BR&M Tecnologia

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Como negociar com alguém mais poderoso do que você.

Saber ouvir e perguntar as perguntas certas, além de se manter flexível, são algumas das dicas dos especialistas

Negociar com alguém aparentemente mais poderoso pode ser uma experiência intimidadora. Tentar fechar um contrato grande, buscar um novo e importante cliente, negociar aumentos e vantagens com um empregador ou fazer negócios com uma empresa de maior porte são situações representativas desse tipo de negociação. Como não deixar o nervosismo e as fraquezas atrapalharem o processo? Como ser persuasivo e se manter firme em uma posição que pode parecer desvantajosa?

Carolyn O'Hara, em artigo publicado no blog da Harvard Business Review (revista da Faculdade de Administração de Harvard), aponta algumas ferramentas para lidar com o cenário descrito acima. Ela aponta que ocupar uma posição de menor poder se torna, se o negociante está consciente disso, um privilégio. Como? Citando Margaret Neale, professora de Gestão no mestrado da faculdade de Administração, O'Hara destaca que o mais poderoso muitas vezes perde níveis de empatia, de capacidade de se colocar no lugar do outro, identificar-se com ele, compreender suas necessidades.

Essas qualidades são essenciais para alguém que se encontra na posição de negociador; conseguir enxergar o que o outro quer e precisa dá uma vantagem a quem está negociando, no sentido de encontrar propostas que solucionem os problemas e respondam às principais demandas das duas partes. O "menos poderoso", então, tem essa carta debaixo da manga, e pode surpreender quem não esperava tanto dele. Com isso em mente, aqui se encontram algumas dicas de O'Hara para lidar com negociadores mais poderosos e obter sucesso. O texto original pode ser encontrado neste link. Confira:

Seja confiante

Costumamos ter medo da ameaça da competição, segundo Jeff Weiss, sócio da consultora especializada em negociações corporativas Vantage Partners. Quando estamos tentando fechar uma venda grande e sabemos que há outras pessoas com o mesmo objetivo, ou quando concorremos com várias pessoas por uma vaga de emprego, nos sentimos ameaçados e terminamos diminuindo nossas expectativas e reduzindo nossas demandas, o que muitas vezes nos deixa prejudicados em negociações. O segredo é se preparar, estudar o que você pode oferecer que os concorrentes não podem. A outra parte está negociando com você por um motivo, então concentre-se em maximizar as potencialidades e vanatgens que possui como atrativos.

Compreenda seus alvos e os da outra parte

Crie uma lista contendo o que você quer daquela negociação e porque você tem esses ou aqueles objetivos. É uma exercício para saber o que definitivamente você não pode aceitar, e em que áreas pode ser flexível. A partir do conhecimento dos seus alvos, busque compreender o que a outra parte quer e precisa, de forma que suas propostas cheguem "à metade do caminho", encurtando a distância entre suas demandas e as de quem está negociando com você. Lembre-se que o negócio precisa ser vantajoso para os dois lados; pensar nisso antes lhe capacitará para criar propostas mais realistas.

Prepare-se

Weiss diz: "O mais importante é estar preparado". Fazer sessões de brainstorming para obter soluções criativas e pensar em diferentes caminhos para alcançar o que se quer da negociação são pontos importantes de preparação. Obter dados sobre a outra parte também é de extrema importância. Na hora que o possível cliente, por exemplo, disser que quer pagar X pelo seu produto, com os dados em mãos, você pode comprovar que no passado, em outros negócios, ele pagou Y. Esse tipo de informação solidifica argumentos que, sem dados, seriam apenas opiniões.

Saiba ouvir e perguntar

Segundo Neale, duas das estratégias mais importantes que se pode apreender e praticar são ouvir e perguntar (as perguntas certas). Ouvir e realmente prestar atenção, inspira confiança. Perguntar sem medo, demonstra interesse e pode servir como forma de desarmar a outra parte. Por exemplo, se um chefe diz que o empregado não tem o perfil para um determinado projeto, e este questiona que tipo de perfil se encaixaria no projeto, pode-se abrir uma porta para que o funcionário mostre que tem as características necessárias para tal.

