O tema da NRF deste ano diz muito sobre as principais tendências observadas nas palestras: INOVAÇÃO, CARREIRA, COMUNIDADE.
As palavras refletem também um pouco da situação do varejo americano, que busca uma retomada de crescimento, e em momento de começar a repensar, busca import sua importância no papel político americano, e exigir melhores condições como a diminuição de impostos e a ajuda de politicos e do governo nessa retomada.
É fato que o posicionamento, ou a INOVAÇÃO é algo que se faz necessário para a sobrevivência das empresas no mercado. O ritmo da evolução dos comportamentos de compra é cada vez mais rápido e acompanhar, buscando qualidade de atendimento e boas experiencias de compra é uma tarefa cada vez mais difícil.
Quando se fala em CARREIRA, se fala de um problema que encontramos no Brasil. O varejo ainda é visto como porta de entrada na carreira de muitos, mas certamente não é visto como uma carreira a ser seguida pela maioria. Salarios não atrativos, escala de trabalho pesada, trabalho aos finais de semana e feriados e outras questões tornam o mercado do varejo muito menos interessante do que o da industria, por exemplo, O varejo americano, responsável por ocupar 25% da força de trabalho americana, busca fomentar e fortalecer ainda mais seu papel na economia.
Quando se fala em COMUNIDADE, se fala em buscar engajar seus consumidores de dentro para fora. Algumas empresas de expressão internacional estao repensando seus papeis dentro de seu pais e de suas micro regioes de atuação, e até mesmo gigantes como o Walmart estão apresentando mudanças de pensamento, buscando resgatar o valor de produtores e fornecedores locais, favorecendo as comunidades em que atuam.
Mas além do tema chave, outros pontos foram destaque:
PERSONALIZAÇÃO (FOCO NO INDIVÍDUO)
Já havia falado sobre isso aqui no blog, mas é fato que o foco em nichos já é superficial, e se faz necessário um olhar ainda mais específico sobre seus consumidores. Opçoes de customização, aliada à tecnologias como as redes sociais, permitem um modelo de compra cada vez mais singular e único.
BIG DATA
Termo que apareceu em diversas palestras, não se trata de como se reunir um numero maior de informações e indicadores de gestão, mas principalmente como utilizá-los, como fazer com que os números obtidos se potencializem em resultados esperados. De tecnologias disponiveis (como contadores de fluxo e gestores de fila), à meios de pagamento, há uma série de possibilidades de novas e mais ricas informações aos gestores de varejo, de maneira à otimizarem e rentabilizarem suas operações. Pouco se falou sobre a mágica de como se fazer isso de forma eficiente, mas a mensagem que fica é que deve ser buscado, deve ser feito.
ENGAJAMENTO
Na minha opinião, a palavra de ordem.
Apareceu na questão politica, de chamar o varejo para impor seu papel
Apareceu quando se falou sobre comunidades, onde o varejo pode ser um dos motores da mudança social pretendida (conforme Kofi Annan falou)
Apareceu na campanha da Coca-Cola, engajando seus consumidores a perseguirem a felicidade em cada momento de sua vida.
Apareceu quando se falou de carreira, e o papel do vendedor em se engajar com a marca e auxiliar a engajar consumidores.
Enfim, apareceu forte e constante em praticamente todos os assuntos.
MÍDIAS SOCIAS
Embora importante, o assunto já manjado da importancia das redes no papel das marcas é um assunto mais do que batido. Sim, passeou por quase todas as palestras, entretanto, pouco se falou sobre sua importancia em si. O foco foi sobre melhores práticas. É um assunto já praticamente absorvido, embora há gente que ainda não tenha iniciado nada a respeito. Onde está seu consumidor?
O DESAPARECIMENTO DO BRASIL E DAS QUESTOES DE SUSTENTABILIDADE
Acho que uma das questões mais importantes foi o completo desaparecimento dos assuntos relacionados ao Brasil e sua importancia na economia do futuro, bem como as questões relacionadas à sustentabilidade.
O Brasil definitivamente parece que perdeu o bonde, como diria minha avó....o resultado pífio dos ultimos numeros apresentados na economia parece ter desinteressado o varejo americano....num trocadilho infame, posso dizer que o interesse derreteu-se como Mantega.
Agora a dúvida que ficou no ar foi em relação à sustentabilidade, principalmente quando relacionado à praticas de preservação de recursos naturais e de meio ambiente: Ou o assunto está totalmente absorvido pelo mercado americano (o que acredito que seja dificil, ao nao ser que seja tratado apenas de maneira superficial, como a troca de lampadas e materiais na execução das lojas), ou o varejo americano está muito mais preocupado em conscientizar (ou engajar como preferir) o consumidor a voltar rapidamente á loja, do que investir em processos sustentáveis, que são um retorno interessante, mas de longo prazo....
Por Caio Camargo
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