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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Quatro fatores decisivos para você sair de uma negociação com sucesso.

Confira as dicas de José Augusto Wanderley, a maior autoridade do assunto no Brasil, autor do livro “Negociação Total”

Talvez você nem perceber, mas negocia a todo momento. Viver, inevitavelmente, implica negociar. Para um administrador ou qualquer outro profissional que lida com a área de negócios, então, essa atividade é ainda mais fundamental. Você precisa saber, no entanto, que existem algumas regras e técnicas que, seguindo-as, as chances de sair de uma negociação com todas as suas metas atingidas são muito maiores.

E é justamente sobre elas que José Augusto Wanderley, a maior autoridade no assunto no Brasil, autor do livro “Negociação Total”, fala no mais novo workshop do Administradores Premium. Como se preparar para uma negociação? Como garantir que os acordos firmados vão ser cumpridos? Quais fatores impactam esse processo?

Abaixo, elencamos alguns dos principais pontos apresentados por ele no workshop. Confira:

1 – Preparar-se bem


Conforme destaca José Augusto Wanderley, toda negociação, para ser bem sucedida, tem que começar bem. E um bom começo significar uma boa preparação. “Quem não leva a sério a preparação de algo está se preparando para o fracasso”, diz o especialista, citando Benjamin Franklin.

Antes de começar a negociar, analise bem o que estará em jogo, procure conhecer bem os interesses da outra parte, analise o contexto e tente encontrar proposições que sejam vantajosas para todos os envolvidos, para tornar o processo de negociação o menos extenso possível. O fator tempo é muito importante.

2 – Administrar o tempo


Como começamos a dizer no ponto anterior, o tempo é algo que influi bastante no processo de negociação. Às vezes, exigir posições urgentes da outra parte, bem como prolongar demais a negociação, pode provocar prejuízos irreversíveis e colocar a perder todos os esforços investidos. Procure encontrar o timing certo, entendendo suas necessidades, mas também as da outra parte.

3 – Definir bem os objetivos


Entrar numa negociação sem a clareza de aonde se pretende chegar é um dos principais problemas que podem existir para um negociador. Afinal, quem não tem um destino em mente acaba se contentando com qualquer parada. Defina suas metas antes de estabelecer a estratégia de negociação, lembrando que num processo como esse devem existir diferentes tipos e níveis de objetivos, que devem ser perseguidos etapa por etapa. Buscar várias pequenas vitórias é menos cansativo e mais estimulante do que perseguir um único objetivo distante.

4 – Acompanhar o acordo


José Augusto Wanderley, no workshop, faz uma colocação que é taxativa: “uma negociação só termina quando o acordo é cumprido”. Um erro terrível é achar que, porque a outra parte se comprometeu a cumprir algo, a negociação está encerrada. Um caso clássico, citado por Wanderley, é o do tratado que o então primeiro-ministro britânico Arthur Neville Chamberlain firmou com Adolf Hitler, em 1938, para que este último não invadisse a Polônia. Depois de tudo acertado, Chamberlain foi ovacionado pelo mundo por ter conseguido evitar a invasão na base do diálogo. Pouco tempo depois, no entanto, Hitler jogou no lixo o acordo firmado e invadiu o território polonês.

Qual a lição que fica disso: acompanhe os acordos firmados até o cumprimento, buscando sempre mecanismos para garantir que sejam mantidos.

Fonte: ADMINISTRADORES

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Por que seu currículo já não vale mais nada

Com a capacidade que todos nós temos de gerar conteúdo relevante na web, cada vez mais o currículo, em seu formato tradicional, perderá espaço

Você sabia que seu currículo tem cada vez menos valor nesse novo cenário dominado pela internet e pelos meios digitais? Pelo menos, o currículo em seu formato tradicional. 

"Como assim?", você deve estar pensando. 

Leonardo da Vinci redigiu o primeiro currículo profissional da história em 1482. De lá pra cá a verdade é que o currículo não mudou muito desde que foi inventado. As folhas de papel ou os modelos existentes hoje na web não refletem nosso mundo altamente digital. 

Em que o seu currículo difere dos demais? Você pode estar pensando que o que importa realmente é o conteúdo do currículo e não possíveis diferentes formatos. Tem razão. No entanto, não faz sentido olharmos um pouco além de uma folha de papel ou um simples preenchimento de dados pessoais, educação, objetivos e experiências? Quero que você pense um pouco fora da caixa por um momento e veja o universo de possibilidades que você tem para fazer algo diferente na internet. 

Os recrutadores "escaneiam" centenas de currículos diariamente buscando pessoas diferenciadas para trazer valor às suas empresas, colaboradores e clientes. Além de sua formação e experiências profissionais, o que você tem feito para se destacar e ter a chance de apresentar suas ideias e habilidades?