Permaneça flexível

Bons negociadores se preparam de forma suficiente para entender o todo e não somente um caminho possível. Isso quer dizer, na prática, que não há apenas uma forma de conseguir um negócio que atenda às demandas dos dois lados; há mais de uma estratégia, mais de uma manobra. Manter-se flexível lhe dá maiores condições de adequar o negócio, criando soluções que não apenas lhe beneficiam, mas, como diz Neale, "fazem a outra parte sentir que saiu ganhando".

 
Fonte: Administradores

Treze coisas que pessoas conscientemente mais atentas fazem diferente.


Pode ter começado como uma tendência entre empresas de tecnologia do Vale do Silício, mas a atenção consciente (mindfulness) parece ter chegado para ficar.

2014 já foi descrito como “o ano do viver de maneira mais atenciosa”, e nos últimos meses o esforço para se tornar uma pessoa mais atenta parece ter virado manchete em todas os maiores sites de notícias e publicações impressas. A consciência plena deixou de ser uma atividade reservada ao pessoal new age e agora o público a procura como antídoto ao estresse e ao esgotamento nervoso, à dependência de tecnologia e às distrações digitais, ao senso de falta constante de tempo e de estar constantemente ocupado e sobrecarregado.

Mais e mais pesquisas estão legitimando a prática, demonstrando que ela pode ser uma intervenção extremamente eficaz para uma grande gama de problemas de saúde física e mental.

Mas, deixando os exageros de lado, o que significa realmente ser uma pessoa que pratica a atenção consciente, e o que essas pessoas fazem de diferente no seu dia a dia para viverem de modo mais consciente? O atenção consciente, a prática de cultivar a consciência focada no momento presente, é ao mesmo tempo um hábito diário e um processo de toda uma vida. É algo que é mais comumente praticado e cultivado através da meditação, se bem que ser conscientemente atento não exige necessariamente a prática meditativa.

“É a consciência que decorre de se manter a atenção propositalmente voltada ao momento presente, sem fazer julgamentos”, explicou Jon Kabat-Zinn, fundador da técnica de Redução de Estresse Baseada no Mindfulness (MBSR), em entrevista por vídeo. “Isso soa simples. Mas, quando começamos a reparar em quanto tempo passamos prestamos atenção, percebemos que durante metade dele nossos pensamentos estão dispersos.”

Elas fazem caminhadas.

“Em nosso mundo de trabalho excessivo, exaustão e esgotamento, em que passamos 24 horas por dia conectados e sem prestar atenção às coisas que são verdadeiramente importantes em nossas vidas, como podemos buscar nossa criatividade, nossa sabedoria, nossa capacidade de assombro, nosso bem-estar e nossa capacidade de entrar em contato com aquilo que valorizamos verdadeiramente? ”, perguntou Arianna Huffington num blog post do HuffPost em 2013.

Sua resposta: solvitur ambulando, que significa “resolve-se caminhando”, em latim. As pessoas conscientes sabem que fazer uma caminhada pode ser uma ótima maneira de acalmar a mente, enxergar as coisas sob perspectiva nova e facilitar a consciência maior.

Caminhar por áreas verdes pode mergulhar o cérebro em estado meditativo, segundo um estudo britânico de 2013. Descobriu-se que o ato de caminhar ao ar livre, numa paisagem tranquila, desencadeia a “atenção involuntária” – ou seja, prende nossa atenção ao mesmo tempo em que permite a reflexão.

Convertem tarefas diárias em momentos de atenção consciente.

A atenção consciente não é alguma coisa que você treina numa sessão de meditação matinal de dez minutos e nada mais. Ela pode ser incorporada ao nosso dia a dia. Basta prestar um pouco mais atenção às suas atividades diárias enquanto você as pratica.

Como explica o aplicativo de meditação Headspace:

“A atenção consciente fica realmente interessante quando começamos a integrá-la ao nosso cotidiano. Lembre-se que ‘atenção consciente’ significa estar presente no aqui e agora. Se você puder praticá-la sentado numa cadeira, por que não quando estiver fazendo compras, tomando uma xícara de chá, comendo sua refeição, segurando seu filho no colo, trabalhando ao computador ou batendo papo com um amigo? Todas essas são oportunidades de aplicar a atenção consciente, de ficar consciente. ”

Elas são criativas.

A atenção consciente e a criatividade andam de mãos dadas. A prática da atenção consciente reforça o pensamento e trabalho criativo, que pode te fazer mergulhar num estado de consciência intensa.

