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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Por que o home-office pode ser uma boa opção para sua empresa?

O home-office, assunto que fez – e ainda faz – parte da pauta de muitas empresas, desponta como uma tendência em franca expansão, que oferece inúmeros benefícios para o colaborador e também para a companhia que adota esse modelo. Uma recente pesquisa realizada pelo Centro de Estudos de Teletrabalho e Alternativas de Trabalho Flexível (CETEL) da Business School São Paulo, com mais de 260 empresas brasileiras, afirma que quase metade da amostra (49,7%) adotou alguma modalidade de trabalho flexível nos últimos 12 meses.

Como gestora de recursos humanos participo de diversos fóruns e eventos da área e é inegável a latência desse tema. A pressão está por todos os lados. Os colaboradores sabem que assim ganharão em qualidade de vida e a organização sabe que a produtividade – salvo algumas exceções – aumenta. Diante desse cenário, porque não adotar?

O primeiro passo para uma empresa que quer tomar o home-office como modelo é o total comprometimento dos líderes na preparação do caminho. É preciso que uma política seja estruturada, contendo normas e regras, assim como as existentes no ambiente corporativo. Ainda que o espaço seja do colaborador e não da companhia, o resultado é da empresa – e mais – do cliente final – por isso cuidados precisam ser tomados para que a prática se torne viável e eficiente.

Pelo que posso perceber, um dos maiores entraves para o trabalho em casa é a falta de controle da empresa sobre o funcionário. Atuando em uma empresa onde o home-office é adotado – e até estimulado – afirmo com experiência que esse controle realmente diminui. Mas é importante ter em mente que nem sempre esse fato significa menos resultados e dedicação.

Essa é uma questão puramente cultural. Além do que existem diversas formas de gerenciamento para que um líder acompanhe o trabalho de seus colaboradores – reuniões periódicas, relatório de atividades, avaliações de desempenho, metas estabelecidas entre tantas outras fazem perfeitamente bem esse papel.

Nesse ponto, é onde deve haver a maior atenção da área de recursos humanos e dos demais líderes, como citei acima: home-office só funciona em ambientes em que há regras e confiança. O excesso de controle, alavancado pela desconfiança na execução trabalho do outro, torna a prática do escritório virtual inviável. Por isso, como já mencionado, é importante que sejam mantidas as reuniões frequentes e os pontos de contato entre pessoas da mesma equipe e em diferentes níveis de hierarquia. Assim, o home-office também aparece como um amadurecimento das relações de uma empresa, pois eleva a gestão para o nível dos resultados e não da cobrança pontual e meramente processual.

Outro desafio que uma companhia que está iniciando esse processo deve vencer é propiciar que o colaborador tenha a mão todas as ferramentas necessárias para a boa execução do seu trabalho. Tanto para o trabalho tradicional como para o remoto, os profissionais necessitam de internet, e-mail/webmail, VOIP, smartphone, aplicativos, entre outros. Porém, dados do relatório da CETEL dão conta que pouco mais de um quarto das empresas que praticam o home-office (21,3%) fornecem os recursos necessários, como instalações, mobiliário, dispositivos e telefonia.

Esse é um erro comum, mas que precisa ser sanado, uma vez que ter as soluções adequadas é crucial para que a comunicação aconteça de forma regular. Ainda que as pessoas se comuniquem com uma boa conexão de áudio, o vídeo está se transformando em um grande benefício para quem trabalha em escritórios virtuais.

As companhias precisam investir nisso e oferecer as melhores ferramentas para que seus funcionários possam entregar os melhores resultados. As tecnologias que permitem o home-office eficiente já não são mais uma previsão futurista e estão por aí, a disposição de empresas de todos os portes.

A retenção de talentos é outro ponto de destaque do estudo citado no início e afirmo que sinto isso em meu dia a dia. Em uma entrevista de emprego, por exemplo, a possibilidade do home-office sempre é questionada e a resposta afirmativa já me rendeu algumas boas contratações. Os novos profissionais, principalmente, são extremamente conectados e não enxergam a necessidade da presença física constante para o bom desempenho de suas funções. As companhias precisam se adaptar para esse novo perfil de profissional, muito mais focado em resultados do que em processos.

Dessa forma, apesar dos pontos de atenção do home-office, como a menor relação com colegas de trabalho, gerenciamento dos funcionários, processos de avaliação, maior dependência de tecnologias e a necessidade de disciplina, as empresas precisam entender os benefícios trazidos pelo escritório virtual, como excelente equilíbrio entre o trabalho e vida pessoal, custo menor com transportes, impacto ambiental positivo, mais tempo livre das influências do estresse, entre outros. Somado a tudo isso, há o ponto principal que busca todo profissional de recursos humanos: colaborador satisfeito que produza mais e melhor.

Por Laura Lafayette

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