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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

6 fatores que consomem seu tempo no trabalho e 6 dicas para derrotá-los

Tempo é dinheiro e agilidade é uma exigência do mercado

Cada vez mais, o tempo vale dinheiro e as empresas vêm tratando como grande diferencial de um colaborador a capacidade de organizar bem o tempo de serviço, produzindo adequadamente dentro dos horários de trabalho, evitando horas extras e dando os retornos necessários.

"O ritmo alucinante das mudanças, a avalanche de dados e informações, a pressão do mercado para se produzir mais, com menor custo e tempo possíveis,  reforçam a necessidade de gestão compartilhada e produtiva do tempo para garantir lucratividade, empregos bons e estáveis com a qualidade devida", explica o diretor executivo da Innovia Training & Consulting, Ricardo Barbosa.

Porém, as dificuldades para um profissional se adequar a essa demanda de mercado é muito grande. Ricardo detalha pontos que potencializam essas dificuldades:

Ausência de foco - O colaborador acumula várias obrigações e deseja resolver tudo ao mesmo tempo, o resultado é que nenhuma das obrigações é feita;

Falta de concentração na tarefa em execução - o colaborador leva para empresa problemas pessoais, além de conversas paralelas que faz com que o resultado fique prejudicado;

Ausência de planejamento - Não sabendo se planejar ocorre confusão e não se estabelece prioridades;

Acomodação que gera desmotivação - Muitos colaboradores não buscam fazer um trabalho diferenciado, criando um ciclo vicioso na relação acomodação e desmotivação;

Procrastinação - deixar tudo que se pode fazer hoje para o amanhã;

Refém de ferramentas tecnológicas - as pessoas ficam apegadas ao celular e ao uso de e-mail de forma errada (checar caixa de correspondência toda hora).

Por outro lado, Ricardo Barbosa reforça que isso não significa que o colaborador não tem direito de descansar e que o chefe deve ser carrasco. "O descanso é fundamental para que se possa ser produtivo. Nenhum profissional pode trabalhar 100% do seu tempo, temos que cada vez mais exercer o famoso ócio criativo. Assim, são necessárias relações balanceadas. Uma forma eficaz é utilizar o quadrante do tempo, onde você irá separar suas atividades em Crises (importante e urgente), Urgências (urgente mas não importante), Planejamento (importante mas não urgente) e Rotina (nem importante e nem urgente)", sugere.

Veja as principais dicas de Ricardo para que um colaborador otimize seu tempo:

1.      Estabelecer prioridades

2.      Disciplinar reuniões

3.      Disciplinar horários para conversas

4.      Estabelecer código de conduta telefônica  e para eletrônicos

5.      Classificar ativas que são importantes e urgentes

6.      Evitar acumular funções que não sejam suas.

Fonte: Administradores

Comércio eletrônico brasileiro fatura R$ 12,74 bi até junho

O faturamento do comércio eletrônico no Brasil somou 12,74 bilhões de reais entre janeiro e junho deste ano, alta de 24 por cento ante o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela E-bit, empresa especializada em informações do setor.

O número de pedidos feitos pelos brasileiros pela internet aumentou 20 por cento no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2012, para 35,54 milhões de pedidos.

Ao mesmo tempo, o tíquete médio das compras online aumentou 4 por cento na comparação anual, atingindo 359,49 reais.

Segundo o E-bit, o crescimento mostrado na primeira metade do ano reforça as previsões positivas para o acumulado do ano, que foram mantidas. A expectativa é que o faturamento de 2013 chegue a 28 bilhões de reais, alta de 25 por cento sobre o ano passado.

Por Raphael Sparvoli.

L’Occitane au Brésil inaugura os primeiros pontos de venda próprios desenvolvidos pelo designer Marcelo Rosenbaum

A nova marca do grupo francês inaugura seus “Minimercados”, quiosques inspirados nos mercados centrais e feiras brasileiras

L’Occitane au Brésil, em parceria com o designer Marcelo Rosenbaum, inaugura oficialmente seu ponto de venda próprio no Shopping Eldorado, no dia 19 de agosto de 2013. O quiosque, chamado de Minimercado, foi concebido pelo designer e inspirado nos mercados municipais e feiras livres do Brasil, que representam não só a riqueza dos sabores e aromas do país, mas também a simplicidade sofisticada na forma de expor os produtos e enriquecer o ambiente. Os minimercados da marca também estão presentes nos Shoppings Paulista, Center Norte, Santa Cruz e SP Market, em São Paulo, além do Shopping Dom Pedro, em Campinas, e Barrashopping, no Rio de Janeiro.