Muitos grandes artistas, pensadores, escritores e outros profissionais criativos – desde David Lynch até Mario Batali e Sandra Oh – dizem que a meditação os ajuda a acessar seu estado mental mais criativo. Em seu livro Catching The Big Fish: Meditation, Consciousness and Creativity, Lynch compara as ideias à prática da pescaria: “Se você quer pescar um peixe pequeno, fica na água rasa. Mas se quer pescar os peixes grandes, precisa ir para as águas mais fundas. ”

Se você quer ganhar mais atenção consciente, mas tem dificuldade com a prática da meditação silenciosa, experimente fazer a sua atividade criativa favorita, quer seja assar pão, rabiscar desenhos ou cantar no chuveiro, e veja como seus pensamentos se aquietam quando você mergulha no estado de fluxo.

Elas prestam atenção à respiração.

A respiração é um barômetro de nosso estado físico e mental total – e é também o alicerce da atenção consciente. Como bem sabem as pessoas conscientes, acalmar a respiração é a chave para acalmar a mente.

Em Shambhala Sun, o mestre de meditação Thich Nhat Hahn descreve a prática mais fundamental e eficaz para a atenção consciente, a respiração consciente:

“O objeto de sua atenção consciente é sua respiração, quando você simplesmente volta a sua atenção a ela. ‘Inspirando, esta é minha inspiração. ’ ‘Expirando, esta é minha expiração. ’ Quando você faz isso, o discurso mental cessa. Você para de pensar. E não é necessário nem se esforçar muito para isso. Esse é o milagre da prática. Você não pensa mais no passado. Não pensa no futuro. Não pensa em seus projetos, porque está voltando sua atenção presente a sua respiração. ”

Elas fazem uma coisa de cada vez.

Praticar o “multitasking”, ou realizar várias tarefas ao mesmo tempo, é o inimigo da atenção focada. Muitos de nós passamos nossos dias num estado de atenção dividida e “multitasking” quase constante, e isso nos impede de verdadeiramente viver no presente. Estudos constataram que, quando as pessoas são interrompidas e têm sua atenção dividida, levam 50% mais tempo para cumprir uma tarefa e têm 50% mais chances de cometer erros.

“Em vez de dividir nossa atenção, é muito mais eficaz fazer intervalos frequentes entre períodos de atenção sustentada sobre uma só coisa”, escreve Sharon Salzberg, autora de Real Happiness at Work, num blog do Huffington Post. “Desmentindo o mito do ‘multitasking’, nos tornamos melhores naquilo que fazemos e aumentamos as chances de conseguir lembrar os detalhes do trabalho que fizemos no passado. ”

Salzberg sugere que o modo consciente de agir é focar completamente sobre uma só tarefa por um dado período de tempo e então fazer um pequeno intervalo antes de continuar ou de passar para outra tarefa.

Elas NÃO ficam checando seus telefones a toda hora.

As pessoas que praticam a atenção consciente têm um relacionamento saudável com seus smartphones e outros aparelhos: elas definem e respeitam parâmetros específicos para seu uso. Podem, por exemplo, fazer questão de nunca iniciar ou concluir o dia olhando seus e-mails. Podem até optar por deixar o smartphone num cômodo separado quando vão dormir. Podem optar por desligar o aparelho aos sábados ou quando saem de férias.

O mais importante, porém, é que elas deixam o telefone em outro lugar quando estão passando tempo com seus entes queridos. Um subproduto lamentável da dependência da tecnologia e do excesso de tempo passado diante de telas é que isso nos impede de fazer conexões verdadeiras com outras pessoas. Pat Christen, CEO da HopeLab, descreveu seu momento descoberta pessoal: “Alguns anos atrás, percebi que eu tinha deixado de olhar meus filhos nos olhos. Isso me deixou chocada. ”

As pessoas que interagem conscientemente com outras afastam seus olhos das telas e olham nos olhos da pessoa com quem estão interagindo. Desse modo, desenvolvem e mantêm vínculos mais fortes em todos seus relacionamentos.

Elas procuram experiências novas.

A abertura à experiência é um subproduto da vida vivida com atenção consciente: as pessoas que priorizam a atenção presente e a paz de espírito tendem a absorver e desfrutar momentos de assombro e alegria simples. As novas experiências, por sua vez, podem nos ajudar a ganhar mais atenção consciente.