Já pensou em fazer uma carta de apresentação em vídeo, por exemplo? Sim, grave um vídeo (curto) falando um pouco mais sobre você e o que pode oferecer e contribuir para a vaga que está buscando. Não é necessário um estúdio e câmeras profissionais, você mesmo pode gravar um vídeo de seu smartphone. Depois de finalizar, faça o upload no YouTube e pronto! Você já está inovando na forma de se mostrar ao mundo. Use a criatividade, pense na vaga ou na empresa em que você mostrará esse vídeo (pode ser para várias empresas), mas capriche no texto e mostre o porquê você deveria ser contratado.

Tenha um perfil completo no LinkedIn. As redes sociais são cada vez mais utilizadas por recrutadores e sem dúvida o LinkedIn é a primeira rede social a ser analisada. Se você ainda não tem um perfil lá, faça-o agora mesmo e aproveite para entrar em contato com outros profissionais e empresas. Além disso, essa rede social pode lhe trazer maior visibilidade na internet, uma vez que o Google e outros mecanismos de busca tendem a trazer esses resultados em suas primeiras páginas ao digitar o nome de uma pessoa.

Faça uma apresentação pessoal no SlideShare ou no Prezi. O SlideShare e o Prezi são duas ferramentas fantásticas para inovar na maneira de apresentar seu currículo. O SlideShare é uma apresentação na forma de slides que fica disponível na web e também irá lhe ajudar a ganhar maior visibilidade online. Capriche no layout e faça diferente! O Prezi é uma ferramenta inovadora na forma de apresentação, muito mais interativo e dinâmico. Vale a pena conhecer e verificar se faz sentido se apresentar por lá (de acordo com sua área e objetivos profissionais), pois a ferramenta é muito interessante!

Que tal ter um blog ou site pessoal e postar por lá textos, vídeos ou áudios que façam sentido ao seu mercado e que chamem a atenção de pessoas importantes para você (sejam elas recrutadores, empresários, parceiros de trabalho ou até clientes)? 

Atualmente é muito simples montar seu blog ou site pessoal, existem tutoriais na internet completos para isso. É claro que haverá outras estratégias após lançá-lo, mas que tal começar? Dê o primeiro passo agora! 

E você? Quais outros formatos poderia utilizar para inovar na forma de se apresentar ao mercado? Existem centenas de outras maneiras. Tenho certeza de que você poderá fazer mais do que apenas utilizar o velho e ultrapassado currículo. É claro que o conteúdo de seu currículo deve chamar a atenção dos recrutadores também, mas ao inovar na forma, você tem mais chances de sair na frente. 

Você concorda com isso? Se ainda tem dúvidas, faça um teste. Talvez os resultados não apareçam no curtíssimo prazo, mas acredite: eles poderão surpreendê-lo em muito menos tempo do que você espera. 

Fonte: Administradores

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Contrate pessoas mais inteligentes que você.

Você foi contratado para crescer ou para estagnar?

Este texto foi escrito especialmente para os gestores refletirem sobre o processo de contratação da sua empresa, mas serve também para todos analisarem quais as potenciais chances de galgar cargos e crescer dentro da empresa. Você foi contratado para subir ou para estagnar?

Estive em uma palestra muitos anos atrás em que o presidente de uma organização falava sobre como funcionavam os processos seletivos na empresa em que ele era o chairman. Não me lembro do seu nome, muito menos qual era a sua organização. Na época eu achei ele meio babaca, mas hoje o vejo como um gênio!

Deixe-me explicar. Março de 2012, auditório cheio de integrantes do primeiro ano de Recursos Humanos e o sujeito começa com a frase que ia contra os princípios da boa vizinhança que aprendemos em RH. Ele disse: "Eu contrato pessoas que queiram tirar o meu posto!".

Como assim? Tá maluco? Você contrata pessoas que querem te derrubar? Ele explicou detalhadamente o porquê daquela expressão radical e quais eram os objetivos, mas nada tirou a impressão que ficou logo na primeira frase.

Hoje, três anos depois, lendo o livro "Como o Google funciona", em determinado ponto me deparo com uma frase praticamente igual, vinda de um dos fundadores. Logo relembrei do "babaca", aquele presidente que se eu soubesse quem é hoje mandaria um e-mail parabenizando pela palestra. Nunca é tarde. Se você estiver lendo, obrigado e me desculpe.

No processo de seleção existem pessoas analisando pessoas, e a mentalidade até é de contratar os melhores, mas o inconsciente do selecionador (gestor) faz um jogo imperceptível: "Até que ponto o candidato pode ser bom? Este ponto ultrapassa o seu nível de saber ou eficiência? Ele tem mais traços de liderança que eu? Provavelmente não, mas temos que tomar cuidado, pois podemos achar outros defeitos em determinados candidatos somente para ofuscar o quão mais brilhante que nós ele é!". E isso tudo de forma inconsciente.

