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quinta-feira, 21 de março de 2013

Varejo usa tecnologia para atiçar os sentidos

O futuro do varejo está na ampliação das experiências do consumidor, com lojas personalizadas, mais facilidade na hora de pagar e a intensificação do uso dos celulares para fazer compras.

Essas são algumas das impressões de empresários e especialistas que participaram de uma feira em Nova York na semana passada que mostrou as novidades do setor.

“Vimos muito trabalho no sentido de ampliar experiência do consumidor na loja, com tecnologias que procuram atiçar os sentidos”, afirma Gustavo Carrer, consultor de marketing do Sebrae-SP.

Uma das novidades citadas pelo especialista são máquinas de café e de temperos produzidas pela Intel e que têm odor do produto.

Ele diz que, apesar de as tecnologias ainda não estarem acessíveis para os empreendedores, eles podem se inspirar para personalizar suas lojas, criando uma experiência diferente para o cliente.

Outra tendência identificada pelo consultor é o avanço do consumidor chamado “showroomer”. O cliente conhece o produto na loja e interage com ele. Depois pesquisa na internet e compra onde for mais barato.

Ricardo Fiore, 32, franqueado de lojas em shopping, decidiu ir à feira em Nova York para aprender sobre pequenas atitudes que podem ser usadas no dia a dia para lidar com comprador. “Em vez de se perguntar ‘o que você gosta’, o ideal é perguntar ‘o que você não gosta’. É mais difícil de se frustrar assim.”

Ele também se diz impressionado com algumas táticas usadas por mercados, como uma tela que fica sobre a geladeira em que se encontra o leite para vender. Na imagem, se pode ver, em tempo real, o leite sendo retirado da vaca.

Também são colocados bonecos de bichos perto dos produtos para atrair a atenção das crianças, conta.

OPORTUNIDADE

Participando da missão brasileira, o Sebrae levou cem pessoas para a feira, sendo que 34 eram empresários do setor que tiveram sua viagem subsidiada pela instituição.

De acordo com Carrer, do Sebrae-SP, ir a feira é uma oportunidade de os empresários verem o que as grandes lojas estão fazendo e adaptar as ações a seus negócios.

Os empresários tiveram a oportunidade de assistir a palestras e visitar stands de grandes empresas que expunham no evento nos Estados Unidos. (FILIPE OLIVEIRA)

Por Folha de S.Paulo

 

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