“As aventuras podem nos ensinar naturalmente a estar aqui agora. Realmente, realmente aqui”, escreve a aventureira Renee Sharp na Mindful Magazine. “A aguçar nossos sentidos. Abraçar nossas emoções, tanto as agradáveis quanto as difíceis. Dar um passo no desconhecido. Encontrar o ponto de equilíbrio entre apegar-se e soltar. E aprender a sorrir, mesmo quando o medo nos está revolvendo por dentro. ”

Elas saem para a natureza.

Passar tempo na natureza é uma das maneiras mais poderosas de nos darmos um “reboot” mental e recuperarmos uma sensação de paz. Pesquisas constataram que passar tempo ao ar livre pode aliviar o estresse, além de melhorar os níveis de energia, memória e atenção.

“Precisamos do tônico do mundo silvestre”, escreveu Thoreau em Walden. “Ao mesmo tempo em que ansiamos explorar e aprender todas as coisas, queremos que todas as coisas sejam misteriosas e inexploráveis, que a terra e o mar sejam indefinidamente selvagens, não cartografados e insondadas por nós, por serem insondáveis. Nunca poderemos nos fartar da natureza. ”

Eles realmente sentem o que estão sentindo.

Praticar a atenção consciente não quer dizer viver feliz o tempo todo. Significa aceitar o momento em que estamos e sentir o que sentimos, sem tentar resistir ao sentimento ou controlá-lo.

A preocupação excessiva com a felicidade pode até ser contraproducente, levando a uma atitude pouco sadia em relação às emoções e experiências negativas. As pessoas conscientes não tentam evitar emoções negativas ou sempre olhar para o lado positivo das coisas. Em vez disso, aceitar as emoções tanto positivas quanto negativas e deixar que os sentimentos diferentes coexistam é um elemento chave para a pessoa se manter equilibrada e lidar com os desafios da vida de maneira consciente.

A meditação, a prática fundamental da atenção consciente, já provou ser uma intervenção altamente eficiente para as pessoas administrarem seus desafios emocionais, incluindo a ansiedade, a depressão e o estresse. Um estudo de 2013 também descobriu que as pessoas que praticam a atenção consciente gozam de estabilidade emocional maior e melhor qualidade de sono.

Como disse Madre Teresa: “Seja feliz no momento. Isso é o bastante. Cada momento é tudo o que precisamos, e não mais. ”

Elas meditam.

Você pode praticar a atenção consciente sem meditar, mas todas as pesquisas e todos os especialistas nos dizem que a meditação é a maneira mais certeira de ganhar atenção consciente. A prática regular da meditação ajuda a reduzir o estresse, melhorar a função cognitiva e incrementar o bem-estar. Pesquisas constataram que a meditação de atenção consciente pode até modificar a expressão dos genes, reduzindo a resposta inflamatória do corpo.

Além das muitas pesquisas sobre os benefícios físicos e mentais da meditação, os depoimentos de incontáveis praticantes dela atestam o fato de que a prática constante pode ajudar você a ficar desperto e presente em sua própria vida.

“É quase como um reboot de cérebro e alma”, disso ao New York Times em 2012 o executivo chefe de tecnologia da Cisco, Padmasree Warrior, sobre reservar tempo para se desplugar e meditar. “Isso me deixa muito mais calmo quando estou respondendo a e-mails, mais tarde. ”

Elas têm consciência do que põem em seus corpos e mentes.

Com frequência enfiamos comida na boca sem prestar atenção ao que estamos comendo e a quando estamos satisfeitos. As pessoas conscientes criam o hábito de ouvir seu corpo. Elas se nutrem conscientemente com alimentos saudáveis, preparados e consumidos com cuidado. Comer conscientemente significa tomar o tempo necessário para comer, prestar atenção aos sabores e sensações, focar sua atenção totalmente sobre o ato de comer e as decisões relacionadas a ele.

Os praticantes da atenção consciente também prestam atenção à mídia que consomem, tomando cuidado igual para não alimentar sua mente com “junk food”, como televisão em excesso, mídia social demais, games jogados sem atenção e outras calorias psicológicas vazias. (Vale lembrar que o excesso de tempo passado na internet já foi vinculado a menos horas de sono por noite e a um risco aumentado de depressão.)

Elas lembram de não se levar a sério demais.