A brasilidade vai ao encontro dessa nova marca, idealizada pelo fundador da L’OCCITANE, Olivier Baussan, que após mais de dois anos de pesquisa e desenvolvimento resultou em produtos naturais inspirados nos biomas brasileiros, com ingredientes inéditos no setor de cosméticos, vindos de diferentes regiões do País.

As três primeiras linhas que estarão à venda no minimercado são Mandacaru da Caatinga, Jenipapo do Cerrado e Vitória-Régia da Amazônia (lançada no dia 13/08), que transmitem a autenticidade destes ingredientes inéditos no mercado cosmético em produtos para uso diário, entre fragrâncias, cuidados para a pele e para os cabelos.
Por Falando de Varejo

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O poder do Orçamento Empresarial

Descubra como usar o orçamento como prática de gestão para auxiliar na tomada de decisões.

Há algum tempo, muitos gestores viam o orçamento como ferramenta que apenas auxilia a planejar o fluxo de caixa das organizações. No entanto, cada vez mais, as organizações têm avaliado o orçamento como uma prática de gestão, na medida em que a partir dele, pode-se planejar e controlar atividades e facilitar o processo de tomada de decisão. Entende-se que ao alcançar as metas orçamentárias, automaticamente a organização está cumprindo o planejado, se levarmos em consideração que o orçamento é uma orientação para o cumprimento do planejamento.

Guilherme Barbassa, diretor da Stratec, explica que na verdade, o orçamento reflete um plano de ação. Ele traduz o plano de ação em valores monetários: o quanto a gente pretende receber, (receitas) quanto vamos ter de custo (despesa) e quanto pretende – se investir. “Então esses valores dependem da estratégia e plano de ação que a empresa está definindo, a estratégia do plano tático e plano operacional da empresa”. Ele alerta ainda que as organizações devem tratar o orçamento dentro de um método de gestão, isso é, deve tratar o orçamento sistematicamente, verificando se ele esta sendo executado conforme esperado e se os resultados também estão conforme esperado. E não estando, cria-se a necessidade de um replanejamento. “O orçamento também tem que se tratado dentro do método PDCA”, ressalta.

Priscila Nogueira, Diretora de Alianças Estratégicas da Stratec, acredita que o orçamento quando usado como ferramenta de gestão possui argumentos pós e contra sua utilização. “No entanto, seus prós superam seus contras, e entendo que o orçamento é atualmente a mais utilizada ferramenta de gestão nas organizações atuais”, afirma.

Barbassa alerta que, muitas vezes, os gestores tratam o orçamento como um elemento estático, fixo. Mas, todo plano parte de uma hipótese, de um pressuposto. “Achamos que seguindo por esse caminho vai dar o resultado que esperamos. Mas isso tem que ser verificado periodicamente. Pode ser que o pressuposto original não se mostre verdadeiro ou pode ser que era verdadeiro quando fizemos o plano, mas o cenário mudou. Ou pode ser ainda, que a hipótese inicial não era mesmo verdadeira. Então você executa o plano, mas o resultado não aparece”, diz.

Segundo Priscila, para que o orçamento seja uma ferramenta de gestão efetiva, ele deve basear-se em parâmetros que reflitam o desempenho da operação da organização, tanto passado quanto futuro. Também não deve ser composto de números que repitam o passado, mas sim o resultado de análise criteriosa de como a organização realizou os números no passado, e como irá trabalhar para implementar sua estratégia e atingir novos patamares de desempenho no futuro. “Orçamento sem plano de ação é um conjunto de boas intenções, que poderá nunca tornar-se realidade, comprometendo a posição e a vantagem competitiva da organização”, afirma.

