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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Quatro tendências para a gestão de equipes em 2017.



Três especialistas comentam o que está por vir no gerenciamento da força de trabalho este ano.

Início de ano, hora de começar a pensar sobre a estratégia de gestão da força de trabalho. No ano passado, as empresas perceberam a importância da eficiência organizacional, do bem-estar dos trabalhadores e bem-estar no local de trabalho, bem como do engajamento, flexibilidade, crescimento da carreira e planejamento. Essas tendências só devem acelerar neste ano.

A CIO EUA pediu a três especialistas — um diretor de produtos, um recrutador sênior e um sócio de uma empresa de consultoria de gerenciamento de força de trabalho — para compartilharem suas ideias sobre o que está por vir no gerenciamento da força de trabalho. A seguir, as tendências para a gestão da força de trabalho apontadas por eles para este ano.

1. Tecnologia no lugar do gestor
A tecnologia continuará impactando o gerenciamento da força de trabalho e os recursos humanos de maneira incrível neste ano, diz Karen Williams, chefe de produto da empresa de soluções de gerenciamento de força de trabalho Halogen Software.

"Especialmente no tocante a análise de dados, a tecnologia está ajudando a impulsionar o sentimento dos funcionários em relação ao engajamento e ao desempenho organizacional. Trata-se de CIOs e outros executivos C-levels entenderem como alavancar o uso dos dados para que [os funcionários] sejam mais eficazes", diz Karen.

Isso é importante porque o RH, em geral, têm adotado lentamente tecnologias para melhorar a capacidade de encontrar, pesquisar e contratar talentos, diz ela. “Isso tem mudado nos últimos anos, e 2017 verá a adoção das novas tecnologias”, diz ela.

"O fato é que o RH não está disposto a sair de sua zona de conforto. Parte disso é porque as organizações não estão dispostas a investir em novas tecnologias para seus departamentos de recrutamento e RH. Mas agora, como o talento é reconhecido como crítico, a tecnologia é vista como uma maneira melhor e mais rápida para contratação, retenção e, uma vez que as pessoas assumam suas funções, gerenciar o desempenho", diz Karen.

"Veremos também um ressurgimento de estratégias como SEO [Search Engine Marketing Optimization] e SEM [Search Engine Marketing]", diz Zachary Avalos, recrutador técnico sênior de na área de TI da Mondo, especializada em RH e recrutamento de profissionais para alavancar plataformas como Marketo e Eloqua. SEO refere-se ao trabalho de entender os algoritmos de busca para que o conteúdo se posicione de maneira adequada ao seu potencial nos resultados de busca. Já o SEM identifica e cadastra palavras-chave e analisa o comportamento de busca do usuário.

"Isto vai estar em todos os lugares em 2017, à medida que mais organizações começarem a ver seu talento potencial como "clientes" e passarem a usar métodos de marketing para alcançá-los, garantindo que estão colocando conteúdo relevante relacionado ao trabalho para potenciais candidatos", diz Avalos.

2. Concentre-se na inteligência da equipe
Até recentemente, o desempenho e o crescimento individual foram o foco para avaliar o talento dentro das organizações, diz Jeanne Meister, sócia fundadora da Future Workplace, empresa de consultoria e pesquisa de RH e recrutamento. Mas agora, muitas empresas estão percebendo que as equipes são o coração para obtenção de maior desempenho, eficiência e eficácia.

"Agora, as organizações estão se dando conta de que é preciso equipes de alto desempenho para produzir os tipos de resultados que desejam. Então, as empresas focadas no futuro verão o que faz uma ótima equipe, como elas se comunicam, como recompensá-las e reconhecê-las, e como estimulá-las através do crescimento e desenvolvimento", diz Meister. Esta é uma mudança de mentalidade bastante importante para muitas organizações, por isso ela acredita que a ênfase nas equipes continuará neste ano.

3. Experiência do usuário no local de trabalho
Experiência do usuário tornou-se uma métrica importante para avaliar produtos e serviços, mas para se tornar uma parte estratégica é preciso  que as empresas tenham um bom equilíbrio de seus ambientes de trabalho, diz Meister.

"Os diretores de marketing eram os únicos preocupados com a experiência dos usuários, mas agora os chefes de RH estão alavancando ferramentas de marketing e abordagens como design do pensamento e análise de sentimentos para criar uma experiência de empregador convincente", diz Meister. Isso inclui a criação de novas posições como diretor de experiência de funcionários, que terá um papel abrange áreas tão diversas como imóveis, tecnologia e marketing para garantir que os funcionários sejam tão engajados, motivados e produtivos no trabalho quanto possível, diz ela.

Para dar ênfase à experiência do usuário é preciso incluir também o uso de ferramentas de tecnologia como o celular e o vídeo, tanto para a contratação e seleção de candidatos como para permitir o trabalho remoto e a flexibilidade, diz Meister.

"Um cliente importante nosso está usando o mobile em seus processos de recrutamento e contratação, e economizou algo como US$ 330 mil no ano por posto de trabalho e pôde aumentar o  número de empregados em 35%. Como muitas pessoas vão ser selecionadas, entrevistadas e contratadas, muitas organizações já exigem que elas enviem uma “carta” de apresentação em víde ", diz ela.

4. Economia gig se aquece
A economia gig continua a desempenhar um papel significativo na força de trabalho, especialmente em TI, diz Avalos, da Mondo. A economia gig, ou simplesmente gig, é um trabalho autônomo, parecido com o de um free-lancer, uma espécie de Uber-Trip Advisor com talento especial — sim, você será contratado pelo aplicativo.

É uma ótima maneira de as empresas equilibrarem sua força de trabalho com base na demanda, e também para os trabalhadores que querem adicionar novas habilidades em seu currículo, participando de projetos de curto prazo. “Algumas empresas também estão desenvolvendo seu próprio pool interno de contingente de mão de obra, que é outra nova tendência”, diz Meister, da Future Workplace.

"Por exemplo, o Talent Exchange da PricewaterhouseCooper permite que freelancers e profissionais independentes se inscrevam para projetos da empresa, o que é benéfico para ambos os lados. Para a empresa, pode não haver ROI [retorno do investimento] suficiente para contratar um empregado em tempo integral, mas talvez para profissional independente sim, que querer flexibilidade e liberdade para trabalhar", diz Meister.

Fonte: Digital Network

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