Arianna Huffington escreveu em Thrive: “Os anjos voam, porque se enxergam com leveza”. Um fator crítico para cultivar uma personalidade consciente é recusar-se a se envolver demais na constante guerra das emoções. Se você puder se lembrar de dar risada e manter-se calmo em meio aos altos e baixos, já terá percorrido um bom caminho para dominar a arte da atenção consciente.

Boa parte das coisas que nos desviam da atenção consciente são internas: ficamos matutando sobre nossos problemas, nos preocupando. Mas as pessoas que conseguem manter um senso de humor em relação aos seus problemas são mais capazes de lidar com eles. Pesquisas da Universidade da Califórnia em Berkeley e da Universidade de Zurique constataram que a capacidade de rir de nós mesmos está associada ao bom astral, personalidade alegre e senso de humor.

O riso também nos insere no momento presente de maneira atenta. O riso alegre e a meditação até têm aparência semelhante no cérebro, segundo um estudo novo da Universidade Loma Linda.

Elas deixam seus pensamentos voar.

Ao mesmo tempo em que a atenção consciente significa focar no momento presente, o devaneio também exerce uma função psicológica importante, e as pessoas conscientes conseguem encontrar um meio-termo feliz entre essas duas maneiras de pensar. É inteligente questionar se devemos sempre viver no momento. As pesquisas mais recentes sobre imaginação e criatividade mostram que, se estivermos sempre presentes no momento, perderemos conexões importantes entre nossos devaneios internos e o mundo externo.

Fantasiar e exercer o pensamento imaginativo podem até nos deixar mais conscientes. Pesquisas descobriram que as pessoas cujos devaneios são mais positivos e específicos também têm escores altos de atenção consciente.

Por Carolyn Gregoire

Resultado da Desoneração da Folha de Pagamento

Com o advento da Lei nº 12.844, de 2013, que deu nova redação ao artigo 7º da Lei nº 12.546, de 2011, as empresas de construção civil, assim como outras empresas com atividades diversas, passaram a contribuir para a Seguridade Social sobre suas receitas brutas, às alíquotas que variam de 1% a 2%, modificando, assim, a base de cálculo da contribuição previdenciária patronal, antes incidente sobre o total das remunerações pagas ou creditadas aos empregados, à alíquota de 20%, conforme previsto no artigo 22 da Lei nº 8.212, de 1991.

Esse regime, até então, seria aplicável até 31 de dezembro deste ano, sendo assim, após tal data, as empresas voltariam ao regime anterior, tributando a contribuição previdenciária patronal sobre a folha de salários. No entanto, a informação que se tem é de que, conforme manifestação do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, será proposta lei que tornará permanente a “desoneração da folha”.

 Essa modificação de base de cálculo teve por objetivo desonerar a folha de pagamentos, com a finalidade de estimular a geração de empregos no país e melhorar a competitividade das empresas, fomentando as atividades de alguns setores da economia, conforme se verifica na exposição de motivos nº 122.

 No entanto, as empresas que possuem folha de pagamentos reduzida, com poucos funcionários, foram prejudicas por esse novo regime, considerando que a modificação da base de cálculo para receita bruta, mesmo que aplicadas alíquotas menores, gerou tributo a pagar em valor superior ao devido no regime anterior. Entre os setores mais prejudicados está o da construção civil, considerando que, para desempenho de tal atividade, é comum a terceirização de mão de obra.

 Considerando a terceirização de boa parte das etapas das obras, acaba que tais empresas não possuem valor muito alto de folha de salários, sendo assim, a contribuição previdenciária patronal tinha sua base de incidência reduzida. Por outro lado, muitas dessas empresas possuem receita elevada, ou seja, a incidência do citado tributo foi substituída para uma base muito superior.

 A pergunta que deve ser feita é a seguinte: Uma lei que aumenta a tributação, substituindo de forma onerosa a base de cálculo de tributo, estimula a empresa a contratar empregados, estimulando a geração de novos empregos? Essa lei está fomentando a atividade dessa empresa, viabilizando melhor competitividade no mercado?

A resposta que se chega é de que não, considerando ser inegável o fato de que o aumento da tributação representa menor valor disponível para investimentos da empresa, não só desfavorecendo a contratação de novos trabalhadores como, inclusive, ensejando a redução do quadro de empregados. Da mesma forma, esse aumento reflete no valor de seus produtos e/ou serviços, tendo em vista a necessidade de majoração dos preços, como forma de compensar os prejuízos com a nova forma de tributação, piorando, consequentemente, sua competitividade no mercado.