Barbassa concorda e acrescenta que se você trabalha só com revalidação de orçamentos passados, acaba ficando preso a uma estratégia passada ou nenhuma estratégia. “O orçamento tem que ser integrado ao planejamento estratégico”, alerta. Ele cita ainda um estudo do Balanced Scorecard Collaborative, que diz que 90% das organizações falham em executar suas estratégias com sucesso. E um dos motivos dessa falha é o não alinhamento do orçamento ao planejamento estratégico. Segundo o diretor, o orçamento é uma prática de gestão que deve fazer parte de um modelo de gestão mais amplo. “Esse modelo deve integrar vários aspectos desde gestão estratégica, gerenciamento de projetos e processos, gestão de pessoas, e o orçamento em si. O modelo deve contemplar todas essas partes. O orçamento não deve ser tratado de forma isolada como se fosse autossuficiente”, reforça.

 

Cliente oculto no shopping: "Ei, olha pra mim!"

Será que um indivíduo simples, de chinelo e vestindo roupas já bem surradas, recebe o mesmo tratamento que um engravatado no shopping? Fizemos o teste. Saiba o que aconteceu.


Sexta-feira, passava das 18h. O rush já começava a se formar nas avenidas e o estacionamento do maior shopping da cidade já estava engarrafado com a busca por uma vaga. Depois de circularmos um pouco e esperarmos bastante numa fila de indecisos que não sabiam se iam ao subsolo ou subiam ao primeiro andar do edifício garagem, finalmente encontramos um lugar para estacionar. Era o extremo do pátio, bem em frente ao portão que dá acesso à favela que fica lá por trás. Para a maioria dos que ali passavam, aquele lugar era uma espécie de Faixa de Gaza. Para nós, perfeito.

Já devidamente paramentado com a velha camisa (uns seis anos de uso, no mínimo!) que comprei em um supercombo daqueles "leve três por R$ 12,00", um short que quase morreu afogado na água sanitária na minha mais mal sucedida tentativa de ser um solteiro competente na lavanderia, um par de havaianas pretas milimetricamente sujas de terra, um boné desbotado e a barba por fazer, desci do carro e simulei uma entrada triunfal a pé pela porta dos fundos. Mas foi só para entrar no espírito. O teatro de verdade tinha que funcionar lá dentro.

Já tomando distância do meu editor, Fábio Bandeira de Mello, que me acompanhou até avistarmos as primeiras vitrines, comecei a estudar o ambiente e ver mais ou menos por onde começar, seguindo na medida do possível o roteiro previamente elaborado. A ideia ali era entrar em lojas de diferentes segmentos e níveis, e ver, de fato, como um cara simples seria atendido em cada uma. Como o shopping é, do ponto de vista da oferta, relativamente democrático (com lojas bem caras e outras mais acessíveis), sabia que seria possível traçar alguns paralelos. Com isso em mente, fui lá.

No térreo, tradicionalmente, estão as lojas mais populares. A primeira em que parei foi uma de calçados. Mas, se o objetivo era ser maltratado para ter uma história interessante para contar aqui, não deu certo. Mal parei na vitrine e já veio um vendedor me dando boa noite. Como vi que ali me tratariam bem, acabei não demorando muito. Mas, antes de sair, deu tempo ainda de outro atendente se aproximar e, simpaticamente, dizer que, caso eu precisasse de alguma coisa, poderia chamar.

Quase em farrapos como eu estava, cheguei a acreditar que os seguranças poderiam me tratar, no mínimo, como um suspeito. Foi então que resolvi pedir informação a um deles. Caprichando nas gírias e no "sotaque malandrês", perguntei a um deles onde ficava o banheiro mais próximo. E aí o indivíduo teve a petulância de, também muito educadamente, perder uns segundos de seu tempo me explicando detalhadamente como chegar ao toilette. Agradeci, abaixei a cabeça e sai.

Próximo andar

Com todo mundo me tratando bem naquela área, peguei a primeira escada rolante e decidi passar logo para o nível 2 da ação: as lojas intermediárias. Caí em cheio na entrada da filial de uma grande rede de móveis e eletrodomésticos. Cresci logo os olhos para uma TV LED 3D que chamava atenção na entrada da loja. Parei em frente a ela e comecei a ler os detalhes. No momento, havia uns dois vendedores atendendo outros clientes e, por alguns minutos, fiquei sozinho. Mas logo que ficou livre, um dos atendentes veio até mim, falando sobre o produto, dando detalhes sobre a tecnologia e já adiantando as incontáveis formas facilitadas de pagamento que eu poderia ter.

