Analistas do instituto Forrester dão
dicas de como analisar o impacto da queda de sistemas críticos e recomendam
medidas para evitar que eles fiquem fora do ar, trazendo prejuízo aos negócios.
Imagine que você trabalha no departamento de infraestrutura e operações
de uma empresa de distribuição que mantém um braço de e-commerce muito forte na
web e acontece falha em momento de alto pico de vendas. Sua companhia pode não
apenas perder dinheiro mas ter a imagem arranhada.
Enquanto sua equipe tenta encontrar uma solução, o seu site de
e-commerce, que gera dezenas de milhares de reais receita, exibe uma mensagem
de erro para todos os seus clientes potenciais. Com as redes sociais em
ebulição, em questão de segundos esse problema pode cair no Facebook, Twitter
ou em outras mídias dociais. Para piorar a situação, hoje não é um dia normal,
mas a data de maior volume de negócios do ano, como acontece em períodos como
Dia das Mães, Natal etc.
Este cenário de pesadelo é um exemplo extremo do que sua empresa pode
experimentar com a indisponibilidade de serviço no pior momento possível. Nunca
é uma boa hora para a queda de sistemas de negócios, mesmo em paradas
planejadas. Hoje com empresas globais, funcionando em horários diferentes, a TI
muitas vezes tem que funcionar 24 horas aos sete dias da semana, dependendo da
atividade.
É por essa razão que as empresas estão cada vez mais construindo
sistemas de negócios e infraestrutura que estejam sempre disponíveis para
evitar quedas. Porém, não existe um botão mágico que permita isso. Os processos
são complexos e demorados. Eles exigem planejamento e desenvolvimento de uma
estratégia para encontrar o local perfeito, que garanta que seus serviços
funcionem 24 horas por dia, 365 dias por ano.
A Computerworld da Espanha traçou algumas dicas em conjunto com o
instituto Forrester para ajudar a reduzir o impacto de quedas bruscas. Veja a
seguir:
1- Entenda os custos da indisponibilidade de
serviços críticos
A maioria das empresas não sabe calcular quanto custa para os negócios a
queda de sistemas críticos. Estimar o impacto de uma interrupção, contabilizar
prejuízos com perda da reputação e retenção de clientes pode ser uma tarefa
assustadora. É preciso saber colocar na ponta do lápis a receita que a empresa
deixará de ganhar e todas as possíveis perdas, com adoção de medidas que
assegurem que a situação não se repetirá.
Lembre-se que o cálculo do impacto varia de empresa para empresa. Ou
seja o custo de downtime muda de negócio para negócio. No exemplo acima, é
preciso saber quantos clientes potenciais deixaram de comrpar e em que hora o
acidente aconteceu. Em que momento do dia o serviço ficou fora do ar e por
quanto tempo. Uma interrupução ao meio dia tem um custo diferente de uma queda
às 3 da manhã, dependendo da atividade da companhia.
2- Análise toda a infraestrutura
Não se deve reduzir a ordem de armazenamento ou outro componente de
qualquer estrutura de TI. A percepção holística geralmente é a correto. É
importante considerar e calcular o tempo de toda a infraestrutura e sempre
procurar soluções para os problemas de negócios de ponta a ponta.
3- Combinação entre objetivos de negócio e de TI
Uma vez que você calculou o custo de inatividade e mudou a abordagem da
análise da infraestrutura, avaliando de ponta a ponta, o próximo passo é
selecionar as tecnologias adequadas para suportar os serviços críticos.
Atualmente, há muitas ferramentas que podem apoiar nesse processo, como
arquiteturas específicas para reiniciar rapidamente as máquinas virtuais,
monitoramento remoto de equipamentos ou de serviços baseados em nuvem e de duplicação.
A parte mais difícil é encontrar uma abordagem que case com seus
objetivos de disponibilidade e que também coincida com o que a empresa está disposta
a pagar para proteger sistemas críticos. Há ainda a opção de terceirizar a
infraestrutura com um data center, contratar sites backups e ter um plano de
continuidade de negócios, para que a operação volte em menor tempo possível.
4 – Disponibilidade 100% é quase impossível
O objetivo das empresas não deve atingir 100% de disponibilidade de
todos os seus sistemas de negócios, mas apenas para as aplicações críticas.
Apesar ter muitas empresas que estão perto de atingir essa meta, a manutenção
da infraestrutura disponível o tempo todo é praticamente impossível. Muitas
coisas podem dar errado com infraestrutura e aplicações. Podem acontecer
desastres naturais, erro humana ou até mesmo manutenção mal planejada.
Grato a Computerworld/ES
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