o consumo ideal". 


Os dados não falam por si. Você os coleta, analisa e conta histórias. Pense em um iceberg. Debaixo da linha da água estão o armazenamento e análise de dados. Esses são os seus engenheiros e cientistas. Lá em cima é a interface. É tanto literal, quanto a narrativa. Tudo começa com as ciências mais complexas, a matemática e as análises, mas acaba com o mais surpreendente: a sua forma de contar a história".

6- Não tenha medo de correr riscos
Muitos apresentadores evitam correr riscos. Não correr risco também é um risco. Quando o conteúdo da apresentação é muito seguro, ele normalmente é tido como chato. A habilidade mais importante que um microfone vai lhe proporcionar é exatamente a de chamar a atenção. Você pode mesmo se dar ao luxo de evitar riscos?


7- Não queira ser perfeito
Isso vai parecer muito contra-intuitivo para muitos apresentadores jovens, mas você deve encontrar maneiras de mostrar vulnerabilidade, se você quiser passar credibilidade. Se você está tentando parecer perfeito, o público mais experiente vai perceber e se tornar ainda mais desconfiado. 


Conte histórias sobre momentos em que você cometeu erros e depois revele o que você aprendeu.

Na palestra de Brene Brown sobre Vulnerabilidade, no TED, ela afirma que "a definição original de coragem, quando foi trazida para a língua Inglesa – a palavra vem do Latin “cor”, que significa coração – era contar a história de quem você realmente é do fundo do coração... simplesmente, a coragem de ser imperfeito.”

8- Se divirta, não force formalidade
Muitos oradores tendem a ser muito sérios e formais. Se você conseguir trazer mais da sua naturalidade, seu estilo informal em suas apresentações, você será mais autêntico e engajador. A formalidade forçada e profissionalismo muito rígido tendem a render respeito, mas isso é algo que só tem importância com pessoas que desejam passar mais tempo com você. 


Respeite o profissionalismo do público, mas se relacione com eles com sua humanidade informal. Isso faz com que você mostre que é igual a eles e transmitirá mais confiança. Se você não está se divertindo, então não está fazendo a coisa certa.

9- Saiba o que é relevante
Embora seja sempre melhor ter mais material do que necessário, é preciso saber também o que cortar se seu tempo de apresentação não for suficiente. É muito comum ver palestrantes  se preocupando demais em mostrar todo seu conteúdo sem se preocupar com o tempo limite da palestra. Isso é inadmissível. 


Para estimar quanto tempo você precisa para sua apresentação, pratique em voz alta e cronometre. Programe-se para que seu discurso ocupe entre 25% a 50% do seu tempo. É nessa hora que o orador consegue expandir mais as suas idéias, já que sente a reação do publico. 

10- Não se apresse
Apressar-se agrava ainda mais qualquer problema que você tenha para se apresentar em público. Argumentos perdem impacto se você falar muito rápido. Cadenciar sua fala passará a impressão de que você é equilibrado, confiante e experiente. Além disso, falar lentamente aumenta a percepção da audiência, dá tempo ao público de digerir seus pontos-chave e causar mais impacto. Por fim, frases mais sucintas e convincentes fazem com que o público tenha tempo de captar seus pensamentos.

Fonte Now!Digital

Tendências e pendências do varejo em 2014


Alguns pontos podem ajudar a fazer muito sucesso no novo ano, como usar algumas competências e ampliar esforços em áreas estratégicas
Ano passado eu disse que o mercado brasileiro iria ficar igual ou andar um pouco para trás em 2013, comparado a 2012. Não errei. E disse que quem fosse muito competente cresceria duplo dígito. Também não errei.
Vou falar do que acho que vai ajudar sua marca a ser bem-sucedida em 2014 aconteça o que acontecer. Melhor nos prepararmos para um ano duro. Então vamos lá! Depois de ver mais de 50 sites falando de tendências de varejo, selecionei cinco pontos para apresentar. Quais são as cinco direções em que você deve investir sua energia e recursos ano que vem?


1. O novo marketing é educação
Estamos falando de conteúdo. Marketing foi a ciência da administração que mais mudou nos últimos anos. O cliente exigiu. Ninguém aguenta e nem se sensibiliza mais por um monte de preços estridentes num anúncio que depois de 20 segundos não se sustenta em nenhuma mente do mundo atual. Chega de “ligue djá”.
Varejo competente não faz mídia convencional, educa o cliente. Inspira. Mostra como usar, dá dicas, facilita sua rotina, agrega conhecimento.


Vale para shoppings que ainda gastam dinheiro com mídia convencional irrelevante e não cuidam do que faz o cliente voltar (é a competência de quem o atende que o faz voltar). Trocar verba de marketing convencional por educação é uma Escolha de Sofia – mas quem já experimentou não volta atrás.

Eduque o cliente. O varejista tem um outdoor permanente pelo qual ela já paga todo mês: a loja. Comunique e eduque na loja. Parede, cartazes, vendedores especialistas. O que não for para educar, é spam. O cliente zapeia, não curte, desliga, deleta e dispensa.
O que for educação, ele conta pros amigos e ainda inspira o amigo a ir à loja aprender também.