Foi aí que comecei a desconfiar dessa história de preconceito. Principalmente agora, com a economia brasileira bombando. A turma já tomou consciência de que a classe C - e até a D - está endinheirada, ou pelo menos com crédito suficiente para ir às compras. "Não dá mais para tratar ninguém mal simplesmente por achar que não vai sair dali uma venda, porque todo mundo agora pode comprar", pensei.

Mesmo cada vez mais descrente na possibilidade de encontrar boas histórias para a pauta, dei sequência à caminhada e resolvi parar numa loja de ternos, mas já com a certeza de que o cara ia pensar: "olha lá que oportunidade: a classe C não quer só TV de LED, quer andar na beca, bem elegante". Então, parei. Olhei. Caminhei em frente à vitrine. Entre os manequins, vi que uns cinco vendedores conversavam lá dentro. Suspeitei até que um tivesse me visto. Mas, para tirar a prova, decidi entrar. Entrei, olhei, esperei. Opa! Ali a coisa começou a mudar de figura.

Dos cinco desocupados que jogavam conversa fora lá nos fundos da loja, um deles só se dignou a vir me atender quando comecei a desarrumar as camisas empilhadas em um dos armários internos. Mesmo assim, ele desistiu no meio do caminho, quando um desenvolto usuário de camisas Lacoste entrou na loja e seguiu em direção ao lado contrário de onde eu estava.

Aquele primeiro desprezo me animou e aí fui com tudo para o teste da praça de alimentação. Quase sempre que alguém passa em frente aos restaurantes e lanchonetes, é comum as atendentes exibirem o cardápio e convidarem a conhecer as ofertas. Então, para mostrar com bastante ênfase que queria comer alguma coisa, passei lentamente por toda a circunferência do ambiente, olhando para todos os menus afixados nas paredes. Em alguns casos, me atrevi até a olhar nos olhos de uma vendedora. E nada. Quase no fim, ao me ver com ar de humilhado depois de ter sido preterido por uma garçonete, que me deu as costas para oferecer todo o brilho dos seus olhos a um casal aparentemente mais bem abastado, a funcionária de uma cozinha pegou um cardápio no balcão e disse: "pode olhar, moço".

O relógio de R$ 3 mil

Definitivamente, a coisa começava a mudar de figura. Segui, então, com toda a estranha felicidade de estar sendo mal atendido, para uma loja de relógios. E foi aí que o bicho pegou. Assim como nos estabelecimentos anteriores, fui completamente ignorado. Havia três vendedoras conversando ao lado de um balcão, mas todo esforço que fizeram foi o de não me deixar perceber que elas haviam me notado. Para fazer com que elas mesmas se denunciassem, resolvi me fazer uma vergonha: olhei para o preço de uma peça e esbravejei: "Três mil conto? Tá doido! Lá no centro acho um igualzinho por 10 reais". O trio não aguentou e soltou aquela risada, me fitando com olhares que dispensavam qualquer palavra. Com o rabo entre as pernas, sai cabisbaixo, saltitando de alegria por dentro. Minha matéria estava salva.

Pouco mais à frente, vi logo as duas mais caras lojas de roupas de todo o shopping. A 20 metros, já senti que ali estavam escondidas boas histórias. E não deu outra. Dessa vez, nem me dei ao trabalho de fazer o teste da vitrine e entrei logo. Já na primeira, fui mais uma vez ignorado e, por persistir na presença, comecei a assustar a pobre moça do caixa, que logo chamou o único vendedor homem presente naquele momento e lhe disse algumas coisas no ouvido, sem me perder de vista. O homem, então, se dirigiu aos fundos da loja e eu saí, já começando a temer uma aproximação de seguranças (o que estragaria meu trabalho no melhor da festa).

