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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Análise SWOT: um pequeno guia

“Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças”

Escrita por Sun Tzu, no livro “Arte da Guerra”, a frase acima resume o conceito da análise de SWOT. Mais uma ferramenta para o planejamento estratégico!

O que é?

A análise de SWOT é uma método de planejamento estratégico e gestão que tem o intuito de determinar fatores específicos que contribuam para um diagnóstico claro e eficaz sobre determinado negócio. Por ser extremamente útil, é conhecida e utilizada pela maioria dos empreendedores e administradores de empresas, dos mais jovens aos mais experientes.

Esta ferramenta define pontos fortes e fracos, identifica oportunidades e aponta para possíveis ameaças do mercado, fatores essenciais na análise e identificação do cenário em que a empresa se encontra e na elaboração de táticas e estratégias para um plano de ação.

Como funciona?

Para começo de conversa, a análise de SWOT é divida em dois grupos: ambiente interno e ambiente externo.

O ambiente interno é representado pelas forças (Strenght) e fraquezas (Weakness). Está sob total controle da própria organização, ou seja, só depende de seus gestores tomar ou não determinadas atitudes.

Já o ambiente externo corresponde às oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats). A empresa não tem nenhum controle sobre esses fatores, não sabe se vão acontecer, mas é importante ter atenção para aproveitá-los e/ou evitá-los.

Para fazer sua análise de SWOT, siga esses 4 passos:

1- Defina as forças

O objetivo aqui é definir o grande potencial da empresa. Elementos que trazem benefícios para o próprio negócio em relação ao mercado. Isso inclui recursos e capacidades que geram vantagens para a empresa. Por exemplo: o custo do seu produto/serviço, a qualidade, a localização da empresa, a união da equipe de trabalho, o tipo da matéria-prima, a estratégia de distribuição, entre outros.

Saber identificar os pontos fortes é fundamental, afinal, você precisa vender aquilo que faz e oferece de melhor e transformá-lo no seu maior aliado.

2 – Lembre-se das fraquezas

As fraquezas são os pontos mais vulneráveis da empresa em relação aos concorrentes. É importante identificá-las, pois só assim será possível melhorá-las e eliminá-las do negócio. Porém, como faz parte do ambiente interno, essas deficiências só podem ser resolvidas pela própria instituição. Algumas perguntas ajudam identificar e definir fraquezas:

“O que o concorrente oferta ou produz melhor do que minha empresa?”, “O que ele faz para obter melhores resultados que eu não faço?”, “O que eu posso fazer para aumentar o custo/benefício do meu produto?”

Não tenha medo de perguntar aos funcionários da base da pirâmide, possivelmente a resposta estará dentro de casa.

3 – Aproveite as oportunidades

São elas que o mercado oferece para o crescimento e fortalecimento da empresa. O ditado já diz: “Quando a porta da oportunidade se abre, não podemos deixar fechá-la”. As oportunidades são situações externas e que independem da empresa para acontecer. Por isso, é importante sensibilidade e precisão para identificar e aproveitar quando surgirem. Pode ser o acesso a uma nova tecnologia, o aparecimento de um nicho de mercado que ainda não foi explorado ou uma lei que favoreça a sua produção, por exemplo.

4 – Proteja-se das ameaças

No grupo dos fatores externos, as ameaças representam todos fatores que podem atrapalhar, prejudicar e oferecer risco à sua empresa. É preciso muita atenção para conseguir identificá-las o quanto antes, por mais que seja uma ação externa, só assim é possível coibir, dentro do possível, as consequências que podem gerar à empresa.

Pode ser a falta de qualificação dos funcionários, a entrada de uma concorrente internacional no mercado, um método de produção pouco proveitoso em relação aos concorrente, falta de mão de obra.

Perceba que a análise SWOT depende da habilidade e atenção de quem a executa. O que parece ameaça para uma pessoa, pode ser uma oportunidade para outra. É o seu tato, ambição e coragem que determinarão como você usá-la a favor da sua empresa!
 
Fonte: Administradores

Entenda melhor a ampliação do Simples Nacional em 2015

Especialista explica como são as novas regras e quando o regime é indicado ou não

Após a sanção da Lei Complementar no. 147, que amplia o alcance do Simples Nacional, novas categorias poderão então no regime tributário simplificado, a partir de 1 de janeiro de 2015. Entre as novas categorias estão profissionais da medicina, laboratoriais, enfermagem, serviços veterinários, odontologia, psicologia, bem como os serviços de engenharia e arquitetura, representação comercial, entre outros.

De acordo com Telmon Oliveira, da Prolink Contábil, empresa especializada em contabilidade, o regime leva em consideração a receita anual da empresa, ou seja, quem tem receita bruta inferior a R$ 3,6 milhões podem optar pelo regime do Simples Nacional.

"O Simples possibilita diversas vantagens, como o recolhimento unificado dos impostos federais, estaduais e municipais (ISS, PIS, COFINS, IRPJ, CSLL, IPI, ICMS e ISS) e da contribuição patronal previdenciária. Além disso, tem a vantagem da redução da carga tributária, uma vez que uma grande parte das micro e pequenas empresas pagará menos impostos se optar pelo Simples Nacional. A redução pode variar de 20 a 50%, dependendo do ramo de atividade da empresa e do seu volume de faturamento", explica Oliveira. "Entretanto", continua o especialista, "cada caso deve ser analisado por profissionais de contabilidade aptos a esclarecerem como funciona a carga tributária para algumas atividades. Isso porque é importante fazer todos os cálculos sobre os custos fiscais que a empresa terá. Se ela estiver incluída no Anexo 6, por exemplo, pagará 16,93% na incidência inicial; e nesse caso, se enquadrar no regime de Lucro Presumido é o mais indicado", conclui ele.

