Este
texto foi escrito especialmente para os gestores refletirem sobre o
processo de contratação da sua empresa, mas serve também para todos analisarem
quais as potenciais chances de galgar cargos e crescer dentro da empresa. Você
foi contratado para subir ou para estagnar?
Estive
em uma palestra muitos anos atrás em que o presidente de uma organização falava
sobre como funcionavam os processos seletivos na empresa em que ele era o chairman.
Não me lembro do seu nome, muito menos qual era a sua organização. Na época eu
achei ele meio babaca, mas hoje o vejo como um gênio!
Deixe-me
explicar. Março de 2012, auditório cheio de integrantes do primeiro ano de
Recursos Humanos e o sujeito começa com a frase que ia contra os princípios da
boa vizinhança que aprendemos em RH. Ele disse: "Eu contrato pessoas que
queiram tirar o meu posto!".
Como
assim? Tá maluco? Você contrata pessoas que querem te derrubar? Ele explicou
detalhadamente o porquê daquela expressão radical e quais eram os objetivos,
mas nada tirou a impressão que ficou logo na primeira frase.
Hoje,
três anos depois, lendo o livro "Como o Google funciona", em
determinado ponto me deparo com uma frase praticamente igual, vinda de um dos
fundadores. Logo relembrei do "babaca", aquele presidente que se eu
soubesse quem é hoje mandaria um e-mail parabenizando pela palestra. Nunca é
tarde. Se você estiver lendo, obrigado e me desculpe.
No
processo de seleção existem pessoas analisando pessoas, e a mentalidade até é
de contratar os melhores, mas o inconsciente do selecionador (gestor) faz um
jogo imperceptível: "Até que ponto o candidato pode ser bom? Este ponto
ultrapassa o seu nível de saber ou eficiência? Ele tem mais traços de liderança
que eu? Provavelmente não, mas temos que tomar cuidado, pois podemos achar
outros defeitos em determinados candidatos somente para ofuscar o quão mais
brilhante que nós ele é!". E isso tudo de forma inconsciente.
No
Google, uma empresa brilhante, eles contratam os tais criativos inteligentes,
que muitas vezes são melhores do que os diretores. O principal
"problema" é que o poder se vai, as coisas não ficam mais sobre seu
controle absoluto e tem que se dar autonomia de decisão para esses caras, se
não seria a mesma coisa que determinar que um piloto, com uma Ferrari, dirija
no máximo a 40 quilômetros por hora!
Fonte: ADMINISTRADORES
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