2. O competente é diferente
Fazer coisas especiais para equipes e clientes garante um patrimônio maravilhoso para quem é de varejo.
Eu sei, está muito difícil achar gente boa. O mundo é assim e eu faço consultoria há vinte anos e – todas as vezes que eu falo com um grupo de varejistas – eles me falam isso. Agora ficou um pouquinho mais difícil. Pois bem, então o esforço tem de ser maior. O dono de negócio tem de dedicar tempo para procurar gente boa. Garimpar e encontrar.


Se você quer gente especial na sua equipe tem de fazer coisas especiais... Se você faz apenas o que todo mundo faz só vai conseguir gente comum, daquelas que todo mundo tem...
Depois, é treinar. Fazer tudo o que seja necessário para capacitar a equipe e mantê-la com o ânimo ativado. Pronto? Não.
Agora que você entendeu que equipe é fundamental e que o cliente não aceita a desculpa de que você não consegue gente boa, pense que, nos Estados Unidos, as marcas que valorizam mais a equipe do que o dono crescem dez vezes mais do que as 500 maiores.


A pergunta que não quer calar é: O que apenas a sua marca faz para o cliente? Pode ser produto ou algum serviço especial. Mas precisa ser especial. E especial é competente e diferente. Senão sua marca vai cair na guerra de preços e aí ninguém consegue ganhar.
3 O design tem de ser mutante

Design é a área na qual o investimento do varejo retorna mais rapidamente. Um design maravilhoso atrai clientes maravilhosos. Mas isso é suficiente? A maior mudança que a internet fez na cabeça dos clientes foi a sensação, senão a certeza, de que tudo pode ser mudado a qualquer hora. É só pensar na última vez que você navegou no seu site de notícias: ele muda a toda hora.

E o cliente espera o mesmo do seu site, da sua loja. Sua vitrine muda a cada dois meses? Não é suficiente. Difícil? No digital é muito mais fácil. Um designer, convicção e histórias novas para contar.
No analógico é trocar arquitetura por cenário. E pronto. De vez em quando rasgo tudo, jogo fora e o cliente volta a ser atraído pela loja. Luz, tinta, adesivos de parede, móveis que caminham, temas... tudo efêmero. Você pode fazer. Um galão de tinta e boa vontade podem ser suficientes. Ouse, arrisque. O cliente vai voltar a prestar atenção em você.

4. Os pontos de contato têm de ser uau
Há uns 20 anos o guru de negócios Tom Peters, num acesso de ira, disse: “Quem disser que o mundo só vai consumir em lojas daqui a 15 anos é idiota”. Continuou: “Quem disser que o mundo só vai consumir on-line é idiota também”. E finalizou: “E quem disser que sabe prever o que vai acontecer é mais idiota ainda”. Hoje eu digo: ainda não sei o que vai acontecer...

Todo mundo achou que o consumo migraria para a internet. Aconteceu. Não todo mundo, não tudo, mas tem um monte de gente comprando. Vieram os tablets, mais gente passou a comprar on-line. Vieram os smartphones. E o pessoal não compra muito por lá. Mas pesquisa, e compra no tablet.

Que o mundo do varejo tem de disponibilizar produtos e serviços em todos os canais todo mundo sabe. O certo também é que não dá para evitar a loja. Nos Estados Unidos, os consumidores acima de 60 anos estão se sentindo abandonados pelo varejo. “Justamente agora que eu tenho tempo e dinheiro para gastar, vocês tiram a atração da loja onde eu adoro ir?” Coroas malucos? Não. Clientes apenas.
Eu? 58 anos. Sou fanático por tecnologia. Tenho três computadores, três celulares, três tablets, muitas baterias. Sei o que e como comprar. Quando vou comprar mala ou carteira prefiro ir à loja. Quase nunca compro on-line. Por quê? Vai explicar o porquê. Não há meios. O cliente é maluco! Eu sou, tu és, ele é! Ele quer comprar onde ele quiser. Ele é a tribo de um que a marca tem de satisfazer. Mais que isso: garantir que vai gerar vontade de nunca mais ir embora.

Pra isso temos de pensar no benefício de ter muitos canais. Mais importante: cada canal precisa gerar uma experiência coerente com o posicionamento da marca. E com muito uau! Senão a reputação vai embora e o cliente só irá comprar no seu site pelo preço.


Esse é maior problema do e-commerce. O cara compara preços.
5. A tecnologia é telepatia

Tecnologia saiu da retaguarda para a frente da loja, definitivamente. Era controle, virou atração e manutenção de clientes. Tenho certeza de que o executivo de TI vai parar de reportar para o cara de finanças e passar a se reportar para a área de marketing nos próximos anos.
Caso contrário, ele vai continuar passando a maior parte do tempo fazendo sistemas de controle e não usando o conhecimento para atrair e manter clientes.

O maior segredo de qualquer negócio inteligente e com foco do cliente é descobrir como ele gosta de comprar. Quem faz isso? É o vendedor. Telepata? Não! Atento, curioso e carinhoso.
Não é o big data. Não o data mining. Eles servem para registrar o dado e multiplicar para quem possa usar. Se a marca usar o banco de dados de maneira eficaz, vai registrar o que o cliente gosta de comprar, o jeito que gosta de ser atendido, o que sente falta... Usar bem o que temos em nossos softwares atuais é muito mais importante do que comprar outros softwares. Pendência ou tendência? Claro, pendência.