Telmon ainda destaca que, a partir de 2015, empresas enquadradas no Simples (EPP) terão limite extra para exportar mercadorias e serviços. "Dessa forma, a empresa poderá auferir receita bruta anual de até R$ 7,2 milhões, sendo R$ 3,6 milhões no mercado interno e R$ 3,6 milhões em exportação de mercadorias e serviços", diz ele.

Sobre a baixa de empresas, isso poderá acontecer mesmo com pendências ou débitos tributários, a qualquer tempo, entretanto, o pedido de baixa importa responsabilidade solidária dos empresários, dos titulares, dos sócios e dos administradores no período da ocorrência dos respectivos fatos geradores.

Fonte: Administradores

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Os principais tributos que todo empreendedor precisa conhecer


Fazer uma boa administração tributária desde o começo pode fazer toda a diferença no sucesso do seu negócio


Não é incomum ouvir dizer que o Brasil é o “país dos impostos”, mas é importante ter claro que essa é uma parte do desafio que você tomou pra si quando decidiu abrir o seu negócio. Uma empresa com problemas fiscais pode ter muitas dificuldades, como para a entrada de um sócio estratégico, para receber recursos de entidades como o BNDES ou instituições financeiras de primeira linha e até mesmo impedir a venda ou fechamento da empresa.

Assim, começar certo desde o início facilita muito as coisas para você quando o seu negócio entra em fase de crescimento. Por isso, é preciso planejar a melhor maneira de se navegar nesse “mundo tributário” de maneira alinhada aos objetivos da sua empresa.

Eduardo Borges descreve neste artigo: “Antes de abrir sua empresa, o empreendedor deve considerar, na formação dos preços e na projeção da margem de lucro, especialmente, o peso dos tributos incidentes sobre:

(i) as receitas de venda de produtos e serviços (IPI, ICMS, ISS, PIS/COFINS e contribuições previdenciárias),

(ii) as importações de bens, serviços e tecnologia (Imposto de Importação, IPI, PIS/COFINS, CIDE, ICMS e ISS),

(iii) a folha de salários (contribuições previdenciárias),

(iv) o patrimônio (ITR, IPTU e IPVA),

(v) o exercício de certas atividades reguladas (ex: taxa da Anatel, FUST, FUNTEL) e, finalmente,

(vi) o lucro (IRPJ e CSL).

A incidência desses tributos varia em função do setor de atuação e do porte da empresa.” Esses tributos também podem ser classificados conforme os níveis de governo que os recolhem. Para facilitar, detalhamos abaixo alguns dos principais tributos sobre empresas do país:

Principais tributos federais


IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica): como foi dito, incide sobre o lucro da empresa, com uma alíquota de 15%, mais um adicional de 10% sobre a parcela do lucro que exceder o montante mensal estipulado. O IRPJ é retido pelos clientes no momento do pagamento das faturas.

CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido): assim como o IRPJ, incide sobre o lucro real do negócio, com alíquota de 9%.

COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) e PIS (Programa de Integração Social) /PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público): são contribuições que incidem sobre a receita bruta da empresa, em geral, com alíquota combinada de 3,65% (3% de COFINS e 0,65% de PIS/PASEP). Assim como o IRPJ, o PIS/COFINS também é retido pelos clientes no momento do pagamento das faturas.

IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): é um imposto sobre produtos industrializados, que são tributados no momento em que saem da fábrica. As alíquotas variam bastante por produto e, em média, ficam entre 10% e 12%.

Principal tributo estadual


ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): é parecido com o IPI, mas que pode incidir também sobre alguns serviços. Varia bastante por tipo de produto ou serviço. Dica: consulte a Secretaria da Fazenda do seu Estado para saber qual é a alíquota que incide sobre ICMS do seu produto ou serviço. Fique atento, pois o ICMS é recolhido antecipadamente pelos seus fornecedores, por isso é pago por substituição tributária.

Principal tributo municipal


ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza): incide sobre prestação dos serviços listados na Lei Complementar nº116/03. A alíquota em média varia entre 2% e 5%. Segundo Eduardo Borges, “alguns municípios cobram o ISS com base no regime de caixa (à medida do recebimento da receita); outros, sob o regime de competência (à medida da realização do faturamento). Na maioria dos casos, o ISS é devido ao município em que estiver efetivamente situado o estabelecimento prestador. Entretanto, em relação a determinados tipos de serviço, o ISS será devido ao município em que for prestado, a exemplo dos serviços de construção, limpeza, varrição etc.”.

Não esqueça que pegar certos atalhos pode parecer benéfico, mas que, na verdade, pode ser um tiro no pé. Os impostos não recolhidos hoje podem impedir o crescimento da empresa no futuro. Para se tornar um empreendedor de alto impacto, é necessário seguir as regras. Recolher corretamente os tributos é apenas uma delas. Esteja preparado para fazer uma boa administração tributária.

Fonte Edeavor Brasil

 

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Gestão de metas: Como implementar a metodologia OKR (Objectives and Key Results) ?


