A tecnologia
de Business Intelligence (BI) tem tido um enorme impacto positivo nas empresas.
Nos últimos anos, tornou-se uma das tecnologias de software mais implementadas
no mundo dos negócios, ajudando gestores e analistas a manterem-se a par das
atividades das empresas. Contudo, do ponto de vista do usuário, a tecnologia de
BI só agora começa a alcançar o seu potencial.
De fato,
identifiquei seis formas que considero vitais para impulsionar a adesão às
ferramentas de BI e obter maior retorno do seu investimento.
1:
Servir uma audiência mais abrangente
Durante anos
ouvimos como o BI está sendo direcionado para as massas. Quanto mais
consumidores de informação se tem, maior será o retorno do investimento de BI.
Contudo, para verdadeiramente disponibilizar estas aplicações a todos na
empresa, é necessário fornecer aos usuários um elevado grau de informação
através de uma interface simples, que não exija formação.
Com a
informação correta disponível de forma fácil, todos na organização se tornam
potenciais decisores, quer seja nos serviços de apoio ao cliente, ou na distribuição,
produção, área administrativa, etc. O enfoque do BI passou dos analistas, que
necessitam de ferramentas complexas para criar e analisar informação, para os
colaboradores, que apenas necessitam aceder a conteúdos significativos rápida e
facilmente.
2:
Disponibilizar a informação ativa
Apesar de
serem necessárias ferramentas de BI profissionais para analistas, esta nova
face do BI envolve a disponibilização de informações relevantes aos usuários
dentro do contexto das suas atividades diárias. Por exemplo, um colaborador de
call center poderá receber um alerta a avisar sobre novos descontos em
determinados produtos, para que este possa promovê-los aos clientes. Um
representante comercial pode depender da visão de um sistema de BI para
detectar pedidos acima de determinado valor para depois recomendar um
fornecedor baseando-se em promoções e disponibilidade. Da mesma forma, os
representantes comerciais podem receber atualizações sobre assuntos de clientes
envolvendo as suas contas, enquanto os representantes de produção recebem
alertas sobre o aumento da ordem de volumes, que pode ter impacto na produção.
À medida que
a natureza do BI se torna mais operacional tem, igualmente, de se tornar mais
previsível. Estes colaboradores não deverão ter que pesquisar relatórios ou
submeter consultas. A informação relevante deverá encontrá-los e as aplicações
de BI deverão ser desenvolvidas para reagir às atividades operacionais
existentes. A tecnologia de integração inserida nesta ferramenta é a chave para
estas aplicações de BI, chamado de BI dinâmico: falamos de acessar dados,
pesquisar por mensagens, sincronizar acontecimentos de negócio e submeter
transações baseadas em um fluxo de trabalho pré-definido. Isto permite que
essas aplicações “detectem” acontecimentos e tomem ações de acordo com
parâmetros pré-definidos (tais como reenvio de informação para um agente tomar
a decisão).
3:
Implementar o BI como um serviço
À medida que
os ambientes de BI se tornam mais operacionais, as suas capacidades tomam
geralmente a forma de serviços que podem ser apresentados através de portais,
painéis de controle, etc. Este tipo de aplicação abre uma nova dimensão para a
indústria de BI, à medida que as empresas aplicam o conhecimento do seu domínio
a uma indústria particular ou vertical.
Por exemplo,
além de ajudar empresas a gerir pessoas e pagamentos, algumas empresas de RH
estão também oferecendo serviços de armazenamento de dados e de capacidades
analíticas, para criar relatórios. Observamos uma tendência semelhante com
empresas de cartões de crédito, que deixam comerciantes analisarem os dados de
transações geradas para compreender os padrões de compra dos consumidores. O
que têm estas aplicações de BI em comum? Estão implementadas como serviços para
uma base de clientes existente. Mais importante, todas partem do que é
geralmente um centro de custo e o transformam em um centro de lucro.
4:
Integração de pesquisas
O valor real
da tecnologia de pesquisa revela-se quando se consegue alimentar o serviço de
busca a partir de todas as fontes de informação da empresa e analisar
resultados ao longo desse percurso. Idealmente, os usuários deverão poder
pesquisar o conteúdo empresarial tão facilmente como usam o seu serviço de
busca favorito na Web. Isto permitirá que tenham acesso ao conteúdo de BI
dinâmico e adicionalmente a fontes de dados estruturados e não estruturados
dentro da empresa.