Por Edmour Saiani

sexta-feira, 11 de abril de 2014

A linguagem corporal e sua importância nas negociações.

Quem vive em mesas de negociação sabe o quanto é importante interpretar as expressões de todos os envolvidos. Perceber o que agrada, se o outro entendeu bem ou precisa de mais explicações

A linguagem corporal, dependendo da cultura, significa até 60% do conteúdo total da comunicação interpessoal. E, uma parcela tão grande do que é transmitido não pode ser desconsiderado, tanto nas relações pessoais quanto nas comerciais.

A técnica de leitura desses sinais baseia-se no entendimento de uma série de “dicas” que são passadas pelo corpo do seu interlocutor - de forma muitas vezes inconsciente - e por isso tendem a ser mais honestas que as próprias palavras.

Um observador atento pode mapear e interpretar esses sinais, veja:

Gravidade: Uma regra geral é que movimentos que desafiam a gravidade, são positivos. Movimentos que cedem a gravidade são negativos. Por exemplo, mover a cabeça para baixo após falar ou ouvir uma frase pode significar discordância ou falta de confiança na mesma. O mesmo serve para sobrancelhas e polegares. Para cima, podem significar surpresa, entusiasmo. Quando movidas para baixo, desconfiança, desapontamento. Pés apontando para cima são um ótimo sinal.

Você deve sempre notar o que foi dito no momento que esses movimentos foram observados, buscando confirmar ou desconfirmar a fala.

Proteção de órgãos sensíveis: Pode estar certo de que se, no meio de uma conversa, uma mulher arrasta a bolsa para seu colo, é porque ela ficou bastante desconfortável com o que ouviu. Fechar um casaco ou abotoar um paletó podem significar a mesma coisa. Sua missão é entender o que fez seu interlocutor se sentir frágil ou ameaçado.

Equilíbrio: Colocar-se em posições que proporcionam pouco equilíbrio para o corpo podem significar conforto ou confiança com a presença do interlocutor ou com o assunto. Por exemplo, ficar de pé com as pernas trançadas durante uma conversa. Mas note, se chega alguém que a pessoa considera uma ameaça ou se o assunto se torna desagradável, a reação natural é descruzar as pernas e buscar uma posição mais firme e estável, da qual se possa fugir ou atacar. Essa reação natural é o resultado de milhões de anos de evolução da nossa espécie.

Território: Uma pessoa que se espalha requerendo muito espaço para si e para suas coisas, esticando pernas e braços ao sentar ou entrelaçando as mão atrás da cabeça, busca demonstrar autoridade e dominância. Espaço é igual a poder. A mesma coisa pode ser observada em uma pessoa de pé ao colocar as mãos na lateral da cintura, expondo os cotovelos - posição tipicamente observada em um guarda ou segurança.

Estresse: Nosso cérebro prefere o estado de conforto. Algumas dicas positivas de conforto são sorrir, tocar as pontas dos dedos (mãos parecendo o teto de uma igreja), mostrar o polegar (mesmo com a mão no bolso, por exemplo) ou até mesmo um dilatamento das pupilas (difícil de identificar em brasileiros que normalmente possuem os olhos mais escuros). Mas quando entramos em uma situação de estresse, e cérebro comanda reações que buscam nos acalmar, como morder unhas, entrelaçar os dedos, tocar pontos sensíveis como a nuca, a face ou a palma das mãos, morder os lábios, entre muitos outros.

Mesmo que as dicas sejam normalmente emitidas involuntariamente pelo sistema límbico dos seres humanos, são passíveis de serem forjadas propositalmente. Lembre-se, atores fazem isso para viver! Então como ter uma leitura correta e saber se a pessoa está usando os sinais corporais justamente para lhe transmitir uma falsa dica, por exemplo, durante uma negociação?

Aqui é onde a coisa fica bem mais complexa, e nem mesmo os experts em leitura corporal conseguem ter certeza se o negociador do outro lado está blefando quando diz que tem proposta melhor do concorrente. Mas vale a pena vermos algumas técnicas de separar o que é verdade do que não é. A chave é o contexto é não procure por sinais isolados.

Uma pessoa pode coçar a cabeça simplesmente porque está com coceira e não porque está insegura. Existem pessoas que ficam naturalmente se movimentando (sinal de ansiedade) ou então cobrindo os olhos (sinal típico de quem não gostou do que viu ou ouviu). Mas esses sinais sozinhos podem não significar nada além de como a pessoa normalmente é. Tem muita gente estranha solta por aí. Portanto, busque por grupos de sinais.

Mas o legal mesmo é ver isso funcionando. Recentemente estive em uma reunião com um cliente que, para o meu desapontamento, disse que várias coisas na minha proposta não eram muito interessantes. Eu achei que ele estava desvalorizando a oferta como artifício para reduzir o preço. Notei que ao fim de cada frase ele aproximava as mãos entrelaçando os dedos - um sinal negativo, de stress.