Cinco passos que irão levar sua organização a uma gestão eficiente de metas.

Nós temos um objetivo com este artigo, caro leitor: fazer com que você entenda a metodologia de OKR (Objectives and Key Results) e que isso te ajude a aplicá-la em sua organização. Faremos isso através de um texto de até 800 palavras, utilizando uma linguagem informal e direta ao ponto, trazendo exemplos para ilustrar o que queremos transmitir. Simples assim.

Acredite ou não, acabamos de definir um OKR. Incrível, não? Eles devem ser sempre assim, simples o suficiente para que você os entenda e se sinta entusiasmado a alcançá-los. Agora que temos nosso objetivo estabelecido, vamos ao que interessa. Quais são os passos para a implementação de um sistema eficaz de OKRs?

1.   Entender que OKRs são parte da cultura da Empresa.

Uma cultura de OKR se estabelece quando há um interesse real de uma empresa em estabelecer um processo estruturado para o alcance das metas. Imaginamos que ao ler a palavra "cultura", alguns pensamentos negativos do tipo "minha empresa não está preparada para isso" ou "não sei por onde começar" possam ter vindo à sua mente. Não se preocupe se isso aconteceu, o Google também passou pela mesma situação no início. Inclusive, essa metodologia foi implementada quando o Google ainda não era o "Google". Apenas um grupo de profissionais no primeiro ano de nascimento da empresa, mostrando que é possível sim que qualquer empreendimento possa estruturar seus OKRs, independente de seu tamanho.

2.   Entender que OKRs ajudam a classificar o que é prioridade.

OKRs nada mais são do que um conjunto de objetivos inter-relacionados que, alcançados de forma individual ou coletiva, vão contribuir para os objetivos macro de uma organização. Dessa forma, eles são vitais para que o profissional entenda o seu escopo de trabalho e saiba onde direcionar seus esforços e onde não gastar energia. Podemos afirmar sem medo de errar que uma gestão objetiva de OKRs eleva a produtividade e reduz de forma grandiosa o tão temido stress no ambiente de trabalho. Além disso, ao produzir mais, a auto estima do funcionário aumenta, reduzindo problemas relacionados à saúde e falta de motivação. Ou seja, todos ganham.

3.   Entender que OKRs são mensuráveis e devem ser simples.

Parece óbvio, mas não é. OKRs devem ser bem objetivos e existe uma regra de ouro para criá-los: (a) todos devem, obrigatoriamente, conter números. (b) todos devem ser mutualmente acordados entre gestor e profissional. (c) cada pessoa deve possuir, no máximo, 5 objetivos macro com 4 resultados chave para cada objetivo macro. (d) ao menos 60% dos objetivos devem ser definidos bottom up, ou seja, pelo próprio profissional que trabalhará neles (falaremos disso no próximo item).

4.   Entender que OKRs seguem duas vias: Top Down e Bottom up.

Isso é muito importante e gostaríamos de enfatizar. O modelo tradicional de formação de objetivos é feito exclusivamente de cima para baixo, muitas vezes acordados em reuniões de diretoria, sem envolvimento de todo o grupo de funcionários. Nós trabalhamos com uma proposta diferente: 40% são OKRs definidos por nossos Vice Presidentes e Diretores, que nos passam a direção, enquanto 60% são OKRs definidos por cada indivíduo na empresa, que define como será o caminho. Para exemplificar, seria como o presidente de um clube de futebol definisse em seu OKR a meta de "ser campeão brasileiro de futebol da série A", e o técnico desse clube, ao receber 40% desse OKR (a direção é ser campeão), define os 60% faltantes que devem ser feitos para isso acontecer: "importar táticas consagradas da Europa, contratar jogadores de peso, etc.". Como você pode ver, o presidente não deve pensar em detalhes de como o clube será campeão, mas ele deve garantir que há alguém pensando no que deve ser feito para que isso aconteça. O mesmo raciocínio serve para qualquer organização. Além disso, se você planeja elevar o engajamento dos profissionais de sua organização, experimente envolvê-los no processo de elaboração de objetivos e se surpreenda com os resultados.

5.   Entender que OKRs são públicos para toda a empresa e promovem o engajamento de todos.

A ideia de gerenciar OKRs não públicos soa tão ineficaz quanto ler um livro no escuro. Manter a cultura de OKRs viva é uma tarefa de todos, e internamente todos os Googlers (termo utilizado a quem trabalha no Google) registram seus OKRs trimestrais em nossa intranet, tornando-os acessíveis a qualquer interessado. Ao fazer isso cria-se um sentimento de engajamento ao perceber que todos os objetivos estão relacionados tanto verticalmente quanto horizontalmente, dando-nos a percepção de que caminhamos todos no sentido certo, como um grande time.
 
Por Mônica Santos

Erros comuns que acabam com suas chances de conseguir um novo emprego

Autor e consultor de carreira, Ford Myers cita onze armadilhas nas quais as pessoas costumam cair quando procuram por novas oportunidades profissionais

Até mesmo o mais capacitado candidato a uma vaga pode cometer um deslize aqui outro ali. Agora, em uma disputa altamente competitiva, qualquer erro pode custar o emprego de seus sonhos. “Aprender a evitar armadilhas desde o início pode tornar os resultados de sua busca por um novo trabalho mais produtiva”, observa Ford Myers, consultor de carreira e autor do livro "Get The Job You Want, Even When No One's Hiring” (Consiga o emprego que quer, mesmo que ninguém estiver contratando, em tradução livre). Aqui, algumas dicas para evitar tropeços nessa jornada. 