No Google, uma empresa brilhante, eles contratam os tais criativos inteligentes, que muitas vezes são melhores do que os diretores. O principal "problema" é que o poder se vai, as coisas não ficam mais sobre seu controle absoluto e tem que se dar autonomia de decisão para esses caras, se não seria a mesma coisa que determinar que um piloto, com uma Ferrari, dirija no máximo a 40 quilômetros por hora!
 
Fonte: ADMINISTRADORES

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A importância da educação profissional continuada na Contabilidade

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), desde que foi promulgada a Constituição Federal, em 1988, já foram editadas mais de 4,96 milhões de normas para reger a sociedade, sendo 320,3 mil delas, normas da área tributária, ou seja, quase 50 normas tributárias por dia.
É sabido que a quantidade de alterações e complexidade da legislação brasileira causam impacto direto na formação do preço de mercadorias e serviços do empresariado.


As empresas multinacionais e empresas nacionais de grande porte possuem departamentos especializados em acompanhar e reportar estas modificações, que acontecem diariamente, aos diretores e gerentes, identificando aquelas que afetam diretamente seu segmento.

E as micros, pequenas e médias empresas?

As MPEs (micro e pequenas empresas) e PMEs (pequenas e médias empresas), como são comumente chamadas, representam 99% das empresas brasileiras e não dispõem, na maioria dos casos, da comodidade de ter um departamento especializado em legislação, e sim de um profissional, geralmente terceirizado, chamado Contador.

Desde 2007, quando foi publicada a Lei 11.638 que, entre diversas questões, colocou a Contabilidade em um patamar internacional, o Contador passa por um processo de transformação de mero apurador de impostos a peça fundamental no processo de tomada de decisão empresarial.

Mas, na prática, será que isso realmente está acontecendo? O contador está preparado para apoiar o gestor rumo ao crescimento empresarial? Como andam os estudos destes profissionais?

São muitas as questões, mas vamos aos fatos. A PEPC – Programa de Educação Profissional Continuada do Conselho Federal de Contabilidade é obrigatória para auditores que atuam no mercado regulado há mais de dez anos e, recentemente, foi emitida a NBC PA 12, que amplia a obrigatoriedade para profissionais:

(a) inscritos no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI), exercendo, ou não, a atividade de auditoria independente;

(b) registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), inclusive sócios, exercendo, ou não, atividade de auditoria independente, aos responsáveis técnicos e aos demais profissionais que exerçam cargos de direção ou gerência técnica nas firmas de auditoria registradas na CVM;

(c) que exercem atividades de auditoria independente nas instituições financeiras e nas demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (BCB);

(d) que exercem atividades de auditoria independente nas sociedades seguradoras e de capitalização e nas entidades abertas de previdência complementar, reguladas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

E os demais profissionais de Contabilidade? Aqueles que atuam nas micros, pequenas e médias empresas?

Devem parar de estudar?

Não, não devem parar de estudar, senhoras e senhores. Como diria o grande mestre Antônio Lopes de Sá: “O que o contador deve se preocupar é em oferecer modelos de prosperidade às empresas. Este é seu dever ético. ” E para isto, claro, tem que estudar, e muito.

Tenho um amigo do qual, por razões óbvias não citarei o nome e, para quem certamente encaminharei este texto, que sempre me diz: “Já terminei a faculdade e a pós-graduação, vou estudar mais o quê? ”, ou ainda, “Não tenho tempo nem para terminar meu fechamento, quanto mais estudar”.

A questão, senhoras e senhores, é que a falta de tempo, ou da exigência da norma e até mesmo falta de vontade não são mais desculpas para o não desenvolvimento profissional continuado. Hoje, contamos com uma infinidade de ferramentas voltadas para o aprimoramento, entre elas:

Cursos presenciais com temas específicos, cuja maioria a duração é de oito ou dezesseis horas;

Cursos online sobre diversos temas, com duração entre cinco e trinta horas, para os quais a conclusão pode ser obtida em até trinta dias;

Palestras nos Conselhos Regionais e órgãos de classe, sobre temas atualíssimos de no máximo duas horas;

Debates, fóruns e discussões sobre Contabilidade, tributos e finanças estão disponíveis em diversos portais de Contabilidade;

Extensão universitária, especialização e pós-graduação presencial com aulas duas vezes por semana, ou aos sábados; ou

Extensão universitária, especialização e pós-graduação online, uma tendência muito forte entre os profissionais e instituições de ensino.

É evidente que, para a maioria dos cursos de desenvolvimento profissional, é necessário algum custo ou investimento, depende da ótica. Mas, como diria Derek Bok: “Se você acha que educação é cara, experimente a ignorância”.

Autor: Ronnie de Sousa