Mas como ter certeza? E se ele simplesmente tivesse essa mania com as mãos? Se eu batesse o pé no preço corria o risco de perder o negócio. Então eu fiz algumas perguntas para as quais ele não poderia dizer nada diferente da verdade. Impressionantemente, percebi que ao final de cada resposta ele juntava as mãos, mas ao invés de entrelaçar os dedos, juntava as pontas no formato teto de igreja. A mudança no padrão confirmou minha desconfiança de blefe. O preço não abaixou nem um centavo e o negócio deu certo mesmo assim.

Como tudo, a prática leva à perfeição. Detectar a sinceridade de algo que você ouve através de sinais não verbais é algo que requer treino, mas com o tempo pode se tornar uma habilidade quase inconsciente, como dirigir. Conquistar essa habilidade pode nos ajudar a construir relações mais equilibradas e duradouras, e o melhor, construir negócios mais saudáveis para todos.

Por Marcelo Lombardo

 

Quatro conselhos para usar networking online na busca de novo emprego


Explorar opções de trabalho fora da empresa atual exige cuidado, mas alguns ainda esbarram nas regras de etiqueta na hora de acessar a rede de contatos para uma recolocação profissional.

O networking é apontado pelos profissionais de RH como uma das melhores formas de buscar recolocação profissional. Mas executivos explorando opções de trabalho fora de sua empresa atual muitas vezes esbarram na necessidade de dicas de etiqueta, especialmente ao usarem ferramentas online como as redes sociais. 

A instantaneidade e a transparência das tecnologias de hoje pode facilmente criar situações desconfortáveis. Uma regra de ouro é: antes de clicar em enviar, pare e reveja o que você está fazendo. Isso pode ajudar a proteger a sua reputação.

Para tentar ajudá-lo de forma assertiva, segue uma lista com quatro conselhos de alguns dos líderes de TI mais conceituados do mundo.

1 - Organize seus contatos por nível de confiança
Digamos que você decidiu que é hora de procurar um novo emprego e quer começar a contactar as pessoas da sua rede. Você deve estabelecer círculos concêntricos com base em níveis de confiança e iniciar o contato com seu núcleo de confiança primeiro. E pode querer modificar o tom de sua conversa do "Preciso sair daqui!" para "Estou procurando um desafio maior do que o que minha atual empresa oferece", dependendo de tipo de relacionamento que você tem com o seu contato.

2 - Nunca fale mal de seu empregador atual
Ofender ou malhar seu atual empregador para contatos profissionais nunca é aceitável.

Quem sai de uma empresa em bons termos com seu antigo empregador tem mais chances de ser recontratado.

Ao fazer o anúncio da saída, enfatize as vantagens do futuro emprego, nunca as desvantagens do atual. Aponte razões para ser grato por ter trabalhado lá, mas seja sincero, não invente coisas.

3 - Seja direto em seus pedidos de ajuda
Os candidatos a emprego comumente cometem o erro de serem demasiado hesitantes em pedir ajuda. Não basta pedir aos contatos de sua rede para mantê-lo na tela de seu radar. A maioria de nós tem cerca de 5 mil pessoas em nossos radares, completamente esquecidas. Todos nós temos boas intenções, quando usamos essa frase, mas somos muito passivos. É da natureza humana querer ajudar alguém em necessidade.

Mas, lembre-se: sua forma de se aproximar diz muito sobre você. As pessoas a sua volta podem estar secretamente à procura de alguém para compor seu quadro de profissionais.

Imagine que você entre em contato com um ex-CEO e diga a ele que está sendo demitido. Aqui estão duas maneiras de como ele pode interpretar a conversa depois de desligar: 1) Recebi um telefonema de João hoje e ele está perdendo o emprego [suspiro]. Muitas pessoas estão sendo cortadas, com essa crise econômica... é ruim issso; ou, 2) Recebi uma lidação do João hoje. Ele está perdendo o emprego e me pediu nomes de três empresas que respeito para que ele possa pesquisar sobre elas. Vou tentar ajudá-lo.

Além disso, consultar seus contatos sobre questões profissionais faz com que se sintam apreciados. Ao perguntar-lhes algo que denote a necessidade por seus conhecimentos, você lhes atribui status de autoridade em determinados assuntos. Promove neles o senso de valor e em você o senso de alguém que é articulado, qualidade desejada.

4 - Esteja presente online
Fazer uso de ferramentas como LinkedIn e usar sabiamente suas atualizações de status, pode fazer uma grande diferença. Compartilhar um artigo uma, duas vezes por mês; trocar indicações sobre livros; procurar eventos da indústria ou webinars, regulatmente, e indicar que você está interessado em participar; ou participar de um grupo profissional, são atitudes muito positivas. O que você compartilha pode demonstrar o seu esforço para melhorar a si mesmo e se posicionar como uma referência para determinados assuntos. Esse conhecimento é valioso para outras pessoas, incluindo seus potencias empregadores.

Por Kristen Lamoreaux

Como tirar visto para os Estados Unidos


Outro dia publiquei um post sobre como tirar passaporte, então hoje darei continuidade ao assunto falando um pouco sobre como tirar o visto americano.