Nesses casos, verifica-se que o objetivo do legislador não foi atingido, tendo em vista que, ao invés de desonerar, acabou onerando algumas empresas, diante do aumento da carga tributária, resultante da incidência de contribuição previdenciária sobre a base de cálculo receita bruta. Ora, não resta dúvida de que se a pretensão do legislador fosse aumentar a arrecadação, teria simplesmente ocorrido a majoração da alíquota da contribuição previdenciária.

A conclusão que se chega é de que o regime de tributação instituído pela Lei nº 12.546 é desproporcional e desarrazoado às empresas com poucos funcionários, considerando que o meio eleito (substituição da base de incidência de contribuição previdenciária de folha de salários para receita bruta) mostra-se inadequado para promoção do fim pretendido pelo legislador (fomentar alguns setores da economia).

A nova sistemática, destarte, acabou sendo benéfica para uns, cumprindo com a sua finalidade. Para outros, porém, acabou sendo extremamente prejudicial, tendo em vista que resultou na majoração da carga tributária, resultado este contrário ao objetivado pela lei. Frente a tal cenário, a Lei nº 12.546 acaba tratando as empresas com valor reduzido de folha de salários de forma desigual frente às demais empresas incluídas na nova sistemática. Com base nisso, não se mostra razoável a aplicação do novo regime de tributação da contribuição previdenciária às empresas de construção civil, frente à inocorrência de adequação da norma ao caso concreto.

Cabe, assim, às empresas comprovarem que foram oneradas por esse novo regime. Por sua vez, cabe ao Poder Judiciário reduzir o âmbito de aplicação da norma, mediante análise de cada caso concreto, caso constate efetiva majoração da carga tributária, concedendo o direito à manutenção da tributação da contribuição previdenciária sobre a folha de salários e, por via de consequência, possibilitando a recuperação do valor pago a maior pelo contribuinte onerado.

Por Christian Lisboa Rodrigues

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Foco: uma missão possível

Com tanta coisa acessível e tanta demanda, como eu vou conseguir focar e dedicar atenção aos outros? Televisão, internet, revista, celular, telefone, reuniões, agendas cheias e eu ainda tenho que parar o que estou fazendo para ouvir? A resposta é sim

Eu começo a falar, mas bem antes de eu completar a frase meu colega me interrompe e emenda com outro papo não necessariamente relacionado com o primeiro. Eu tento manter a calma e retomar assim que possível ou eu esqueço completamente e os assuntos se misturam chegando a lugar nenhum. Como naquelas típicas famílias italianas, todos sentados à mesa reunidos na casa da mama para uma bela macarronada, todo mundo fala com a mão e fala com a boca e fala ao mesmo tempo e para alguém de fora é quase impossível compreender o contexto. E, para alguém de dentro, quem não está falando provavelmente está utilizando a técnica da abstração, dando uma garfada atrás da outra e pensando em quando é que isso tudo vai ter fim.

Ouvir é um enorme desafio. Daniel Goleman, autor do livro "Foco" cita isso como foco nos outros. Para que eu possa me colocar no lugar dos outros e ter empatia com as pessoas, a primeira coisa é ouvi-las de verdade, ouvir genuinamente. Quando seu colega de trabalho corta você uma, duas, três vezes enquanto você estava falando, é claro que ele não estava ouvindo. Quando alguém vem falar com você e você balbucia sons em resposta enquanto olha o computador, o tablet e o celular, tudo ao mesmo tempo, é claro que você não está ouvindo, nem mesmo prestando atenção. Você está completamente fora de foco.

Com tanta coisa acessível e com tanta demanda, como eu vou conseguir focar e dedicar atenção aos outros? Televisão, internet, revista, celular, telefone, reuniões, agendas cheias e eu ainda tenho que parar o que estou fazendo para ouvir? A resposta é sim. O foco exige dedicação, persistência e, se a pessoa conseguir ter foco, tem tudo para ser muito mais bem sucedida do que as outras. Foco melhora a criatividade, a capacidade de inovação, a produtividade, a comunicação com as outras pessoas e acelera resultados.