Erro número um: responder apenas anúncios online

Postagens de emprego em plataformas online, de maneira geral, produzem pouco retorno. Na visão do especialista, não vale gastar mais do que 5% do tempo respondendo esse tipo de oferta. O ideal é dedicar-se mais intensamente no trabalho de construção de uma rede de contatos mais produtiva para ajudá-lo nessa tarefa. Aproximadamente 60% dos 1,8 mil recrutadores e gestores de RH entrevistados pela pesquisa Jobvite 2014 afirmaram que fizeram contratações baseadas em referências e indicações.

Erro número dois: enviar currículos-spam

Muitos recrutadores consideram currículos não solicitados como lixo, papel de rascunho e desperdício de esforços. O consultor de carreira, Rick Gillis, concorda com tal afirmação, ressaltando que seu currículo pode, caso não obedeçam parâmetros, ser rejeitado até pelos sistemas de banco de currículos de algumas organizações. 

Erro número três: olhar apenas oportunidades abertas

Mais de 40% das vagas são criadas para os candidates, frequentemente durante uma entrevista cara a cara. Em outras palavras: essas posições não existiam antes de o candidato aparecer, comenta Myers. O desafio é “destravar” essas “oportunidades”. Doug Mitchell, CEO da empresa de vendas diretas Solutions, lembra-se de entrevistar uma moça para um cargo administrativo. "Ela sabia tudo que havia para saber sobre a nossa empresa, sabia muito sobre os outros aspectos do nosso negócio e tinha sugestões de como poderia enfrentar os desafios e ajudar-nos de outras maneiras. Contratei-a na hora para uma posição diferente daquela inicialmente planejada devido a suas habilidades”.

Erro número quatro: manter uma rede de relacionamento ineficiente

“Uma boa rede de relacionamento deve ser o foco principal de toda procura por emprego”, enfatiza Myers, sinalizando a necessidade de estabelecer relações de longo prazo que, apesar de evoluírem mais lentamente, se pagam em várias parcelas. Para isso, recomenda-se uma abordagem estruturada e profissional que garanta fácil acesso a seus contatos, diz Jayne Mattson, vice-presidente sênior de serviços ao cliente da Keystone Associates.

Estabeleça uma meta pessoal para, todos os meses, encontrar ou contatar três pessoas. Pode não ser sempre algo ao vivo. Considere enviar mensagens curtas pelo LinkedIn ou por e-mail perguntando o que a pessoa anda fazendo. Caso consiga encontros presenciais, aproveite para atualizar seu interlocutor do que faz pessoal e profissionalmente. 

Erro número cinco: ficar aberto a muitos tipos de trabalho 

Apesar de ser importante manter-se aberto a oportunidades não tão específicas, é fundamental não abrir-se demais para não perder o foco. “Outro ponto-chave para obter sucesso na busca por um emprego é encontrar as oportunidades certas – não apenas qualquer trabalho”, comenta Myers. Antes de começar a procura, tenha claro o tipo exato de posição que quer ocupar, mais do que especificamente um título no cartão de visitas. Com isso em mente, persiga toda sorte de oportunidades relacionadas às suas ambições. 

Erro número seis: não planejar seus objetivos

Encontrar um trabalho ou mudar a carreira é uma tarefa em si (às vezes, procurar emprego dá mais trabalho do que trabalhar!) e deve ser encarada de maneira sistemática. Especialistas sugerem a definição de uma metodologia, dedicação de um tempo para planejar as ações, executar buscas, contatar empresas em potencial, ativar os contatos, melhorar o currículo... 

Erro número sete: tentar fazer tudo sozinho

Considere a experiência de especialistas de aconselhamento de carreira, empresas de recolocação, etc. “São profissionais capazes de determinar certos focos e objetivos, ajudando-o a pensar ‘fora da caixa’ e direcionar seus esforços. Alguns podem até ajudá-lo em negociações de salários e outros detalhes”, ilustra Myers. 

Erro número oito: terceirizar sua busca por emprego

Apesar de especialistas de aconselhamento de carreira e empresas de recolocação profissional sejam ferramentas úteis, tenha certeza que o controle da situação esteja sempre em suas mãos. Alinhe esse auxílio externo com seus valores e objetivos para ter certeza que não será levado a uma situação que não pretende embarcar. Um exemplo simples disso? Não deixe que esses profissionais alterem seu currículo sem a sua permissão e tenha certeza de que você, de fato, os autorizou a seguir adiante em eventuais abordagens a determinadas empresas. 

Erro número nove: não se preparar adequadamente para entrevistas 

De acordo com Myers, toda entrevista de emprego considera cinco elementos básicos: demonstrar seu valor, mostrar seu conhecimento sobre a empresa para a qual está se candidatando, fazer perguntas inteligentes, negociar alguns pontos e dar continuidade ao processo (following up).  Faça pesquisas sobre a empresa contratante e sobre o executivo que irá entrevistá-lo. 

“Ao ser entrevistado para um emprego de seus sonhos, o candidato deveria estar genuinamente interessado pela companhia e o entrevistador”, observa Mitchell, que adiciona: “Não tenha medo de estabelecer breves conexões pessoais com seu entrevistador, conversando sobre amenidades (inteligentes). Procure interesses em comum, por exemplo”. 