Para pedir o visto americano de não imigrante (que inclui o de turismo, o de estudante e o de negócios, entre outros), é preciso seguir os passos abaixo:

1) Preencha, em inglês, o formulário de solicitação de visto DS-160 (disponível no link:https://ceac.state.gov/genniv/). As perguntas estão em inglês, mas, ao colocar o cursor em cima delas, aparece a tradução. Se você puder contar com a ajuda de alguém, tanto melhor! Muitos termos não estão traduzidos e podem ser confusos. Também é necessário ter uma foto com fundo branco digitalizada, para enviar no formulário, então você deve providenciar com antecedência.

Ao fim de cada pagina, salve o que já tiver sido feito e guarde o número do Application ID para entrar novamente no formulário. Ao terminar o processo, imprima a página de confirmação.

Dúvidas sobre o preenchimento do formulário podem ser esclarecidas em http://travel.state.gov/visa/forms/forms_4230.html.

2) Depois que preencher o formulário, é preciso agendar a(s) entrevista(s). Para isso, cadastre-se no site http://brazil.usvisa-info.com e siga o passo a passo de agendamento ou ligue para os telefones que estão no link http://usvisa-info.com/pt-BR/selfservice/us_service_options. Tenha em mãos a página de confirmação do formulário DS-160 (com código de barras) e o número do passaporte.

Há casos em que é necessário ir ao CASV (Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto) e ao Consulado, e outros  — como nas renovações — em que só é preciso ir ao CASV. O próprio sistema irá informar sobre isso.

No caso de ter que fazer as duas entrevistas, as visitas não podem ser agendadas para o mesmo dia. Fique atento porque a opção de agendamento para o Consulado aparece antes da opção de agendamento para o CASV, mas a entrevista no CASV tem que ocorrer primeiro. Por isso, escolha sempre para a ida Consulado uma data posterior à da ida ao CASV.

No meio do processo, você terá que pagar a taxa de solicitação do visto (US$ 160, no caso dos vistos de turismo e de negócios). Confira taxas para outros vistos em http://usvisa-info.com/pt-BR/selfservice/us_fee_payment_options.

3) No dia agendado, vá ao CASV com o formulário, o passaporte e o comprovante de pagamento da taxa. Lá, serão recolhidas as impressões digitais e será tirada uma nova foto. Não é permitido entrar com bolsas ou mochilas no recinto, e não há local para guardar esses pertences dentro do centro. Quem estiver com eles precisa deixá-los no carro ou em guarda-volumes privados, que costumam cobrar caro pelo serviço. Eu deixei as minhas coisas com o meu marido, que esperou do lado de fora.

4) No dia da entrevista, é preciso ir ao Consulado ou à Embaixada, levando o passaporte e a página de confirmação do formulário DS-160.

Para mais informações, consulte a página http://brazil.usvisa-info.com.

Fonte: G1

 

sexta-feira, 4 de abril de 2014

A importância do planejamento na sucessão empresarial

A sucessão na empresa ocorre por diferentes razões

A sucessão na empresa ocorre por diferentes razões: pode acontecer pela passagem de uma gestão para outra, quando há troca de diretoria executiva ou do board de administração, por exemplo. Em outras oportunidades, pela transferência de gerações (sucessão em decorrência do falecimento ou da aposentadoria do patriarca ou da matriarca). Pode também resultar de derivações empresariais, como é o caso de uma fusão ou aquisição.

Tratemos exclusivamente do caso das sucessões naturais, como ocorre quando falece um patriarca fundador. Imagine se não há um planejamento prévio e profissional, com regras claras sobre a acomodação do patrimônio dos sucessores e a conservação das atividades mercantis? Calcule se os filhos forem todos menores e não houver uma adequada estrutura que cuide dos interesses familiares, dos colaboradores, dos credores e dos fornecedores?

Se você intimamente respondeu que esta empresa estará fadada a uma grave crise, com discussões infindáveis e lides judiciais quando da abertura do inventário, você acertou. Ela pode, sem surpresas, morrer junto de seu empreendedor. Não raro há uma forte omissão, causada pela despreocupação e pela inadequada sensação de que o ser humano se eterniza e a empresa perece, quando a verdade mais universal que existe é que o homem um dia certamente morrerá, mas seu legado, bom ou ruim, é perene.

Uma empresa é um destes legados, um organismo vivo nascido para ser eterno, cada vez mais desenvolvido e independente das energias de seu fundador. É por esse motivo que a sucessão empresarial deve ser tratada corajosa e profissionalmente. É preciso que as conquistas acumuladas durante anos de torrenciais batalhas nos inóspitos campos de guerra do mercado sejam tratadas de forma a serem protegidas dos males até então invisíveis, que geralmente ganham forma poucos dias após o falecimento do líder fundador.

Nem todos os sucessores possuem a preparação ou a vocação empreendedora do sucedido, mas desejam se tornar os líderes do processo de continuidade das atividades da empresa. Alguns sucessores, por sua vez, pretendem exercer dons diversos do empreendedorismo, seguindo a carreira liberal como médicos, advogados, artistas. Todas estas circunstâncias devem ser objeto de estudo, planejamento e execução adequada ao fim sucessório, que visa a continuidade do organismo empresarial.