Primeiro, foco em si mesmo, como diz Daniel Goleman. Se você tem metas, você precisa de foco e concentração para atingi-las. Queria parar de fumar e não conseguiu, começou uma dieta e largou no meio e por aí em diante. É preciso compreender a si mesmo para compreender os outros. Olhar para dentro, dedicar tempo e atenção para ouvir você mesmo. O seu corpo fala com você, a sua mente fala com você, o olhar das outras pessoas falam com você o tempo todo, mas você está prestando atenção?

Foco exige concentração, atenção, presença aberta e associação livre. Eu posso estar no meio de um ambiente tumultuado, com gente passando, falando alto, telefone tocando, mas eu preciso manter a concentração no meu objetivo. Se eu me conheço e entendo meus sentimentos eu tenho mais chances de conseguir.

Foco também tem a ver com observação, além da escuta atenta. Se eu não observo os outros e as relações das pessoas comigo e com as outras pessoas, a forma como se comunicam, como interagem, a forma como elas são eu não tenho como compreende-las. Se você convive com alguém que chega na empresa todo dia de cara fechada e pouco fala, você pode tirar conclusões precipitadas ou observar o suficiente para compreender que aquela pessoa de repente não funciona bem de manhã cedo, faz um enorme esforço para chegar no horário e não sair descontando a sua fúria matinal nos outros.

Exercite um pouco mais o ouvir de verdade. Uma das piores coisas é ser cortado quando está falando, é alguém acelerado querendo encerrar o papo para passar para o próximo assunto, é você falar enquanto alguém olha para o teto ou para o computador. Ouvir de verdade é um belo exercício e gera grandes aprendizados. Além de que mostra um interesse verdadeiro pelo outro e respeito. Se quiser ser ouvido, ouça. Se quiser que deem atenção aos seus sentimentos e preocupações, dê a devida atenção aos sentimentos e preocupações dos outros.

“O tempo é o presente mais precioso que temos porque é limitado. Podemos ganhar mais dinheiro, mas não mais tempo. Quando dedicamos tempo a uma pessoa, estamos dedicando uma porção da nossa vida que nunca mais poderemos recuperar. Nosso tempo é nossa vida. E o melhor presente que podemos oferecer a alguém é nosso tempo.” (Alexandre, O Grande)

Qual sua meta pessoal e profissional? O quanto você deseja atingir esse resultado? O que você vai sentir quando conseguir?

Mentalize, prepare-se, concentre, acredite e foque. Você tem todos os instrumentos dentro de si mesmo para atingir sua meta. 

Fonte: Administradores

O IPI não incide na revenda de produtos vindos do exterior – STJ unificou o entendimento a favor dos importadores

Como comentei em post anterior (*) as empresas que importam produtos acabados e prontos para o consumo para posterior revenda ajuizaram ações objetivando deixar de pagar IPI – Imposto sobre Produtos Importados – no momento da revenda para o mercado nacional de produtos importados.

E isto porque, o fisco equipara o importador ao industrial. As importadoras não aceitam a equiparação e, consequentemente, não se conformam com a exigência do referido imposto na comercialização dos produtos no mercado interno.

Alegam basicamente que:

a) o IPI é um imposto que foi estruturado para incidir sobre a industrialização e não sobre operações de comercialização de produtos importados no mercado interno, pois não há industrialização nesta fase.

b) a incidência do IPI na revenda de produtos importados implica em bitributação.

Ocorre que no final de 2013, a 2ª Turma do STJ decidiu que o fato gerador do IPI, nestas hipóteses, ocorre em dois momentos, na importação e no momento da saída do mesmo produto do estabelecimento importador, decidindo de forma desfavorável às importadoras.

Pois bem, a questão foi apreciada agora pela Primeira Seção do STJ, que entendeu, dentre outras coisas, que sendo o IPI um imposto que incide sobre produtos importados, ao recair sobre a revenda acaba invadindo a esfera do ICMS, que incide sobre a circulação de mercadoria.

Assim, o STJ unificou sua jurisprudência, para que afastar a exigência de IPI sobre a revenda de produtos importados no mercado interno.