Erro número dez: não saber seu valor de mercado

Você deve pesquisar e definir seu “valor de mercado” antes de uma entrevista individual, caso contrário, acabará negociando sem ter todos os dados para análise. “Quando chega a hora de falar de dinheiro, o empregador demonstra que você está entre seus candidatos mais apropriados para uma vaga. Antes de fazer sua oferta, tenha consciência de sua habilidade, conhecimentos e experiência para valorizar o que merece ser valorizado e tornar o processo de negociação menos doloroso”, comenta Myers. 

Erro número onze: não pedir o emprego

Um dos maiores erros de quem procura emprego é não perguntar pedir emprego, de acordo com especialistas. Caso já consegue evitar as dez armadilhas citadas anteriormente em algumas situações eventuais, não conte vitória antes do tempo. Antes de sair da sala de entrevistas, aperte a mão do entrevistador com firmeza, agradeça pelo tempo e reforce sobre o quanto realmente quer aquele trabalho. 

Por Sharon Florentine

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A administração do estado mental e emocional e o sucesso nas negociações

A maioria das negociações é ganha ou perdida de acordo com a qualidade da preparação. Uma coisa é certa, quem não leva a sério a preparação de uma negociação está se preparando para o fracasso

 O sucesso em qualquer negociação, isto é, a obtenção de resultados de qualidade superior, está na dependência de três fatores: domínio do processo de negociação, conhecimento efetivo da realidade externa, ou seja, do contexto e competência para se administrar os próprios estados mentais e emocionais.

Processo é o caminho que se percorre do início até o final e é a espinha dorsal de qualquer negociação. Compreende três momentos: preparação, reunião de negociação e controle/avaliação. A maioria das negociações é ganha ou perdida de acordo com a qualidade da preparação. Uma coisa é certa, quem não leva a sério a preparação de uma negociação está se preparando para o fracasso. Portanto, é fundamental se ter consciência da importância da preparação e não cair na armadilha das desculpas como “não tive tempo” e outras do mesmo gênero.

O paradoxo é que quem alega que não tem tempo para se preparar, acaba tendo que encontrar tempo para o retrabalho, ou seja, para a correção dos erros cometidos em negociações mal feitas. Continua sendo melhor prevenir do que remediar. Uma boa preparação deve começar por uma boa avaliação ou interpretação da situação e esta é principal razão do sucesso de Warren Buffet: “Se você não é capaz de avaliar o seu negócio melhor do que o mercado, você não é do ramo”. Devemos também ter presente que vivemos num mundo probabilístico, ambíguo e cheio de incertezas. Assim, é boa prática considerar três cenários: otimista, realista ou mais provável e o pessimista pois, crer você acredite ou não, a Lei de Murphy existe. Além disto, devemos considerar estratégias, táticas, concessões e impasses. De qualquer forma, é sempre preciso ter presente que a negociação só acaba quando o acordo foi cumprido e não quando foi formalizado. Existem aqueles que usam as táticas da situação de fato. Prometem uma coisa e fazem outra.

O segundo ponto relevante para se chegar à excelência numa negociação é o conhecimento efetivo da realidade externa, importando em dois vetores: o conhecimento do negócio e o das pessoas envolvidas na negociação. Por conhecimento do negócio entendem-se as características técnicas, econômicas, jurídicas, fiscais, contábeis e financeiras do que se está negociando, bem como dos agentes econômicos envolvidos. Quem não conhece o seu negócio é como alguém que anda de táxi numa cidade estrangeira, sem falar o idioma do país. Os conhecimentos das pessoas com quem se está negociando importa em suas características e padrões comportamentais, conjunto de interesses, bem como os respectivos níveis de autoridade. Sempre saiba a autoridade da pessoa com quem você está negociando.

Finalmente, o terceiro e mais importante fator de sucesso numa negociação, é a competência para se administrar os próprios estados mentais e emocionais, pois sem isto não se tem acesso aos próprios recursos, sobretudo nas situações de tensão, estresse e adversidades. Podem acontecer vários dificultadores que vão do “apagão emocional” ou “deu um branco”, até às reações intempestivas, a "la Zidane", que botam tudo a perder, quando se tem o jogo na mão. Isto sem falar nos vários tipos de medo como fracasso, rejeição e até mesmo do sucesso.
A administração do estado mental e emocional tem como ponto de partida o conhecimento da relação mente/corpo. É aí que surge o SRRED de uma pessoa, que é um importante fator de diferenciação. Ou seja, sono, respiração, relaxamento, exercícios e dieta.

A boa administração do estado mental e emocional tem como um dos seus fundamentos a consciência da importância de nossas decisões e de nossa responsabilidade sobre elas. Tudo o que somos hoje é fruto das decisões que tomamos no passado e o que seremos amanhã é fruto das decisões que estamos tomando atualmente. Ou no dizer de Jean Paul Sartre: “Não importa o que fizeram de mim. O que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim”. Existem cinco categorias de decisão que são fundamentais: em que prestar a atenção, a qualidade dos diálogos internos, que significado dar às coisas, que crenças devemos ter e o que fazer para obter resultados.