A empresa pode e deve ser útil a impulsionar os sonhos dos sucessores, sejam eles quais forem. Há que se lembrar ainda dos executivos e colaboradores que dedicaram suas vidas e carreiras pelo sucesso daquela mesma empresa. Nenhum destes atores merece conviver com o declínio, o perdimento de bens e fluxos de caixa antes tão importantes. É possível prever, em caso de descompassos maiores entre os sucessores, inclusive, a alienação ordenada da companhia, de forma a preservar o capital e o bem social gerados pelo negócio.

Enfim, a empresa nasce para não morrer, para ser eternamente útil e próspera. Fundadores e gestores passam, mas a empresa segue, espera-se, em desenvolvimento.


Por Ricardo Piza

Três erros fatais em seu networking


Conhecer essas falhas e evitá-las é um fator de sucesso, principalmente no longo prazo
Muitos profissionais percebem que seu networking é inútil, quando precisam dele. Trabalham muito, dedicam-se à empresa, mas, na hora em que perdem o emprego, não conseguem recolocação por meio de seus contatos.

Isso ocorre porque, conscientemente ou não, cometem erros fatais para seu networking. Não há rede de relacionamento que resista a ações infelizes de seus participantes. Portanto, conhecer essas falhas e evitá-las é um fator de sucesso, principalmente no longo prazo. Afinal, qualquer um pode ser bem-sucedido por um ano ou dois, mas a carreira deverá durar décadas e, portanto, o foco deve ser no equilíbrio do sucesso de curta e longa duração.

Ser desconhecido

Por vezes, recebo mensagens de profissionais que pedem para ser indicados para uma oportunidade de emprego. Quando alguém lhe pede a sugestão de um médico, quem você indica? Provavelmente algum que você mesmo utiliza ou que seja conhecido por pessoas nas quais confia.

Um erro fatal muito comum é o indivíduo querer ser recomendado por alguém que não o conhece. Além de não ser indicado, sua imagem fica destruída, pois é evidente que é conhecido por poucos ou que aqueles que o conhecem não desejam ajudá-lo.

Fazer networking somente quando está desempregado

Quando um colega de longa data lhe chama repentinamente para almoçar, pode esperar duas coisas: ele vai pedir um emprego, e você é quem vai pagar a conta. Essa é uma das atitudes mais destrutivas que alguém pode ter: lembrar-se dos amigos somente nas horas de dificuldade. Na vida pessoal, isso já é visto com muitas reservas, mas, na profissional, é um motivo de fracasso no longo prazo. Pessoas não são instrumentos para seu sucesso, que você liga ou desliga somente quando precisa.

Amadureça e aprenda a conviver com indivíduos de seu setor ou considere mudar de carreira.

Pedir ajuda a quem você prejudicou

Muitos profissionais tratam bem somente seus chefes. Não contribuem com seus subordinados, pares e outros departamentos. São indiferentes aos clientes e aos concorrentes. Para piorar, tratam mal os fornecedores da empresa. De repente, ficam sem emprego e querem receber ajuda dessas pessoas.

Um de meus critérios de escolha das empresas das quais compro produtos e serviços é saber como elas tratam seus fornecedores. Na minha “lista negra”, recentemente ingressou uma famosa churrascaria em São Paulo, pois descobri que, além de pagar mal seus fornecedores, trata-os com desprezo. O mesmo ocorreu, há tempos, com uma rede de supermercados. Se a ética nos negócios é cada vez mais um fator de escolha do consumidor, imagine para sua profissão. Se você trabalha para uma empresa que trata mal seus fornecedores, funcionários e a comunidade, procure outro local para trabalhar, pois sua carreira fica em risco no longo prazo. Afinal, você será um agente dessas ações antiéticas e avaliado não como alguém que cumpre ordens, mas que faz essas ações.

Tenho observado pessoas que, ainda aos 30 anos, fazem atos que comprometem sua reputação. O resultado é que ainda têm, pelo menos, mais 30 anos no mercado, e seguramente passarão por muitas dificuldades na vida, pois ninguém desejará trabalhar com elas no futuro.

Como mencionei, o importante é que você seja bem-sucedido no longo prazo em sua profissão. Seja persistente, amadureça e cuide de sua rede de relacionamentos. Quanto mais comprometidos estivermos em agregar valor uns aos outros, para contribuir com propósitos elevados, mais próspero tornaremos o mundo.

Portanto, tenha cautela com seu desejo de ser bem-sucedido a qualquer preço. O sucesso requer preparo e cuidados de longo prazo.

 
Por Sílvio Celestino

10 brechas para pagar menos imposto de renda em 2014


Veja como reduzir o imposto de renda devido sem correr o risco de cair na malha fina

Nada de jeitinho, nem grandes riscos de cair na malha fina: apenas entendendo a forma mais adequada de fazer sua declaração de imposto de renda é possível pagar menos imposto. Veja a seguir algumas brechas para diminuir a mordida do Leão neste ano.

1 Acrescente benfeitorias ao custo de aquisição do seu imóvel
Ao vender um imóvel, o ganho de capital, que é a diferença entre o valor de compra do bem e o preço pelo qual ele foi vendido, é tributado à alíquota de 15%. Por isso, quanto menor a diferença entre o preço de compra e o preço de venda, menor é o imposto.

Como a Receita não permite que o custo de aquisição dos imóveis seja ajustado a valor de mercado na declaração, justamente para arrecadar mais imposto, uma das brechas para aumentar o valor de compra do imóvel é acrescentar ao seu custo gastos com benfeitorias e reformas.

