O
princípio do Ukemi (controlar a queda)
Todo negócio é baseado em ciclos de
expansão e recessão, e assim cair é parte de um processo natural. Através do
chamado Ukemi, rolamento executado diante da queda, o Aikido ensina que a mesma
energia que lhe derrubou pode ser usada para coloca-lo em pé novamente.
Significa reconhecer e avaliar a circunstância, se posicionando e agindo para
aproveitar as adversidades ao seu favor.
Continue
andando
O movimento de andar é composto por
momentos de desequilíbrio, no qual um dos pés está pendendo a cair para frente,
e de equilíbrio, quando ele finalmente encosta o chão. Para o Aikido, continuar
andando é a chave para manter-se em pé. Ou da mesma forma, só é possível
derrubar o concorrente ao impedir que ele finalize o próximo passo. O que não
necessariamente é outra empresa, ou outra pessoa: não se esqueça de olhar para
si, e continuar andando.
Na
adversidade não recue
O ser humano tem como tendência
natural dar um passo para trás quando diante de uma situação adversa. O Aikido
inverte essa lógica, fazendo com que os seus praticantes se aproximem ainda
mais do oponente, de forma estratégica, dominando a adversidade. Ainda mais
importante do que enfrentar as dificuldades é enfrentá-las de modo inteligente.
Não
crie resistência, se adapte
Diferente de tantos outros
praticantes de artes marciais, o Aikidoista não se opõe ao adversário, criando
resistência aos seus golpes. De fato, ele se adapta à circunstância,
canalizando a energia despendida pelo oponente em seu favor, fazendo com que “o
ataque saia pela culatra”.
Se
você precisa fazer força, está fazendo errado
É uma tendência natural tentar
atingir resultados através da força e da insistência, algo que pode ser
considerado até mesmo um axioma do pensamento ocidental, mas que na prática não
se justifica. Para o Aikido, forçar um situação significa se opor ao fluxo de
energia predominante, perturbando a harmonia do movimento e limitando as suas
chances de sucesso. Uma analogia bastante esclarecedora seria a do movimento
realizado pelo rio. Ele é capaz de despender uma grande quantidade de energia
por adaptar seu movimento ao fluxo natural, sem insistir contra as pedras ou
mesmo negar sua essência líquida e indefesa.
Por Pedro Souza
Nenhum comentário:
Postar um comentário