De acordo com a Lei da Atenção Concentrada, quando uma pessoa foca a sua atenção numa idéia, esta se concretiza por si mesma. Cabe então ficar consciente de nossos diálogos internos. Existem dois padrões típicos. O primeiro é de lamentação, recriminação, justificação, busca de pontos fracos e culpados. O segundo é o da busca de soluções e resultados, aceitação da realidade, sem conformismo, e perguntas inteligentes para se mudar o foco de atenção e eliciar recursos internos. O padrão que se segue faz a diferença da água para o vinho. Cabe ainda citar o psicólogo esportivo Rod Gilbert: “Perdedores visualizam as penalidades do fracasso e os vencedores visualizam as recompensas do sucesso”.

Três operários estavam fazendo uma mesma obra e foram perguntados sobre o que estavam fazendo. O primeiro respondeu que estava assentando pedras. O segundo que estava fazendo uma escada. O terceiro que estava construindo uma catedral. Saber escolher significados fortalecedores para tudo o que se faz na vida, faz uma grande diferença.

Um outro ponto relevante é o que trata das crenças que, inclusive, afetam o nosso sistema imunológico. Crença é um comando hipnótico que você dá para você mesmo. Um levantador de peso, capaz de levantar duzentos quilos, pode ficar incapaz de levantar uma agulha, quando em estado de transe, recebe um comando neste sentido. Portanto, é fundamental identificar e se desiponitizar das falsas convicções e crenças, para que se possa agir com a máxima efetividade, pois em última instância, são as nossas ações que indicam a direção em que estamos indo e os resultados que vamos obter. E, em negociação, tudo o que fazemos está vinculado ao processo de negociação.

Assim, se você quiser ter resultados expressivos nas negociações, defina seus sonhos e objetivos e domine o processo de negociação, procure ter conhecimento efetivo da realidade externa e desenvolva sua competência para administrar seus estados mentais e emocionais. Mas saber tudo isto apenas não basta, pois em verdade, não é quem sabe que faz a hora, mas sim quem sabe fazer. É isto que faz a diferença entre vencedores e perdedores.
Fonte: Administradores

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Dez tarefas que você não deve colocar em banho-maria


Quando as coisas ficam corridas, todos nós temos tarefas que colocamos de lado.

Algumas vezes os itens ficam no banho-maria por mais tempo que deveriam.

Se você está colocando as coisas certas, pode ser um bom movimento para reduzir sua carga de trabalho. Outras vezes, você está apenas se preparando para mais problemas depois.

Então, quais tarefas estão atualmente no seu banho-maria?

Colocando as coisas de lado agora

Todos nós colocamos tarefas de lado em algum momento.

Algumas vezes é por um bom motivo. Por exemplo, se o item não for prioritário, então ele deve esperar.

Outas vezes, nós colocamos as coisas em banho-maria meramente porque estamos tentando evita-las.

Talvez seja algo que você não queira fazer. Ou alguma coisa que você acredita que ainda não está preparado. Nessas situações, colocar coisas em banho-maria que não deveriam estar pode levar a problema ao longo do caminho.

Tarefas importantes podem ser esquecidas… algumas vezes perdidas… e questões ainda maiores criadas.

“Colocar de lado as tarefas erradas pode fazer com que você perca oportunidades, acarretar penalidades, ou criar mais trabalho para você.”

No banho-maria

Pergunte-se, “o que eu tenho em banho-maria”?

Colocar as coisas em banho-maria não é sempre uma coisa ruim. Se o item for de prioridade menor ou uma tarefa que você realmente não deveria estar fazendo, então talvez seja apropriado coloca-la de lado.

Entretanto, quando é uma tarefa importante, o banho-maria é um péssimo lugar para ela.

Depois de tudo, estar no banho-maria leva a estar fora de visão… e sem atenção. Temos a tendência de esquecer, ignorar ou desconsiderar completamente as coisas que colocamos de lado. Por essas razões, existem algumas tarefas que você deveria evitar colocar em banho-maria.

Veja a lista com 10 tarefas que você jamais deve colocar em banho-maria:

1)      Tarefas que não podem ser esquecidas – tarefas que estão fora do campo de visão não são concluídas. Se for importante, não as coloque em banho-maria onde podem ser esquecidas;

2)      Tarefas rápidas – jamais coloque de lado aquilo que você pode fazer imediatamente. Não coloque de lado tarefas que você pode concluir em poucos momentos. Se ela pode ser concluída na mesma quantidade de tempo que vai levar para coloca-la de lado, faça-a imediatamente;

3)      Questões de segurança – jamais deixe de lado questões de segurança. O item que você adiar pode acabar te machucando ou outra pessoa. Sempre corrija as questões de segurança imediatamente;

4)      Tarefas que devem ser feitas hoje – se precisa ser feita hoje, então que seja feita cedo. O banho-maria deve ser reservado para coisas que não precisam ser endereçadas hoje e podem ficar ociosas por um tempo inespecífico;

5)      Oportunidades que irão passar – alguma vez você já colocou de lado uma tarefa que acabou causando a perda de uma oportunidade? Jamais coloque tarefas que são sensíveis ao momento ou que possam expirar. Muitas oportunidades que está atrelada a uma quantidade limitada de tempo. Se você não agir, elas podem não mais existir quando você retornar a elas;

6)      Promessas a outras pessoas – promessas a outras pessoas jamais devem ir para o banho-maria. Se você não pode dar prioridade a ela neste momento, então você não deveria ter prometido em primeiro lugar;

7)      Tarefas que vão criar mais trabalho – algumas tarefas são mais complexas de concluir depois. Não precisa ser fisicamente mais complexa. Tarefas incompletas podem criar mais trabalho para você quando você tentar continua-las depois. Não deixe essas tarefas podres em banho-maria;