Podem ser incorporados gastos com reforma, construção, ampliação e pequenas obras, como pintura, encanamento e reparos em pisos e paredes. Troca de móveis e instalação de cortinas, por exemplo, não podem ser incluídas. Todas as despesas devem ser passíveis de comprovação, por meio de recibos e notas fiscais com os devidos CPFs e CNPJs dos vendedores ou prestadores de serviço. 

Se você fez alguma reforma no passado, mas não a declarou, é possível fazer a declaração retificadora do IR, mudando os valores em todos os anos subsequentes. Lembrando que só podem ser retificadas as declarações dos últimos cinco anos, portanto até 2009.

2 Acrescente ao custo do imóvel também os gastos com corretagem e juros de financiamento

O custo de aquisição do imóvel também pode ser modificado na declaração com o acréscimo de encargos envolvidos no financiamento, como a corretagem (quando paga pelo comprador), ou ainda gastos com um eventual laudêmio e com o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Na hora da venda, também é possível descontar do valor recebido a corretagem, caso o valor saia do bolso do vendedor.

3 Diminua os rendimentos de investimentos abatendo taxas

No caso de ações, fundos de investimento com cotas negociadas em bolsa e títulos públicos, o contribuinte também pode acrescentar ao custo de aquisição dos ativos os valores gastos com as taxas de corretagem e emolumentos. Tal como no caso dos imóveis, caso exista ganho líquido ou rendimento, ao aumentar o valor da compra, o imposto devido será menor.

4 Não declare em conjunto com seu cônjuge

Ao declarar em conjunto, a receita tributável de cada cônjuge é somada, aumentando suas chances de pular para uma faixa maior de tributação do IR. Já ao fazer a declaração individualmente, cada cônjuge tem uma isenção de até 20.529,36 reais por ano sobre a renda tributável. 

Por isso, declarar em conjunto só é vantajoso quando um dos cônjuges tem pouca ou nenhuma renda tributável, de forma que a sua inclusão na declaração não altere a alíquota de imposto a ser paga. Normalmente isso acontece quando um dos cônjuges possui renda isenta e muitas despesas dedutíveis, como no caso de um dos dois não ter emprego fixo e ter altas despesas médicas.

Se as despesas dedutíveis de um dos cônjuges for inferior a 15.197,02 reais (limite de dedução do desconto simplificado), vale mais a pena entregar a declaração simplificada, que lhe dará um desconto de 20% sobre a renda tributável. O outro cônjuge poderá ganhar outros 20% de abatimento ou então pode entregar a declaração completa.

O modelo completo é mais vantajoso quando os gastos dedutíveis excedem o valor de 15.197,02 reais. É o que costuma acontecer em famílias com filhos pequenos, que têm gastos com saúde e educação elevados.

5 Divida a renda de aluguéis com o cônjuge

Ao declarar separadamente a renda dos aluguéis, o casal pode se livrar de pagar mensalmente o carnê-leão e diminuir o imposto incidente sobre a renda tributável de cada um.

Aluguéis mensais inferiores a 1.710,78 reais em 2013 estão isentos da cobrança de IR. Portanto, se o aluguel recebido for de 3 mil reais e cada cônjuge declarar 1.500 reais mensais, eles estarão livres do carnê-leão. Os aluguéis apenas deverão ser informados na Declaração de Ajuste Anual para que se somem à renda tributável.

Supondo que os dois receberam 30 mil reais em salários em 2013, ao somar os aluguéis, ambos terão acumulado 48 mil reais no ano. Pela declaração simplificada, cada um ganharia o desconto de 20% (9.600 reais) sobre esse montante, resultando em uma renda tributável de 38.400 reais. Nesta faixa de renda, a alíquota de IR aplicada seria de 15% e o imposto devido seria de 5.760 reais, ou de 11.520 reais para o casal.

Se o aluguel fosse declarado apenas pelo marido, por exemplo, ele somaria 30.600 reais (12 aluguéis, descontados os 15% de IR mensal) à sua renda tributável, que somaria 60.600 reais. Aplicando o desconto simplificado de 20% sobre essa renda, o valor sujeito à incidência do IR iria para 48.480 reais e seria tributado à alíquota de 22,5%, resultando em um imposto devido de 10.908 reais.

Sem calcular o imposto devido pela esposa, apenas esse valor já se aproxima ao que eles pagariam juntos se a renda do aluguel fosse dividida entre as duas declarações.

Dependendo da variação na renda tributável que a incorporação da renda do aluguel gera, o benefício pode ser maior ou menor. É preciso avaliar se a divisão do aluguel nas declarações levará a uma faixa de menor de tributação ou desobrigará o casal da entrega do carnê-leão. Se os dois tiverem uma renda tributável alta, por exemplo, a declaração separada poderá não ter efeito.

6 Abata taxas relacionadas aos aluguéis

Se você recebe aluguéis e paga algum tipo de comissão à imobiliária, essa taxa pode ser abatida do rendimento. Ao descontar esse custo, é possível reduzir a base de cálculo sobre a qual o IR incide mensalmente. Se o proprietário do imóvel for responsável por pagar o IPTU e a taxa de condomínio, esses gastos também podem ser descontados.