(*) STJ entende que incide o IPI na importação e revenda de produtos de procedência estrangeira

Dra. Amal Nasrallah

O valor da sua atitude é o resultado que você vai alcançar


As empresas necessitam, cada vez mais, de profissionais ambiciosos, capacitados, produtivos e comprometidos, pois esses são os que geram resultados

Muito se fala em plano de carreira, ascensão financeira, liderança, novas responsabilidades e desafios. A ambição é inerente ao ser humano, mesmo em diferentes níveis, sobretudo àquele que almeja altos patamares profissionais. E não há absolutamente nada de errado nisso. Porém, para alcançar objetivos, não basta ter ambição. É preciso ter o desejo e saber como chegar lá, traçando metas. Por isso, é importante perguntar-se: estou utilizando todas as minhas habilidades para alcançar o sucesso?

As empresas necessitam, cada vez mais, de profissionais ambiciosos, capacitados, produtivos e comprometidos, pois esses são os que geram resultados. Portanto, investir em conhecimento acadêmico é de total importância, mas não garante sua permanência, tão pouco um futuro promissor numa organização. As atitudes também não servem de fiança de permanência na empresa, mas são as principais responsáveis pelo declínio ou progresso da sua imagem.

Respeito, cordialidade, gentileza, segurança e complacência são princípios fundamentais para estruturar qualquer reputação e fazem a diferença em qualquer área de atuação. Porém, condutas negativas prejudicam até os indivíduos mais competentes e são ações, muitas vezes enraizadas em profissionais mais velhos ou com mais tempo de casa, imperceptíveis e que afetam, de forma permanente, a carreira de tantas pessoas.

Entre os comportamentos mais indesejados no mundo corporativo estão:

Arrogância: geralmente revelados por indivíduos que recusam qualquer crítica ou contribuição de terceiros, prejudicando o trabalho e a produtividade em grupo. Tendem a não compartilhar conhecimento e o convencimento exacerbado os afasta de qualquer interação com colegas de trabalho.

Conformismo: pessoas que temem novas oportunidades, permanecem em suas zonas de conforto e ignoram possibilidades para desenvolver novas habilidades. Além de empobrecer o currículo e afastar promoções, podem ser vistas como profissionais medianos e passam a não ser solicitado para atender novas demandas ou desafios.

Desorganização: indivíduos que não priorizam serviços e ações, não entregam suas atividades nos prazos estipulados. São profissionais que geram perda de tempo e afetam na produtividade e resultados, tanto para si quanto para times e empresa.

Emotividade: pessoas temperamentais quase nunca são promovidas a líderes, suas emoções complicam na tomada de decisões, principalmente em ambientes que exigem equilíbrio, imparcialidade e objetivo.

Fofoca: além da distorção de fatos, os boatos afetam a credibilidade profissional de qualquer pessoa, afastando a confiança dos colegas de trabalho e de gestores que passarão a não confiar tarefas a quem espalha informações pela empresa.

Impulsividade: além de demonstrar a falta de controle sobre qualquer deliberação ou atitude, reagir sem pensar nas consequências aumenta a chance de se envolver em situações arriscadas e viver, constantemente, com o sentimento de culpa.

Intolerância: pessoas intransigentes desaprovam qualquer atitude que não esteja de acordo com os seus ideais, sua inflexibilidade interfere nas relações interpessoais e, em sua grande maioria, são isoladas e afastadas de qualquer tipo de equipe.

Perfeccionismo: confundem a qualidade da entrega de serviço na interminável busca pela excelência, atrasando o cumprimento de tarefas e obrigações.

Teimosia: profissionais que contestam toda e qualquer determinação de colegas e superiores, acabam provocando ambientes desconfortáveis e indisposição entre a equipe.

Timidez: o excesso de acanhamento, a insegurança em expor opiniões ou defender as próprias ideias distanciam pessoas e novas oportunidades.

São comportamentos que desfavorecem qualquer indivíduo e, na maioria das vezes, eles não reconhecem suas próprias limitações para modificá-las. Para isso, existe o coaching. Um processo que identifica e aprimora, por meio de ferramentas e técnicas cientificamente validadas, os desafios e barreiras que impendem o crescimento profissional de pessoas e quais as melhores ações para direcioná-las ao sucesso, aprimorando suas ações e relações.
 
O coaching trabalha atitudes limitantes e potencializa habilidades, auxiliando no desenvolvimento e na formação de profissionais altamente engajados, comprometidos, eficientes e que, principalmente, promovem resultados.

Fonte: Administradores