A cada R$ 100 movimentados no comércio eletrônico brasileiro, apenas R$ 20 são gerados pelas micro e pequenas empresas, apontam dados da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net). Apesar de representarem 98% dos negócios formais no país, essas empresas responderam cerca de 20% dos R$ 18,7 bilhões gerados pelo e-commerce no ano passado.
Além disso, segundo levantamento da Camara-e.net, as micro e pequenas empresas também sofrem para manter a loja virtual aberta, uma vez que 33,3% das lojas e empresas online encerram suas atividades antes de completarem o segundo ano de operação. Esse índice é 8.3 ponto percentual acima da taxa calculada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) na mortalidade do comércio físico no país, que é de 25%.
Seja no mercado presencial ou virtual, o elevado grau de mortalidade se deve à baixa informação e profissionalismo. No entanto, no mundo on-line existe uma outra questão: a deficiência de know how tecnológico ou conhecimento das especificidades do comércio eletrônico para esses empreendedores.
E, é justamente esse último ponto que merece muita atenção, é preciso incluir a empresa digitalmente. Quando falamos em inclusão social digital, é um processo muitas vezes até simples, pessoas são instruídas de formas básicas a conviver no mundo digital. E, a partir daí, elas estão aptas a utilizar computadores, navegar na internet e até comprar no e-commerce.
Mas e quando esse processo de inclusão deve ser empresarial? Como ensinar tudo o que é preciso para o empreendedor? Passar todos os códigos e conhecimentos que um profissional demora anos para desenvolver? A resposta é clara, ou ele estuda para aprender ou ele cria o negócio dele.
Quando opta por levar sua empresa para a internet sem ter o conhecimento, ele encontra a barreira técnica, e fica à mercê de profissionais especializados e os altos custos para o desenvolvimento. Uma vez que os produtos encontrados no mercado sempre apresentam ares complexos e de extremo conhecimento técnico.
Então, quando encontrada essas barreiras e não transpostas essas dificuldades, a loja virtual morre, é abandonada, ou sequer ela chega a ser criada.
A grande verdade é que os desenvolvedores de tecnologia para e-commerce criam produtos e despejam no mercado. É preciso entender que o mundo físico e o mundo virtual é o mesmo. E a missão daqueles que desenvolvem tecnologia é conseguir unir ao máximo esses mundos.
No caso para as micro e pequenas empresas que querem entrar no e-commerce é preciso uma plataforma que ele consiga entender mesmo sem conhecimento técnico, que basta ele escolher o layout, cadastrar os produtos, definir os meios de pagamentos e colocar a loja para rodar, não dependendo de um técnico que entenda de linha de códigos para fazer isso.
E, quando mesmo com essa simplicidade de navegação e configuração amigável, também disponibilizar vídeos, dicas, conteúdo especial para aqueles que ainda tenham alguma dúvida. É o fator da humanização, é o mais próximo da união do mundo físico com o mundo on-line.
Com o fator humano, as empresas devem auxiliar essa transição, abrir a porta do e-commerce para as micro e pequenas empresas. Apresentar realmente um mercado em expansão que certamente pode gerar muitos frutos.
Por Walter Sabini Jr.
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