Só que essa economia toda pode se transformar em prejuízo para os empresários que não ficarem de olho na jornada e no ambiente para o trabalho a distância. Especialmente depois que a presidente Dilma Rousseff sancionou, no final do ano passado, uma lei que dá aos trabalhadores remotos os mesmos direitos dos que atuam no escritório da empresa.
Essas regras definem, por exemplo, que eles também podem receber adicional noturno, horas extras e assistência em caso de acidente de trabalho. Por isso, atentar para esses aspectos é essencial para que a iniciativa não se transforme em fonte de prejuízo, alertam advogados em um artigo publicado no site da Fox Business.
Em primeiro lugar, o empresário deve identificar se existem, na casa do trabalhador, fatores que coloquem em risco sua segurança física, alerta o advogado Jeffery Kaufman. Assim, evitará processos por danos e acidentes de trabalho.
A segurança dos dados da empresa também é colocada em risco, já que o teletrabalhador acessa, em sua máquina, dados confidenciais e compartilha estratégias secretas com a sede da empresa. E quem trabalha a distância nem sempre tem o mesmo grau de lealdade ao negócio de quem está ao alcance do chefe, reforça o advogado Paul Lopez.
A tática para proteger esse tipo de informação, segundo Kaufman, é fornecer ao funcionário um computador da empresa que venha equipado com softwares de segurança que bloqueiem o compartilhamento de dados considerados secretos. Um deles, menciona Lopez, é o que notifica a empresa quando algum dado confidencial é acessado ou copiado sem autorização.
“Para eliminar esses riscos, é interessante pedir a todos que assinem um documento em que assumam a responsabilidade por não compartilhar segredos da empresa, deixando claro que essa ação viola as regras da companhia”, completa Kaufman.
O controle remoto de horas extras é mais difícil e merece atenção. Como não dá para ficar de olho na entrada e na saída das pessoas, a saída é adotar um software para que os funcionários façam login quando começam uma tarefa e logout quando a terminam. Isso também permite acompanhar a gestão do tempo desses profissionais e saber se estão trabalhando demais – ou menos do que deveriam.
Os gestores também podem pedir aos funcionários que preparem e assinem uma planilha diária de trabalho. Ela serve como um registro do tempo dedicado às tarefas e evita que eles posteriormente processem a empresa para receber por horas extras.
“Na hora do pagamento, o empresário pode pedir ao funcionário para verificar e assinar um documento com a quantidade de horas trabalhadas que estão sendo remuneradas”, completa Lopez.
Por Bruna Maria Martins Fontes
Nenhum comentário:
Postar um comentário