8)      Tarefas que jamais irão ser concluídas – se existe uma tarefa que você não tem a intenção de concluir, então nem se dê ao trabalho de colocá-la em banho-maria. Ao invés disso, diga não ou remova-a de sua lista. De outra forma, você continuará carregando tarefas mortas que você jamais pensará em fazer;

9)      Tarefas com prazos próximos – tarefas com prazos se aproximando devem estar sempre no campo de visão, jamais em banho-maria. De outra forma, os prazos serão perdidos e os entregáveis não serão feitos a tempo;

10)   Tarefas com consequências financeiras – você alguma vez sofreu penalidades monetárias (multas de atraso, juros etc.) por que você colocou alguma coisa de lado? Não permita que tarefas com implicações financeiras fiquem ociosas. Elas acabarão custando caro.

Não esqueça o que está em banho-maria

Quais de suas tarefas ainda estão ociosas no banho-maria agora?

Tire um momento para garantir que você não esqueceu alguma coisa que está fervendo. Alguma coisa que está criando uma bagunça maior e que você terá que limpar depois.

Sempre mantenha suas tarefas mais importantes em seu campo de visão onde você pode ver e agir em relação a elas agora. Reserve o banho-maria para os itens com baixa prioridade e que podem ser deixados de lado.

Pergunta: O que você colocou em banho-maria e não deveria? O que você precisa fazer para que elas recebam a atenção necessária?

Por André Lado Cruz

Recuperação judicial pode salvar pequenas empresas em crise

Quando não é possível honrar compromissos com credores, essa é a saída que resta ao empresário para evitar morte do negócio

Fundada em 1917, a Buschinelli Pisos modernizou suas instalações em 2011, para ser mais competitiva. “Estávamos sendo engolidos pelos concorrentes. Fizemos esse investimento, mas não tivemos o retorno esperado”, diz Vinícius Buschinelli, que há 22 anos trabalha na empresa criada por seu tataravô.

Segundo ele, as dificuldades começaram em 2013, em decorrência de uma junção de fatores. “Além de investirmos R$ 15 milhões na reforma, tivemos dificuldade para obter crédito, que passou a ser escasso e caro, e problemas industriais.” Diante das dificuldades, a possibilidade de pedir uma recuperação judicial passou a ser cogitada.

“No início, os conselheiros eram contra o pedido. Então, contratamos uma consultoria e montamos um plano de recuperação extraoficial, mas alguns fornecedores não concordaram e tivemos de entrar com o pedido de recuperação judicial”, afirma.

O coautor do livro “Recuperação Judicial – um guia descomplicado para empresários, executivos e outros profissionais de negócios”, Artur Lopes, diz que essa alternativa é sempre uma ferramenta, nunca um fim em si mesma. Ele afirma que a recuperação judicial é a única saída para empresários que não estão honrando com os seus compromissos, e não conseguem negociá-los de forma amigável. “Se ele permanecer inadimplente, seus credores irão pedir sua falência.”

Lopes afirma que essa medida é uma alavanca poderosa para mudar o rumo do negócio. “Ela dá tempo ao empresário para renegociar com fornecedores, parceiros financeiros, e até mesmo com os clientes. Mas não adianta dar entrada no pedido e não modificar o negócio, porque dentro de alguns meses voltará a enfrentar as mesmas dificuldades”, ressalta.

Segundo ele, a recuperação judicial implica na suspensão dos compromissos de pagamentos, a partir do momento em que o pedido de recuperação dá entrada na Justiça, até o plano de recuperação ser aprovado pelo juiz e credores.

Buschinelli conta que o pedido de recuperação de sua empresa foi feito no meio do ano passado e, até o momento, a assembleia com o juiz e os credores não foi marcada. “Estamos na expectativa. Montamos um plano que foi anexado ao processo, por isso, todos os envolvidos já têm ciência. Estamos negociando item a item com os credores, na tentativa de manter a empresa no mercado.”

O empresário afirma que o plano incluiu mudança no mix de produtos, seguindo orientação do consultor. Ele conta que alguns produtos foram tirados de linha, dando lugar a um mix mais lucrativo. “Lançamos um formato 60cm x 60cm que é único no Brasil e fez um sucesso tremendo. Hoje, já representa 40% de nosso faturamento.”

A Buschinelli Pisos também implementou um controle central de compras, que permite que a fábrica funcione no esquema just in time (sistema de administração da produção no qual nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata).

“Com essas medidas, a fábrica ficou mais ajustada e leve. Não mantemos mais estoque sobrando, apenas o necessário para a produção, e pago os fornecedores à vista. Todo o excesso foi eliminado.” O empresário diz que a empresa tinha 230 funcionários e foi para 210. “Alteramos praticamente o nível gerencial inteiro. Isso realmente tem dado resultado e mantido a empresa viva. O que mostra que o plano será cumprido, não com facilidade, mas será cumprido.”

O diretor da Direto Contabilidade, Gestão e Consultoria, Silvinei Toffanin, diz que muitas vezes é a má administração que leva à recuperação judicial. “Mas a maioria das empresas sérias chegam a esse ponto por dificuldades que a economia do País acarreta aos negócios. Este ano, por exemplo, está sendo um período muito difícil, várias empresas já enfrentam dificuldades e algumas estão cogitando a possibilidade de recorrer à recuperação judicial.”

