Nesse cenário, de forma inequívoca, decidir é a tarefa mais
importante em uma organização, parecendo claro, também, que o nível de sucesso das
decisões depende da habilidade do decisor em desenvolver e analisar as
alternativas disponíveis para as soluções dos problemas.
A área de controladoria tem a função de promover a eficácia dessas
decisões, monitorando a execução dos objetivos estabelecidos, investigando e
diagnosticando as razões para a ocorrência de eventuais desvios entre os
resultados alcançados e os esperados, indicando as correções de rumo, quando
necessárias, e, principalmente, suavizando as imponderabilidades das variáveis
econômicas, através do provimento de informações sobre operações passadas e
presentes e de sua adequada comunicação aos gestores, de forma a sustentar a
integridade do processo decisório.
A função da controladoria consiste
em apoiar o processo de decisão, utilizando-se para tanto de um
sistema de informações que possibilite e facilite o controle operacional, por
meio do monitoramento das atividades da empresa. A controladoria pode ter
funções diversas, dependendo das dimensões da empresa e da filosofia que orienta
a sua administração. No tocante à filosofia, é possível entendê-la como a forma
segundo a qual a alta administração concebe os níveis de controles operacionais
que a empresa deve adotar, bem como o formato das informações providas aos
usuários e, em última análise, quais os sistemas de informações e as
tecnologias que devem ser disponibilizados para este fim. Posto isto,
entenda-se que esta filosofia reflete as características do modelo de gestão da
empresa.
O controle organizacional, por sua vez, em sua forma plena reflete
os meios utilizados pela administração para criar padrões de comportamento a
serem seguidos pelos membros organizacionais, de forma que estes levem o
empreendimento à eficácia, e que sirvam de base para o seu próprio
monitoramento, utilizando-se procedimentos apropriados de gestão, entre eles o
planejamento, considerado um instrumento macro de controle.
Nesse sentido, o planejamento se justifica apenas quando puder ser
visto tanto como uma forma de acompanhamento do desempenho da empresa por seus
líderes, quanto como uma bússola que direcione os gestores especificamente na
condução das atividades sob suas responsabilidades. Se isso ocorrer, infere-se
que esse instrumento pode realmente ser considerado como uma espécie de
controle e monitoramento do desempenho da empresa e de seus gestores.
Entretanto, ele não pode ser visto como suficiente para garantir uma gestão
eficaz, pois depende de outros instrumentos complementares de gestão, também
capazes de fornecer informações acuradas e oportunas, como as provenientes das
contabilidades financeiras e de custos. Além dessas, é preciso focar todo o
processo de gestão, que inclui não apenas o planejamento, mas, em igual nível
de importância, a execução, o controle e o feedback.
Ganha ênfase nesse processo o recurso informação, por meio do qual é
possível manter o controle entre planejamento e sua execução, melhorando as
possíveis distorções existentes. Para garantir a fidedignidade da informação se
faz necessário que a empresa mantenha uma robusta estrutura de controles
internos e um nível elevado de governança corporativa. A controladoria existe
também como um mecanismo de governança corporativa nas empresas.
Percebe-se, diante dessa contextualização, que a controladoria é uma
área de extremo valor nas empresas, sendo considerada a centralizadora da
informação para fins de monitoramento e reporte de informações. Para tanto,
logicamente conta com o apoio das demais áreas da empresa e tem como objetivo
apoiá-las.
Essa área aqui mencionada, para existir e gerir as atividades
concernentes a ela, demanda um profissional com a devida competência e formação
e necessário conhecimento: o controller. O controller deve atuar
em uma empresa como um maestro atuante em uma regência de orquestra. No caso do
controle, a atuação desse profissional consiste em reger (fornecer informações
relevantes para as áreas executarem os planos e monitorar o desempenho
consequente) a empresa como um todo. Essa atividade se dá por meio da
informação, amparada em eficientes sistemas e ferramentas tecnológicas
conjugados com o adequado desempenho das pessoas.
O papel essencial do controller não foge dessa sumarizada
menção (continua o mesmo), entretanto o escopo de sua atuação depende da
estrutura organizacional, ou seja, em uma organização pode-se ter a figura do controller
geral, de logística, de produção (e outros) ou somente um controller.
Tendo em vista a relevância inquestionável da área de controladoria,
principalmente com os avanços ocorridos na sociedade em geral (envolvendo economia,
tecnologia e demais variáveis), o controller tem se destacado
consideravelmente, tornando-se um profissional valioso no mercado. Cada vez
mais as empresas buscam profissionais qualificados para atuarem na área de
controladoria. É salutar, nesse sentido, que os profissionais que objetivem
atuar nessa área, se preparem compativelmente com as demandas crescentes das
empresas nacionais e estrangeiras.
Com o objetivo de capacitar o profissional, para que este entenda e
faça parte da área de controladoria – extremamente relevante numa empresa - a Faculdade FIPECAFI
oferece o curso de MBA Controller, coordenado em parceria com a
ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e
Contabilidade. É um curso de excelência que conta com atualização curricular
constante e adequação às necessidades dos profissionais das áreas de
controladoria, contabilidade e finanças.
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* Luciane Reginato é Doutora e Mestre em contabilidade e
controladoria e Coordenadora do MBA Controller/FIPECAFI
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