Superadas as
primeiras etapas de implantação, as iniciativas com o padrão contábil IFRS
(International Financial Reporting Standards) seguem passando por um processo
de melhoria contínua, até porque estão sendo aguardadas novas normas mais à
frente. Em um esforço concertado, os países são instados a participar,
colaborar e contribuir para o “ecossistema” IFRS.
“As
expectativas de reguladores, investidores e analistas continuam trazendo
aperfeiçoamentos em consistência, comparabilidade e compreensão das informações
financeiras nos mercados globais, o que significa a necessidade de uma cultura
de melhorias contínuas”, explica Bruce Mescher, sócio-líder de Global IFRS and
Offering Services (GIOS) da Deloitte.
Além do
prosseguimento das iniciativas de convergência de padrões globais (IFRS e US
GAAP), observa o entrevistado, as novas normas de IFRS que despontam no
horizonte – incluindo o reconhecimento de receita, “leasing” e instrumentos
financeiros – exigirão processos e sistemas de acompanhamento e avaliação para
lidar com mudanças contábeis com maior frequência.
O Brasil,
especificamente, tem sua quota de desafios e responsabilidades. “Ele deve
participar ativamente na formação da agenda do IFRS e na elaboração de
comentários, além de dar um ‘feedback’ sobre as normas propostas”, frisa
Mescher. Adicionalmente, na transição para o novo padrão, o Brasil também tem
relevância como referência/modelo para outros países, especialmente os da
América Latina.
Por fim, o
sócio-líder da Deloitte nota que é preciso ampliar a disseminação da nova
cultura entre as nossas pequenas e médias empresas, visto que um grande número
delas ainda não adotou totalmente o IFRS ou o IFRS para as PMEs. Outra
pendência crítica é formar quadros capacitados na área para atender a crescente
demanda de profissionais.
Por: Irineu
Uehara
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