BYOD, BYOT, BYOC... são, todas, oportunidades
perdidas, capazes de levar até o CIO mais rigoroso a aderir ao BYOB.
Os funcionários estão trazendo seus próprios dispositivos e tecnologias
para o ambiente de trabalho em números cada vez maiores desde os últimos anos,
por um motivo simples com uma origem nada simples: a tecnologia que eles podem
trazer é superior à tecnologia fornecida pela TI.
Agora eles estão "trazendo a sua própria nuvem" _ assinando
serviços baseados na nuvem por conta própria e usando-os no trabalho. BYOD,
BYOT, BYOC? É o bastante para levar até o CIO mais rigoroso a aderir ao BYOB.
Quando você vai a um bom restaurante frequentemente e sabe que a lista
de vinhos é absurdamente cara ou ele só tem opções limitadas, a única coisa
inteligente a fazer é o BYOB (Bring Your Own Bottle), traga sua própria
garrafa. Bem, inteligentes, empresas progressistas de todo o mundo estão
começando a oferecer aos seus funcionários a opção do BYOD.
O BYOD/BYOT surgiu devido a quatro desafios que os departamentos de TI
enfrentam há anos. Deveria ter se desenvolvido a partir da enorme oportunidade
que representa _ e da qual qualquer CIO poderia tirar proveito.
Já o BYOC é diferente: deve e pode ser completamente desnecessário. É
uma tendência crescente no local de trabalho porque a TI não está fazendo o seu
trabalho.
Tudo que falta para que o BYOC se torne desnecessário é uma mudança
total de atitude por parte da liderança de TI. Mas para fazer isso, precisamos
saber o que deu errado _ e isso aconteceu muito antes do primeiro dispositivo
de um funcionário fazer login na rede corporativa.
A oportunidade: funcionários cada vez mais
familiarizados com computadores
Muitos funcionários possuem laptops. São sistemas portáteis, mais poderosos e atualizados do que os computadores usados no escritório. Também dispõem de muito espaço de armazenamento não utilizado. Caso seus donos pudessem trazê-los para o escritório, tornariam a vida no trabalho mais agradável e produtiva.
Muitos funcionários possuem laptops. São sistemas portáteis, mais poderosos e atualizados do que os computadores usados no escritório. Também dispõem de muito espaço de armazenamento não utilizado. Caso seus donos pudessem trazê-los para o escritório, tornariam a vida no trabalho mais agradável e produtiva.
Muitos desses mesmos funcionários também possuem smartphones e tablets.
Eles ficariam mais felizes se pudessem usar esses dispositivos no escritório,
em vez de levar dois exemplares de cada ou passar todo o dia de trabalho longe
do seu próprio dispositivo.
Mas há um porém: por que qualquer funcionário doaria parte do seu
equipamento pessoal ao seu empregador?
A resposta é simples e óbvia: fereça um subsídio para o uso de
tecnologias pessoais _ por exemplo, 600 dólares a cada três anos para a compra
de um laptop, além de cópias fornecidas pela empresa do Microsoft Office e
Outlook, configurados pelo departamento de TI para que funcionem com os
servidores do Exchange da empresa e o sistema de e-mail preferencial do
funcionário. Empresas acostumadas a fornecer BlackBerrys também podem oferecer
um subsídio semelhante para smartphones, e o mesmo vale para os tablets.
Faça as contas: 200 dólares por funcionário, por ano, por um laptop, é
um gasto de TI muito inferior ao atual. A TI poderia então usar a quantia
economizada para implementar as modestas melhorias de segurança e suporte
necessárias para que os funcionários usem o seu próprio equipamento.
O que o BYOC deveria ter sido
A pergunta: por que os funcionários querem "trazer a sua própria nuvem"? Por que eles querem o Dropbox, o Google Apps, o Gmail, e até o Skype?
A pergunta: por que os funcionários querem "trazer a sua própria nuvem"? Por que eles querem o Dropbox, o Google Apps, o Gmail, e até o Skype?
A resposta: porque podem usá-los para fazer coisas que a maioria dos
limitados kits de ferramentas oferecidos pela maioria dos departamentos de TI
não permite.
Comece com o SharePoint ou qualquer outro CMS de uso geral. Se você
oferecer o programa e o suporte adequado a ele, não haverá motivo para ninguém
usar o Dropbox ou o Google Apps. O SharePoint faz tudo que o Google Apps faz, e
muito mais.
E quanto ao Gmail? Posso apostar: se os seus funcionários abrem contas
do Gmail clandestinamente para uso comercial, eles o fazem porque a TI definiu
um limite ridiculamente pequeno no armazenamento do Exchange (e provavelmente
não explicou a eles como usar links para o SharePoint em vez de anexos).
A solução é barata: abra o disco rígido criptografado local de todos
para arquivos .pst, e configure um backup fácil para todos, em um dispositivo
NAS econômico, por exemplo. O armazenamento custa menos de 14 centavos por
gigabyte. Não é preciso mais ser muquirana com isso. Sim, é preciso
gerenciá-lo... mas você não pode fazer isso, porque os seus funcionários estão
transferindo suas mensagens para o Gmail de qualquer forma, e não há nada que
você possa fazer a respeito.
E então temos o Skype. Os funcionários o usam porque ainda não é
possível usar uma solução de webconferência para chamadas ad hoc, e eles
provavelmente precisam atravessar um procedimento administrativo para
agendá-las. Para a maioria deles, a maior parte do tempo, o Skype é mais do que
suficiente. O programa permite a eles fazer chamadas de vídeo e até
compartilhar a sua área de trabalho, mais ou menos.
Você acha que não tem dinheiro suficiente para isso? É claro que tem.
Comparado com a economia por não precisar mais de tantos PCs, o Skype para
todos é uma pechincha.
Os funcionários não trazem a sua própria nuvem para implicar com a TI.
Eles a trazem porque a TI não os escutou quando eles explicaram como queriam
trabalhar. Pior ainda: eles o fazem porque a TI não previu as suas
necessidades. E quando o esperado é oferecer à empresa a liderança na
tecnologia da informação, essa é uma falha muito grave.
Por Bob Lewis, InfoWorld/EUA
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