Nesse momento, decidi, estrategicamente, mudar de piso. Foi então que cheguei ao setor de serviços, no último andar. Lá, entrei na faculdade, onde fui pedir informações sobre cursos: "dona, eu queria saber aí se vocês têm uns curso técnico, profissionalizante. É que eu tô desempregado e queria ver se eu aprendia uma profissão". E ela, fazendo uso de toda a estupidez que tinha em si, me respondeu, apontando para o lado oposto: "sei não. Vá perguntar lá dentro". Fui. Mas não havia ninguém por lá. Vi, entretanto, por um vidro, que por trás da mulher que me atendeu, uma moça e um senhor com crachás estavam conversando. Apesar de tentar atrair seus olhares para perguntar sobre o tal curso, não tive sucesso.

Já com material suficiente e temendo um baculejo dos seguranças, pois provavelmente eles já haviam sido avisados pelo pessoal da loja de roupas sobre minha presença estranha, decidi ir embora. Só que as coisas não acabaram por aí. Fiquei curioso para saber uma coisa: como toda essa gente com quem lidei nesse dia me trataria se eu estivesse de terno e gravata?

Sete dias depois

Sexta-feira, passava das 18h. Uma semana depois de passear com minha camisa surrada, o short manchado e o boné desbotado, entrei triunfante (neste momento usufrua da sua capacidade de imaginar em câmera lenta), todo na beca, pela porta da frente.

Passo a passo, refiz todo o roteiro de uma semana atrás e o resultado foi, no mínimo, engraçado. Na loja de calçados, me atenderam da mesma forma nos dois dias. Parabéns para esses vendedores. Dei o maior valor. Na filial da rede de eletrodomésticos, entretanto, aconteceu algo inusitado: fui melhor tratado quando cheguei arrastando o chinelo. Não sei se simplesmente dei o azar de pegar um mau vendedor na segunda vez. Mas sai de lá com a suspeita de que os juros do crediário pagos pelo "eu mais pobre" poderiam ser mais interessantes que a possível compra à vista do "eu mais rico".

Como iria jantar por lá mesmo, mudei o roteiro e deixei a praça de alimentação para o fim. Passei, então, pela loja de ternos, onde rapidamente fui atendido. Mas foi lá onde percebi o primeiro indício de um fato que viria a comprovar mais tarde: independente da roupa do cliente, alguns vendedores atendem realmente mal. Nesse caso, por exemplo, disse que queria uma camisa de uma cor que não tinha lá. A moça me respondeu dizendo apenas que infelizmente não tinha, sem fazer nenhum esforço para me mostrar que poderiam existir outras opções.

De volta aos relógios

Na sequência, voltei à loja de relógios. Confesso que estava ansioso para esse momento. E foi um dos mais excitantes, de fato. Coloquei o primeiro pé na loja e a vendedora que mais havia zombado de mim na semana anterior me abriu um sorriso imenso: "Olá, boa noite! Posso ajudar?". Sem nenhum ressentimento pelo ocorrido do último encontro, pedi para ver um relógio feminino para presentear minha namorada.

Ela logo se apressou em abrir a vitrine, de onde tirou uma peça que, segundo ela, era uma das mais caras da loja, mas que valeria a pena. Disse que seria um presente encantador e que mulher nenhuma resistira aos lindos detalhes feitos com pedras preciosas. Já contente com a cena, não perdi muito tempo. Agradeci o atendimento e, para não sair com a impressão de que entrei só para olhar, pedi um cartãozinho, perguntei o nome e prometi que voltaria para comprar (ledo engano).

Repeti o mesmo modus operandi em todos os estabelecimentos seguintes. Na loja de roupas em que levantei suspeitas na primeira vez, fui recebido como um velho amigo da família. A moça do caixa chamou novamente o único vendedor homem presente no momento. Mas dessa vez não se preocupou em falar baixo: "fulano, por favor, atenda aquele senhor que acaba de entrar". Nessa hora, juro, quase comecei a rir. E então aproveitei a oportunidade para pôr em prática uma pequena vingança. Pedi para ver quase todas as camisas visíveis na vitrine e ainda boa parte das que estavam bem dobradas nas prateleiras internas. Depois disse: "obrigado. Queria só dar uma olhada mesmo. Até logo".

Agora quero um MBA!