Para Toffanin, quando o negócio chega a esse ponto, toda a estratégia deve ser revista e novo plano de negócio, bem realista, deve ser elaborado. Ele acrescenta que empresas com passivo tributário ganharam novo fôlego com o programa de refinanciamento de dívidas tributárias (Refis), aprovado em julho.

“Para evitar o risco de pedir recuperação judicial, o empresário deve manter a gestão financeira em dia, acompanhar de perto a contabilidade, o fluxo de caixa, o relatório mensal e fazer ajustes. Análise e reflexão evitam surpresas.”

Procedimento. O processo de recuperação judicial, regido pela Lei 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, inclui o cumprimento de uma série de requisitos. A recuperação judicial tem início com um pedido dirigido ao juiz competente.

O especialista Artur Lopes, diz que a lei incorporou meios de recuperação, que passam pela concessão de prazos, descontos e condições especiais para que seja possível saldar as dívidas.

Lopes afirma que a recuperação judicial opera a “novação” das dívidas, o que significa criar uma nova obrigação, substituindo e extinguindo a obrigação anterior e originária. No sentido jurídico, consiste na substituição de uma dívida antiga por uma nova.”

Lopes diz que a proposta sobre como será feito o pagamento é de responsabilidade da empresa. “Esta é uma inovação interessante. O empresário apresenta um plano de recuperação aos seus credores, que será debatido até que as partes consigam compor seus próprios interesses. Não é uma coisa estanque.”

O consultor afirma que esse processo propícia que a empresa não vá para ruptura, e muitas vezes a leva a reiniciar uma trajetória de muito crescimento.

PASSO A PASSO

1. Tente negociar de forma amigável com os credores apresentando um plano extraoficial de recuperação

2. Caso a proposta não seja aceita, é preciso encaminhar o pedido de recuperação judicial ao juiz competente

3. Em seguida, elabore um plano de recuperação, de preferência com a ajuda de um consultor, que tem conhecimento técnico para traçar as estratégias de recuperação

 O empresário afirma que o plano incluiu mudança no mix de produtos, seguindo orientação do consultor. Ele conta que alguns produtos foram tirados de linha, dando lugar a um mix mais lucrativo. “Lançamos um formato 60cm x 60cm que é único no Brasil e fez um sucesso tremendo. Hoje, já representa 40% de nosso faturamento.”

A Buschinelli Pisos também implementou um controle central de compras, que permite que a fábrica funcione no esquema just in time (sistema de administração da produção no qual nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata).

“Com essas medidas, a fábrica ficou mais ajustada e leve. Não mantemos mais estoque sobrando, apenas o necessário para a produção, e pago os fornecedores à vista. Todo o excesso foi eliminado.” O empresário diz que a empresa tinha 230 funcionários e foi para 210. “Alteramos praticamente o nível gerencial inteiro. Isso realmente tem dado resultado e mantido a empresa viva. O que mostra que o plano será cumprido, não com facilidade, mas será cumprido.”

O diretor da Direto Contabilidade, Gestão e Consultoria, Silvinei Toffanin, diz que muitas vezes é a má administração que leva à recuperação judicial. “Mas a maioria das empresas sérias chegam a esse ponto por dificuldades que a economia do País acarreta aos negócios. Este ano, por exemplo, está sendo um período muito difícil, várias empresas já enfrentam dificuldades e algumas estão cogitando a possibilidade de recorrer à recuperação judicial.”

Para Toffanin, quando o negócio chega a esse ponto, toda a estratégia deve ser revista e novo plano de negócio, bem realista, deve ser elaborado. Ele acrescenta que empresas com passivo tributário ganharam novo fôlego com o programa de refinanciamento de dívidas tributárias (Refis), aprovado em julho.

“Para evitar o risco de pedir recuperação judicial, o empresário deve manter a gestão financeira em dia, acompanhar de perto a contabilidade, o fluxo de caixa, o relatório mensal e fazer ajustes. Análise e reflexão evitam surpresas.”

Procedimento. O processo de recuperação judicial, regido pela Lei 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, inclui o cumprimento de uma série de requisitos. A recuperação judicial tem início com um pedido dirigido ao juiz competente.

O especialista Artur Lopes, diz que a lei incorporou meios de recuperação, que passam pela concessão de prazos, descontos e condições especiais para que seja possível saldar as dívidas.

Lopes afirma que a recuperação judicial opera a “novação” das dívidas, o que significa criar uma nova obrigação, substituindo e extinguindo a obrigação anterior e originária. No sentido jurídico, consiste na substituição de uma dívida antiga por uma nova.”

Lopes diz que a proposta sobre como será feito o pagamento é de responsabilidade da empresa. “Esta é uma inovação interessante. O empresário apresenta um plano de recuperação aos seus credores, que será debatido até que as partes consigam compor seus próprios interesses. Não é uma coisa estanque.”

O consultor afirma que esse processo propícia que a empresa não vá para ruptura, e muitas vezes a leva a reiniciar uma trajetória de muito crescimento.

PASSO A PASSO

1. Tente negociar de forma amigável com os credores apresentando um plano extraoficial de recuperação

2. Caso a proposta não seja aceita, é preciso encaminhar o pedido de recuperação judicial ao juiz competente

3. Em seguida, elabore um plano de recuperação, de preferência com a ajuda de um consultor, que tem conhecimento técnico para traçar as estratégias de recuperação

Fonte: O Estado de S. Paulo