O projeto é um exemplar da nova estratégia da Totvs para reforço no
mercado global, fazendo frente a gigantes como SAP e Oracle: atender tanto a
companhias brasileiras com operações exteriores, quanto a empresas chegadas ao
país.
“Vamos receber as empresas quando puserem o pé no país, nos tornarmos um
parceiro global de TI de todas”, comentou o presidente da Totvs, Laércio
Cosentino, em entrevista ao Baguete Diário UOL em abril deste ano.
No caso da Sumitomo, que globalmente faturou US$ 6,8 bilhões em 2010, a
recepção foi à fábrica local foi calorosa: a implantação foi feita em seis
meses, cumprindo exigência da matriz asiática para funcionamento pleno a tempo
da inauguração da unidade, em novembro de 2011.
“De abril a outubro, foram implantados diversos módulos, como os de
planejamento e controle de produção, controladoria, RH, compras, comércio
exterior, qualidade, faturamento e estoque e custos”, conta o controller da
Sumitomo, André Bonacina.
Segundo o executivo, a intenção inicial era adotar módulos como fiscal e
contábil, que permitissem adequação à legislação brasileira, em integração com
módulos já utilizados, como o de manufatura, desenvolvido internamente no
Japão.
Com a avaliação do ERP, entretanto, a empresa decidiu pela ampliação do
projeto.
Hoje, o sistema integra
todas as informações da fábrica, desde a entrada dos pedidos de compra de
matéria-prima até o pagamento e entrega dos produtos, com redução de 50% no
tempo de fechamento de relatórios, segundo Bonacina.
“Nossos consultores japoneses já estão avaliando a possibilidade de
implementar a solução Totvs em outras unidades”, afirma o controller, que foi
também o gerente do projeto.
Com operação em 25 países, a Sumitomo mantém uma unidade de vendas no
Brasil há 40 anos, mas só agora instalou uma fábrica local, da qual irá atender
ao mercado interno, mas também exportar metade da produção, especialmente para
a América Latina.
A fábrica de Itu produz redutores de velocidade para aplicação
industrial como, por exemplo, esteiras de aeroportos e de mineração, usinas de
álcool e açúcar, entre outros.
Globalmente, a corporação emprega 22 mil trabalhadores.
Já a Totvs faturou R$ 1,27 bilhão em 2011, alta de 13,3% sobre 2010, e é
definida pelo Gartner como líder no Brasil e na América Latina em seu segmento,
com 53,1% e 35,6% de market share, respectivamente.
A companhia tem unidades em Porto Alegre, Joinville, Belo Horizonte e
São Paulo, atuando em 23 países, e também projeta manter o crescimento via
aquisições, seguindo a estratégia que Cosentino define como “caminho sem volta”
e já envolveu 45 operações de M&A ao longo da história da empresa.
A lista de compras incluiu Microsiga, Logocenter, RM, Datasul,
TotalBanco e Gens (franquia Datasul), entre várias outras, e deve continuar, de
olho em fabricantes de softwares de nicho como varejo, saúde, educação e
transportes.
Tudo para manter as taxas de expansão, que nos últimos 20 anos têm
ficado em uma média de 15% a 20%, e ampliar a carteira de clientes, hoje acima
dos 24,2 mil nomes.
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