Com a fácil
localização de dados relevantes através da pesquisa por palavras-chave simples,
a empresa irá obter ganhos significativos de produtividade, pois os usuários
gastarão menos tempo para pesquisar a informação.
Infelizmente,
a maioria das ferramentas de BI oferece apenas capacidades de pesquisa
rudimentares. Trabalham através da construção de um índex consolidado de dados
da empresa. Apenas uma pequena quantidade de informação de business
intelligence é arquivada, o que limita a utilidade deste modelo.
Ao utilizar
tecnologia de integração embutida, o ambiente de BI pode melhorar o valor das
pesquisas. Por exemplo, quando uma transação é processada pelo seu sistema ERP,
este pode inserir a informação no índex de pesquisa, para que os usuários
possam encontrar de imediato os dados quando iniciam as pesquisas. Estes
usuários podem começar com pesquisas tipo Google e depois enriquecer com
transacções associadas e bases de dados para encontrar informação adicional,
correlacionando eventos à medida que continuam.
5:
Dar pernas ao BI com aplicações móveis
Os
“smartphones” atuais têm telas e teclados que permitem acessar e visualizar
facilmente conteúdo enriquecido da Web. À medida que os colaboradores descobrem
as capacidades destes dispositivos, solicitam cada vez mais o acesso a dados
corporativos. Se conseguem enviar e-mails ou navegar a Web nos seus telefones,
porque não podem acessar ao último resultado de vendas ou solicitar um
relatório de vendas?
Contudo,
ainda se colocam alguns problemas. Uma vez que a memória e poder de
processamento da maioria dos dispositivos móveis não corresponde às dos
computadores, torna-se crítico entregar apenas a informação relevante. Além
disso, as aplicações móveis de BI não deveriam requerer que os usuários
instalem nenhum software extra no seu telefone. Os criadores de BI devem ter
atenção, pois o cenário ideal é o desenvolvimento de aplicações centralizadas,
baseadas na Web, que consigam receber pedidos e introduzir informação
facilmente para os usuários móveis.
Claro que
mostrar relatórios e alertas é apenas o começo. Para compreender o total
potencial de uma solução de BI móvel, os usuários necessitam também conseguir
analisar dados. Este é ainda um desafio que só agora começa a ter alguma
resposta com os Active Reports.
6:
Data
warehouses
não são a única solução
Os armazéns
de dados não devem ser implementados sem uma clara compreensão dos desafios de
negócio que são desenhados para resolver. Existem muitas formas de
disponibilizar informação exata.
Algumas
alternativas a considerar são a derivação de dados diretamente de fontes
operacionais (ou uma cópia dessas fontes estabelecidas para relatórios); a
inserção de dados no data warehouse à medida que determinadas transações
ocorrem; criação de informação desencadeada por determinadas ocorrências na
base de dados; ou a utilização de serviços Web para criar relatórios e entregar
informação diretamente a usuários de negócio.
As atuais
aplicações de BI dinâmicas, operacionais e integradas provam que não se
necessita sempre de um data warehouse como fonte para as
suas atividades de BI.
Em suma, os
atuais ambientes de BI dão às empresas uma nova forma de servir os clientes,
interagir com os parceiros de negócio e disponibilizar informação a todos os
tipos de usuários – em alguns casos criando até novas linhas de negócio. O BI
não envolve meramente a construção de um data warehouse e
a disponibilidade de ferramentas para geração de relatórios. Implica uma
estrutura preditiva que atenda uma grande parte da empresa utilizando
capacidades de análise simples, mas poderosas, inseridas nas rotinas de
trabalho.
Os criadores de BI devem empenhar-se para tornar as suas
aplicações mais acessíveis através de acesso aos dados em tempo real, análise
móvel e pesquisa empresarial – idealmente como parte de uma arquitetura
orientada para o serviço. Isto irá permitir ao BI chegar a uma mais vasta
audiência e rentabilizar enormemente o investimento realizado.
Por Michael Corcoran
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