O que ficou claro é que soluções
eficientes existem no mercado e são commodity. Resta aos gestores a definição
da estratégia de entrada e conduzir a implantação da tecnologia para levar o
aplicativo ao nível estratégico. Processos definidos configuram-se em outra
questão importante na hora de implementar uma ferramenta de maneira eficiente.
“O segredo do BI está no data
warehouse. Se você tiver um DW perfeito, tudo funcionará bem”, opina Frederico
Wanderley, CIO das Casas Bahia, que apresentou seu case no evento. A gigante
varejista adotou um processo único para aproveitar dados corporativos. “Isso
confere padrão às informações.” Há seis anos a empresa roda uma ferramenta da
Cognos. Atualmente, a companhia tem um terabyte de dados na ferramenta que
analisa todas informações de negócio praticamente em tempo real. Máquinas
robustas processam os cálculos durante 4h30 durante a madrugada para serem
disponibilizados já no início do expediente das lojas.
A Casas Bahia explora muito as
facilidades de cubo para acesso mais visual a apresentação dos dados.
Informações consistentes suportando os cubos permitem aprofundar-se na análise,
que vai desde contratos, serviços, tipos de venda, desempenho da loja virtual,
entrega, bandeira do cartão de crédito usada e análise do crescimento de venda
das lojas, por exemplo. Fred está há três décadas na companhia e, por conhecer
bem a empresa e o negócio, pode enriquecer o uso do aplicativo.
Fora
da zona de conforto:
Após abertura de capital, a Cyrela
captou recursos e comprou terrenos, sua principal matéria-prima. “A questão aí
era definir qual rumo seguir”, recorda Rogério Pires, CIO da incorporadora que
conduziu outro grupo de gestores de TI na discussão do tema. A companhia
começou com um projeto de adoção da ferramenta mapeando processos e conectando
três áreas cruciais para o negócio: terrenos, inteligência de mercado e vendas.
A expectativa do projeto era reunir
tudo em uma única base de dados, cruzar informações e gerar cenários. A adoção
demandou mexer nos processos e isso tirou funcionários da zona de conforto.
Para resolver a questão, Pires envolveu as áreas de negócios, transformando-as
em donas do projeto. Quinze pessoas, das três áreas e da TI, envolveram-se na
iniciativa. Ao mesmo tempo em que analisavam qual ferramenta atenderia suas
expectativas, a Cyrela construía seu data warehouse.
O nível de detalhamento culmina em
mapas com informações de negócio que ajudam identificar pontos de
empreendimento, terrenos viáveis, clientes em potencial; intercalando isso com
dados do mercado e concorrência. Os benefícios verificados por Pires na adoção
de uma ferramenta diminuíram o volume de relatórios e conferiria independência
à área de TI, pois o usuário passaria a dono da informação.
Por Felipe Dreher
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