Já feliz da vida, segui rumo ao destino final. Novamente, entrei na faculdade e me dirigi à moça da recepção. Dessa vez, não era a mesma pessoa. Cumprindo a formalidade, pedi informações sobre MBAs e, depois de demonstrar um certo despreparo para a função, a recepcionista apontou a moça da sala ao lado, aquela que uma semana antes vi pelo vidro. Naquele instante, lá de dentro, ela já me olhava atentamente. Nos entreolhamos e ela me chamou. Na hora, percebi logo: foi amor à primeira vista (pelo que ela pensava ter no bolso ou na minha conta bancária imaginária).

Como um cavalheiro, cruzei a porta e fui até sua mesa: "boa noite?", disse eu. "Olá, boa noite! Tudo bem?", disse a garota. Daí para a frente, mandei a mesma conversa. Só que, em vez de cursos técnicos profissionalizantes, pedi sugestões de bons MBAs. Ela, daí, tirou um monte de panfletos da gaveta com informações sobre diversos cursos. Enquanto eu olhava, já foi logo perguntando meu nome, e-mail e telefone (e eu fiquei imaginando de a próxima pergunta ser: "vai fazer o que hoje à noite?").

Antes de eu decidir por uma opção, o mesmo senhor que estava ao lado dela na primeira vez chegou junto e começou a fazer recomendações, falar sobre formas de pagamento e até mesmo tentar me convencer a fazer duas especializações ao mesmo tempo (mal sabendo eles o quanto o "eu real" está suando para pagar a que está cursando!). Satisfeito, agradeci a gentileza e, como um bom cafajeste, pedi o telefone e prometi ligar. Em seguida, dei as costas e sai por aquela mesma porta de vidro, para nunca mais voltar.

Para fechar a noite em grande estilo, voltei à praça de alimentação e, como um rei chegando a uma festa em seu reino, fui cortejado por praticamente todos que trabalhavam ali em frente aos balcões. Depois de percorrer todo o espaço e rejeitar um por um, comi um sanduíche no restaurante mais barato e fui embora. 
 
Fonte: Administradores.

Primeiro cartão salário pré-pago do Brasil é lançado em evento em São Paulo

Mecanismo dispensa criação de conta em banco

A UNIK e a MasterCard lançaram nesta terça-feira (20/08), no CONARH 2013, o primeiro cartão pré-pago de salário do mercado brasileiro. O novo meio de pagamento – segundo as companhias - será aceito em mais de 1,8 milhão de estabelecimentos.

Os funcionários das empresas que adotarem o cartão como meio de pagamento do seu salário poderão pagar contas e fazer compras, recarregar celular, fazer saques em caixas eletrônicos, além de terem acesso a descontos e benefícios.

A Unik e a MasterCard se demonstraram otimista com o investimento. Para se ter ideia do potencial desse mercado, hoje cerca de 50% dos brasileiros ainda recebem seus salários em papel moeda, segundo o Banco Central”, diz comunicado divulgado à imprensa.

Inclusão


De acordo com o presidente da UNIK, José Roberto Kracochansky, o cartão contribui ainda para a inclusão financeira no país. “Lançar um cartão para pagamento destinado aqueles que não têm acesso aos serviços financeiros é um movimento inovador no mercado brasileiro. Em mercados desenvolvidos como Estados Unidos e Europa, os cartões pré-pagos para pagamento de salários já são muito populares pelas vantagens oferecidas a empresas de todos os tamanhos e acredito que no Brasil o mesmo vai acontecer rapidamente. Com isso, esperamos superar a marca de 1 milhão de cartões salário emitidos”, completa o executivo.

Alexandre Magnani, vice-presidente de novos negócios da MasterCard, lembra que o cartão pré-pago também é um instrumento de controle. “O cartão pré-pago é um meio eletrônico de pagamento seguro, flexível e inteligente, que oferece benefícios de pequenas a grandes empresas e ao consumidor final”, explica o executivo. “O mercado brasileiro de cartões pré-pagos oferece grandes oportunidades de negócios e deve registrar um salto nos próximos anos e movimentar US$ 65 bilhões em 2017”, ressalta Magnani.

Fonte: Administradores