7 Ao herdar um imóvel comprado antes de 1988, transfira-o pelo valor de mercado

Quando um familiar morre e os bens deixados por ele são partilhados, é feita a declaração definitiva de espólio. Nesse momento, os herdeiros têm a opção de escolher se os bens transferidos a eles serão declarados pelo valor de mercado ou pelo custo de aquisição.

Se houver diferença entre o custo de aquisição pelo qual o bem era declarado e o valor pelo qual ele foi transferido, são descontados os 15% de imposto sobre o ganho de capital (imposto que deve ser pago pelo inventariante em até 30 dias após a partilha). Mas, se o bem for transferido pelo valor constante na última declaração do falecido, não há ganho de capital a ser apurado.

A brecha para pagar menos IR existe se o imóvel foi comprado e começou a ser declarado antes de 1988. Nesse caso, existe um benefício fiscal que permite ao contribuinte aplicar um percentual de redução sobre o ganho de capital. Quanto mais antigo o imóvel, maior é o percentual de redução, sendo que para imóveis comprados antes de 1969 o ganho de capital é totalmente isento (veja os precentuais de redução).

Ocorre que o benefício só pode ser aplicado se o valor for atualizado na declaração de espólio. A partir do momento em que o imóvel é transferido é como se ele tivesse sido comprado nessa data, portanto a redução não se aplica.

Por exemplo, um imóvel comprado antes de 1969 por 50 mil reais que foi transferido no espólio por 500 mil reais não gera imposto sobre ganho de capital por causa da isenção. Se o imóvel for vendido no ano seguinte por 550 mil reais, o ganho de capital é apurado apenas sobre os 50 mil reais, resultando um imposto de 7.500 reais.

Mas, se a transferência fosse feita sem a atualização do valor, o herdeiro perderia o benefício de redução do ganho de capital e teria que considerar como custo de aquisição os 50 mil reais originais. Isto resultaria em um imposto a pagar de 75 mil reais.

8 Lance as despesas com a educação de deficientes como gastos médicos

Despesas relacionadas a dependentes portadores de deficiência podem ser enquadradas como gastos com saúde. Com essa possibilidade, o contribuinte não fica sujeito ao limite de abatimento dos gastos com educação, que para o IR 2014 é de 3.230,46. Como as despesas com saúde não possuem limite de abatimento, todos os gastos de educação seriam dedutíveis.

Para usufruir do benefício, no entanto, o contribuinte deve possuir um laudo médico que ateste o estado de deficiência do dependente, e os pagamentos referentes à educação devem ser feitos a entidades especializadas.

9 Abata as despesas domésticas se você for freelancer e trabalhar em casa

Todos os gastos de profissionais autônomos que tiverem relação direta com o trabalho podem ser deduzidos do IR, se informados no livro caixa. Podem ser abatidas despesas com aluguel de escritório, telefone, luz, material de expediente e outros, desde que possam ser comprovados.

Autônomos que trabalham em casa também contam com o benefício, podendo deduzir um quinto de todos os gastos com a manutenção da residência, incluindo as taxas de condomínio e IPTU. Apenas não são dedutíveis gastos com reparos, conservação e recuperação do imóvel.

As deduções só podem ser feitas no modelo completo da declaração. Para saber se vale a pena adotá-lo, basta avaliar se um quinto das despesas domésticas de 2013 corresponde a um valor maior que 20% da sua renda tributável (abatimento único da declaração simplificada).

Se a declaração completa for a opção mais vantajosa, para realizar as deduções, o autônomo deve informar as despesas no livro caixa, usando o carnê-leão e posteriormente deve importá-las para a declaração. Também é possível lançar os valores diretamente na declaração, informando a soma das despesas mensais na coluna "Livro Caixa", na ficha "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Física e do Exterior pelo Titular".

10 Se os filhos receberem pensão, não os inclua como dependentes

Quem paga a pensão alimentícia pode deduzir o gasto na íntegra, mas para quem recebe, o valor é tributado da mesma forma que um salário. Supondo que um homem pague 3 mil reais de pensão, sendo mil reais para sua ex-esposa e mil reais para cada um dos dois filhos do casal. Caso a mãe receba toda essa quantia em seu nome, seu ganho será de 36 mil reais em um ano, quantia sujeita à alíquota de IR de 15%.

Mas ao calcular a renda individualmente, cada beneficiário terá 12 mil reais ao final do ano. Como rendas tributáveis inferiores a 20.529,36 reais estão isentas de IR, os 36.000 reais extras recebidos pela família não estariam sujeitos à cobrança de imposto. Nesse caso, vale a pena para a mãe apresentar uma declaração para cada um dos filhos, em vez de declará-los como seus dependentes.

Separar as declarações quase sempre é vantajoso, seja para não pagar IR ou para desfrutar de uma alíquota mais baixa. A estratégia só não vale a pena se a pensão for muito alta: se cada um dos filhos receber 10 mil reais ao mês, por exemplo, a alíquota será de 27,5% de qualquer forma. Nesse caso, seria mais interessante para a mãe tê-los como dependentes e poder abater suas despesas dedutíveis.

Fonte EXAME