As
estratégias da área de RH para as empresas suportarem a crise sem perder seus
valores, seus talentos e suas marcas
Diante
da crise econômica e politica instaladas no país, a retração do mercado faz com
que as empresas adotem o primeiro e não tão eficaz conceito de "corte de
custos".
Mas
somente isso fará surgir os efeitos esperados para a amenização dos impactos
negativos nas contas? Não – essa é a resposta, pois nem sempre medidas radicais
ajudam, pelo contrário, trazem insegurança, desestabilização e clima pesado de
medo, agravando ainda mais a situação, pois tais medidas implicam diretamente
na produção, o que neste momento de crise, passa a ser fundamental.
Mas
como fazer para não perder tais valores, em um momento tão crucial para as
organizações?
Mais
uma vez, a área de Recursos Humanos entra em ação, inovando, trazendo novas
tendências e conceitos, fazendo com que, além de diminuir as perdas de valores
tangíveis, a "marca" da empresa não seja atingida. Sabemos que a área
de RH vem nos últimos anos se destacando dentro das organizações, gerando
valores e trazendo maior produtividade a todas as áreas de negócios. E é nesse
patamar estratégico que o RH, de forma eficaz, através da criação de cenários
de curto, médio e longo prazos e análises de informações estratégicas, se
propõe a desenvolver um projeto desafiador, embasado em pilares estratégicos de
Inovação, Atração e Retenção, Tecnologia e Engajamento de Pessoas. Esse projeto
de 4 pilares contempla de forma eficaz as necessidades das áreas de negócios,
descobrindo "insights" e lacunas importantes para superar o complexo
cenário econômico, politico e social, sem criar um passivo ainda maior para as
organizações.
É claro
que os treinamentos alternativos sempre estarão presentes, pois eles tiram a
empresa da rotina e desenvolvem seus colaboradores para novos desafios e
responsabilidades pós crise. Mas se a ordem é "cortar custos", por
que fazer? Porque valorizar seus colaboradores faz com que as organizações
cresçam até 50% mais, e em momento de crise aumentar a produção sem aumentar os
custos é fundamental.
Uma
dica:
A
importância de também investir em capacitação das lideranças em momentos
de crise faz com que os líderes não se escondam em reuniões improdutivas e não
se sintam inseguros e pressionados em relação a tomadas de decisões, ampliando
assim uma visão futura e otimista nesse momento de instabilidade!
Mas
por que esses 4 temas para composição desses pilares estratégicos? O que eles
têm de importante para se destacar nos projetos? Vamos lá:
Inovação:
inovar é criar, mas é também mudar. Mudança de postura entre líder e liderado,
onde o líder passa a ter uma escuta mais ativa e atenta às possibilidades de
criação e implementação que possam surgir, dando liberdade aos seus
liderados para trazer ideias e novas perspectivas diante dos diversos cenários
existentes.
Atração
e Retenção: é um dos temas mais complexos, pois através deste podemos até avaliar o
poder da "marca" da organização no mercado, fazendo com que posições
dentro da organização sejam buscadas pelos mais diversos talentos do mercado. É
importante que as organizações saibam que não podem se valer apenas da oferta
salarial e de seus bônus para atrair talentos, é preciso colocar em pauta
importantes fatores estratégicos como qualidade de vida, trilha de carreiras,
projetos de desenvolvimento, planos de sucessão, projetos de benefícios
felixíveis, home office, entre outros.
Tecnologia:
vivemos em um mundo dinâmico, que se atualiza a cada despertar, então o RH
precisa estar sempre munido das melhores ferramentas tecnológicas de gestão,
comunicação e informação, pois análises de dados, indicadores e informações estratégicas
sempre estarão no cerne das questões.
Engajamento
de pessoas: é importantíssimo que as organizações possuam programas
de acompanhamento e desenvolvimento de seus colaboradores desde o início, na
fase de integração até a sua maturidade na organização, oferecendo feedbacks
constantes de acompanhamento de desenvolvimento, pois assim o colaborador tem a
real sensação da importância dele na cadeia produtiva, se sentindo estimulado e
incentivado. Isso faz com que ele se sinta cada vez mais parte da organização.
É
fundamental que esses 4 pilares estejam alinhados com os subsistemas de RH e as
áreas de negócios. Não entendeu? Vamos lá:
Embasados
em dados e informações estratégicas, os projetos de criação de novas tendências
e conceitos passam inevitavelmente pelos 4 pilares. Entenda:
Projetos
de Employer Branding: alinham-se às áreas de RH e
Marketing a fim de criar estratégias de fortalecimento e exposição da
"marca" da organização, seja através de projetos de comunicação
interna ou através de ações da área de marketing, criando assim um valor
intangível único, elevando a organização ao maior patamar em relação aos seus
concorrentes de mercado, abrindo assim espaço para projetos de atração de
talentos.
Projetos
de Empowerment: importantíssimo para que colaboradores possuam liberdade e autonomia,
para que possam desenvolver melhores práticas e assim obter maturidade
de poder de decisão, mesmo não sendo líderes. Através destes projetos
e com o alinhamento do RH com todas as áreas de negócios, cria-se uma cultura
de engajamento, motivando todos colaboradores, desfazendo um ambiente de
rotina e fazendo com que se sintam parte da organização e protagonistas dos
resultados, criando, assim, espaço para projetos de retenção de talentos.
Tecnologia:
hoje
os RHs de grandes empresas estão munidos das mais avançadas tecnologias de
gestão, processos e informação, através da utilização de ferramentas
na nuvem, voltando-se para a produção estratégica de informações para o
negócio, estando diretamente envolvido em todo o ciclo dos profissionais –
desde a matriz até as demais unidades baseadas pelo mundo. Sendo uma estratégia
do RH, a utilização de ferramentas na nuvem é uma opção segura, confiável e
escalável, tendo em vista seu baixo custo em relação a adoção dos softwares tradicionais.
Faz-se assim o alinhamento do RH com a área de TI, gerando valores e não
custos, pois os serviços na nuvem aliviam a infraestrutura da área de TI,
eliminando quedas no sistemas, implementações e ações corretivas a todo
instante, evitando possiveis atrasos e retrabalho dos diversos projetos em
andamento, eliminando a perda de tempo e os custos extras.
Então,
não é tão difícil passar por cenários tão complexos. Basta estar preparado, ter
um RH estruturado e estratégico para assumir tais desafios. Não tem esse modelo
de RH? Então forme uma boa equipe e possua um líder desafiador, isso o ajudará!
A
dica é:
"Mesmo
em condições favoráveis na economia e na produção, sempre desenvolva projetos
baseados nos diversos cenários que possam surgir".
Sim,
amigo, criar cenários mesmo que não necessite não é perda de tempo, é
estratégia.
Como
sempre digo para as minhas equipes:
"Podemos
sempre inovar, simplificando sem sermos simplistas"
Sim,
podemos nos transformar em momentos de crise, ser inovadores. E se você
leu o texto até aqui e achou que existe muito otimismo, ações deliberadas, uma
pitada de subjetividade dentro do contexto atual de crise e que sou
"louco", eu faço destes pensamentos um breve alinhamento com uma das
grandes mentes do planeta:
"A crise é a
melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz
progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura.
É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias.
Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar 'superado'. Quem atribui a
crise a seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento, respeitando
mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise é a crise da
incompetência...Sem crise não há desafios, a vida se transforma em rotina, uma
lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de
cada um." (Albert Einstein)
Fonte: ADMINISTRADORES